terça-feira, 31 de maio de 2005

Mochileiros wanna be

Então é assim: decidi finalmente conhecer face to face o meu mais antigo amigo virtual. 5 anos de tecladas, correspondência manuscrita, e-mails cheios de confidências e conversas divertidas por telefone deixarão de ser a regra única de nosso relacionamento. Faremos caminhadas sem destino por aí, aturarei a fumaça de cigarro que ele vai soltar toda vez que o vício bater, tomaremos sorvete e cerveja juntos.

A companhia cibernética desse cara é maravilhosa... Somos capazes de passar finais de semana inteiros conversando o tempo todo. Sendo, somente, interrompidos por necessidades fisiológicas mais importantes, como comer, dormir e ir ao banheiro. Entretanto, vai ter que existir um dia em que a presença seja física também, ora.

Daí que eu tinha decidido a passar as férias lá na serra gaúcha, mas ele veio com uma idéia melhor: fazermos a linha mochileiros no CHILE!

Quem me conhece sabe que sou meio pirado e aventureiro: topo tudo! Então dizer que concordei na hora é meio redundante, não é?

Podem me chamar de irresponsável ou o que mais quiserem. Não estou nem aí: eu mereço dar esse presente a mim mesmo. Nem vem!

E ninguém segura a choradeira drama queen total que vai ser o dia em que a gente se encontrar na rodoviária. Ô micão!

Mas deixa eu voltar pra minha dissertação que o tempo urge.

É isso.

Ao som de It’s not up to you, da Björk.

domingo, 29 de maio de 2005

Ah, fala sério!

É assim, eu acho que sou bem resolvido nas relações familiares. É lógico que cada um de nós é tratado de uma maneira bem distinta aqui em casa, mas HELOOOOO, eu tenho 27 anos e estou pouco me fodendo para isso. Fico pensando que não era mais para estar aqui... Então, pra que encanar com esse tipo de coisa?

O chato é quando querem que você faça o mesmo... Aí eu fico puto. Tudo bem que a minha mãe não dá responsabilidades ao meu irmão com relação à limpeza da casa, está beleza que ela acorde às 7h da manhã pra fazer marmita pra ele trabalhar, sem problemas se ele só se levanta se um dos meus pais for chamá-lo 30 vezes... Eu não tenho nada com isso. Mas daí a querer que eu vá cozinhar pra ele, daí a me acordar no telefone acidentalmente às 8h da manhã num dia em que não trabalho porque eles estão viajando e têm que chamá-lo pra ir trampar, daí a eu sacar que se eu não lavar a louça que ele usou, não terei copos pra beber água é demais, né?

Tudo isso piora se percebo que não há respeito nas relações... É assim, eu decidi uma coisa na vida: não quero gente barraqueira perto de mim. Eu não gosto de favelice... Eu deixo as pessoas darem seu show sozinhas. Sei lá, sabe? É um direito que eu tenho. Então, se o preço que eu tenho a pagar é ignorá-las ou ser frio com elas, eu pago de bom grado. E é assim com todo mundo. Começou o show, eu calo a boca e, se acho que vale a pena, volto a conversar de uma maneira civilizada quando a crise tiver passado. Só que eu acho que às vezes não é o caso.

Daí a ter que tolerar, pelo telefone, soluções de comida para mim e para o meu irmão (claro que é pra ele, não pra mim), sermões sobre a importância da família unida e blábláblá é insuportável.

Porque não falar sobre divisão de tarefas, educação no trato, respeito ao espaço do outro e coisas afins?

Fala sério.

Eu tenho muita vontade de ir morar sozinho. E acho que mais cedo do que eu penso isso vai acabar rolando.

As pessoas vão fazendo com que eu me afaste delas e nem percebem isso.

E o mais foda é que quem fica com a fama de egoísta sou eu. Muito lindo!

