quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Hoje fui falar com a professora de teatro da escola. Perguntar se havia algum jeito de eu fazer teatro amador por aí, em alguma companhia. Ela disse que é claro que sim!

Sei lá por que me deu essa vontade de repente (foi de repente mesmo?). Estou meio de saco cheio do trabalho: um monte de cobranças e exigências, as férias até hoje não pagas, o 13o. que com certeza não sairá no tempo certo, o salário que não é lá essas coisas mesmo... Enfim, deu vontade de atuar pelo simples prazer de realizar algo belo, por que eu preciso de um aplauso de vez em quando, pela viagem que deve ser experimentar emoções malucas sem, necessariamente, estar sentindo qualquer uma delas.

Crise pouca é bobagem

E dá-lhe Alanis bombando no meu playlist!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Será que enferrujei? Tenho achado que esotu escrevendo tão mal ultimamente...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Adoro ir ao dentista. Sempre que um deles olha a minha boca, exclama, impressionado, e comenta sobre a lindeza que são meus dentes nunca careados e obturados. Comentam, também, que não há nada a fazer senão a limpeza de praxe e a remoção de alguns poucos tártaros.

Tenho muito orgulho dos meus dentes. E vou cuidar melhor deles. Parece que mordo errado, por isso tenho que usar aparelho. Decidi que vou fazer isso o mais rápido possível. O único terror é pensar em tirar aquele maldito siso incluso que sempre fiz questão de fingir que não existia.

Medo.

Estou saindo com um cara. Tinha pensado que seria impossível algo assim, mas tá rolando... Devagar e calmamente. Está bem legal. Nesse meio tempo, encontrei com ELE de novo. Fomos à praia juntos ontem. Foi bem legal não ficar ansioso, nem desesperado, nem inseguro ou nervoso como vinha ficando no final. Realmente, parar tudo foi a melhor coisa, por mais sofrido que tenha sido. Alguma coisa havia de errado. Esquisito... De repente você encontra alguém por quem tem o maior tesão, de quem gosta, por quem sente admiração... Tudo junto e, de uma forma surpreendente, recebe tudo de volta. Só que num momento intangível, as coisas fogem ao controle e ficam estranhas. É triste passar por isso, mas por outro lado é bom ver que a relação pode tomar outros caminhos...

Um dia de cada vez, não é?

Bom, vou dormir. Está tarde.

domingo, 19 de agosto de 2007

Eu tenho um certo gosto por artistas que se entregam de corpo e alma às obras. Uma coisa meio visceral: Caio Fernando Abreu, Cazuza, Clarice Lispector...

E essa caractarística foi a que mais me fez ficar apaixonado pelo primeiro disco da Alanis Morissette: é tão verdadeiro, sincero, intenso!

Acredito que certas obras merecem um determinado estado de espírito suscetível a elas para que sejam aceitas pelos seus apreciadores. Deve ser o caso, afinal, foram mais de 10 anos para eu parar e prestar atenção no tal Jagged Little Pill.
Acho que estou meio viciado. Exercícios físicos podem se tornar como uma droga? Li algo sobre isso: a pessoa fica viciada em malhar e tal, numas de atingir o corpo perfeito. Porém, sei que não é o caso. Estou bem contente com a minha forma. É mais uma coisa para ficar feliz.

Ultimamente eu sempre tenho acordado meio triste e melancólico. Sejamos sinceros, é foda enfrentar as próprias falhas tão de frente, e eu sempre faço isso. Não sou muito de tampar o sol com a peneira. Pode ser até auto-tortura... Tenho um histórico de baixa auto-estima gravíssimo.

Só que eu chego da escola, está fazendo aquele dia lindo, a tristeza bate um pouco e a bicicleta me encara e diz: posso te fazer feliz. E eu aceito.

Ontem pedalei o dia inteiro. Depois fui encontrar a Clélia para aprender a andar de patins. Nesses momentos, volto a me sentir vivo.

