terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Satisfeito

Olha, se há uma coisa com a qual quase toda a humanidade concorda (digo isso porque existem malucos no mundo) é que poucas são as satisfações mais prazerosas do que a sexual. Se é que existe alguma.

Por que estou falando disso? Advinha! ;-)

Não que estivesse na seca... Mas é que fazia um tempo que eu sentia falta de transar com alguém e, depois, ter o mínimo de intimidade, como tomar suco de uva e conversar relaxado e nu até o sono bater.

Por mais que eu saiba que o lance com o tal carinha não vai dar em nada (até porque nem eu quero isso), estou contente. E adoro a idéia de que ele me procurou porque, depois de esse tempo todo sem me ver, ainda curte ficar comigo tanto quanto ainda curto ficar com ele: é agradável, quente, excitante e, por mais estranho que possa parecer, calmo.

Orkut = Tédio

Nunca fui um grande fã da rede de relacionamentos, mas confesso que houve épocas em que a achei divertida. Afinal, até alguns bons amigos fiz por lá... Mas comecei a me incomodar faz algum tempinho, pois a sensação que dá é a de que NADA CONTECE NAQUELA MERDA!! Todos os dias, abria as comunidades e ninguém havia escrito nada. Um saco!! Daí que decidi sair de todas: menos frustrante.

E qualquer dia me deleto de lá. Não reparem. Só não o fiz ainda porque fico com pena de perder o contato com algumas pessoas queridas que encontrei.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Devo isso a ele

Meu tio morreu. Um que era gay. Um que permanecia distante de todos, talvez por vergonha, mesmo vivendo em pleno Rio de Janeiro. Também, o que esperar de alguém que nasce em plenos anos 50 e se descobre “diferente” no meio de uma família de gente chucra, ignorante, violenta?

Fazia alguns anos que não o via. E ele foi atropelado na Presidente Vargas sexta-feira, indo para o trabalho. Só soubemos hoje.

Fico imaginando se ele era muito solitário, mas acho que não. Penso em sua vida e no quanto tudo deve ter sido barra. Decidi, então, que tenho que ser feliz e que aproveitar bastante toda liberdade de que desfruto. Acho que devo isso a ele.

Estou triste.

:-(

Mas vou imaginar a cena que minha mãe descreveu depois que o visitou, meses atrás, no hospital (uma internação por problemas estomacais): ele andando de havaianas rosas pela enfermaria!

Valeu, tio! Arrasou!

domingo, 19 de dezembro de 2004

Eu e minhas histórias...

Definitivamente, coisas estranhas são fadadas a acontecer comigo: mais uma vez o carinha das mensagens entrou em contato no exato dia em que eu estava carente, o que é fogo, pois ele é sempre ideal em tais horas. O motivo? Simples: a gente se encontrava, transava loucamente sem palavras inteligíveis e, depois, sentava com uma coca-cola, uma pizza e jogava conversa fora até eu começar a dormir e continuar a falar as coisas absurdas que começava a sonhar.

Uma delícia!

Mas, como não poderia deixar de ser, tudo deu errado mais uma vez não rolou encontro. Nossa, tem sido assim faz pelo menos uns seis meses! E a gente nunca desiste! Quando não é um que dá uma ligada, é o outro. Troço absurdo!

Daí que não tive remédio a não ser aceitar o convite do meu primo para ir à BITCH. O legal, comentei, é que fica perto da minha casa.

Perto quanto tempo, Wally?

Uns 30, 40 minutos... Isso porque não haverá trânsito quando voltar.

Tsc, tsc.

O problema era que ele não sabia chegar à Barra, então achei que não haveria problema em tomar os 2 busus de sempre para pegá-lo em Copacabana. Depois de passar por São Conrado, percebi algo esquisito: umas subidas, umas curvas íngremes, umas construções feias. Depois de muito, muito subir não agüentei e perguntei às moças sentadas atrás de mim:

Esse ônibus é o 175, certo?

Não, é o 124. (acho que era isso)

Então, onde estou? (com medo da resposta)

Na Rocinha. Aonde você queria ir?

Copacabana!

Vixe!

Depois da explicação delas, desci e tomei a primeira condução que apareceu. Nela, estava escrito LEME. Logo, servia. E foi assim: saí da Rocinha, passei pelo Humaitá, pelo Jardim Botânico, fiz uma visita básica a Botafogo e, depois cheguei ao meu destino inicial com uma hora a mais do que as habituais duas. O erro.

Quanto à BITCH? Muito legal: as barbies estavam todas lá, descamisadas, lindas e agarrando-se umas às outras. Nasci para expectador mesmo, não tem jeito. E quando o house enchia muito o saco, ia pra pista de flashback e dançava loucamente pisando nos pés dos outros (Ai, vergonha). Até blogueiro encontrei! E um amigão de Manaus também! Nossa, fiquei tão feliz em revê-lo! O chato foi perceber que o celular dele é o mesmo de 3 anos atrás e que perdi contato por puro vacilo.

Bom, não calculei o tempo de vinda de volta a casa, mas foi bem rapidinho, sim. Até levei um susto.

É isso.

Ao som de Your Picture, do Camera Obscura >>>>>> Porque a noite foi legal, mas a fossa ainda está presente.

PS: Dedico este post aos meus poucos leitores que restaram. Gostaria de dizer-lhes que vocês são meus maiores incentivadores e que só escrevo ainda por causa de suas visitas, mas seria mentira: mesmo que ninguém além de mim acessasse esta merda, ela ainda existiria com o mesmo vigor de sempre. ;-)

sábado, 18 de dezembro de 2004

Dia de cão

Três demissões em um só dia. E só de pessoas queridas. Foi assim ontem... E eu fico me sentindo culpado pelo alívio de não ter sido eu, o que é péssimo. Agora, infelizmente fica claro que a empresa é familiar, sim, mas que nós não fazemos parte disso, como eles diziam antes... Somos descartáveis: seremos dispensados daqui a um, dois, vinte e três anos de repente e sem aviso que nos prepare do susto.

Bom, depois da manhã negra, tive que ir à minha agência do Banco do Brasil, pois a senha do cartão foi bloqueada enquanto tentava descobri-la no caixa. Até aí tudo bem, caso isso não fosse na Escola Naval: um lugar distante, que fica perto do aeroporto Santos Dummond, e para o qual nenhuma linha de ônibus vai. Peguei um táxi esperando resolver tudo em uns dez minutos, no máximo, pois ainda tinha um teste dali a umas duas horas para um outro emprego que complementaria a minha renda (e eu não quero ficar contando somente com o atual, dadas as circunstâncias...). Demorei uma hora, pois não havia quem me atendesse.

Ai.

Dali, fui correndo pro tal teste (no Grajaú!!!) e, claro, depois do trânsito horrível, cheguei atrasado, o que foi um saco, pois só consegui terminar o treco lá pelas 6 e tive que desfazer os planos de ir a casa, tomar um banho e sair para um evento do trabalho para o qual eu TINHA QUE IR. Detalhe: ele aconteceria na Barra às 7 horas...

Mesmo sujo, suado e cansado, tomei o busu e fui. Um saco: todo mundo arrumadão e eu com aquela cara de loser que precisa de um chuveiro, um sabonete e roupas limpas desesperadamente. Mas valeu a pena. Até me emocionei (o que não tem sido muito difícil nos últimos tempos).

Bom, depois fui com alguns colegas comer num restaurante nordestino e ouvir música. Eu tinha que dar uma relaxada e voltar pra casa só pra deitar e dormir.

O maneiro de dias assim é que não dá tempo de ficar pensando no quanto estou mal-humorado com o mundo e com as pessoas. Sentimento raro, mas bastante presente ultimamente, como dá pra ver no último post.

É isso.

Ao som de Camera Obscura >>> música meio tediosa sempre me fez a cabeça.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Lidando com os amigos

Bom, eu demorei a postar basicamente por preguiça... E também porque estava tentando digerir o que foi a tal festa que exigia o traje "passeio completo". Sim, ela foi o erro.

Assim, não entendo o motivo pelo qual insisto em ir a lugares que sei que não vou me divertir... Na verdade, ele é bem claro: os meus amigos... Só que às vezes eu paro pra analisá-los. O que percebo é que, nitidamente, alguns deles não me conhecem mais, ou melhor, não notaram que mudei muito desde os anos de 2º. Grau. E a sensação que dá é a de que não há um interesse nisso. Sei lá.

Eles não sabem mais que certas brincadeiras/comentários hoje em dia me incomodam... Nem que eu não curto a idéia de que "I will survive" e "Dancing days" são hinos gays e que às vezes não estou disposto a dançar essas músicas dando pinta. Eles devem ver minha insatisfação, mas não ENTENDEM!

Talvez, se as zoações não fossem tão sem-noção ou se as falas tão preconceituosas, ir a uma festa hetero cujo repertório era composto basicamente de Hip Hop e axé teria sido bastante prazeroso, apesar dos pesares, pois estaria na companhia das pessoas que se preocupam comigo quando estou mal, que entendem o não que digo, que simplesmente conversam comigo e não me vêem apenas como uma figurinha divertida.

Será que eu teria que dizer isso a eles??? Não é tão óbvio?

Bom, que fique claro que não falo de todos eles e que a anfitriã da festa sempre foi uma lady comigo.

E que me senti horrível de terno.

E que fiquei muito feliz quando cheguei a casa.

sábado, 11 de dezembro de 2004

Dia feliz!

Tenho a grande mania de fazer tempestades em copo d’água... Falo isso porque ontem fui à endocrinologista e descobri que, na verdade, tenho que perder 5kg. Eu jurava que eram uns 15! Agora, se tudo der certo e eu conseguir seguir a dieta que ela vai bolar, aí vou ver se o resultado estético vai ser o que eu esperava. Acho difícil que essa pança suma assim tão fácil!

A descoberta me deixou tão feliz que até estou realmente ansioso para vestir o terno mais tarde. Quem me conhece sabe o quanto aprecio o modelito calça jeans-camiseta-tênis. Logo, muito compreensível a pena de alugar a roupa estranha que é exigida nas festas esquisitas para as quais as pessoas insistem em me convidar. Mas não é que curti ficar experimentando na loja? Achei-me pintosão vestido daquele jeito (pintosão, de bonito! Não é pintosona, por favor!)

Ah, e pra completar a felicidade, passei várias horas conectado conversando no ICQ e havia NINGUÉM no MSN!!!!!




Ok, não é nada contra os meus amigos sem-noção que só entram no programa-lixo... Eles sabem que só tenho esse troço instalado aqui porque gosto deles pra caramba... Mas que é uma felicidade vê-lo vazio, lá isso é, pois seus defensores dizem que ninguém mais entra no ICQ e isso NÃO É VERDADE!

(Desculpem a minha comemoração nerd. Tem horas em que não me controlo!)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

O maldito ronco

Faz mais ou menos 2 anos que me falaram pela primeira vez sobre esse problema. Até então eu vivia feliz, pois dormia sempre sozinho no meu quarto e não ficava com um cara há tempos (nem um beijinho, acreditam?). Foi horrível aceitar isso. Eu já estava me acostumando com a idéia da perda de cabelo e, de repente, aparecia-me essa novidade:

A bicha errada, além de careca, ronca!

