segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Quando o sol nascer...

Sinto muito, conterrâneos, mas devo admitir que devo fazer parte do 1% dos cariocas (chuto o percentual, obviamente) que está muito feliz pelo fim do horário de verão.

Ah, é tão bom voltar a acordar para trabalhar quando já é dia (ou quase)!!!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2006

O que eu quero no momento

Daí que resolvi abrir o verbo e, num arremedo de coragem tímida, disse que queria mais do que vinha tendo. Minha medida para saber quando é sério está relacionada à ânsia que dá quando o telefone toca, à carência que bate quando vão embora e por aí vai. Falei cheio de medo, pois tal sentimento a gente sempre tem quando pensa em entregar o coração de bandeja para alguém. Ou quando quer dar o primeiro passo para isso.

Mas não foi dessa vez.

E não bateu a baixa auto-estima velha de guerra que sempre rola quando tomo o fora. Não foi aquela coisa Oh-que-merda!-Sempre-que-me-interesso-por-alguém-é-isso. De alguma forma, a certeza que passei a ter de que sou bonito, interessante e de que valho o esforço não diminuiu. Só espero sinceramente que alguém de quem eu goste pense assim também num futuro não muito distante.

:-)

O engraçado é que também estou lidando com essa nova rejeição de maneira saudável. Não rolou vontade de sair trepando com meio mundo dessa vez. Muito pelo contrário: estou tão sossegado que até assusta.

A Fernanda diz que desse mato ainda sai cachorro pela relação amistosa que criei com o cara, mas ela já disse isso outras vezes sobre outros caras. Ela sempre tem a fé de que um dia eu vou namorar e de que vamos fazer programa de casal com nossos respectivos bofes.

Eu não penso nisso. O que não sai da cabeça é que, Ok, minha auto-estima não saiu abalada e estou lidando com as coisas de maneira mais saudável, mas isso não significa que doa menos. E era só isso o que eu queria no momento.

Dulce Veiga em crise existencial

Dulce Veiga (meu PC) resolveu parar de funcionar de vez. Justamente quando tô sem grana para pagar técnico, justamente quando tenho um monte de coisas para contar sobre as minhas DR`s com o Dono, justamente após eu me comprometer com o grande gasto que é obter uma máquina de lavar.

Assim que der, volto a postar pelo laptop do Gui.

See ya.

domingo, 12 de fevereiro de 2006

OPS!

Esse blog tá tão capenga que nem seu dono lhe dá muita importância ultimamente. Acabei de lembrar que, no dia 10 de fevereiro, ele fez dois anos de existência. Feliz aniversário atrasado, blog! Espero que você perdoe este proprietário desnaturado!

Eu, alunos e BBB

Acho que comentei por aqui ano passado que meus alunos diziam que eu me parecia com o Jean do BBB e ficavam rindo entre si. Coisa de 5a. série, sabe? Era óbvio que o que eles estavam querendo me dizer que sacaram minha viadagem. E o parecer-se com o Jean seria ter a mesma opção sexual que a dele. E eu devo me assemelhar mesmo um tanto com o cara no que se refere ao jeito, sei lá.

Nesse ano, está rolando algo parecido. Dirreram-me parecido com o Carlão. Tremi, pois pensei que eles se referiam ao ex-monge-que-jura-que-não-é-viado. Depois saquei que não: Carlão é o gostosinho careca.

Fiquei feliz. Aliás, bem mais do que no ano passado. Nada contra o Jean, muito pelo contrário, mas ele é feio que dói! E o careca é tão delicioso!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Nunca deixaremos de ser atores

Uma vez a Roberta disse para mim e para a Malu que nunca deixaríamos de ser atores. Não que um dia eu realmente tenha sido, entenda bem. Foi teatro amador... Tudo bem que era meu sonho de adolescência e tal, mas tomei outro caminho.

Eu tenho saudades da Roberta e da Malu. Por que não convivemos mais como antes? Por que acabei-me afastando delas? Por que acabei-me afastando de tanta gente?

Mas não é sobre isso que quero falar. A afirmação da minha amiga surgiu na cabeça hoje, meio de repente, durante uma aula. O interessante foi perceber que tal idéia voltava e voltava...

Em que contexto tal frase foi dita? Se não me engano, algum de nós contava uma história com bastantes gestos e imitações-quase-perfeitas-dos-envolvidos-nela. Ríamos por causa de detalhes tão peculiares. E foi então que ela surgiu:

Nunca deixaremos de ser atores, não é?

Hoje sou professor, A Roberta trabalha com vendas e está bem-sucedida (só não sei exatamente o que faz), já a Malu... Essa, sim, não tem dúvidas quanto à pergunta acima feita. Ela é atriz mesmo.

