quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Wally hipocondríaco?!

Eu tenho uns medos estranhos. Talvez seja a culpa cristã que nos incutem. Por que penso nela? Bom, geralmente meus medos estão associados aos prazeres que sinto. Sempre penso que aquele clichê que diz que "tudo de que eu gostou é imoral, ilegal ou engorda" tem algum fundamento.

Tipo quando passo pelo elevado do Joá. É certo que qualquer mau humor passa quando admiro a paisagem que ele nos dá. Ai, mas sempre vem a idéia absurda de que, se o ônibus ou a van em que estou cair lá de cima, vai ser uma morte tremendamente dolorosa!



Hoje de manhã fui buscar os exames de rotina que o médico pediu. Entre eles o anti-HIV. Ok, eu só transo de camisinha. Sou extremamente rigoroso quanto a isso, mas sempre me bate um PAVOR de que dê positivo! Eu sei que hoje em dia isso não tem o peso que tinha antigamente, mas sei lá... Eu fico pensando na minha mãe, em falar algo assim pra ela e na necessidade que eu criei para mim mesmo de ser o filho-super-perfeito, enfim... Neuras. (Obviamente deu negativo...)

Só mais tarde fui analisar os outros dados dos exames. E reparei que o meu colesterol deu um pouco acima do normal. Ok, se o razoável é 200, o meu deu 203. Pronto, pensei que nisso é que dá tanta maravilha de comida e sedentarismo. Já fiquei me imaginando fazendo uma dieta ultra rigorosa e malhando loucamente todos os dias. Lembrei daquelas pessoas que dão entrevista e que contam o quanto suas vidas mudaram depois de terem tido infarte, que hoje em dia correm diariamente na praia, malham e só comem frutas, verduras e legumes, sem nunca mais saberem o que é chocolate e picanha.

Drama queen total!

Não consegui disfarçar o desapontamento quando o Dr. Hudson falou que isso se resolve fácil com 30 minutos de caminhada diária pelo bairro.

Mas, sério. Tirando o grande evento de mudança que seria o colesterol alto em meus delírios, eu realmente estou preocupado com algo que está acontecendo no meu corpo. Meu proctologista (sim, eu tenho um urologista, um proctologista, um clínico geral e assim vai...) está desconfiado de que posso estar com um troço chamado colite. E isso parece ser sério. Tanto que o próximo exame que ele me passou e que exige que eu seja sedado antes (PAVOR), vai analisar todo o meu intestino grosso. Claro que eu pensei que isso estaria associado ao prazer maravilhoso que senti nos meus momentos de passividade sexual, mas o Dr. Raymundo me disse que não tem nada a ver. Ninguém sabe ao certo a causa desse negócio.

Eu sempre fui neurótico, eu sei... Nem eu levava muito a sério os meus medos. Porém, não consigo deixar de afirmar que estou com medo mesmo da colite. Muito!

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Neuras

É impressão minha ou ando muito chato?

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Nada vem de mão beijada!

Nada é muito fácil, nem acontece às mil maravilhas. Às vezes acredito que talvez por isso podemos dar mais valor às nossas conquistas. É o que penso quando olho para trás e vejo que consegui defender a Dissertação (por mais que tenha traumas ainda não superados com relação aos estudos acadêmicos). Na verdade, essa é a conclusão a que chego quando paro para pensar nas coisas que conquistei até hoje na vida.

Ai, mas Deus, ou cosmos, ou circunstâncias, ou acaso, ou como quer que se chame o que determina os rumos dos acontecimentos da Terra poderia dar um relax de vez em quando! É sério! estou muito cansado e aborrecido. Humpf. Por que assim digo? Bom, vamos aos fatos.

Como disse aqui outro dia, fui chamado para o concurso de professores do que prestei ano passado. Tudo bem que receber o telegrama na sexta e ter que providenciar todos os documentos até segunda às 10h foi um grande transtorno... E que agilizar a laringoscopia e o exame oftalmológico exigidos para a quinta seguinte (posterior ao feriado) transformou-se numa correria do cão. No problem at all! Agora, no dia em que tinha como certa a minha admissão, o médico da junta do Estado vir me dizer que a fenda discreta que minhas cordas vocais apresentam deveria ser tratada com fonoaudióloga como condição para a liberação de meus documentos foi um grande balde de água fria em minhas expectativas!