E como todos os amigos que me recebem pra passar um finde em suas casas reclamam loucamente do barulho que faço durante a noite, decidi, então, procurar o meu otorrinho lindo de morrer (claro que aproveitei a desculpa para contemplar aquela beleza) para ver se há algum tratamento pro problema.

A análise foi que eu tenho toda uma estrutura corporal que o favorece: amídalas enormes, véu palatino também avantajado, rinite crônica, leve desvio de septo e outras coisas mais... Mas, segundo ele, sou muito novo para fazer qualquer cirurgia e o determinante mesmo para que eu ressone tão alto é o fato de eu estar completamente fora de forma.

Deixa eu ver se entendi direito:

A bicha errada e careca ronca, basicamente, por que está gorda!

BBBUUUUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!



Daí que ele me deu uma lista de recomendações que parecem verdadeiros sacrifícios para mim. Listo aqui alguns dos mais cruéis:

.Adotar vida mais saudável, evitando o sedentarismo;

.Perder peso;

.Evitar abuso de cafeína (que se encontra nas minhas bebidas favoritas: mate, iced tea, coca-cola e, obviamente, café).


Bom, amanhã já tenho endocrinologista marcado pra ver exatamente qual é a melhor maneira de emagrecer. E estou refletindo bastante quanto ao lance de atividades físicas... Definitivamente, eu sei que não consigo gostar de academia, de levantar peso, dessas coisas. Vamos ver no que isso tudo dá.

Humpf.

sábado, 4 de dezembro de 2004

Fórmulas invariáveis?

Não resisti e ontem fui à estréia de Bridjet Jones – No Limite Da Razão: muito bom. Ri do início ao fim, mas não é uma análise da qualidade do filme que quero fazer aqui. É outra coisa.

A protagonista é uma mulher completamente voltada a si mesma, muito atrapalhada e com uns quilinhos acima do peso. Quando o Matheus falou que ela se parecia comigo, eu não tinha a menor noção do quanto iria me identificar com essa figura. No entanto, cadê o meu Marc Darcy pra vir me dizer que gosta de mim "exatamente do jeito que eu sou"?

Humpf. Só os amigos falam isso (E nem são todos. A maioria diz pra eu mudar porque sou O ERRO). Eles que me desculpem, mas gostaria que tal mensagem tivesse outros remetentes...

O lance é o seguinte: mais uma vez apareceu alguém. Tudo bem que foi num lugar que não era o melhor pra se conhecer um carinha que quisesse algo além de uma sacanagenzinha, porém a conversa pareceu que levaria a outro caminho. E me empolguei. Pra fazer papel de tolo, de novo. Acho que não vivo sem isso.

Daí que acho que cheguei a uma fórmula que rege todos os meus passos na vida afetiva:

EU + HOMEM QUE ME INTERESSE = EQUÍVOCO CERTO

Qualquer dia desses, talvez descubra uma variável que altere o resultado. Enquanto isso, digo somente que, a cada dia que passa, gosto cada vez mais de mim mesmo exatamente do jeito que sou. Não estou a fim de mudar nada. E foda-se o mundo absurdo que me compele ao contrário.

E VIVA A MASTURBAÇÃO!!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

O primo

Acho que todo viado que se preza já fez alguma sacanagem com um primo. Eles são os grandes iniciadores da vida sexual do povo. Como sou errado, não rolou assim comigo: eu tive um amor platônico por um dos meus.

Em certas horas nem eu acredito no quanto sou absurdo.

Qual não foi o meu susto ao saber, depois de adulto, que o dito cujo era também gay e tinha se mudado pra Itália pra trabalhar como garçon?

Imaginaram? Bom, isso foi fichinha perto da surpresa que tive quando ele me ligou dia desses pra dizer que vinha ao Rio passar uns dias e que queria me encontrar pra sair por aí. MEDO!

Como foi vê-lo de novo? Bom, algo parecido com um encontro de comadres que não botavam o papo em dia há tempos.

Sabia que prima tal é Sapata? E que primo fulano tem grandes chances de ser do babado também?

Jura? Você o fez?

Não...

Olhando pra ele, dá pra ter uma leve idéia do que meu corpo poderia ter-se transformado caso não fosse eu um nerd-geek-CDF: uma coisa que realmente chama atenção. Percebi isso no Dama de ferro, aquela boate que sempre acreditei que era vedada às ficadas e afins. Ele beijou dois numa só noite e poderia ter escolhido quem quisesse lá, o que me leva à seguinte conclusão: As pessoas ficam umas com as outras no Dama, sim. Elas não querem é ficar COMIGO!

Se tal descoberta era o preço que eu deveria pagar pra encontrá-lo, fico feliz mesmo assim. Ando cada vez mais afastado dessa coisa de primos/tios, etc. por falta de afinidade. É bom sair com ele pela rua e ficar brincando de "faria-não-faria".

:-)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

Famoso entre os vendedores da praia tem síndrome de Heleninha Roitman

Depois do trabalho – na sexta – resolvi fazer uma coisa tipicamente carioca: aproveitar o fim da tarde indo ver o mar. Primeiro, fui com a companheira de trabalho à Barra e lá encontramos com a Musa do Verão. Tenho que admitir que essa é a mais bonita das praias urbanas daqui... Só acho muito chata! Sinceramente! Nada da animação das da Zona Sul, credo!

Só sei que depois que a Stella foi embora, decidimos pegar o primeiro ônibus que fosse direto para Ipanema: Farme de Amoedo. Fazia muito tempo que não ia pra lá e o que me pareceu foi que a animação já recomeçou. Coisa do calorão, obviamente. Muitos gringos, várias barbies, as pintosonas: todo mundo de volta!!

O chato é perceber que ninguém lembra da gente fora o cara da sunga, a mulher do sanduíche de falafel, o vendedor do aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaabacaxi e afins. Muito estranho isso de nunca termos feito amigos em qualquer lugar gay do Rio de Janeiro.

Sintomático?

Outra coisa que rola se refere aos paqueras. Uma vez o Marinho me disse que no fundo, no fundo, a gente mora numa cidade do interior, pois vive cruzando várias vezes com as mesmas pessoas quando sai. Coisa que não deve acontecer, por exemplo, em Sampa. Então, à noite, no The Copa, a tal teoria se confirmou. Afinal, rolou de eu ficar trocando olhares mais uma vez com um careca em quem investia desde antes do carnaval.

A Musa viu quando ele passou e comentou comigo:

Musa: Esse bofe é tudo!

Eu: Ele me dá mole.

Musa: Ah, fala sério. Não acredito!

Eu: É verdade!!!!

Musa: Se você conseguir ficar com ele, pago-te mais duas caipirinhas!

(Já devia estar na quarta. Heleninha Roitman me domina)

Como não fujo da raia, fui lá, falei com o tal.

Eu: Oi.

O tal: Oi.

Beijo na boca.

Depois de vários beijos, eis que aparece uma mão e um copo. Era a Musa com metade da aposta. E aí tudo se embananou. Se eu já estava trocando as pernas, foi a vez de a língua se enrolar. Tanto que o careca falou a típica frase dos que fogem dos chatos:

Vou ao banheiro e já volto.

E não voltou.

Depois disso, não me lembro mais de nada. Definitivamente, não posso mais beber coisas fortes. Tenho que ficar é na cerveja mesmo, pois nunca fico mal assim com ela.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Sem mais mensagens, por favor!!

Depois de duas horas dentro do ônibus, estava eu, a 10km/h, dentro de uma Kombi (sim, uso transporte alternativo) quando toca o alerta de mensagens no celular.

Bono Vox, mande notícias. Saudades.

Assinava a mensagem aquele bom e velho carinha que certa vez me conquistou por esse meio de comunicação. Achei o fim da picada ele me mandar aquilo por engano. GGGGRRRRR!

Acredito que você tenha se confundido e me mandado a mensagem por engano, pois não sou o Bono Vox. Mesmo assim digo que estou bem e com saudades. Wally.

Nesse meio-tempo, estava na locadora a procurar O diário de Bridget Jones. Sempre tive curiosidade de assistir a esse filme porque ele certa vez que eu me pareço com ela: uma pessoa altamente encanada, mas ainda assim fofa (ok, eu tava a fim de embarcar numa egotrip... Mereço, não? Com todo esse histórico de baixa auto-estima, pô!).

Ao chegar em casa, fui perceber que havia novas nova mensagem com a seguinte explicação:

Esqueceu que “bono vox” em latim significa “voz boa”? Então, eu me referia à sua voz gostosa.

Como é que eu poderia esquecer o que nunca soube? – pensei, mas obviamente fiquei lisonjeado.

\o/ Eu tenho voz gostosa!!!!!!!

Na noite seguinte, enquanto me preparava para ver o tão esperado filme, pensei que seria de bom tom dar uma ligada. Ele sempre reclamou de ser somente ele o que procurava. Ah, estava aqui na auto-comiseração de sempre e de repente um cara que sempre achei que poderia ser bacana pra mim aparece e tal: achei que seria muito bacana tomar essa atitude.

Mas... Espera aí!!!! Pra quem é que eu estou me explicando tanto?????

Bom, o lance é que a ligação mal durou um minuto. Ele estava no cinema, não dava pra falar... Tudo bem! Normal.

Pouco depois o telefone emitiu um som e fui ver o que havia nele. Era o seguinte texto meigo:

O que aconteceu com a sua voz? Está horrível!!!!!!!

Realmente, Sub... Eu sou a Bridget Jones!

No more messages, please!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Feriado em BH – Final (Snif)

Faltava uma boa caminhada pela Savassi. E foi o que decidimos fazer na segunda. Conosco, foi o Guilherme e seu labrador chamado Erê. Ele foi a grande atração do passeio: estabanado, grandalhão, meio doido... Engraçado como as pessoas nos paravam para perguntar:

É labrador?

DÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ!



(Esse é o Erê. E as pernas são minhas!)

:-)

O passeio me lembrou da vontade absolutamente frustrada de ter uma cadela Beagle chamada Dulce Veiga. Ai, seria tão chique! Bom, como não dá, prefiro que a minha máquina super potente tenha esse nome honroso!

Voltando ao dia 15... Quando decidíamos o que fazer do almoço (não dava para ir a nenhum restaurante com o Erê...), a irmã da Camila ligou convidando-nos para um rodízio de pizza num lugar afastado. E lá fomos nós...

Bom, o que eu posso dizer que foi uma das tardes mais agradáveis que já tive até hoje... A comida era boa, a cerveja rara, as companhias simpatissíssimas. Ai, eu gargalhei muito! Claro, tem coisa mais patética do que ter que admitir para si e para os outros que sou uma bicha que está ficando careca e que ronca? Tem tragédia pior? A natureza deveria impedir tais fenômenos de acontecerem!!!

Palhaçadas à parte, a gente ainda deu mais voltas no Pátio Savassi.


O que é Pátio Savassi? – Eu pergunto.

É um shopping, mas é legal, Wally. – Eles respondem.

E é verdade. Adorei a conjunção adversativa usada aí. Tudo a ver!

Já de noite, compramos umas cervejas e fomos fazer aquilo para o qual nascemos: nerdear. Porque nerdear é viver. Principalmente até altas horas da madrugada. Aquelas em que fica difícil manter os olhos abertos por causa do sono.

Assim é mais intenso!