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Presente de aniversário

Conversei vários dias com amigos diferentes sobre esse lance de fazer aniversário. É péssima a idéia que nos ensinam de que ele tem que ser um grande dia, como se fôssemos reis. Percebo que, a cada ano que passa, a gente vai dando menos bola pra isso, pois trabalho com crianças de quinta série e eles aguardam ansiosos por esse dia, e sabem de cor os nossos também:

Amanhã é seu aniversário, não é?

É, sim!

Parabéns adiantado!

Não faz assim que dá azar!

Nenhum adulto é assim... O pessoal do meu trabalho nem olha pra lista de aniversariantes do mês (eu, inclusive).

Então foi que eu tentei, mas não consegui. Estava me incomodando com a pasmaceira que estava sendo o meu dia... Pô, nada de incrível aconteceria? Não, pessoas, não estou sendo mal-agradecido pelos não sei quantos mil scraps que recebi, nem pelas ligações locais, interestaduais e intercontinentais que recebi (eu sou chic, sabe? Ligaram-me de Paris...), sem falar dos e-mails e dos cartões virtuais. Fiquei muito feliz com tudo isso, claro. Emocionado, até. Mas eu estava sozinho em casa, nenhum abraço, sabe? Queria carinho, companhia!

Daí que quando o Cramus ligou e perguntou:

Diz logo o que tu quer de presente!

E respondi com muita sinceridade:

Companhia!

E ganhei! :-)

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Aviso aos navegantes

O nerd-wanna-be compulsivo que detém os direitos autorais deste blog está em quarentena cibernética até que consiga resolver seus problemas acadêmicos emergenciais. Não tem jeito: foi vetado à dulce o direito de se conectar à rede mundial.

Agradecemos, desde já, a compreensão e a colaboração dos amigos (recentes ou não!). Depois eu volto. Passa rápido.

Fui!
(Amanhã tem reunião com a orientadora. M-E-D-O!)

sábado, 14 de maio de 2005

Sobre Djavan

Odeio esse artista wanna be com todas as minhas forças! Ele é desafinado e muito chato. Insuportável mesmo. O pior é que existe toda uma legião que o cultua. Coisa de pseudo-intelectuais, sei lá.

Daí que estávamos discutindo outro dia sobre a letra daquela péssima música chamada SE. Eu dizia que era uma baixaria a letra dela. E todos me desmentiram, falando que as palavras não eram as que eu tinha entendido. Pois bem, aí via a prova:

Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braille
Do que você decidir se dá ou não
(grifos meus)

Sinceramente! E tem coisa mais monótona que o ritmo disso aí?

O André me fez achar outra pérola:

Açaí, guardiã
Zum de besouro um imã
Branca e a tez da manhã


Fala sério! O que esse amontoado de palavras está querendo dizer, hein?

M-E-D-O!

quarta-feira, 11 de maio de 2005

:-(

:-(
:-(
:-(
:-(
:-(
:-(
:-(

...

:-(

domingo, 8 de maio de 2005

Nerd Wanna-be em ação

Poucas coisas são mais instigantes que formatar um computador. É um começar de novo, a oportunidade de fazer coisas de maneira diferente: quase reencarnação!

Um casal de colegas do trabalho estava com um baita problema em seu PC: não conseguiam nem mesmo acessar o conteúdo do HD. O bichinho estava pedindo arrego, coitado. Daí que eles me pediram o socorro de nerd-wanna-be.

Decidi, depois de consultar alguns amigos nerds online e de pesquisar um pouco, que o melhor sistema operacional para a configuração deles seria o win 2000. Separei-o, junto com instaladores do Office, anti-vírus, anti-spyware, essas coisas. O cara me perguntou se eu cobrava alguma coisa. Pensei:

Fala sério! Seria quase prostituição cobrar por tal prazer!

O Guilherme fala que sou estranho: nem sou usuário simples de computadores, nem sou um expert. Mas chego lá: fuçando a gente sempre consegue encontrar uma saída. Foi assim com a Dulce Veiga(aprendi a configurá-la bem sozinho e ela NUNCA me dá problema), não poderia ser diferente.

Antes da operação drástica, resolvi passar o AVG e, depois de 15 minutos de varredura incompleta, o susto: 5000 vírus!

