quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tenho uma coisa a confessar: adoro trabalhar. Não tem jeito de eu ficar muito tempo desocupado e me sentir numa boa, não rola. O engraçado é que, como todo mundo, fico doido para voltar pra casa, sair mais cedo, etc., etc., etc. Entretanto, é tão bom saber que tenho que ir e fazer coisas, e ter ideias e tudo o mais.

Tenho escrito menos por isso. Ando bem cansado. Cansaço do bom... E também por que estou bem e tenho o péssimo hábito de escrever somente quando estou todo ferrado.

Trabalhar me faz bem. E olha que nem tem aluno ainda!

Tem outras coisas que acontecem e que me fazem bem também. Outro dia estava em casa e ouvi a faxineira chamando no portão. Ela chegou e havia um cachorro lá.

Olhei atônito: pretinho, pequenininho e sujinho. Senti aquilo que sempre dá quando cruzo com cachorro perdido na rua. Um misto de pena, vontade de fazer alguma coisa ou de simplesmente não me envolver. Olhei mais detidamente para ele e saquei que era filhote.

Acho que buscando alguma afirmação, liguei para a senhora que dá banho na minha matilha. Ela disse:

Pega! Foi São Francisco de Assis que mandou pra você.

De fato, pensei que não tinha sido à toa que ele teria parado justo ali. Peguei-o, levei para o banho, liguei para a veterinária vir vacinar, fui para o pet comprar as primeiras necessidades: vermífugo, comida de filhote e anticarrapaticida. Chegando lá, perguntei se poderia colocar um daqueles pôsteres de cães para adoção. A atendente, que já me conhece, disse que sim. Fiquei resmungando para mim mesmo que eu era doido, que obviamente o bicho ficaria enorme e que por isso dificilmente arranjaria dono para ele. Ouvindo isso, a moça do pet falou:

Mas tem um rapaz justamente procurando um vira latas filhote de porte grande para fazer companhia à cadela dele! Deixou telefone e tudo!

O fim da história é feliz. O bichinho já tem dono! Assunto resolvido em menos de uma semana. :)

Quando o rapaz veio buscá-lo, senti uma coisa bacana. Faz bem ver que coisas bacanas e simples podem acontecer depois da tempestade.

:)