Na terça, acordei com aquela sensação de tristeza que dá na hora de ir embora de um lugar bacana. Normal. Um bate papo aqui, Umas arrumações ali, um almoço acolá, despedidas feitas no táxi, sem olho no olho, por favor, pois somos finos e detestamos essas coisas. E a volta de ônibus... Claro, com um velho ao lado e não um príncipe lindo. Só que desta vez, nem simpático ele era.

Murphy me domina.

E aqui termina a novela do feriado em BH. Desculpem se me estendi demais... É que acho que o blog serve também para isso: registrar momentos muito, muito especiais da via da gente.

E, a partir do próximo post, voltaremos à programação normal de O mundo anda tão complicado!!!!!

(Seja lá o que isso signifique)

sábado, 20 de novembro de 2004

Feriado em BH – Parte 3

O belo caminho, Galo x Cruzeiro, Queer As Folk, Nerdeando

O domingo foi dedicado ao mais inteiro marasmo. Acordamos todos bem tarde (o que foi ótimo para repor a outra noite mal dormida) e dirigimo-nos logo para o almoço.

Eu ando comendo demais. Parei pra pensar sobre isso depois de me empanturrar loucamente.

Para ajudar no processo de digestão, a Camila me levou pra dar uma volta e acabamos chegando a essa avenida. Não me perguntem o nome porque não me lembro!


Lindo, não é? E pensar que ela vai pra lá de vez em quando relaxar da comida junto com o Jack. Ai, invejinha do bem...

A minha anfitriã estava meio nervosa e vou tentar explicar o motivo. Era algo relacionado a futebol (assunto que não entendo muito bem). Havia um time aí chamado Galo (ok, não era esse o nome dele, mas querer que eu lembre é exigir muito, não é?) que tinha que ganhar do flamengo senão iria para a 2ª. Divisão do campeonato.

A sensação que deu era a de que toda a cidade tinha parado para ver o jogo. E a gente ouvia uns gritos de

GALOOOOOO!!!!

Por entre os prédios. Aí a Camila explicou que chato em BH é que há uma rixa muito grande entre os torcedores do Galo e os do Cruzeiro. Então, quando alguém grita isso da janela, você nunca sabe se é um torcedor do time gritado comemorando ou se é alguém fanático pelo rival sacaneando. Ou seja: não dava para saber se o tal do Galo tinha feito ou levado gol!

Apreciadores de futebol têm hábitos bizarros... E mais interessante que isso é ver que a minha amiga compartilha dos mesmos.

Sim, quando seu time fazia gol, ela gritava:

GALOOOOOO!!!!

:-)

Depois da vexaminosa derrota do Flamengo, decidimos assistir a alguns episódios de Queer As Folk. Tinha levado todos os que tenho em CD para apresentá-los a ela. Percebi, após a exibição ininterrupta de 4 deles, que é uma forte tendência querer comparar os personagens da série aos amigos gays. Fulano é o Brian, Cicrano age como o Ted... Eu, de acordo com a Caram, tenho muito do Emmet.

Sou tão pintosa assim???

Quando cansamos do seriado, decidimos dar uma boa nerdeada. Foi super divertido mandar pessoas da internet fazerem coisas que estou proibido de mencionar aqui e elas realmente obedecerem. Tudo de bom! :-))))))

De madrugada: papos, papos e mais papos até o sono bater.

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Feriado em BH – Parte 2

Ressaca, Tropeiro, fígado com cebola, sorvete, cerveja, cerveja, cerveja...

Chegamos quase de manhã da noitada, mas acabou que dormi pouquíssimo. Acho que foi o calorão que fez no sábado. Parecia Rio de Janeiro. Até aí tudo normal, não fosse a maldita ressaca... Talvez a mistura de Skol + Skol Beats + Mexidão + Coca-cola não me fez muito bem.

O que é mexidão? Bom, eu tava muito bêbado pra me lembrar agora do que era composto. Só sei que tinha ovo, arroz, lingüiça e outras coisas. E lembro do Jack dizendo que eram os restos das outras mesas aproveitados numa frigideira.

MEDO!

Nesse estado de alma e com muita fome, fui com a Camila para o Mercado Central, que é um lugar maravilhoso. Lá tem desde salão de beleza até artesanato... Muitos botecos lotados de gente simpática e barulhenta bebendo cerveja. Foi num desses que me joguei no tropeiro e no fígado com cebola. A visão do cara suado pegando o alimento com a mão não estragou meu apetite. Estava tudo delicioso... De uma maneira simples e aconchegante.

E sempre tem que ter a cerveja. Pelo que percebi, esse é o combustível da cidade. A bebida consegue se fazer muito mais presente do que aqui no Rio em pleno verão. Não é interessantíssimo?

Bom, como o estômago sempre quer mais, à tarde foi a vez de tomar sorvete na rua. Delícia: nunca tinha provado coco queimado, nem banana passa. Ai, sofro só de lembrar! Depois, fomos com o Zé Antônio e com o Baiano na Praça do Papa, que é linda!

Mesmo cansados, ainda tivemos fôlego para ir a um boteco lá das baianas e emendar uma noitada na casa noturna chamada A obra. Foi ótemo. O som era bem bacana e a gente estava animadíssimo.

Frase da noite:

Dj, ajuda!

E não é que ele ajudou quando fui, a pedido da Camila, exigir que ele tocasse Placebo antes de irmos embora?!

Estou ou não estou podendo?

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Feriado em BH – Parte 1

Expectativas e Andaluz

Não tenho certeza se acontece somente comigo, mas acho que, antes de uma viagem longamente planejada, qualquer outra coisa não tem o menor sentido. Tudo na vida parece se resumir a esperar para que a hora de preparar as malas e de embarcar no ônibus cheguem logo, pelo amor de Deus.

Foi desse jeito a semana passada inteira. E, quando acabei os meus trabalhos na sexta e deu a hora de ir para a rodoviária, o alívio tomou conta de mim: FINALMENTE A HORA DE CONHECER BELO HORIZONTE E DE VISITAR A CARAM!!!

Acho que já comentei por aqui que eu sempre mantenho aquele sonho romântico de, num ônibus ou avião que seja, encontrar O Grande Amor sentado ao lado. Uma coisa assim meio Meg Ryan: bem clichê. A realidade é dura, como sempre. E quem me fez companhia foi um simpático velhinho. Murphy realmente me escolheu.

O bom dessas viagens é que um cara sonolento como eu só acorda mesmo na hora do desembarque. Uma delícia. Especialmente se estão me esperando para tomar uma "duchinha" e logo sair pra night. O destino? Um bar super maneiro chamado Andaluz.

Impossível não se divertir com cerveja tão barata para os meus padrões cariocas e companhias tão variadas e divertidas. Nossa mesa era a mais animada de todas, tenho certeza. E nela rolavam histórias como a do "bebê" (hilária), discussões sobre a viadagem do som dos Beatles (surreal) e coisas do gênero.

E ainda deu tempo de conhecer pessoas da net com quem teclo há um tempinho como o Jack e o Bjorn. Sempre legal. :-)

Fim de noite tudo-de-bom: ir ao Bolão comer um mexidão!!!

Arrasei na chegada! Também, com uma cerveja barata daquelas... E dá-lhe dor de cabeça no dia seguinte!

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Ziquizira

Tudo começou na terça. Um ardor horroroso na hora de ir ao banheiro... A coisa foi crescendo, crescendo e tive que ir àquele médico de homens. Foi super constrangedor, como sempre é. No final, ele passou uns remédios que acho que serviram mais para a minha garganta inflamada do que para o que realmente se propunham, já que os sintomas continuam por aqui.

Para piorar, acordo no sábado com o olho esquerdo completamente vermelho e inchado. Como já mencionei aqui, estou dependendo somente das lentes de contato para enxergar; não foi possível, logo, ver nada direito até agora, pois as coisas só pioraram desde então.

Escrevo enquanto espero dar a hora de ir à minha consulta com o oftalmologista...

Os planos de, no finde, juntar-me à Musa do Verão para ir à praia, jogar-me na pista do Dama de Ferro ou qualquer coisa no estilo foram substituídos por, simplesmente, sair pra comer, comer, comer. O que é ótimo, não fosse a culpa de estar, conscientemente, engordando loucamente.

Deve ser a chuva que esfriou a cidade. Deve ser o estado lamentável de doente em que me encontro. O lance é que estou muito carente e dengoso. Eu queria carinho. Humpf.

Ao som de Feeling of Gaze, de Hope Sandoval & The Warm Inventions. Uma musiquinha bem triste que o amigo Rica mandou pra mim.

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

O horário de verão chegou

E com ele o calorão infernal dessa época do ano. Ok, quem me lê há algum tempo sabe o quanto reclamei do inverno... É que prefiro o suor de dias luminosos e alegres à curtição do geladinho das manhãs escuras e preguiçosas.

O chato é voltar morto de cansado do trabalho com o sol tinindo e ver um bando de caras sem camisa (ah, nem é tão ruim assim, se encararmos por esse prisma...) voltando da praia felizes e contentes.

Já o bom é lembrar que falta pouco para as férias. Mal posso esperar para me estirar na praia com minha luxuosa canga tigresa!

(Arrasei!)

No mais, ando adoentado, introspectivo e sensível. Qualquer respostinha agressiva que recebo anda me dando nós na garganta. Mas tô me segurando: é fase.

(Iniciando a contagem regressiva para o feriadão do 15 de novembro!)

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

Um ano como blogueiro inveterado

Quase passou batido... Mas hoje me dei conta que faz exatamente um ano que entrei para o universo dos blogs! Nossa, como passa rápido!

Não é aniversário do mundo complicado, não! É que comecei com outro blog: bem mais deprê e bem menos cuidadoso com minhas informações pessoais... Deletei-o em fevereiro desse ano e, desde então, escrevo aqui.

Nem imaginava, naquela época, o quanto esse meio de comunicação seria determinante para a mudança que estava para ocorrer na minha atitude com relação à vida. Está certo que cometi altos vacilos: coisas das quais me arrependo bastante... Mas, fazendo um balanço, o saldo é muito positivo.

O primeiro post era uma explicação sobre o título (No escuro do mundo). Dá só uma olhada:

É a primeira vez que estou postando. Relutei muito em ter ou não um blog. Daí aconteceu que um amigo virtual me disse que seria bacana, já que passo mais da metade do meu tempo livre navegando na internet (e é a mais pura verdade!). Logo, não esperem de mim altas doses de criatividade e inovação... Estou aqui pra escrever o que der na cabeça, o que estiver a fim.

E como hoje é a minha apresentação, vou explicar o título desse blog. Ele vem de uma canção chamada
Quase um segundo que passou a fazer a minha cabeça depois que mergulhei fundo na leitura de Onde andará Dulce Veiga?, do Caio Fernando Abreu. Ela meio que resume toda essa expectativa que a gente está sempre vivendo de conquistar O Grande Amor... Só que, ao contrário do eu-lírico da canção, ainda não tenho um foco determinado (uma pessoa) a quem direcionar minha expectativa... Bom, vou deixar a música falar por si mesma. E, quanto aos meus possíveis visitantes, saibam que Caio Fernando Abreu, aridez sentimental, lamentações e muitas variações de humor serão temas recorrentes por aqui.

