segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

Rei da faxina dando uma de guia turístico

Sábado acordei com a macaca. Como a mãe está lá pro interior e como essa semana recomeço a trabalhar e quero ter tempo em casa para ler, decidi dar uma organizada no armário, o que significa separar peças inúteis para doar, limpar gavetas, lavar, passar e guardar tudo direitinho. Fiquei o dia inteiro nisso e dá gosto de ver como ficou bonitinho.

Luxo.

Mas tive que fazer tudo correndo, pois tinha marcado às 18h com o Cramus, que chegou de mudança para o Rio há pouco e, coitado, ainda não conhece nada e só se lamenta de tristeza. Com muito sacrifício, consegui chegar ao local marcado às 18h30min, o que é um atraso até light para eu, que moro no fim do mundo...

O percurso foi ótimo: Largo do Machado, Flamengo, Botafogo, Urca. Tudo isso feito a pé... Mas aí as pernas doeram e voltamos para dar pinta na Tok&Stok de busu mesmo. Foi ótimo ficar causando (amei essa gíria paulistana) lá dentro:

O que você acha desse sofá lá em casa, amor!

Divino, bem!

De lá, partimos para Ipanema, lá na beira da praia à noite, pois ele ainda não tinha ido a uma que “tivesse onda” aqui no Rio ainda. Tão bom... Aí, claro que saímos na Farme e paramos em frente ao Bofetada, que estava cheio e com uma roda de capoeira na qual descobrimos que o homem perfeito existe.

Nervosa...

Ainda tivemos pés para descer a Vinícius de Morais e dar uma olhada na Lagoa e no Dama de ferro, mas resolvemos fechar a madrugada na Fosfobox mesmo (sim, porque quando decidimos cair na balada, já passava da uma da manhã...). Nem preciso dizer que tudo lá estava perfeito, né? Sei que sou redundante quando falo da minha boate preferida...

E também serei redundante em dizer que adoro andar à toa com boa companhia e que a internet mudou minha vida com relação às amizades! É uma maravilha!

(Ok, sei que também estou fazendo a linha guia turístico wanna-be colocando links para praticamente todos os lugares que visitamos. A fina!)

Ao som de O velho e o moço , de Los Hermanos. Cada dia me apaixono mais por essa banda... Será que finalmente estou virando indie???

\o/\o/\o/\o/

sábado, 29 de janeiro de 2005

O bom filho a casa torna

Passar uns dias no interior tem lá as suas vantagens. A pouca oferta de distrações atraentes a um nerd como eu favorecem atividades deixadas de lado por mim durante alguns meses. Como dormir pelo menos umas dez horas por dia. E pensar na vida...

De repente, senti uma necessidade enorme de organização. Logo, lá estava eu arrumando a mala, limpando o chão, lavando as roupas sujas e passando as mesmas depois de secas. Enquanto, em silêncio, dava uma de Maria - Faxineira, refletia sobre a vida. E cheguei à conclusão de que tudo poderia ser bem melhor se me esforçasse mais: relações com a família, desempenho no emprego, dedicação acadêmica, saúde, etc.

O que percebo é que tenho uma certa tendência a buscar sedativo em distrações prazerosas. O que não é errado, desde que haja equilíbrio.

Então, decidi me preparar para a semana de trabalhos que vem aí: fui a uma papelaria para renovar o estoque do estojo e para comprar um caderno lindão. Além disso, li bastante, como queria... Até parei um pouco de pensar nos "fluidos, odores imperceptíveis, vibrações" *. Aquela coisa que, "independente da razão, atrai ou repele as pessoas" **. Afinal, no que pode ser produtiva a auto-tortura (se é que essa palavra existe)?

Sou um cara de fases e cada uma dela é, geralmente, muito distinta uma da outra. Nos últimos tempos perdi uma certa capacidade de introspecção que sempre foi minha. Recuperá-la, na última semana, foi bem legal.

Estou feliz.