Antigamente, quando estava triste, eu gostava de voltar a me sentir vivo fazendo um monte de sexo. Algo mudou.

sábado, 11 de agosto de 2007

Marcus viajou; Gui viajou; Fernanda descaradamente diz que não pode atender minhas ligações, pois quer saber o que vai acontecer com Harry Potter; André não atende em casa, celular fora de área; Clélia tinha festa DDK, alguma coisa sobre divulgar uma roupa que ela bola e a mãe costura; Patrícia e Ana Paula já não moram mais na cidade para eu ligar e chamar para a Lapa; Isaías está no Alagoas para o dia dos pais.

Sexo não está rolando. De repente, meu tesão acabou. Nem tento forçar a barra com ninguém mais: muito constrangedor... Não preciso passar por isso.

É algum tipo de complô? Alguma armação do destino para me deixar completamente só? Tratamento de choque do tipo: fique sozinho e encare o que você anda fazendo da sua vida sem anestésicos, sem consolo, sem carinho?

Ok, aceito o desafio. Acordo cedo, encaro o dia lindo, faço um café, como uns biscoitos, arrumo a cama, raspo a cabeça, malho, almoço, pego a bike e saio por aí. Uma coisa meio Forrest Gump: Cheguei ao Leme, devo seguir até o Forte de Copacabana? Cheguei ao Forte, devo ir a Ipanema? Chego a Ipa, devo encarar o final do Leblon de frente? Volto, fico ou não sozinho na praia? Sento na canga, tomo uma Coca Light e penso.

O que tenho no momento? a dor de um pé na bunda depois de muita baixa auto-estima e insegurança, uma fatura de cartão de crédito que não posso pagar sem me endividar por mais um ano, a consciência de que o papo de "poucos amigos me bastam" não está me levando muito longe, a percepção de que tem faltado paixão na minha relação com o trabalho...

Tudo me soa familiar: quanto mais as coisas mudam, mais continuam as mesmas? É necessária uma situação de isolamento forçada pela vida para perceber que tenho andado em círculos há muito tempo? Rodo, rodo, rodo e me encontro sempre onde estou agora! Cacete!

Há lado bom?

Bem, estou escrevendo... Fazia tempo que não queria parar para refletir sobre nada. Agora acho muito necessário.

O mundo anda tão complicado... Acho que vou fazer terapia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Por que não pára de doer?

:-(
Para tentar aliviar um pouco a dor, tenho me jogado em um monte de sexo vazio e sem compromisso, tenho procurado o mais que posso os amigos, tenho malhado e trabalhado muito.

Mas é de manhã cedo que me lembro, sem vergonha de ser sentimental, de quando era bom e choro pelo quanto ficou esquisito depois.

Ele disse, no sábado, que não era para pensar assim, que a gente não havia perdido nada, mas sim, ganhado um ao outro como amigo. Não é isso o que sinto. E fico pensando: será que vale a pena? Já fui amigo de gente em quem investia emocionalmente: isso não foi legal.

:-(

domingo, 5 de agosto de 2007

Sempre vivi bem na minha solidão. Na verdade, até tinha muito orgulho disso: uma pessoa que não precisava de ninguém. Poucos amigos (para que tantos?), silêncio, passeios solitários. Coisas boas que me faziam enxergar dentro de mim.

Só que de repente encontrei um companheiro do tipo ideal: adorava praia de manhã, caminhadas, boates de música eletrônica, coisas assim. Para potencializar o prazer que seu "estar junto" me proporcionava, o sexo era ótimo e nunca recebi tanto carinho na vida.

Sabe aquele ditado que diz algo do tipo "pobre quando come se lambuza"?

Pois é, comecei a me lambuzar.

E num espaço de tempo que, para mim, foi absolutamente repentino, o sexo praticamente acabou, a companhia não me passava a sensação de segurança de antes e um medo terrível de perder aquela conquista que nem esperava mais um dia conseguir se apoderou de mim.

As coisas só pioraram. E, sim, não poderiam ter outro final além deste: acabou.

Agora estou aqui na minha antiga solidão. Um amigo indo trabalhar, outro com compromisso com namorado, outra provavelmente dormindo. Faz sol, quero ir à praia e perdi meu companheiro.

E só o que consigo fazer direito é chorar.

:-(