Eu sempre fico saudosista lendo coisas que escrevi há algum tempo. :-) Aí vai a letra que mencionei acima:

QUASE UM SEGUNDO
(Herbert Vianna)

eu queria ver no escuro do mundo
onde está tudo que você quer
pra me transformar no que te agrada
no que me faça ver

quais são as cores
e as coisas pra te prender
eu tive um sonho ruim
e acordei chorando
por isso eu te liguei

será que você ainda pensa em mim
será que você ainda pensa
às vezes te odeio por quase um
segundo
depois te amo mais
teus pêlos teu gosto, teu rosto, tudo
que não me deixa em paz

quais são as cores
e as coisas pra te prender
eu tive um sonho ruim
e acordei chorando
por isso eu te liguei


É isso.

Dois malucos numas tardes-noites-madrugadas-manhãs sujas

Como havia prometido, na sexta-feira caí na vida. O que me surpreendeu foi o fato de emendar a gandaia com o trabalho. Nunca tinha feito isso antes. Eu saía de lá com a Stella quando o André me ligou:

André: E aí, meu querido! Está de pé nosso passeio?

Eu: Claro!

André: Estou indo para a biblioteca do campus da Praia Vermelha. Pretendo sair de lá mesmo.

Eu: Ok.

Então pensei bem. Estava indo almoçar com a minha carona guerreira no Bibi do Leblon, depois iríamos dar uma volta por Ipanema. Melhor seria encontrar com ele lá na UFRJ logo. Mais prático do que levar 5 horas entre ir a casa, tomar um banho e voltar.

Nesse meio-tempo, enquanto procurávamos vagas para estacionar, cruzamos com um cara muito alto, cheio de estilo andando de bicicleta. Não conseguimos deixar de olhar escandalosamente para ele e gritarmos em uníssono:

TONY BELOTTO!!!!!!!!!!!!!

Realmente... Ser caipira é péssimo. Que micão...

Bom, mas a minha amiga queria mesmo era companhia para entrar num sex shop... E eu lá, fazendo a linha vendedor ao explicar para quê servia cada um daqueles vários modelos de consolo e ouvindo frases do tipo:

Ah, ainda bem que você está aqui. Sou muito inexperiente com essas coisas...

E eu não sou, por acaso??????!!!!!!

Depois desta incursão pela loja do prazer, dirigi-me à Praia Vermelha para encontrar o André. Decidimos andar à toa, como sempre. Só que desta vez, seria na Urca. E, finalmente, ele me conduziu ao apartamento de Jô Penteado (A gata comeu).

Por pouco, não me debulhei em lágrimas de emoção, mas me segurei. Foi duro...

Ai, eu e meu companheiro de flanerie somos mesmo o erro: ficamos andando por esses bairros maravilhosos, sonhando com o dia em que dividiremos nosso apê em algum deles. Humpf. Pobre é uma merda!

O mais legal dos passeios é sentar em lugares como a mureta de contenção em frente ao mar e ficar falando besteira até cansar... Delícia. E o cúmulo da falta de noção é ir à Tok&Stock de Botafogo e sentar naqueles sofás maravilhosos fingindo que é a nossa casa e que estamos recebendo visitas. Uó.

Não pensem que a peregrinação parou por aí: fomos ao sebo do Espaço Unibanco e, obviamente, derrubei um monte de coisas da loja no chão. De lá, pegamos o metrô e demos uma olhada na Lapa: nada demais. Depois, passamos no Buraco da Lacraia: o erro. Por fim, fomos parar na Le Boy, sem antes dar uma corrida pelo túnel que leva à rua Raul Pompéia com o André avisando:

Cuidado com o cocô!

Olha o degrau!

Não pise no mendigo!

Claro que a noite não seria perfeita... Levei um susto daqueles com algo que não quero falar por aqui. Foi péssimo, mesmo conseguindo rir do que aconteceu agora. No entanto, acho que chegou a hora de maneirar. Lembrei do papo que levei com a Hannah em Sampa e percebo que finalmente ultrapassei o meu limite. Melhor dar uma recuada.

Só cheguei pra dormir às 7h30min. Meus pais já se aprontavam para o café: eita Rê Bordosa alucinada. Só fui acordar às 17h30min de ontem. Muito grogue ainda.

Acho que já deu pro feriadão. Hoje fiquei em casa comendo somente cachorro-quente o dia inteiro... Ai, e a academia nada!

Melhor frase da noite: Nada de ter vergonha comigo, Wally! A gente vai morar junto, oras!

André, você é muito fofo!!!!

:-)

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Protagonista

Ontem, depois de um dia muito estressante e tenso no trabalho, decidi dar-me um bom tratamento e, do nada, entrei num daqueles shoppings da Barra, joguei-me num restaurante japonês e, depois, enfiei-me no cinema.

Achei que em vez de reclamar da solidão e de me martirizar no fim da tarde por problemas de emprego, a melhor opção seria me divertir by myself, já que era o jeito. E tinha razão.

A sala estava muito vazia: no máximo umas 8 pessoas. Achei o máximo a exibição quase exclusiva de A dona da história, que é bem levinho e ingênuo, mas que me chamou atenção para as seguintes falas da personagem (vou escrever de cabeça):

A vida é como um filme ou um livro. Nosso destino está sempre sendo escrito ou filmado. E eu sou a protagonista da minha história!

Uau. Mantenho tal ilusão na cabeça sempre que estou trancado em mim mesmo. Ligo o Discman, ando pela rua percebendo as coisas e olhando para tudo com um jeito diferente e vou acreditando que, no próximo ônibus que eu pegar ou que na próxima esquina em que eu virar, alguma coisa de muito importante vai ocorrer e a história vai começar a ficar interessante.

Qualquer dia acontece.

Citando Belle & Sebastian*:

I’ve been hanging out here waiting for something to start

Bom, amanhã já está marcado: caio na vida. Nada de ficar esperando.

*There’s Too Much Love

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Nothing happens

Sabe quando se tem a impressão de que nada está acontecendo e de que tudo está um marasmo só? Então, assim tem sido a minha vida ultimamente: uma sensação de vazio estranha. As coisas parecem sem sentido. E me refiro a tudo.

Estava lendo meu blog velho e achei o seguinte trecho:

Além disso, fico com a plena certeza de que sou um terrível amigo, aluno, ficante (afinal, fico com um monte de gente e não namoro ninguém... Ou devo ser um ótimo ficante e só??? ). Então, chego à conclusão de que ando rodeado de um monte de gente, mas, na verdade, eu sou uma das pessoas mais solitárias e fechadas que conheço... Enfim, um dramalhão. Que passa. Sempre passa.

Por que de repente me vem à cabeça o ditado: "quanto mais as coisas mudam, mais continuam as mesmas"?

Humpf. Vou dormir que é melhor.

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Coisas acadêmicas

Ontem, tive uma "apresentação do andamento da minha pesquisa" num seminário lá na UFRJ. Fui para lá morto de cansado e de medo, depois de passar o domingo inteiro tirando o atraso em coisas do trabalho...

O medo existia porque não tinha conseguido preparar nada de especial para a apresentação. Achei que seria melhor falar do andamento do projeto (algo que sei fazer muito bem; afinal, estou em crise acadêmica por causa dele há meses e meses...). Porém, levei foi um susto quando vi as pessoas lendo páginas e mais páginas bem escritas. Como assim??? O alívio veio quando alguns fizeram como eu. Daí, percebi que quem tinha escrito os textos super bem-elaborados eram as mulheres... Todos os caras preferiram algo mais à vontade.

Elas são neuróticas ou é só impressão minha?

Brincadeirinha...

No fim das apresentações, chamei o povo pra tomar uns chopps. Andava precisando... E foi muito legal comer um treco árabe chamado kafta enquanto fazíamos altas fofocas acadêmicas...

Só tenho umas coisas a dizer: guardem os nomes Luciano Rosa e Josélia Rocha... Um é poeta e crítico; a outra é sua agente literária. Eles ainda vão ficar famosos e ricos. E eu vou dizer: fiz mestrado com eles.

:-)

Cheguei a casa bem aliviado por tudo e cheio de ânimo para ler mais e começar a escrever a dissertação. O pessoal pareceu curtir a minha idéia... Acho q vai dar samba. E do bom.

TOMARA!

Ah, e tirei o sono atrasado. Não sei como, mas consegui dormir 12 horas seguidas!!! Uma delícia!

sábado, 23 de outubro de 2004

Prazeres/Satisfações

Ontem, dei-me o direito de sentir prazer. De vários tipos. Estava precisando e só tenho uma coisa a comentar: foi bom.

Dá uma levantada na auto-estima...

:-)

O mais legal é perceber a satisfação que o trivial pode nos proporcionar. Assim, de repente me dá uma necessidade grande de afirmar que beber água gelada depois de escovar os dentes é uma das coisas de que mais gosto de fazer na vida...

Será que as pessoas param pra pensar nisso?

Bom, eu também gosto muitíssimo de sexo. E fazê-lo não é algo trivial no meu conceito... Mas aí já é óbvio e redundante: TODO MUNDO GOSTA DE SEXO!

Está sendo gostoso também ouvir Stephanie Says, do Velvet Underground. É da trilha sonora do filme Os Excêntricos Tenenbaums. Ai, delícia!

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

Ai, que dor!

Acabou que não fiquei trancado em casa... Saí pra fazer a inscrição em um concurso e levei a tarde inteira nisso. Em parte por causa das conduções... Fico imaginando que tudo se resolve rapidamente com um carro... Cada dia que passa, o desejo de comprar um é mais presente. Eu chego lá.

Mudando de assunto: ando azarado. Pedi para a mulher da ótica consertar a perna do meu óculo, que estava toda torta desde que pisei nele... Bom, eu já havia tentado dar um jeito e vi que quase quebrei... A mulher terminou o meu serviço. Uma droga, pois não curto ficar muitas horas por dia com as lentes...

E, para piorar a situação, fui dar uma recondicionada no cartucho de tinta preta da minha impressora. Quando chego a casa e o coloco no lugar, aparece a mensagem de erro na tela do Windows... E nada do que tentei deu certo. To vendo que joguei 20 reais no lixo... :-(

E, nesse momento, estou morrendo de dor de cabeça. Sei lá o motivo, mas é insuportável. Talvez seja por isso que este post está uma droga... Chega.

Tchau.

Humpf!

O tempo está cinza e, junto com ele, o meu humor.

Sem a menor paciência com as pessoas e suas interpretações equivocadas sobre minhas opiniões, atitudes ou sobre o meu estilo de vida.

Bom, reconheço que, em alguns aspectos, TALVEZ o equivocado seja eu.

Mas, quer saber? Foda-se! Vou cuidar dos meus trabalhos acumulados aqui. Algo bem mais produtivo.

Ainda bem que nas quintas-feiras posso ficar trancado em casa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Anti-social?!

Foi do que me acusaram hoje no trabalho por nunca, absolutamente nunca ir a nenhuma festa oferecida por ninguém. Amanhã tem uma lá na Barra... Consumação mínima de 30 paus. Ai, essa grana toda pra uma night ao estilo "toca de tudo"?! Todos que têm um mínimo de bom gosto sabem o que isso significa... Um lixo! Além do mais, é HT...

Outro dia foi um casamento... Odeio tal comemoração com todas as minhas forças! Tem coisa pior do que aquelas roupas que te obrigam a usar?