:-)

(Ok, você merece um prêmio, leitor, por chegar até o final deste post. Sinta-se beijado: é a única recompensa virtual que dá pra oferecer)

*, ** ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga?: um romance B. 2ª reimpressão. São Paulo: Companhia das letras, 1997. – Adaptei alguns tempos verbais ao meu bel-prazer.Nem sei se dá pra fazer isso, mas que se dane: isso é um blog... Não precisa de tanto rigor!

;-)

sábado, 22 de janeiro de 2005

Última semana de férias

Teria um monte de coisas para blogar, mas andava com tanta preguiça... Em resumo:

Cada vez mais adoro andar à toa com o André.

Conhecer pessoalmente amigos virtuais é sempre uma surpresa. Para melhor. Incrível como minhas expectativas são superadas com esse pessoal. O Cramus é fofo!

Ando ouvindo coisas brasileiras e curtido muito. No Winamp: Los Hermanos, Secos e Molhados, Bebel Gilberto.

Estou ansioso para o lançamento oficial do terceiro número de TODAFREAK!

As férias estão acabando e parece que voou. Tinha pensado em aproveitar o tempo sem compromissos de trabalho para adiantar a dissertação, mas net 24 horas, amigos à disposição para passear e outras coisas tão prazerosas quanto acabaram me distanciando do plano inicial. Decidi, então, viajar pro interior com a família nessa última semana de vagabundagem e ver se, ao menos, consigo ficar em dia com minhas leituras.

Até a volta.

(Isso se eu sobreviver à crise de abstinência de net que sei que vou ter. Medo)

terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Como funciona a cabeça de um loser

Se um carinha que me conhecia somente por fotos diz, ao encontrar-me ao vivo, que sou fotogênico, devo encarar isso como um comentário carregado de elogios ou de decepção?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

Convite para casamento: desespero

Algumas vezes já falei aqui de uma grande amiga: a Fernanda. Ela é meiguíssima, sempre disposta a ajudar com uma boa conversa, coisa e tal. Uma daquelas pessoas de quem a gente logo gosta sem ter que se esforçar muito.

Pois Fernanda decidiu se casar. E sei o quanto isso é importante para ela. E é óbvio que fui convidado. Como não?

O problema é que ODEIO CASAMENTOS!

Por vários motivos. E o que vem à cabeça agora para tentar explicar a repulsa é que tal celebração é incomodamente heterossexual. Afinal, o viadeiro não pode oficialmente entrar vestido de noiva na igreja, nem fazer listas de presentes do Ponto Frio em que estejam inseridos itens como máquina de lavar e geladeira.

Quando “casamos”, ninguém nos dá nada...

Além disso, o que são os trajes de casamento? Tem coisa pior do que terno? Decidi ir a uma loja pra ver se valeria a pena comprar um com sapato, cinto, gravata, camisa, essas coisas. Total do investimento:

R$ 685,00

Fala sério! Com uma grana dessas, eu compraria coisas realmente úteis, como um HD novo, camisetas divertidas, bermudas cargo, teclado/mouse sem fio, webcam, etc.



A melhor idéia foi alugar o dito cujo. Só isso, com as despesas de presentes e táxi (porque eu moro mal e, para voltar, só assim mesmo) já vão quase 200 paus.

Mas eu gosto muito da Fernanda. E, mesmo reclamando, gasto sem culpa porque sei que ela merece.

Espero que seja feliz pra sempre com seu príncipe encantado. Agora, se não for... Se aparecer me falando em divórcio qualquer dia desses... Olha, nem sei! Não gostaria de estar na pele dela!-

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

A vingança dos nerds

Fosfobox, sexta de madrugada.
Casa lotada.
Gente bebendo.
Muitos dançando.
Todos se divertindo.

Um bombado resolve tirar a camisa.

O segurança manda ele colocar de volta.

E nóis aplaude!

Clap! Clap! Clap! Clap!