E toca eu voltar para casa frustrado correndo atrás de fono! Ao entrar em contato com a primeira, a descoberta mais revoltante: para iniciar o tal tratamento (custeado obviamente pelo meu bolso completamente vazio), eu deveria ter em mãos a tal laringoscopia que ficou RETIDA nas mãos do médico que me embarreirou.

Então, aqui estou eu, ainda resolvendo a minha vida... Anteontem refiz o exame; ontem, fui à fono (e, como bom hipocondríaco, já comecei a ter os sintomas que pessoas com fendas discretas nas cordas vocais apresentam) e só vou voltar à junta média do Estado na sexta, pois já faltei demais na escola do Recreio. Melhor não criar a imagem de professor faltoso, mesmo que isso seja por uma boa causa.

E seja lá o que Deus, ou cosmos, ou circunstâncias, ou acaso, ou como quer que se chame o que determina os rumos dos acontecimentos da Terra quiser!

Humpf.

PS: Eu sei que ando com uma mania louca de usar expressões de língua inglesa em tudo o que escrevo. Não sei o que me dá! Também estou alucinado por conjugar o TU. Assim, de repente, me pareceu tão bonito! Coisa de gente pancada, acho.

sábado, 15 de outubro de 2005

Eufemismo

Semana que vem farei um exame. Para tanto, deverei, a partir da véspera, controlar bastante a alimentação, ou seja, comer geléia, gelatina, purê, coisas assim. Enquanto o médico me explicava os procedimentos, hesitou um pouco e disse:

Bom, como você é bem robusto, provavelmente está acostumado a comer bem. Para não sentir fome, não fique sem se alimentar por mais de duas horas.

Robusto, é?! Então mudou de nome? Enfim, eu gosto de gente educada. Toda vez que algum cara perguntar se estou gordo nos chats da vida, direi:

Gordo, não! Sou só robusto!

:-)

domingo, 9 de outubro de 2005

A má e a boa notícia

Ok, o deslumbramento acabou e vamos tomar consciência da real life, honey. Morar no meu próprio canto (e onde sempre quis) é tudo de bom, receber as visitas é apaixonante e fazer sexo na minha própria cama é um luxo divino. Porém, é preciso entender que tudo isso custa dinheiro. E muito. E que não dá mais para sair comprando todas as minhas necessidades assim, a torto e a direita.

Por que percebi isso? Bom, as contas chegaram. Fiz os cálculos e me sobrará uma merrequinha. Mas nem me animo, pois ainda não vieram nem a luz nem o telefone. Se eu acabar com dois reais depois de tudo isso, é uma boa perspectiva!

Por essas razões já chorei, já me arrependi loucamente por ter saído da casa dos meus pais... Agora estou mais calmo confiante no 13º que está para chegar. Ele será a salvação do meu emburacamento! E que Deus me ouça!

E eu acho que Ele existe. Ou que eu tenho sorte. Quando tudo parecia perdido e minha vida financeira definitivamente condenada (estava convencido de que meu atual salário não era suficiente para manter essa vida que escolhi), recebi a ligação do meu pai dizendo que chegou este telegrama:



Ok, tudo bem que voltar para aquela lonjura para trabalhar e ganhar os R$498,00 da Rosinha não são lá grande coisa, mas pensemos que não preciso largar nenhum dos meus outros empregos para assumir minha vaga e que ninguém me mandará embora de lá. Além disso, eles têm um bom plano de cargos e salários, o que signigfica que, daqui a uns 2 anos mais ou menos, poderei transferir minha matrícula para uma região mais próxima e terei um salário mais justo!

Definitivamente, as perspectivas estão mudando para mim. E nem falei ainda da minha estratégia de guerrilha! Mas isso é para outro post!

;-)

Preconceito do bem

Então eu tenho esse estranho preconceito. Um preconceito do bem, acho, se é que exista algo assim:

Adoro velhinhos!

Sempre acho que são bons, lindos e meigos. Tudo bem que às vezes são rudes, fedidos e feios, mas, na maior parte do tempo, não consigo enxergar nada assim.