O que é passeio completo, dá pra me explicar? AAARRRGGGHHHHH!!!

Na sexta passada, houve um churrasco de aniversário de um carinha de lá. Minha ausência foi o que gerou a discussão de hoje. Acho que estava meio sem paciência e soltei o verbo quando começou a inquisição:

Povo do trabalho: Você nunca vai a lugar nenhum com a gente... Por que é tão anti-social?

Eu: Vocês realmente acham que eu sou isso?

Povo do trabalho: Sim.

Eu: E o que estou fazendo aqui, neste exato momento? Hein?

Povo do trabalho: Er... Uma social...

Eu: Ah, bom! Pensei que só eu tinha percebido. Seguinte, odeio casamento... Nunca me convidem a um porque só vou se for da pessoa mais importante da minha vida (ainda assim, resmungando). E, quanto ao churrasco, é simples: EU NÃO ESTAVA A FIM DE IR! E só vou a algum lugar sob essa condição!!!! Pronto!

Não é insuportável a sensação de sentir-se obrigado a compromissos sociais? Não entendo: além de sermos bons profissionais, temos ainda que ver o povo do trabalho na hora de se divertir? Não, não, não!

>:-(

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

Geminiano...

Bom, não é que o ritual ou seja lá o que for funcionou? Estou super bem e... Expansivo!

Por favor, esqueçam aquele papo de "animação suspensa"...

É só falar um troço desses que me dá uma vontade incontrolável de blogar! Ah, e de conversar também.

Tudo bem que estou meio acabadaço depois de ter passado a noite em claro fazendo coisas de trabalho que abusei do direito de deixar para a última hora. E, falando nisso, já mencionei quantas vezes aqui que adoro o que faço? Principalmente pelo ambiente descontraído... Hoje me diverti horrores.

Ah, é isso. A cada dia que passa, percebo que o que meus humores são a coisa mais variável do mundo. No entanto, é sempre bom sacar que tenho muito mais tendência a gargalhar do que a chorar. Não é ótimo?

Animação suspensa

Caiu a ficha.
Acho que é uma boa hora de fazer silêncio.
Ficar sozinho, como me aconselharam. E cumprir todo um ritual.
É bem saudável, garanto.
Ou espero, pelo menos.
Depois, volto. É só por um tempinho.
Aí sim, será possível que eu me auto-intitule Wally Reloaded de verdade.
;-)
P.S. : Sim, gosto de textos de pontuação bruta, às vezes.

domingo, 17 de outubro de 2004

A festa e o rato

Infelizmente, não deu para levar a cabo o plano de sair para alguma boate de música bate-estaca, encher a cara, dançar mal e agarrar o primeiro que aparecesse... Uma pena, pois estou precisando. Ontem, por exemplo, havia uma daquelas festas que não podemos jamais faltar, seja o motivo que for...

Amizade é uma coisa engraçada... Faz você se ligar a uma pessoa que nada tem a ver com você e não querer deixá-la de ter no seu convívio, mesmo que isso signifique ir a reuniõezinhas em que as mulheres estendem o rosto para receberem dois beijos (odeio isso! Odeio, odeio, odeio!!!!!), os homens comem churrasco, só há cerveja para beber (eu gosto, mas desacostumei, por sempre ver todo mundo só tomando vódega...), os papos são pseudo-intelectuais, etc.

Talvez o lado bom seja perceber que pessoas que me conhecem há tanto tempo não se surpreendem comigo. A cada dia que passa percebo que sou um cara "de fases"... E aquele pessoal que estava lá acompanhou a quase todas: a de auto-afirmação, a de CDF metido, a de BUADA incondicional, a de intelectual caseiro e essa de agora, que é diferente, como todas as pessoas que convivem diariamente comigo (seja online ou offline) sacaram, mas que ainda não sei rotular.

É muito boa a sensação de não ter que se explicar...

Ai, mas chega de introspecção... A coisa mais importante a ser mencionada sobre a festa é o rato. O que passou correndo no meio de nós e que causou histeria (eu fui uma das que mais gritou). Foi interessante observar os HT’s caçando o bicho nojento, assim como foi humilhante ver que todos repararam no quanto me desmanchei de medo.

Ai, vergonha...

sábado, 16 de outubro de 2004

Consumismo tecnológico

A Musa do Verão perguntou ao korn outro dia se ele conhecia algum viado mais eletro-consumista que eu. A resposta foi não.

Tsc, tsc.

Ok, alguns esclarecimentos:

1º. Não é eletro-consumista de estilo de música... É que sou vidrado mesmo em novidades tecnológicas. Não que entenda dessas coisas... É que acho tudo lindo e quero sair comprando.

2º. Ser eletro-consumista não significa conseguir comprar tudo o que desejo... definitivamente, no meu caso, querer não é poder...

Uma listinha dos aparatos que permeiam meus sonhos (em ordem de prioridade):

. Qualquer computador da Apple;
. Monitor LCD 17’’;
. Novo gabinete para a Dulce Veiga (ela prefere que chamem de vestido, por favor);
. Som poderosão que se ligue a PC’s por meio de USB;
. Câmera digital;

E algumas outras coisas...

Poucas são as pessoas que me entendem... Talvez somente o nando. Ele me dá tanto apoio que até me envia Cd’s pelo correio, e ainda escreve bilhetinhos como esse:

Lembrando que as músicas estão no formato MP3. Claro, somos pessoas finas e possuímos tocadores portáteis dessa mídia.

Arrasou, né?

Bom, mas estou me segurando. Fora o discman lindo de morrer, não comprei mais nada, nem pretendo. Aquele lance da grana imprevista agora é certo e ela vai rolar por mais ou menos uns 10 meses... Vou juntar tudo e jogar num carro porque não dá mais pra viver assim...

E, sim, mantenho o desejo sincero de conseguir isso...

Sabe que a cada dia que passa, fico me sentindo mais e mais adulto? Tudo bem que pode ser meio tarde pensar dese jeito aos 26 anos... Mas foda-se. Acho que as atitudes que venho tomando recentemente com trabalho, amizades, relacionamentos e grana têm me mostrado isso.

E estou TÃO feliz!!!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

O toco

Certa vez, enquanto revelava o rosário de minhas inseguranças para a Fernanda, ela me falou o seguinte:

Talvez porque ser um adolescente gay é muito mais complicado do que pro resto das pessoas, você passou por essa fase sem viver as coisas que deveria, Wally. Lidar com rejeição é difícil pois você nunca levou um toco... Afinal, tentar qualquer coisa com alguém naquela idade seria risco de ser surrado, né? Você tem que levar foras, muitos foras... E perceber que isso não é a pior coisa do mundo...

Bom, então, a Fernanda tem razão. Expus-me, correndo o risco de parecer piegas e ridículo. Falei um monte de coisas que estavam engasgadas há um tempão e, sim, levei o toco. O toco mais fofo que alguém poderia levar, é claro, mas ainda sim, toco.

E, realmente, não é a pior coisa do mundo.

É uma contradição absurda estar com o coração ferrado e, ao mesmo tempo, com a alma levíssima?

Poucas vezes na vida fiquei tão feliz e satisfeito comigo mesmo.

E hoje eu quero ir a alguma boate de música bate-estaca, encher a cara, dançar mal e beijar o primeiro que aparecer.

Next, please!

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

Pequeno balanço

Acabei de desfazer as malas com uma sensação de cansaço acumulado. Também, pudera: 5 dias comendo besteira, enchendo a cara, dormindo tarde, acordando cedo, passando horas e horas na praia... Isso sem contar a viagem de volta, emendada a uma manhã e uma tarde de pura enrolação no trabalho. Estou morto: sem vontade de fazer nada a não ser pensar deitado na cama.

Se valeu a pena?

CLARO! Que pergunta idiota...

Talvez o mais legal seja perceber que ainda há muito a caminhar no que se refere a ultrapassar e testar os meus limites. Fiz coisas idiotas e tolas, que a maioria das pessoas encara naturalmente, mas que, para mim, significam grandes passos rumo à superação das dificuldades que atravancam a vida. Ok, talvez eu me foda e faça papel de ridículo, mas não quero mais ter medo disso.

E já vou embora rumo à correria que tem sido o segundo semestre. Aff...

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Adoro o segundo semestre

É o tempo em que fico menos e menos apertado, pois começam a aparecer bicos e mais bicos. Uma delícia! E agora, com a aliviada nas prestações da Dulce Veiga, está-me dando gosto de ver a conta bancária... Além disso, talvez a minha renda tenha uma complementação inesperada a partir desse mês. Algo que me deixa felicíssimo, mas não sei se devo falar ainda por aqui. Só quando estiver certo!!!!!!

O lado “ruim” é que estou ficando mais e mais cansado. E nem é pelos trabalhos nem nada... É que fico chegando tarde a casa... Saindo muito cedo. E tudo por causa das malditas conduções. Ai, é péssimo... Ok, já falei isso um milhão de vezes, mas não me canso: o sistema de transporte urbano dessa cidade é um lixo!!!!

Bom, quem sabe não consigo juntar uma grana pra comprar um carro? Sei lá, é bem capaz! Enquanto não tenho segurança financeira para ir morar sozinho, isso pode ser uma boa solução, acho.

E a contagem regressiva para o feriado começa!!! Só espero que o tempo horroroso passe!!! Não estou no menor clima para ficar enrolado em cobertores!!

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Recaída

Ontem, não resisti. Após a dureza de pagar as prestações da Dulce Veiga, resolvi me presentear com coisas que queria comprar há tempos:

2 tênis (lindos, lindos!);
4 camisetas;
3 cuecas;
2 meias;
1 boné;
1 discman poderoso.

Ok, vivo falando em contenção de gastos, juntar dinheiro, etc. É claro que estou fazendo tudo isso, mas, depois de um tempão de privação, mereço, sim, gastar comigo. E ponto final!!!!!!

E, analisando bem, nada do que mencionei é supérfluo...

PS: jurava que a palavra era "supérfulo" ... Mas o Word disse que estava errado e conferi no dicionário. Nossa, que estranho!

sábado, 2 de outubro de 2004

Por que odeio ir ao Fundão(UFRJ)?

1. Levo 2h para chegar (ok, esse é o tempo-padrão para eu ir a qualquer lugar);

2. Gasto um dinheirão em passagem;

3. E em comida;

4. Sempre pego a av. Brasil na hora do rush;

5. Depois de todos esses sacrifícios, resolvo as pendências em 5 minutos;

6. Se cruzo com algum colega, sempre tem aquela maldita pergunta: "e aí, está escrevendo alguma coisa?";

7. Na maioria das vezes, não encontro ninguém conhecido nem pra fazer a maldita pergunta;

8. Vejo os calouros participando do movimento estudantil e penso neles como "a garotada". Estou ficando velho... :-(

9. Se devolvo livros atrasados na biblioteca, tenho que pagar uma multa diária de 0,50 R$... Sempre atraso...

10. A minha ameba resolve fazer com que eu tenha uma dor de barriga DAQUELAS justamente por que deve desconfiar que não há papel higiênico em nenhum banheiro...