\o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/ \o/

Bem mais que uma simples pose

Um amigo me disse outro dia que eu devo gostar da pose de loser. Acredito que admitir uma verdade não necessariamente esteja relacionado com gostar dela. Pode ser que eu esteja equivocado, afinal não é todo mundo que faz a pós-graduação mais desejada, está num emprego adequado à carreira na qual pretende investir, passa com uma boa colocação num concurso concorrido sem nem ao menos estudar, tem bons amigos, ganha razoavelmente sem ter que puxar os cabelos de tanto trabalhar, etc.

etc.

etc.

O lance é que existe um lado da minha vida absolutamente mal-resolvido e que me incomoda muito: a questão afetiva. Só namorei uma vez e foi A MAIOR MERDA. Desde então, tudo se resumiu a encontros furtivos e insatisfatórios, fodas fixas frias e indiferentes, paixões platônicas fadadas ao equívoco certo, etc.

etc.

etc.

Pelo que parece, cheguei a um limite: assim como não consigo estabelecer relações profundas com ninguém, também está difícil manter as superficiais. Não rola. Deve ser alguma coisa inconsciente que me trava.

Logo, acho que está na hora de dar uma saída de cena. Uma trancafiada mais que providencial. Pelo menos até que esteja pronto de novo para lidar com a frustração que é alguém complicado como eu estar no mundo à procura de alguma coisa.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

Última saída até o carnaval (ok, nem eu acredito nisso)

Deveria estar às 16h50min no ODEON para ver junto com o Dré Meu tio matou um cara, mas cheguei com 10 minutos de atraso... Então, até que desse o horário da sessão seguinte, decidimos fazer uma coisa diferente e chiquérrima: tomar chá da tarde na Confeitaria Colombo! Arrasamos.

Olha, vale a pena. O lugar é lindo, as iguarias fazem a perdição de qualquer um e ainda rola um piano e um violino ao vivo. LUXO! Concordo plenamente com o que meu amigo falou:

No dia em que a Confeitaria Colombo fechar, o Rio não tem mais razão de ser. Pode acabar também.

:-)

Quanto ao filme: meigo, meiguíssimo! Chorei, amei! Achei tudo de bom! Cenas bem marcadas, humor sutil e elegante... Além do tema, é claro: ALTAMENTE CREEP!

E depois andamos à toa pela rua até ficar tarde e podermos is à Fosfobox. Foi o mesmo que no outro dia: maravilhoso (pelo menos para mim). Ainda mais porque dançamos lado a lado da grande estrela da música brasileira: TATI QUEBRA-BARRACO! Levamos vários pisões no pé e prometemos nunca mais lavá-los. O Luiz Fernando Guimarães também apareceu lá na frente, mas a Tati ofuscou seu brilho.

Pena que não deu uma canjinha!

Alguém a fim de me acompanhar a algum show dela num domingo desses?

;-)

Ops! Prometi não sair até o carnaval. Sabe como é... Contenção de despesas e a dissertação batendo na consciência. Mas não custa chamar. Bem difícil eu não topar!

Quero ser indie?

Desde a viagem que fiz a BH que quero ser indie. Tudo começou enquanto andava com o Baiano pela Savassi e ele me explicou:

Esse aqui é o ponto do povo indie-blasé-poser da cidade...

Mesmo percebendo que a nomeclatura tinha o objetivo claro de ridicularizar a atitude de tais pessoas, não deixei de me interessar pelo assunto, afinal, já havia percebido criaturas assim na noite carioca. Mas era sempre uma análise superficial, voltada apenas para a aparência. Logo, ser indie, para mim, era usar óculos de aro grosso, ter cabelos estranhos (como moicano), vestir o casaco de 3 listras da ADIDAS e coisas assim.

Mas não. Conversando com a DEMONINDIE, chegamos ao consenso de que tais adereços somente enriquecem algo, digamos, mais "profundo". O lance indie é basicamente uma atitude entediada e blasé com relação à vida.

