quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Minha sobrinha desenvolveu uma doença ruim este ano e fico de longe assistindo a todo seu contexto extremamente desapontado em ver que a próxima geração da família está tão desamparada emocionalmente. Relações com os pais não são simples. Este ano percebi coisas que carrego comigo que me fazem mal relacionadas à que estabeleci com os meus na infância. Mas houve uma relação: eles sempre estiveram lá todos os dias para o melhor ou para o pior. Por isso é duro enxergar que a menina já percebeu que não é prioridade para os seus.

Isso deve doer pra caralho.

Cada vez mais entendo que os sentimentos humanos são extremamente complexos, requerem muita atenção.

Será que é por isso que tenho preferido me relacionar com meus cães?

Não. É que as pessoas, além de terem sentimentos complexos que requerem muita atenção, são terrivelmente insensíveis às necessidades das outras. No fim, todos têm traumas causados pelos outros, porém fazem o mesmo com quem quer que se relacionem.

E viva os cães!