PS: Bom, eu encontrei um rolo, depois de muito procurar desesperado, no W.C. da biblioteca. Provavelmente por que ninguém vai lá mesmo...

quinta-feira, 30 de setembro de 2004

Insegurança é foda

Depois de um longo tempo de posts engraçadinhos, eis que reapareço em crise. Isso é um aviso para os que não gostam de ler textos influenciados por neuroses... Fiquem à vontade para se mandar, que não ligo.

Pois é. Como disse da última vez, tenho andado com uma vontade enorme de virar ermitão. É claro que esse desejo não se passa de uma fuga. Afinal, sou uma pessoa que tem uma natureza extremamente sociável e ficar sozinho me faz mal. Talvez este seja O problema... Devo ser bem chato, às vezes...

É isso que venho sentido: que sou uma mala sem alça. O foda é ainda me preocupar com tais coisas, pois realmente não deveria dar importância ao que pensam de mim. O que me leva a descobrir a chave da minha grande neura: a necessidade de agradar.

O lado bom é perceber que não sou mais impertinente. Quando ficava inseguro com relação ao que as pessoas pensavam de mim, costumava encher o saco de todo mundo. Hoje, fico na minha. E me jogo de cabeça naquelas coisas que SEI que faço bem, como trabalhar e estudar.

Definitivamente, comportar-me assim pode não resolver o problema, mas é bem mais produtivo do que pensava.

E tenho dito.

Ao som de Simple things, do Belle & Sebastian. Todos deveriam estar estranhando o fato de eu não falar deles há tanto tempo, né? Ops, cá estou a me preocupar com a opinião alheia de novo. Damn it!

quarta-feira, 29 de setembro de 2004

O motivo de eu querer virar ermitão de vez em quando

Sou um cara comunicativo. Falar é importante para mim... Gosto de ter com quem conversar. No entanto, acho que o fato de ser maleável e de não me aborrecer facilmente dá a falsa impressão às pessoas de que elas podem cometer certos abusos. Ai, sempre foi assim comigo! Inferno! Em tudo: vida amorosa, amizades, trabalho... :-(

Às vezes, gostaria de conseguir ficar de cara feia o tempo todo, não dar confiança a ninguém, ser antipático. Vejo que quem se comporta assim é mais respeitado. As pessoas têm medo de falar qualquer coisa... Mas não dá: Wally, o bobão.

Por que tanta reclamação? Explico: hoje, estava bem à vontade no trabalho, num daqueles papinhos bobos da hora do almoço. Disse alguma coisa que inspirou a seguinte manifestação de uma cidadã:

Fala direito, garoto! Dá mais entonação a essa voz!!!! Você me irrita com ela. Não tem noção de como.

Foi um lance daqueles de "brincadeira", sabe? Fiquei tão indignado e puto... Mas, idiota que sou, só consegui abrir um sorriso debochado na cara e afirmar:

Sinto muito, mas não mudarei meu jeito de falar somente para te agradar... Estou muito contente com ele, obrigado.

Pode parecer uma grande besteirada, mas fica óbvia a carga de preconceito contida nas palavras da pessoa... Ela provavelmente se referia ao meu jeito "delicado". OK, não quebrei o pau, como gostaria de fazer, mas, pelo menos, não me calei como em todas as vezes em que fui chamado à atenção por isso. Demorei muito para resolver na cabeça o fato de que eu dou pinta, sim, e que não há nada que justifique tentar mudar algo que é absolutamente natural!

Sempre tenho a sensação de que nada teria acontecido se eu fosse um casulo de verdade... Alguém inacessível. Porém, a cada dia que passa, percebo que não dá para mudar isso também...

Ao som de Make your own kind of music, da Mama Cass. É brega e velho, mas adoro:

Nobody can tell ya
There’s only one song worth singing
They may try and sell ya
Cause it hangs them up to see someone like you

But you’ve gotta make your own kind of music
Sing your own special song
Make your own kind of music
Even if nobody else sings along

domingo, 26 de setembro de 2004

Pés inchados, alma leve

Nesse mês, consegui ficar ainda mais duro do que no anterior. Não agüento mais essa vida de pobreza... Estava pensando nisso ontem quando o André Catatônico me ligou convidando para passear em Santa Tereza, pois estava havendo o "Arte de portas abertas". Evento anual do bairro.

Um programinha maneiro e barato? Claro que sim!

Marcamos de nos encontrar em frente ao Teatro Municipal. Sei lá o que estava havendo por lá, mas tinha tanta gente chique entrando! UAU!!!

Olha, para quem está preocupadíssimo em perder peso, como eu, andar à toa (uma das coisas que mais gosto de fazer na vida) é ótimo. Principalmente em ladeiras enormes e íngremes... O único problema foi o All Star. Êita tênis desconfortável!!! Teve uma hora em que mexer as pernas doía muito! Porém, nada tirava o prazer de ficar visitando os ateliês no meio dos mais variados papos. Sou um cara que fala muito por natureza... Juntando-me a ele, o resultado não poderia ser outro. Só paramos de conversar lá pela meia-noite, quando já era tarde demais para voltarmos às nossas roças...

E desabafei coisas que estavam presas há muito e que não mereciam conselhos ou soluções: apenas um ouvido compreensivo. A conclusão a que chego a cada dia que passa é que sou uma pessoa extremamente errada e equivocada na vida...

:-(

Ando carente. Nada que mereça um desenvolvimento extenso por aqui. Vale só o registro.

Bom, mas voltando às boas... Está decidido: assim que deixarmos de ser duros, dividiremos um apê em Santa Tereza! Não vai ser tudo de bom?

Ao som de Sunny, do Morrissey:

We're really missing you
We're really missing you
And you've only just gone


Ai, essa música não é super linda?

sábado, 25 de setembro de 2004

Tirando o atraso

Acho que a mistura entre academia e acordar cedo demais intensificou meu sono. Estava acostumado a dormir super tarde todos os dias, mesmo estando de pé às 5h sempre que tenho que trabalhar. No entanto, ontem – lá pelas 20h30min – não sei o que me deu. Estava fuçando a Dulce Veiga quando, de repente, bateu uma necessidade desesperada de me deitar na cama. Larguei a máquina ligada, bem como a luz. Nem deu tempo de tirar o lençol da cama.

Só me levantei às 10 da manhã de hoje. Uau!

Como me sinto agora? Sonolento e preguiçoso ainda...

Ao som de Fall On Me e de South Central Rain , do REM (dia 8 tem Cd novo deles. Viva!!!! \o/ )

sexta-feira, 24 de setembro de 2004

Odeio o discman podreira

Quando liguei para a Musa do Verão umas duas semanas atrás indeciso sobre comprar ou não (ela me prometeu ajuda contra o meu consumismo...) um Discman poderosíssimo que tocava mp3 da Panasonic pela pechincha de 350 paus, fui convencido a não fazê-lo pelo argumento de que, já que eu tenho um, não haveria sentido em jogar dinheiro fora em outro.

O problema é: tenho mesmo outro?

Um desses aparelhos é extremamente útil a um cidadão pobretão como eu, que vive andando de bus. Como é sabido, do fim do mundo onde moro até qualquer lugar decente da cidade, levo pelo menos umas 2h. Nesse meio tempo, o que me resta a fazer? Ler? Não tenho tido saco para tal atividade em ônibus ultimamente... E não é sempre que consigo um lugar nos bancos... Outra tentativa: paquerar? Seria ótimo, mas... QUEM??? Dizem que há homens lindos no Rio de Janeiro. Isso pode ser verdade... Mas, com certeza, nenhum deles anda nas mesmas conduções que eu...

Portanto, a música se faz necessária. O problema é que tá difícil... Sabe quando o PC trava e a gente tem que reiniciar? Pois é. O meu CD portátil está assim. De repente, a música pára e eu tenho q tirá-lo da bolsa, dar o stop, esperar uns segundos e ligar de novo. Se fosse uma vez ou outra, vai lá, mas o problema é fazer isso o tempo todo! Repetidamente!!!! Ah, e só um phone funciona. E nem adianta, o problema não é dele, coitadinho. Experimentei-o em outros aparelhos... É pau do Discman podreira mesmo!!!!! ÓDIO PROFUNDO!

>:-(

Portanto, decidi. Fodam-se as dívidas. Vou comprar aquele poderosão da Panasonic e não quero nem saber!!!!! Ah, nem é tão caro assim.

Sobre a "livre inspiração"

Não consigo parar de rir toda vez que entro no blog do Panthro Samah. Eu vi que tinha algo de familiar, mas não estava acreditando. Adorei a "livre inspiração". Sinto-me bastante honrado!

O culpado disso tudo é o Sub, o criador do meu logo. Ele sempre me falou que detestava o carinha serelepe que pula. Agora, vai ter que conviver também com o esqueleto saltitante. Ótimo!

Bom, eu adoro meu template. Não mudo por nada desse mundo!

É isso.

Ps: Estou doído dos abdominais! Saco!

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Um absurdo, mas tô feliz

Aqui em casa, a gente tem um jeito meio mal educado de atender o telefone. Morri de vergonha hoje, quando a orientadora ligou:

Atendi junto de Dad e ouvi o seguinte diálogo:

Dad: Alô?

Orientadora: Boa noite, gostaria de falar com o Wally.

Dad: Só um minuto.

Orientadora: Obri- (interrompida)

Dad: WAAAAAALLYYYYY!!!!!!!!!!! TELEFONE PRA VOCÊ!

Ai, medo.

Bom, favelices à parte, ela me ligou para desmarcar o encontro de amanhã. Acho que é a terceira vez consecutiva em que ela faz isso. Será que me incomodo?

É, Mestrado gera traumas...

A pior parte foi essa:

Orientadora: Você já está escrevendo alguma coisa?

Eu: Sim!

MENTIRA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

:-(

Isso dói

Vendo umas fotos tiradas na praia de Ipanema no início do ano (ai, um sofrimento...), percebi que os pêlos do peito estavam grandes em demasia. Uma coisa estranha... Sei lá. Detestei. Na verdade, não curto a visão de mim mesmo sem camisa... Isso acaba comigo.

Daí, depois da confirmação de alguns amigos de que o visual extremamente macacão não estava muito legal, comecei a pensar na possibilidade de cuidar disso. Só tinha um problema: Não queria abrir mão dos cabelos no peito... Uma coisa radical como a depilação certamente me deixaria angustiado.

Resolvi, então, pedir a máquina emprestada à Musa para passar no peito. A idéia era bacana: diminuiria o volume sem perder os (muitos) cabelinhos.

Acabei de fazer isso e cheguei a algumas conclusões:

1) A cabelada fazia com que eu não percebesse o quanto estou gordo. AAARRGGGHHH!!

2) Estou me sentindo estranho. Como se tivesse perdido um membro ou algo assim...

3) Está espetando!!!! MUITO!!!!!!

Valeu pela experiência... Só não sei se vou repeti-la. Ai! Dói!

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

O problema dos homônimos

Acho que já falei por aqui que amizades entre gays são especiais. A gente não tem todas aquelas restrições dos héteros... É um lance carinhoso e bacana. O problema está em algum de nós ter o mesmo nome de um companheiro de trabalho caretérrimo... É claro que isso aconteceu comigo. Explico:

Certo dia, fiquei até altas horas andando à toa pelo Centro com o José (Nome fictício. Sei que ele vai odiar...). Batemos altos papos sobre relacionamentos e tal. Sei que cheguei a casa lá pelas 8h da matina e só levantei umas 15h. De noite, vi na agenda do telefone um “José.cel” e liguei pra ele:

Eu: E aí, José!

