quinta-feira, 25 de maio de 2006

Meu dia chuvoso

A Clélia falou para eu aproveitar aquele dia chuvoso, mas meu. E foi o que fiz pensando nela. Havia umas provas de recuperação a serem aplicadas na escola do Recreio à tarde, mas eu falei que ia me mandar, meu aniversário, afinal! Já pensou ficar a tarde inteira morrendo de sono vendo os malinhas fazerem prova? Decidi pegar meu cartão de crédito confiscado e me dar um sapato de presente. Como esse objeto do demônio nas minhas mãos é tragédia certa, comprei, na verdade, um sapato, meias, cuecas e duas calças novas da Levi's!!!!!!!!

Bom, mas não estou me sentindo culpado, não. Fiquei na merda esses meses todos e, em nenhum momento, foi por ter comprado algo para satisfazer o meu ego. Agora, depois de ter emagrecido 20kg e depois de tantos perrengues, eu acho que mereço.

:-)

Foi um dia solitário, é verdade. Entretanto, essa conclusão não tem nenhuma amargura, pois gosto bastante da minha companhia. Dei-me um jantar de aniversário bastante razoável, fiquei curtindo a quietude do apê pensando na vida satisfeito de ser quem sou e cheio de boas intenções para o que irei me tornar daqui para a frente.

Uma das minhas fodas fixas me disse que esse dia marcaria o final de um ciclo e o começo de outro. O cara saca de numerologia... Segundo ele, os dias anteriores a ontem seriam uma espécie de "faxina" na minha vida, tal como aquelas que a gente faz no armário no fim do ano para separar o que continua ou não por lá. Agora, com o início do ano 1, novas coisas irão acontecer. Estou super curioso para saber que coisas são essas! Que venham novidades legais!

...

Ai, ai... 28 anos... Quando lembro do que, com 18, eu imaginava que seria chegar até aqui e vejo como é de fato, fico até animado em devanear sobre completar 38... A vida é boa!

domingo, 21 de maio de 2006

Resignação

A Fernanda, num dos seus momentos epifânicos da terapia, disse que seu grande problema é não saber se resignar com o que não pode mudar. Pensei, então, que deste mal não sofro, já que me conformei com a idéia de que a casa não vai ficar sempre super limpa, com o fato de que não poderia ter largado o emprego do Méier e também com a necessidade super urgente de parar de vez de comer besteira o tempo inteiro!

Por que estou falando sobre isso? Bom, acho que me resigno ao fato de que não consigo deixar de ficar com ELE. Vivo tomando a decisão de que não rola mais e sempre acabo, no máximo 15 dias depois, feliz da vida após umas daquelas transas I-N-I-G-U-A-L-Á-V-E-I-S. Enfim... Mas não vou ficar escrevendo ou pensando demais sobre isso. Afinal, ELE, numa DR recente, ao ver minha empolgação ao falar sobre o que rolava entre a gente, disse, de maneira curta e grossa:

Ah, sei lá, eu gosto de transar com você e aprecio sua companhia. É isso.

O que, em outras palavras, significa:

NÃO SE EMPOLGA, CARALHO!

Mas, quer saber? Ontem, a muito custo, saí de casa e fui para o Buraco da lacraia. Foi legal rever meus amigos de novo! E hoje amanheceu com sol. Só Deus deve saber o quanto isso é determinante para o meu humor! Estou feliz e esperançoso. Que coisa boa essa claridade!

E obrigado por mais 24 horas.

sábado, 20 de maio de 2006

Anti-social?

Ao que parece, aquilo que pensei que fosse fase vem se tornando parte de minha personalidade: estou virando um belo de um anti-social! O que é estranho se levarmos em conta o que imaginava que seria a minha vida depois que me mudasse para a minha casa. Nos meus sonhos, o que mais havia eram visitas, festas e saídas. A realidade é exatamente o inverso... Solidão tem um gosto especialíssimo, saídas são raras e festa aqui em casa nem pensar!!!!!!!!!

Bom, mas agora parei para lembrar um pouco e vejo que não é a primeira vez que isso acontece. Quando terminou aquele único e malfadado namoro, fiquei assim também... E o primeiro ano de volta ao Rio foi de bastante quietude na biblioteca da UERJ. Fiquei tão self-centered (e será que algum dia deixei de ser?) naqueles tempos!

Por que estou falando sobre isso? Bom, deve ser parte do período pré-aniversário... Ao contrário da maioria das pessoas que conheço, opto por não comemorar ou planejar um grande presente, mas sim por pensar no que sou, no que me tornei, no que vai ser de mim. Só tem uma coisa diferente esse ano... Não estou me escondendo de todo mundo, como é meu hábito... Ou fugindo do assunto... Na verdade, falo bastante sobre, comunicando às pessoas que quarta-feira é um dia importante para mim, escrevendo sobre isso no blog, etc.

Agora fiquei meio confuso aqui pensando. Se sempre fugi de todo mundo nos meus aniversários, será que só agora realmente me tornei um anti-social? Sei lá, passou pela cabeça que, no fundo, no fundo, sempre fui um.

Ai, chega de egotrip. Até a próxima.

domingo, 14 de maio de 2006

FDS frio = DR interna

Os finais de semana andam estranhos, frios... E meus humores cada vez mais se mostram imprevisíveis como os de um bom geminiano (sim, acredito nessas baboseiras). Ontem saí de casa contente, e voltei furioso: os shoppings estavam lotados, caiu um toró que apagou o tímido sol que apareceu lá pelo meio-dia, não consegui comprar o ingresso para o LOS HERMANOS.

Entretanto, a visita de um belo rapaz que há algum tempo vem, dá-me 2h de prazer alucinado, larga a minha cama inundada de suor, alegra-me com o jeito infantil de me contar histórias acalmou minha cabeça zoada.