Ninguém deve ter dito a seguinte frase com maior sorriso:

Vamos ter que formatar mesmo. Não tem jeito.

E foi todo um processo doloroso até eu descobrir como dar o BOOT pelo CD (viu, não falei que sou lesadão, ainda?), mas deu um insight depois de consultar via tel os nerds-de-plantão-sempre-dispostos-a-ajudar: Gui e Eliandro. Pressionar DEL ao iniciar e, obviamente, mudar a seqüência de BOOT. DÃÃÃÃÃÃÃÃ!

Daí foi simples: tudo deu certo. E o casal está feliz da vida com a máquina funcionando perfeitamente de novo.

Ganhei até um presente de agradecimento: uma antologia poética do Frederico García Lorca com os poemas no original em espanhol à esquerda e a tradução para o português à direita. Super fino.




E olha a dedicatória fofa que o cara escreveu pra mim:

Wally,

Descobrimos verdadeiros amigos em pequenas ações de solidariedade e companheirismo, tais quais você ofereceu. Muito obrigado por me possibilitar a descoberta dessa nova amizade.

Beijos no seu coração,

MF


Ti fofo, né?

A-D-O-R-E-I: ser nerd-wanna-be compensa mais do que ser indie-wanna-be! Olha só como se parece mais comigo:



É isso.

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Momento-desespero

Sobre a minha dissertação de mestrado, só tenho umas coisas a dizer:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!

:-(

MEDO!

(Sentindo-me um fracassado)

quarta-feira, 4 de maio de 2005

A sexta do Placebo!

Foi assim, a Camila chegaria na sexta para o show e o combinado foi eu buscá-la para passear de dia, até dar a hora de sair. Resolvi, então, convocar o belíssimo André para me ajudar nisso de dar uma de guia-turístico (não tem melhor pessoa para isso. Ele sabe contar histórias sobre quase todas as ruas interessantes do Rio. E olha que são muitas...).

Aí marcamos de nos encontrar na região do Castelo, como quase sempre. Foi bom revê-lo. Saudades de sair andando sem parar de falar por aí.

Eu tinha bem claro que esse final de semana seria meio que uma despedida dos amigos recentes que fiz. Eu preciso me afastar desesperadamente de tanta diversão porque ainda não aprendi a ser equilibrado e dosar as coisas. Ultimamente só tenho me divertido e estou com um peso enorme pra ser descarregado das costas e o tempo está se acabando. Medo.

Por isso também ando atualizando pouco o meu mundo complicado. E lido nada da privacidade exposta pelos outros. A gente tem que renunciar aos prazeres em certas horas.

Mas decidi que não seria nesses dias que se passaram. Uma amiga importante vinha pra cá, haveria um belo show pra ir, todos poderiam se ver. Melhor aproveitar.

Daí que fomos encontrar com ela no santos Dummond. O maior mico foi não conseguir vê-la junto de seus outros dois amigos porque, entre nós e eles, havia um BOFE LINDO DE MORRER! Tudo bem, né? O foda foi que todos eles ficaram nos zoando depois da pinta que demos e do bocão cheio de baba que abrimos quando o secamos.

ERRADOS!

Decidimos passear em Santa, então, e foi bacana. Comi a melhor torta de limão do mundo, andei de bondinho, olhei do alto a cidade tomando um banho de chuva e pensei no quanto ela é linda e horrível ao mesmo tempo, vi o povo charmoso que habita aquele lugar, enfim... Foi luxo, como sempre é.



E, à noite, fomos cedo para o Via Parque para tomar chopp e comer antes do show, que também foi maravilhoso!


Olha, ti lindos eles!

Assim, o público em nada se parecia com o do Los Hermanos. Não houve aquela histeria-coletiva-alucinada que me contagiou e tal. Na verdade, achei o povo bem blasé... O que me faz desistir daquela história de querer ser indie! Eu, hein, onde já se viu ir a um show bom e não pular e se esgoelar loucamente como (obviamente) fiz?

Humpf.


(Momento não-blasé do público)