Foi assim que percebi a minha incapacidade! Eu sou Wally-Errado-Loser-Creep-Nerd-Poliana! Não dá para, disso:



Mudar radicalmente para isso:



Nada a ver... Daí que fiquei meio triste por não ter um estilão, tal como Indie, Blasé, Emo or wathever! No entanto, percebi que sou uma coisa que é especial pra caramba: meigo!

Agora já ta bom! Melhor assim!

(consciência absoluta de que esse post foi altamente nonsense e regado a uma egotrip fudida)

sábado, 8 de janeiro de 2005

Limitações de um blogueiro gay

No dia em que aconteceu o lance da arma no Grajaú, eu voltava de um teste de emprego que me angustiou bastante, mas sobre o qual não posso falar. Na verdade, trabalho é quase um assunto-tabu aqui, já que tive que cancelar meu outro blog justamente por ter sido bastante ingênuo nesse sentido.

O lance é que não abro mais mão de dissertar livremente sobre os tesões, as frustrações afetivas e coisas afins do mundo complicado que construí. Logo, é uma escolha: deixo de lado uma parte da vida para expor somente outra.

E às vezes isso me incomoda. Porque nem sempre tenho com quem conversar e gosto de colocar os textos para o público poder trocar uma idéia comigo nos comentários...

Fazer o quê, não é?

Adoro ser gay, mas dá uma certa inveja da aceitação incondicional da vida que os heteros levam. Eles podem falar que estão namorando sem que as pessoas em volta fiquem chocadas e sem que isso seja uma possibilidade de se tornarem visados negativamente pelos patrões.

Ai, mas vamos falar sério! Imagina se haveria chance de eu poder falar isso pra alguém, fosse quem fosse! Eu, NAMORANDO?! Conta outra!!!!

Loser, loser, loser!

:-(

(Ok, ando exagerando na auto-piedade, mas é que está foda mesmo...)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Susto

Ia do Grajaú para a Pça. Saens Pena no ônibus expresso que faz a ligação com o metrô, quando vi uma cena estranha. No coletivo que ia ao lado, as pessoas estavam todas deitadas no chão. Pensamento inicial:

Devem estar sendo assaltadas lá dentro. Coitadas.

Mas fiquei atento e percebi que havia um homem-estilo-classe-média circulando na rua em que passávamos com uma arma em punho. Aliás, todos perceberam e o pânico foi generalizado, já que o motorista estava parado e não demonstrava sinais de partida. Óbvio que entrei na gritaria:

Está esperando o quê, motorista? A gente levar um tiro???????!!!!!!!

Aí, nada restava a fazer do que tentar entender a cena. Havia um rapaz deitado no chão, como se tivesse rendido e o tal cara. Deduzimos que ele reagiu a algum assalto e foi bem sucedido, o que já parecia bastante louco.

Fomos embora e é claro que, entre um choro e outro dos mais nervosos, começaram aqueles papos de experiências com violência que sempre surgem entre desconhecidos após incidentes semelhantes.

Estamos todos aterrorizados.

E vim embora pensando no quanto pode ser desagradável viver em cidade tão caótica... O meu grande problema foi a arma. Tão chocante vê-la assim: explicitamente. A sensação é parecida quando aparecem aqueles policiais dentro de carros com as metralhadoras expostas. Será que alguém realmente pensa que nos sentimos seguros vendo aquilo?

E parei de ser Poliana por umas horas e fiquei prestando atenção aos mendigos deitados e mijando sem vergonha na frente de todo mundo.

:-(

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

Fazendo o que realmente gosto

Depois da tortura das BARBIES IN TOTAL CONTROL OF HOUSE, a sensação que eu tinha era a de que precisava fazer uma coisa que não acontecia há tempos: sair e voltar com a impressão de que realmente havia me divertido.

Daí que no sábado à noite, não quis saber se o Guilherme e o André estavam mortos de cansados e preferiam assistir ao (eca) Moulin Rouge dublado na TV: resolvi ir sozinho a um lugar para o qual sonhava voltar há meses: a FOSFOBOX!!