Sem querer parecer presunçoso (já sendo) acho que, pela primeira vez, experimento algo parecido com o que percebia que os caras que ficavam comigo sentiam: um certo encantamento pela ingenuidade escondida ao lado da putaria. Sim, sempre preferi pessoas mais velhas. Acho que gostava de me sentir admirado daquele jeito.

Ok, estou viajando, mas que se dane. Aqui me dou ao direito disso.

Agora, passa-me à cabeça que estou às vésperas dos 28 anos. Talvez o encantamento que venha a ter já não possa mais ser este que identifico no rapaz. Porém, tenho orgulho em pensar que, apesar de todas as escorregadas, não abri mão das convicções, dos anseios e (por que não?) da ingenuidade que sempre me caracterizaram. Pode ser que seja a hora de encontrar em alguém o que mais gosto em mim, em vez de buscar a admiração alheia.

E dá-lhe maratona de Sinhá Moça para fechar o domingo! Alguns amigos comentam que sonho com amores de novela e que a vida não é assim. Eu penso e digo: será que esses amigos convivem, conversam, lidam comigo e - DEFINITIVAMENTE - não sabem nada a meu respeito? Como é que podem querer que eu abra mão de algo que me é tão essencial quanto os membros do corpo? Devo amputar um braço por livre e espontânea vontade? Ou arrancar os olhos? Ou cortar a línga?

Ok, sou bem dramático nas minhas imagens, mas está aí outra coisa de que gosto muito em mim: a veemência.

:-)

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Médicos e Los

Bem que eu queria dizer como foi o exame... O problema é que não dá para lembrar de nada! Só da muito entediante manhã que passei lá em completo jejum e do cagol que fez efeito devastador. O resultado sai na segunda, mas a consulta com o proctologista é na sexta. Enfim, o pior já passou, acho. Agora é torcer para que não seja nada grave mesmo.

Incrível como tenho precisado ir ao médico ultimamente... Primeiro foi aquela diarréia mega forte que apareceu e me derrubou, depois a gripe, não posso me esquecer da videocolonoscopia acima mencionada e agora essa tosse alérgica que está acabando comigo.

Detesto mudanças de temperatura! Mesmo aproveitando a delícia de ficar o final de semana inteiro deitado na cama sob o edredon, estou começando a ficar de saco cheio. Todos os dias deixo de levar casacos na esperança de que haverá sol. Sempre me fodo. Estou com a garganta toda doída de tanto tossir!!!!!!!

De qualquer forma, estou muito animado para o show do Los Hermanos que vai haver no sábado. Espero realmente estar melhor até lá... O foda é que parece que ninguém quer ir. E ando pensando: que se dane! Melhor assim, talvez! É bom que vou poder berrar sem vergonha de ter gente conhecida por perto.

Ah, mas que eu gostaria de ter uma boa companhia, lá isso não posso negar!

domingo, 7 de maio de 2006

VIDEOCOLONOSCOPIA

Preparação para o exame: dieta liquido-pastosa hoje, jejum por todo o dia de amanhã. Tomarei Plasil e um cagol aí. Levarei anestesia geral pela primeira vez na vida.

Muito, muito, MUITO medo!

:-(

Folhetim fuleiro

Confesso: criei suspense porque estava morrendo de sono e queria terminar logo o post. Daí que pensei em continuá-lo outro dia.

A verdade é que odeio criar esses comprometimentos... Por que digo isso? Bom, não tenho a menor vontade de escrever sobre o que vem em seguida. Sinto muito aos que comentaram e que esperaram um grande final.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

E nos encontramos por acaso

Acabou que ontem caí de pára-quedas no Galeria. Tinha feito um monte de planos, acabei tendo vontade de ficar em casa, mas um convite de última hora me fez mudar de idéia. Estava com medo de cruzar com ele, mas isso nunca me impediu ou me impedirá de ir a lugar nenhum.

A companhia era boa: ex-trepê que está virando um amigo legal. Encontrou conhecidos, ficou aquela rodinha de conversas triviais. De repente, uma mão no meu ombro. Era ele. Deu-me um sentimento tão legal perceber que nós ainda poderíamos nos falar e dar dois belos sorrisos sinceros de felicidade por termos nos encontrado! Foi rápido. Ele fez a tradicional pergunta "Você está bem?" com aquele tom característico de quem está preocupado com o meu sofrimento por ele. Pior que o cara consegue fazer isso sem ser arrogante, sem parecer penalizado, nada. É gentileza, educação e tudo o mais de bom que, mesmo admirando, não me fez nem faz agir fora do meu jeito orgulhoso e responder com um sorriso (desta vez, nada sincero) que sim, estou muito bem.

E foi só isso. Ou tudo isso. Porque é foda você fazer um monte de coisas para não pensar em alguém e estar sempre pensando em alguém. A noite inteira eu não olhei para os lados em que sabia que estava, mas tinha a atenção voltada, todo o tempo, para lá. Mesmo que fosse para evitar vê-lo ficando com outro carinha. Quando tocou aquela música da Vanessa da Mata, percebi que era a minha deixa, pois a boate sempre fica mais farofa depois. Quando ia para o caixa, um gatinho me encostou na parede e me encheu de beijos.

Quando o pau não sobe, é melhor deixar para lá.

Voltei com uma sensação esquisita. Eu tento não ficar amargo, mas é difícil. Mas, por que sempre parece que nunca vai acontecer? Que sempre são equívocos? AARRGGHHH.

Passei mais um dia naquela de fazendo um monte de coisas para não pensar nele, mas sempre pensando nele. Conversando um monte de coisas com o Guilherme para não falar dele, mas sempre falando dele.

Até que, quando voltávamos do Leblon, o celu tocou.

Oi, sou eu.