Ele: Fala!

Eu: Dormiu bem?

Ele: (Silêncio...) Bom, eu dormi bem, sim... Posso saber o porquê dessa pergunta???????!!!!!!

Eu: Ih, desculpe. Pensei que fosse outro José...

Péssimo, não é? Acho que pegou mal pra caramba...

Pois então. Dizem que as pessoas inteligentes não cometem os mesmos erros. Devo ser muito animal mesmo, pois, no sábado, antes de ir ao The Copa, decidimos ligar pro nosso amigo para convidá-lo:

Musa do Verão: Qual é o telefone do Zé mesmo?

Eu: (Depois de consultar o “josé.cel” na agenda) É esse. Liga aí enquanto lavo a louça.

Musa do Verão: Alô, boa noite! Gostaria de falar com o José, por favor? José? Tudo bem, bi? É a Musa. Olha só, a gente quer saber se você quer sair com a gente... Nossa, a sua voz ta diferente... Eu te acordei? Não vai poder? Então tá, um beijão (Desliga o telefone). Que estranho, tenho certeza de que não conheço a pessoa com quem acabei de falar. Ele atendeu como José, respondeu a tudo, mas não era ele...

Um frio percorreu a minha espinha: NÃO! DE NOVO, NÃO!

E a resposta foi sim, o telefone era do colega caretão do trabalho. Ai!

Pelo menos, desta vez foi a Musa que mandou o beijinho... Tive que me segurar tanto hoje para não rir toda vez que ele falava comigo!! Ai, sou O ERRO!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Academias são uó

Finalmente tomei coragem e resolvi entrar para a academia. É, daquelas de ginástica mesmo. Uó. O melhor de tudo são as reações dos meus amigos.

Eu: Entrei para a academia.

Musa do Verão: Entrou por uma porta e saiu pela outra, né?

...

Eu: Matriculei-me na academia.

korn: Acredita, viado!

...

Eu: Matriculei-me na academia.

Camila: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

...

Quantos incentivos...

...

Só tenho uma coisa a dizer sobre esses lugares: que quem disse que eles são O espaço gay estava muitíssimo enganado. Nunca vi tantos homens heterossexuais do pior estilo, pois:

1) São bombados;

3) Ouvem Hip Hop;

4) Dançam Hip Hop mal em frente ao espelho;

5) Falam alto, como se todos estivessem interessados no que têm a dizer;

6) Fazem piada de viado e de negro.

O jeito foi fazer cara de mau (a louca pensa que engana alguém), ligar o meu discman podreira e fazer a minha série básica sem olhar para outro lugar além do espelho. E, nossa, estou naqueles dias em que me acho lindo (pelo menos do pescoço para cima). Eu me faria!

Hoje estou todo doído. Um bagaço. E quando falei contente para a Musa que continuo malhando, ela me veio com essa:

Malhando a vida dos outros, né?

Bom, errrr... Acho que sim... Pelo menos aqui no blog.

Tsc, tsc.

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Uma certa crise acadêmica

Para os que me conhecem há algum tempo, é nítido que sofri mudanças consideráveis de uns meses para cá. Antes, eu era um carinha reprimido que vivia em casa estudando, vendo TV, lendo gibi e conversando com algumas poucas pessoas na Internet. As coisas mudaram. Estou mais liberado com meu corpo, o círculo de amigos aumentou consideravelmente... Pareço outra pessoa.

No entanto, tenho essa coisa de extremismos que me incomoda... Por que simplesmente não consigo criar um meio-termo entre as duas fases que mencionei?

Sim, fui ao Fundão hoje. Fico assim toda vez que volto de lá... Sinto-me um peixe fora d’água. :-(

Não era pra ser desse jeito. Descobrir minha aprovação no Mestrado foi um dos 10 melhores momentos da minha vida (nem é esnobação, não, mas até passei em primeiro lugar...). Gostaria de entender o que aconteceu.

Talvez seja o fato de as disciplinas nunca terem me empolgado. Esperei demais.

E agora, chegou a hora. Só (até parece pouco) tenho a dissertação para escrever, o que me dá um certo desespero. A orientadora já deu o ultimato: até quinta-feira próxima, tenho que encontrá-la com um esboço minimamente decente de projeto.

Conseguirei fazer isso. Não é possível! E vou ser mestre, sim.
Vou ser mestre.
Vou ser mestre.
Vou ser mestre.

Esse vai ser o meu mantra daqui por diante.

Ao som do disco Meat Is Murder, do The Smiths. Bom... (Por que a gente só ouve os discos de maiores sucessos de bandas assim?)

terça-feira, 14 de setembro de 2004

A cirurgia de mudança de sexo

Sabe aquele medo que a gente tem de dizer que está feliz e que as coisas andam bem porque senão estraga? Então, talvez eu não devesse ter feito o post abaixo. No mesmo dia, entrou um cavalo de tróia aqui... O resultado? FORMATAÇÃO NO PC!

:-(

Não vou negar que fazer isso foi um prazer quase infinito... Mas acabei ficando muito cansado por algo que aconteceu por sacanagem dos outros. Ódio de hacker.

Mas nem dá nada. Limpei a bagunça: está tudo arrumadinho no HD. E acho que o ocorrido foi a desculpa perfeita para o batizado... Sim, a máquina vai ganhar uma alcunha!

Antes da tragédia, revelava à Camila a insatisfação que sempre tive em nunca ter escolhido um nome para o computador. Daí, comentei que, se tivesse um animal de estimação, ele teria que ser fêmea e se chamar DULCE VEIGA (sim, é por causa do livro do Caio...). Pronto: o insight veio à cabeça. Por que nunca pensei em chamá-lo assim?

Talvez porque computador fosse um substantivo masculino...

E daí? Ele aproveitou a operação da noite passada e, sim, mudou de sexo! Hoje, amanheceu não mais como um PC qualquer... Hoje ela é Dulce Veiga!

Ai daqueles que a tratarem como homem daqui por diante!

Longa vida à lady Dulce!

domingo, 12 de setembro de 2004

Celebração nerd

Os que frequentam este diarinho desde os primórdios, devem-se lembrar da novela que foi a compra e a instalação do meu lindo-maravilhoso-fofo-tudo-de-bom PC. Depois, viram o quanto eu fiquei fudido por ter que pagar as altas prestações dele (sim, eu sou pobretão), enquanto me endividava mais e mais para incrementá-lo. Pois então: venho dizer que finalmente o meu xodó é mesmo MEU!!!!!!

Ok, as pessoas "normais" não devem entender muito bem o que um certo maluco comemoraria em terminar de pagar a prestação de um simples computador. Nem espero que o façam, mas tento explicar: antes, eu não sabia nem para onde ir nesse tipo de máquinas; hoje, até que eu aprendi a me virar com muitas coisas. Em parte por não me preocupar em estragar nada, já que não tinha que dividi-lo com ninguém. Além disso, acho que é bem óbvio o prazer que tenho por aqui. Tem gente que até pensa que eu trabalho com informática! E, o principal motivo para minha alegria é claro: VOU FICAR MENOS DURO!!!!!

Ontem, por isso, resolvi mostrar gratidão ao Personal Computer mais querido do mundo: liberei 15Gb do HD lotado. O bichinho mal se aguentava na hora de trabalhar. Ele não merecia isso, não é?

E que este que escreve se segure para não sair comprando em milhões de prestações o monitor LCD fabuloso de 17" que lhe tira o sono todas as noites... E nem se jogue no primeiro gabinete metálico que aparecer em sua frente... Melhor tentar ouvir todo mundo e realmente acreditar que o importante é só que tudo funcione direitinho e que a BELEZA ABSOLUTA não é essencial...

Será que ele consegue?

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Sistemas operacionais seguros demais

Alguns dos meus amigos estão com sérios problemas de relacionamento: ou foram traídos, ou traíram, ou sustentam namoros sem sentimentos fortes por não poderem "ficar sozinhos", etc. Nessas horas, sinto-me o máximo por, de certa forma, não me meter mais em furadas por estar carente. A consciência de que o Grande Amor ainda está por vir e a sensação de nunca ter vivenciado uma relação afetiva em que houvesse correspondência me frustram muito, é bem verdade, mas lido bem com a solterice e com as vantagens que ela pode me oferecer...

Mas acho que exagerei no orgulho com um amigo outro dia. Enquanto, numa discussão sobre tais problemas, vangloriava-me de "jamais me iludir com as reais intenções de meus parceiros", de "não permitir que me sacaneiem mais de uma vez" e de "nunca alimentar uma realação que sei que não vai pra frente", ele me saiu com essa:

Você tem curtido muito mexer no seu computador, não é, Wally? Então, vou falar de um jeito que fique fácil. Existem dois tipos de sistemas operacionais: aqueles que não são muito seguros, mas que têm maior funcionalidade e aqueles que não funcionam tão bem por serem seguros demais...

Como assim? Então, sou a segunda opção?????

Damn it! Justamente quando me resolvo na solidão vem um e me fala um troço desses!

&*%#@#!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Tô feio, mas tô flertando

Estava aqui pensando na profundidade das palavras de Tati Quebra-barraco:

Eu fiquei três meses sem quebrar o barraco
Sou feia, mas tô na moda
Tô podendo pagar hotel pros homi e isso que é mais importante


De todas as significações que podemos retirar daí, a que mais se destaca é a seguinte: a gente pode estar se sentindo a pessoa mais podreira do mundo, mas se não tem muita insegurança, isso não é problema.

Realmente... Essa letrista deveria estar na ABL. Não o Paulo Coelho.

E por que estou falando disso? É que acho que algo mudou em mim. Sempre fui a pessoa mais travada do mundo. Fiquei anos sem beijar ninguém por pura repressão, nunca fui muito adepto da troca de olhares, etc. E, de um tempo pra cá, a coisa tomou outros contornos. Continuo me achando "mirror cracking material", mas nunca flertei tanto na vida como nos últimos tempos. No sentido de paquerar descaradamente na rua e de ser bem desencanado com as ficadas. E isso é bom. Não é?

segunda-feira, 6 de setembro de 2004

A mudança nem foi tão traumática assim

Não sei qual o motivo, mas estava impossibilitado de acessar qualquer site fornecido pelo blogger.com.br há tempos, inclusive o meu. Chegou um ponto em que a situação estava insustentável. Afinal, sou aquele cara obsessivo que não colocou contadores no blog por saber que ninguém o visitava mais do que eu mesmo.

Parece que a coisa era pessoal, já que só acontecia comigo. Vai entender... Por tal motivo, decidi mudar de endereço. O blog é o mesmo, assim como o autor e, graças à ajuda maravilhosa da Camila, o template também (ainda faltam alguns justes, como, por exemplo, os arquivos. Se alguém se habilitar a dar uma força... Tamos aí!). Por isso, não se acanhem de aparecer na suposta "casa nova".

Vou parando por aqui porque passei muitas horas futucando nesse treco. Amanhã volto às atividades normais de um blogueiro.

E que o Blogspot e o Haloscan não impliquem com este que escreve, por favor!