Vocês podem perguntar:

Se lá é tão bom pra ti, por que motivo tanta demora em aparecer de novo?

Bom, em parte por vacilo meu mesmo. Ultimamente estava precisando de companhia e os amigos andavam preferindo casas até legais, mas com as quais não me identifico tanto... Enfim, falava pro korn outro dia que sentia até que as pessoas que freqüentam a Fosfo têm mais ou menos o meu tipo físico. Ele veio com essa:

Então lá é cheio de gente com cara de nerd?

Humpf.

Talvez seja isso, mas pode ser o fato de ver que as pessoas estão ali basicamente para dançar e não para caçar... Se vier é lucro. Só isso faz eu me sentir tão bem... Porque entro no clima e não fico frustrado com minha inabilidade em ficar com as pessoas... Ah, sem contar o som perfeito e as pessoas aplaudindo ao final das músicas excelentes!

Sair sozinho é bom. Dá um senso de liberdade. E ser uma pessoa "online" (como diria o André) tem as suas vantagens, pois as fronteiras ficam estreitas e, de maneira inesperada, você pode encontrar com algum amigo virtual de BH tão no clima da casa quanto você. Adorável.

E dancei a noite inteira mal e de olho fechado. AMEI. E só saía da pista para ir ao banheiro, beber água e fazer descanso refrescante em frente ao ar condicionado por 5 minutos.

PS: definitivamente, não beber numa noitada é ótimo. Tão bom acordar no dia seguinte disposto a passear pela rua.. Sem nenhum resquício de ressaca!!

Ao som de Knee Deep At The NPL, do Camera Obscura. Delícia, delícia...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Reveillón errado

Passei meses na expectativa para a festa do reveillón. Afinal, pela primeira vez na vida, eu, carioca da gema, iria assistir à queima de fogos em Copacabana (uma vergonha...). Tanta animação só poderia dar em uma coisa: erro certo.

Murphy me domina.

Combinei com o Gui de partir de mala e cuia para a casa dele no dia 30 à noite. Até aí tudo lindo e maravilhoso, mas, enquanto passava a roupa (bicha pobre), senti alguma coisa estranha pulsando no lábio inferior. Fui dar uma olhada no espelho e ... NÃO:

A herpes voltou a atacar!!!!

Justo no ano novo??? Justo quando eu prometi a mim mesmo agarrar alguém (ok, eu acredito em Papai Noel) aparece isso na boca? Inferno. Resultado: mesmo que o príncipe encantado aparecesse (possibilidade remotíssima), teria que deixá-lo passar, pois seria muito feio transmitir isso pra ele.

Damn it!

Bom, daí que resolvi que seria melhor ir ao médico no sábado de manhã para que ele me receitasse algo que acabasse com a maldição. O problema foi que o remédio indicado por ele não se encontrava em nenhuma das 7 drogarias de Botafogo que visitamos! Somente na última, onde entramos por puro desencargo de consciência, que encontramos. Nem deu pra acreditar. Menos mal.

Outra coisa que nos fez andar o dia inteiro: Franz Ferdinand. Havia baixado o CD deles no Soulseek, mas não tinha nenhuma mídia para gravá-lo. Então resolvi comprá-lo pra não ficar tanto tempo sem ouvir (gostei muito. Quero dizer: AMEI). E quem foi que disse que encontrei? Será que, de repente, todo o Rio de Janeiro teve um surto de bom gosto? Não dá pra acreditar... Agora, que se dane:

Vou piratear e pronto!!!

E teve Copa, que estava bastante animada. E tinha gente animada demais até, como a bicha-bêbada-Leandro. Ela abraçava todos que passavam. Apresentava-nos aos seus amigos (sem ao menos saber nossos nomes). Enfim, chata e grudenta. Pediu um beijo na boca do Guilherme e eu fiquei torcendo para que fizesse a mesma coisa comigo, pois eu aceitaria:

SÓ DE MALDADE!