Por isso, quando vou a algum médico e descubro que é um senhor idoso, logo fico calmo e tranquilo. Foi assim com o dermatologista que deu jeito na minha eterna acne, foi assim com o proctologista que enfiou várias coisas dentro de mim para examinar meu reto.

Ok, numa situação dessas, o médico ser coroa não ajuda muito. Humpf.

Mas tem o lado negativo. O cara que veio fazer o orçamento das persianas era um senhor com cara de avô. Óbvio que fiz a compra com ele, não aguentei. Senti-me seguro e confortado com suas excplicações formais e detalhadas.

Meu pai disse que ele meteu foi a mão no preço. Enfim!

Prefiro não acreditar em papai e continuar achando as minhas cortinas novas lindas de morrer. E não tem jeito. Amo velhinhos. São fofos!

E tenho dito!

sábado, 1 de outubro de 2005

Vida de adulto

O lado bom da fase alucinada pela qual passei nos últimos meses está vinculado à quebra de certos vícios antes aparentemente insolúveis.

Nossa, a afirmação anterior ficou um luxo só! Tão refinada, vaga, blablabla!

Explico-a.

Como parte do processo traumático de parto da dissertação e de esforço para não me enrolar nos empregos, tomei várias atitudes drásticas na vida: deixei de ficar as tardes e noites quase inteiras na internet, parei de sair para a balada, guardei dinheiro (já que não saía), afastei-me, nesse desaparecimento da net, de pessoas por quem sempre nutri sentimentos platônicos e por aí foi.

Agora, que estou "livre", as coisas não voltaram a ser como antes. Claro que seria muita ilusão minha imaginar que assim aconteceria! Entretanto, acho que as alterações foram incontestavelmente para melhor. Como?

  • Passo menos tempo na internet. Logo, estou mais organizado com os trabalhos que sempre trago para casa e durmo mais cedo também!
  • Não tenho mais aquele FOGO NO RABO de cair na night todo o final de semana. Na verdade, ando mais apegado aos programas fofinhos e carinhosos com amigos. Sem contar nos encontros esporádicos com fodas fixas meigas e excitantes.
  • Consegui comprar a maioria das coisas de que precisava à vista. Ok, fiz alguns crediários e acho que vou me emburacar nos próximos dois meses. Mas é transitório. E ano que vem tenho certeza de que minha renda vai aumentar!
  • Não há mais espaço para platonice na minha vida.
Enfim... Ai, eu vivo falando nessas coisas, mas quem lê meu blog sabe como sou monotemático. Fico meio obcecado com assuntos até esgotá-los completemente. Acontece que, a cada dia que passa, a sensação que me dá é a de que finalmente estou vivendo uma: VIDA DE ADULTO!

Cansa, mas é tão satisfatório!

Eu gosto do que me tornei nos últimos tempos!

Elevador errado

Como parte da visita agradabilíssima do meu culto amigo André, fomos a Santa Teresa assistir a um quarteto de clarinetas por lá. Por minha culpa (não vivo sem guarda-chuva em dias como esses), chegamos somente a tempo de ouvir o último número. Velhinhas olhando torto para nós, constrangimento na hora de entrar. Um erro só.

De lá, meu companheiro de flanerie teve a idéia de visitar a Chácara do Céu, um museu super fino. Era a residência de um cara chic que tinha uma coleção de arte enorme. Como sempre acontece quando entro nos lugares, queria encontrar um banheiro para tirar água do joelho. Saí procurando e, ao chegar ao terceiro andar, vi que tinha uma placa indicando que tal cômodo ficava lá embaixo. Vendo que havia um elevador ao lado da tal placa, nem pensei duas vezes. Entrei nele e apertei pra descer! Ao chegar no segundo andar, vi que estava em alguma sala esquisita e apertei para o primeiro. Lá, tinha um guarda perto da porta. Não entendi nada e apertei para subir. Ao voltar ao terceiro andar, fui recebido por outro guarda (muito mal-humorado, por sinal), que foi me avisar que não poderia estar ali. Eu tentei explicar meus motivos, mas ele pareceu não querer ouvir. Um grosseirão.

O resultado dessa aventura? Um bando de gringos me olhando como se eu fosse maluco e guardas do museu me seguindo aonde quer que eu fosse.

Vai ver acharam que sou algum baderneiro.

Erro!