Como percebi a veracidade de tais palavras hoje pela primeira vez? Lia com a sétima série do Méier o conto Peru de natal, do Mário de Andrade. Como percebi a hesitação da maioria dos alunos ao pronunciar certos vocábulos que nunca usaram na vida (interessante como o moderno pode vir a ser um dia "obsoleto"), decidi ler eu mesmo alguns dos parágrafos, fazendo, assim, um revesamento com a turma. O lance foi que, do nada, eu não era mais somente o professor querendo dar uma dinâmica maior à aula. A partir de um instante que não sei precisar, comecei a interpretar o texto e pensar, caralho, como isso é lindo, caralho, como esse cara escrevia bem, caralho!

No momento em que a mãe se emociona com a celebração que o filho cria (ok, tem que ler o conto para entender, I'm sorry...), tive que parar e pedir para alguém ler, pois, se continuasse, não iria conseguir segurar as lágrimas.

O foda foi que eles perceberam. E riram. Que mico.

Mas por que falo disso? Penso que devo hoje me sentir um cara espontâneo e descontraído devido, em grande parte, ao teatro amador que fiz na adolescência. O problema é que, às vezes, aparecem pessoas que, sabe-se lá por que, conseguem fazer com que eu me sinta travado, sem palavras, tímido e cuidadoso com o que quero dizer e fazer.

Esse não sou eu, entende? Não sou assim!

Mas fico desse jeito com o Dono. Eu já tinha sacado e comentado com amigos. O foda é que ele também percebeu. E comentou comigo.

Eu quero que você seja você mesmo comigo, entende? Não tem que medir nada.

Por que após tantas coisas que me tornaram melhor (teatro, faculdade, trabalho, experiências sexuais, conquista de amizades, defesa de disertação, etc.), continuo sendo tão inseguro quando fico apaixonado e carente?

...

Para essa pergunta em particular, não tenho resposta.

Wally Fitness

Sim, tomei remédio de emagrecer.
Sim, fiz dieta.
Sim, perdi 7kg.
Sim, pretendo perder mais uns 5kg.
Sim, agora estou misturando tratamento ortomolecular natureba com endocrinologista junkie.

E seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

O André veio me dizer que eu estava muito passiva no último post.

Por que será que ele teve essa impressão?

Shame on me!

A propósito: o Dono ligou ontem de noite. Logo, o número dele voltou à agenda.

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Quarta-feira voltei a trabalhar, mas sabe como é. Demora pra entrar no ritmo... Eu tenho até medo daquela época do ano em que mal tenho vida própria e direito aos finais de semana. Por isso, aproveitei os três dias sem aluno para fazer aquilo a que realmente eles se propõem: porra nenhuma.

Na sexta, o carinha de quem ando a fim e que sei que não vai dar em nada (mais conhecido como Meu Dono) ligou depois que passei um torpedo. A Fernanda ficou me incentivando, dizendo que eu não tinha nada a perder, que era pra me jogar, que, se eu não parasse de querer ser a diva cultuada e flertada pelos caras, nunca conseguiria construir um relacionamento. Enfim, deu-me um esporro. E o cara parecia bastante carinhoso e fofo. Fiquei feliz pacas. Rolou a possibilidade de a gente se encontrar no sábado, o que me animou.

Por que a gente é assim?

É claro que a gente não se viu no sábado. Deu uma desculpa esfarrapada. Fiquei com ódio de ter dado ouvidos à Fernanda... Eu sou inseguro. Dificilmente vou me jogar em cima de um cara se eu não sacar que o que tá rolando comigo tá rolando, também, com ele... E o Dono já deu toda a letra de que é só sexo. Tem uma mensagem oculta em tudo o que ele fala que me diz isso. É foda.

Essa certeza fez eu me emocionar talvez mais do que deveria com o Brokeback Mountain. O filme é muito deprê, muito fim da linha (ou seja: lindo) e eu fiquei morrendo de inveja daqueles caubóis que sabiam exatamente que o que quer que sentiam um pelo outro era correspondido no mesmo nível.

Humpf.

Mas, apesar dos insights buadas, das músicas-feitas-para-serem-ouvidas-enquanto-cortamos-os-pulsos serem a minha trilha sonora atual e da choradeira que rola de vez em quando, o FDS foi bom. Encontrei por acaso com a Patrícia e com a Ana Paula na sexta e sábado fui encontrar com os amigos para comemorar o aniversário do Cramus. Ambas as coisas aconteceram na Lapa. E, depois de um tempo de abstinência, tomei cerveja: esse líquido divino.

Amanhã já tem aluno. A correria começa de novo. Loucura mesmo. Ainda bem que esse ano é cheio de feriado! Trabalho faz a gente esquecer os bofes que desprezam a gente. E só por precaução, deletei todos os registros de chamadas que fiz ao Dono do celular, assim como o número dele da agenda. Sabe como é. Não confio em mim mesmo o suficiente para não ligar mais.