segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Quem precisa de tanta testosterona?

É bom acalmar a testosterona um pouco e ficar calmo, sem pensar loucamente em sexo. Tudo bem que, por motivos físicos, realmente estou impossibilitado de praticá-lo, mas é bastante agradável receber os amigos na sexta para uma noite de leitura de mapas astrais providenciada por Didi. É óbvio que acabei dormindo antes da interpretação do meu, mas o povo sabe que sou bom anfitrião e fica fazendo DR até às 7h com este que aqui escreve roncando ao lado.

Poucas coisas valem mais do que amigos em quem se pode confiar desse jeito!

Também é muito legal ficar em casa no sábado inteiro, só saindo para almoçar com os mesmos amigos (com exceção do nosso astrólogo e psicólogo oficial). Descobri que dá para baixar gibis pela internet numa qualidade de imagem surpreendente. Aí já viu: maratona da fase Grant Morrisson nos X-Men! Caramba, sempre tive preconceito contra o cara, mas ele era realmente bom!

Daí que domingo, depois de tomar o café, recebo dos meus pais o convite para dar uma volta no Jardim Botânico. Delícia total. Sinto ondas de amor vendo minha mãe dissertando sobre o método do CVV (Centro de Valorização da Vida - ela está fazendo curso para ser voluntária) e o meu pai todo interessado querendo saber os nomes de árvores onde os passarinhos mais preferem fazer ninhos.

Para fechar com chave de ouro o final de semana (Acho que realmente mereço ser feliz. Como todos nós, aliás), fui com o Cramus ver Pequena Miss Sunshine no cinema. Sabe como é... Ele sempre me chama para ver filmes blockbusters e eu sempre tenho o maior preconceito. Só que li o resumo desse aí num site e achei bacana. Ele logo disse que isso aconteceu somente por que o filme era independente e tal, mas duvido que ele não tenha se amarrado também. Fazia tempo que eu não gargalhava tanto por quase 2h seguidas!

Enfim... Coisas simples fazem bem. Pessoas bascanas também! É isso.

domingo, 8 de outubro de 2006

Na hora de casar

Por causa da grande quantidade de trabalho e de outros fatores, andei investindo pouco do meu tempo na empolgante atividade de arrumar sexo. Havia uma certa preguiça no meio... Sei lá... A boa e velha punhetinha em casa estava me bastando. Sem saco de conhecer gente nova, de bater papo, de descobrir se vai ou não ser bacana, essas coisas. Além disso, baladas em geral foram deletadas do meu dicionário. Motivo? Desperdício de grana, ressaca pós-balada durante a semana inteira, enfim... Algo estava diferente.

Assim como faço agora, parei e pensei sobre isso. O que siginifica? Será a idade? Passou o deslumbramento após um ano de emancipação?

Daí que, após transar com um carinha que está entrando na lista das fodas fixas (um casado que se encontra comigo porque ama-o-marido-que-não-é-tão-sexual-quanto-ele), resolvi dividir essas angústias (é sempre bom ter papos profundos após a ejaculação) e ele me veio com a seguinte conclusão:

É... Por volta dos 28-30 anos, a gente dá uma acalmada mesmo... Mas, sabe o que eu acho? Que está na hora de você casar, não? Um marido vai bem aí...

Bom, eu concordei plenamente, mas, CADÊ O MARIDO?! Não aceito me dizerem que não tentei arrumar um... Tudo bem que as mais recentes foram tentativas equivocadas, mas eu mereço o mérito. Voltei para casa ruminando nisso, pensando que, na internet, o dia inteiro com nicks baixaria no chat do UOL, nunca conseguiria um. Então me deu uma vontade de sair, sabe? Mostrar a cara... Afinal, era sexta-feira, sempre caio na cama morto de sono às 22h nesse dia da semana, mas estava mesmo disposto a agüentar firme, sair por aí, quem sabe o The Copa e ficar lá, lindo, dando oportunidade para o marido me encontrar e eu encontrá-lo e a gente ser feliz para sempre.

Com tudo planejado, liguei para o Cramus, expliquei minha situação e o convoquei para me fazer companhia. Ele mandou eu parar de loucura, acalmar o facho porque não iria ser assim que eu ia casar.

Então tá, mas como vai ser, então, porra?!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Um ano depois...

Não sei se falei sobre isso por aqui, mas já faz um ano que estou vivendo no apê de Laranjeiras com o Gui. Incrível como passa rápido... O esquisito é que justamente nesse aniversário bateu a consciência de que, se não rolar alguma coisa que faça minha renda aumentar no mínimo mais uns mil Reais (e isso não seria nenhum absurdo, se considerarmos minha formação e minha competência, sem falsa modéstia...), terei que ver outras opções de moradia. Mais baratas, quero dizer.

A primeira delas seria arrumar outro apê com o Gui mesmo, só que mais barato e com menos compromissos supérfluos. Isso, claro, se ele ainda quiser dividir as contas comigo. Engraçado como, depois de um atribulado começo, acabamos por nos entender muito bem. Abri mão de determinadas neuroses, ele conseguiu aprender a respeitar a arrumação dos espaços comuns, por outro lado. E a amizade que parecia ameaçada, está cada vez mais forte.

A segunda opção seria arrumar algo sozinho... Apesar de assustadora, ela me parece fascinante! Por que é assustadora? Bom, eu teria que me virar para comprar coisas essenciais, como fogão e geladeira (que atualmente são do meu roommate) e um guarda-roupa (já que o que estou usando está embutido no meu quarto). Isso sem mencionar o fato de que estou cada dia mais anti-social. Tenho medo de que viver sozinho faça com que eu me torne cada dia mais rabugento e intolerante (se é que isso é possível). E por que é fascinante? Pô, morar sozinho, completamente por minha conta, completamente independente, com tudo 100% do jeito que eu quero (sonho de consumo de dez entre dez control freaks como eu!)... Muito atraente a idéia!

A terceira, e última, opção é a casa dos meus pais. Espero, claro, que não se concretize... É engraçado como parece que fortaleceu o meu afeto por eles o razoável distanciamento que temos agora, mas é difícil aceitar a idéia de voltar a viver em Realengo... Ok, não me confundam: não sou do tipo emergente deslumbrado com a Zona Sul. É que já passei por perrengues demais no que se refere a transporte e distâncias! Chega! Quero qualidade de vida! Bairro bonito, médicos, diversões, vida cultural e amigos por perto!
Quero andar em ônibus decentes (nunca tive como projeto de vida um carro...)! Quero minha liberdade sexual! Poder receber as pessoas quando bem entender! E um monte de outras coisas! Entretanto, não posso negar que saber que posso voltar sempre que precisar para lá é uma idéia reconfortante!

O envio de currículos já começou. Também já pedi à Gilda aumento de carga horária. Inscrevi-me em alguns concursos! Vamos ver o que acontece, pois, afinal, estou muito, mas muito contente por estar onde estou neste momento!