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

Mirror-cracking material

Sabe aqueles dias em que tudo o que você deseja é ficar trancado em casa para não ter que olhar para a cara de ninguém? Então, hoje foi assim. Sei que foi pelo mais idiota dos motivos: preocupação com aparência física... Mas o que posso fazer se não estou me sentindo bem comigo mesmo?

Em primeiro lugar, meu rosto de repente ficou lotado de espinhas. Neste exato momento, sinto uma pulsando bem acima do lábio superior. Dá a maior vontade de espremer, mas lembro dos conselhos que todas as revistas femininas dão nessas horas: "NUNCA FAÇA ISSO!!!" Ok, a gente o segue à risca e fica com a cara cheia de protuberâncias brancas...

Em segundo lugar, ando fedendo. Não me confunda: sou limpinho. É que meu irmão, para se livrar do chulé, optou por aplicar nos pés o maldito Polvilho Antisséptico Granado. Até aí tudo bem, se não fosse o fato de as meias dele terem se misturado às minhas roupas na máquina de lavar. Agora, ele anda sem catinga no pé por aí e eu fico com aquele odor característico do referido produto. Uma MA-RA-VI-LHA!

Em terceiro lugar, meu (pouco) cabelo. Está muito grande (não chega a 1cm...)!!!! Preciso raspar tudo desesperadamente! AAGGRRHH!

E, por fim, como não poderia deixar de ser, estou incrivelmente incomodado com o meu peso. O pior é que não dá nenhuma vontade de fazer dieta ou exercícios. Que saco isso!

O melhor momento do dia foi quando cheguei em casa, tomei o banho e fiquei bem à vontade, de cuecas, pouco me importando com nada. Por que não consigo ficar assim em público?

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

Divórcio

A situação ficou insustentável. Fazia algum tempo que estava sendo quase impossível para este que vos escreve visitar os blogs amigos do sistema da Globo.com ou até mesmo visualizar os comentários que recebia. Já estava de malas prontas para o blogspot, quando percebi que todos me diziam não ter o mesmo problema. Cheguei a uma conclusão: deveria ser pau do Internet Explorer. Desde que baixei o sp2, ele não era o mesmo.

Como a Camila havia comentado comigo de outro navegador, decidi experimentar o Mozilla. Pronto: voltei à ativa. Consegui visitar todos os meus amiguinhos e ainda visualizar meu próprio blog. Ai, microsoft dos infernos! Desde quando uma atualização é feita para piorar o programa? Hein?

Agora, eu só queria entender o porquê de o problema do IE se referir única e exclusivamente aos sites do blogger.com.br. Será uma crise conjugal?

Sei que o post está netmaníaco demais... Isso é porque ainda não escrevi falando da minha mais nova mania virtual: trocar skins de programinhas. Ai, como sou um loser!

terça-feira, 31 de agosto de 2004

Os estranhos na cozinha

Como tem sido nos últimos tempos, fui passar o finde na casa do Gui. E já que a tônica tem sido economizar, decidimos não comer fora e fazer umas comprinhas de coisas para cozinhar. A pergunta era: "O que faremos?", ou melhor: "o que o Guilherme fará?", já que não entendo muito disso.

Decidimos que um bife de fígado cheio de cebola seria uma boa escolha. Mas surgiu um problema: "É estranho comer isso sem arroz e feijão!"

Eu: E agora? Não tem panela de pressão! Compramos feijoada enlatada?

Ele: NÃO!! É péssimo!!

Solução encontrada pelo Gui:

Ele: A gente faz um lance tipo arroz à grega: joga umas cebolas, vários ovos, ervilha, etc.

Eu: Ok, mas vamos mudar o nome por favor. Isso está mais para arroz à gorda...

Decidimos compartilhar a receita. Aí vai:

Arroz à gorda


Ingredientes:

1 saquinho de arroz Uncle Ben's.
1 cebola inteira picada.
1 lata de ervilha.
5 ovos.
1 lata de creme de leite.


Modo de preparo:

Cozinhe o arroz em saquinho. Reserve. Frite a cebola. Junte o arroz. Depois de bem misturado, jogue os ovos. Quando estiverem fritos, misture as ervilhas e, em seguida, o creme de leite. Deixe cozinhar um pouco e pronto: engorde à vontade.

Só digo uma coisa: ficou bão!

Ai, balança. Perdão!

sexta-feira, 27 de agosto de 2004

O ônibus trash ou A cigarra maldita

Reclamo bastante do bairro onde moro. O pior é que nem tem tantos problemas assim: é calmo, tranquilo, não rola tanta violência... Se alguém me pergunta a razão do meu ódio por viver aqui, eu diria que é algo bem simples: o transporte.

Para qualquer lugar da região central ou da Zona Sul que eu vá, tenho que sair, no mínimo, com umas duas horas de antecedência. Senão, já viu. Um horror.

Mas se a demora e a distância fossem os únicos problemas... O fato é que não são. Tudo seria menos pior se não houvesse o 756 na minha vida. Pra quem não conhece, esse ônibus é da Viação Feital (popularmente conhecida como Viação FATAL) e faz a linha Alvorada-Senador Camará. Qual o problema dele? Bom, da lista interminável de itens, eu destaco:

1. Sujeira. É assim: nem adianta usar uma roupa limpa e lavada. Ela e suas mãos (caso você esteja em pé) ficarão negras e fedorentas. Isso é certo.

2. Lotação. Lembra-se daqueles desenhos em que as pessoas no metrô pareciam sardinhas enlatadas? Então, não há melhor imagem para descrever a minha situação todos os dias.

3. Máquinas quebráveis. Sempre que você arranjou um lugarzinho e pensa que finalmente não vai se atrasar para os compromissos, o motor dá uma pane ou o pneu fura e todos têm que descer e esperar o próximo buzu para entrar pela frente. Quer cena mais decadente que essa?

Se não me engano, houve uma sexta-feira 13 nesse mês. Pois é, justamente nesse dia, aconteceu algo de muito misterioso, por assim dizer, na minha viagem. Um fenômeno metafísico, acho.

Estávamos todos tranquilos no caminho quando de repente um som surge:

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

Era a cigarra, aquele instrumento que usamos para avisar que queremos descer. No entanto, ninguém a havia puxado. A trocadora diz ao motorista:

Não pare! Desta vez foi a alma.

Como assim, moça?

Olha, ela fica assim, tocando sozinha... Deve ser algo do além, não é mesmo? (Cara de cínica)

E fomos o caminho inteiro assim. Quando alguém realmente havia dado o sinal, ela gritava:

Agora é real!!!! É real!!!!

E o motorista parava.

Tudo ficou bem divertido até que dali a uns 15 minutos, o sino disparou sem fim.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

E o que era cômico se tornou infernal.

Ai, como eu odeio andar de bus!

>:-(

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Pare o casamento!

Esse era o nome da música da Wanderléia que me motivou a ir ao seu show na Le Boy. Só assim para eu ir àquela bosta... O pior é que a Musa me deu a cola errada e eu ficava gritando feito um louco para ela cantar:

SENHOR JUIZ!!!!!

Se não houvesse um mico desses, não seria eu.

Como vêem, o meu findi foi maneiro. Mas uma vez, fui pra Botafogo. Antes de sairmos, encontramos o Dré com o namoradinho novo. Nossa, altos papos! Bem bacana.

Quanto à boate que eu odeio. Ai, mais uma vez saí de lá jurando nunca mais voltar. Era noite de Flashback... Mas não tocou nenhuma música legalzinha anos oitenta, como eu esperava. Só antigos sucessos de Drag Music. Eca!!!

E quanto à frequência? Ai... Sem comentários. Olhar para aquelas barbies todas lá acaba com a auto-estima de qualquer pessoinha fora de forma como eu.

Mas isso não me atrapalhou muito no domingo, quando me acabei no buffet de comida japonesa no Rio Sul. Vamos pensar positivo: pelo menos é saudável, né?

sábado, 21 de agosto de 2004

Amigos spammers

Dificilmente, dou algum dos meus e-mails para os amigos "reais". Toda vez que fiz isso, a minha vida virou um inferno, pois eles são muito limitados com o uso da internet... Ao estilo de só entrar no bate-papo-putaria do UOL ou no orkut porque saiu em tudo quanto é jornal, e, é claro, mandar as malditas mensagens em massa.

E esse é o meu grande estresse toda vez que ligo o computador... Abro o Outlook e só me aparecem mensagens ao estilo "essa é boa" ou "quem não ler e repassar não tem coração". Os chatos até querem fazer com que eu me sinta culpado por não dar atenção à falta de noção deles. Dá pra acreditar?

Mas isso não é o pior... O mais incrível é que são EXATAMENTE essas pessoas que me olham com cara de espanto, como se eu fosse um ser de outro mundo, quando falo que tenho blog e que passo horas na internet fazendo amigos. Sim, eu sou um anormal por que uso o meu modem para um fim útil, e não para perturbar os outros...

As pessoas são muito estranhas...

Ah, sobre o carinha...

Lembram do carinha do bolo? Então, no dia em que eu e a Musa fomos ao The Copa, já imaginava que o encontraria por lá, pois sei que ele é um frequentador assíduo. Pensei assim: Foda-se! Não vou deixar de ir a um lugar maneiro por causa de ninguém. A gente também não estava no clima de se jogar numa danceteria mais animada...

E, depois de um tempo, quando já estávamos muito provavelmente na terceira Coca Light, ele apareceu de repente com cara simpática.

Ele: Olha só você aqui! Musa, o teu amigo ficou brigando comigo pelo telefone, acredita?

Eu: Não briguei contigo!!

Humpf. Quem disse que dei essa confiança?

Ele: Você está com o seu celular aí?

Eu: Não. Por que?

Ele: Por que o meu número mudou e eu queria ligar pro seu, pois aí ficaria registrado na memória.

Eu: Liga para o da Musa...

Bom, ficou um clima meio esquisito depois porque ele decidiu passar quase a noite inteira com a gente e sem papo, uma situação meio estranha e chata. Quando o meu amigo foi ao banheiro, ele aproveitou a oportunidade e trouxe o assunto à tona:

Ele: Naquela quarta-feira, eu estava trabalhando à noite, como você sabe que eu faço... Realmente esqueci que tinha marcado contigo. Não foi de sacanagem...

Eu: Saquei, mas você poderia ter ligado avisando. Afinal, deixei várias mensagens pra você.

(Sim, eu fiz esse papel ridículo... )

Ele: Claro que deixou. Sabe quando você sempre lembra que tem que ligar para alguém, mas nunca tem tempo? Então...

Eu: Ai, finalmente tocou Morrissey! Adoro essa música! :-)

Pronto. Papo encerrado. E depois ele não ficou tanto com a gente na mesa. Ótimo.

Antes de ir embora, veio ainda me falar pra ligar pra ele no dia seguinte pra gente ir à praia junto. Vocês acham que fiz isso?

Conclusão: O lance da tal quarta-feira foi sacanagem, sim. Ele teve 10 dias pra me ligar e só foi dar essa explicação muito da sem sentido porque me encontrou por acaso. Realmente, as pesoas são cínicas.

O fato é que nunca tive compromisso nem nada, mas existem certas coisas das quais não abro mão... E, por mais que o lance se resumisse a apenas alguns encontrinhos de vez em quando, eu gostaria de fazer isso somente com alguém que me valorizasse minimamente. Estou certo ou errado por pensar assim?