Mas depois fomos pra um quiosque gay no meio da areia e foi Luxo. Bastante animado e divertido. Adorei. Estava tão empolgado na contagem regressiva... Só não entendi aquela fumaça toda na hora dos fogos.

"É sempre assim?", perguntava. Humpf!



E partimos, depois, para a BITCH. Ai, por que insisto em ir a lugares onde não me encaixo? Como posso me divertir numa festa chamada BARBIES IN TOTAL CONTROL OF HOUSE?????? Som chato, pessoas estranhas e sem camisa se agarrando, banheiros sujos. Detestei.

Mas foi ótimo ter o Gui e o André comigo na virada. E passar o finde com eles. Duas pessoas importantíssimas para mim em 2004.

:-)

Trilha sonora creep de 2004

Primeiro semestre:
There's Too Much Love – Belle & Sebastian

It's safer not to look around
I can't hide my feelings from you now
There's too much love to go around these days


Segundo semestre:
I Want The One I Can’t Have – The Smiths

'Cause I want the one I can't have
And it's driving me mad
It's all over, all over, all over my face


Em 2005, prometo esforçar-me para ser menos loser.

Balanço clichê

Fazendo a longa viagem de volta ao subúrbio hoje à tarde, ocorreu-me a idéia de escrever um post-balanço sobre o ano que passou. Confesso que a empolgação não foi das maiores. Todo um contexto de baixa auto-estima e de complexos que estão bastante intensos e presentes nos últimos tempos. Terapia, please!

No entanto, conversando com o korn sobre isso, comecei a perceber que 2004 foi especial e merece, sim, uma avaliação positiva, afinal:

Descobri que sexo é bom. Minto: divino. Ops! Algo inexplicavelmente delicioso. Quer dizer... (ad infinitum)

Aprendi a disciplinar a semana de modo a ter quase todos os finais de semana livres para a curtição.

Falando, nisso... Nunca curti tanto: passeios, noitadas, almoços, jantares...

Viajei sozinho pela primeira vez na vida (ok, vergonha)!!! E REPETI O FEITO MAIS DUAS VEZES ANTES DE O ANO ACABAR!!

Fiquei feliz por perceber que os vínculos cibernéticos podem se tornar cada vez mais significativos na vida “real”.

Comprei a Dulce Veiga!! \o/ \o/ \o/

Fiz os novos amigos que tanto queria há alguns anos! E que novos amigos!!

Falei às pessoas que importavam o que sentia por elas. E isso é o relevante.

Reconheci meu valor profissional: sou FODÃO! :-)

Desisti da linha Poliana e separei o joio do trigo no que se refere aos colegas de trabalho.

Voltei a ter uma correspondência pessoal. Tudo bem que é só com uma pessoa, mas e daí? Tão bom abrir o mail e ver que tem um lá escrito só pra mim!

É claro que há um milhão de outras coisas tão significativas quanto as que mencionei, mas essas são as que ficaram mais marcadas. Ao ponto de eu lembrá-las para mencionar aqui. É claro que nem tudo foi tão maravilhoso:

Pesquisei pouquíssimo.

Diminuí consideravelmente o volume de leitura.

Não estabeleci relação afetivo-romântica com qualquer pessoa com quem tenha transado. Melhor: com ninguém!

Engordei uns quilos.

Vacilei feio com pessoas que não mereciam.

E por aí vai.

A sensação é a de que passei por uma grande mudança. Com certeza não sou mais a pessoa sisuda, deprimida e certinha dos tempos da escuridão. Talvez sinta falta de alguns traços meus daquela época, como a disciplina e o rigor intelectual. Entretanto, no saldo geral do balanço, acho que gosto mais de mim hoje.

E não é que a auto-estima deu uma melhorada depois de parar pra avaliar meu ano?

Feliz 2005 para todos os personagens secundários que fazem a vida do protagonista desse blog uma coisa doida o suficiente para ser narrada em palavras despretensiosas. Adoro todos vocês.