segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fui ligar para cancelar os cartões de crédito e descobri que há algumas burocracias que tenho que resolver, uma vez que há milhas acumuladas e que um deles é vinculado à minha conta e só pode ser finalizado quando estiver dela dissociado.

Nesse meio tempo, enquanto o atendente verificava as milhas que tenho, aproveitou para falar que o meu cartão é o mais completo que há no mercado, que até me dá seguro para qualquer acidente em viagens internacionais. Fiquei impressionado com o nível do serviço e comecei a refletir que talvez não valesse a pena cancelá-lo.

Mas de repente me dei conta de como sou otário. Atualmente, mal posso viajar a Macaé. De que me serve esta merda de seguro internacional dos cambau?!

Humpf.

Hoje fui ao banco e verifiquei que minha renda está comprometida até 2015. Terei 37 anos até lá. Fernanda me disse que é fácil juntar dinheiro e pagar antes se eu aprendesse a economizar em tudo o que se imagina. Ela me disse que tem um prazer quase sexual em gastar pouco para construir algo.

Preciso descobrir esse prazer. Sou frígido nesse sentido e pago caro demais por isso!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vira-e-mexe fico terrivelmente desesperançoso com tudo no mundo e morro de tristeza.

Acho que isso tem um fundo bem fútil e se deve ao fato de que, entre outras coisas, quando vejo o preço dos imóveis no Rio de Janeiro, cada vez fica mais claro que o meu lugar é Jacarepaguá.

Isso se eu for muito otimista com as minhas possibilidades de crédito no ano de 2014, quando as minhas dívidas finalmente acabam e quando acho que será possível financiar algo minimamente interessante.

Tem um lado meu que não esquece a Zona Sul... Aquela coisa decadente e solta, perto de áreas de lazer fácil e cheia de gente bonita com a cuca fresca... Ai, ai.

Estou aqui expondo da maneira mais honesta possível uma das minhas facetas mais vergonhosas e que mais me custam caro na vida: essa tendência de sonhar com uma vida mais glamourosa e tentar vivê-la a (quase - porque nunca perco a honestidade) qualquer custo.

Seria tão bom se eu tivesse saído da casa dos meus pais com mais planejamento... Não devia ter ido a Laranjeiras. Não podia ter me apaixonado por um cara que só tinha uma capa interessante e uma tendência a buscar uma vida glamourosa parecida com a minha só que com muito menos caráter. Jamais, jamais, jamais poderia ceder ao impulso completamente imbecil de viver com ele em Copacabana.

Só que eu fiz isso tudo porque me deixei levar pelos meus delírios de consumo e não me enxerguei de frente e vi meu valor real financeiro e moral, porque, afinal, eu não tinha dinheiro para nada disso e não me tornei uma pessoa melhor por fazer tanta merda.

Não dá pra desfazer as tolices. O que tenho são R$1.200,00 descontados todos os meses do meu salário para pagá-las.

Mas há coisas boas e não posso esquecê-las. Há alguns poucos amigos que tentam me dar força para aguentar. E tem também os alunos cheios de possibilidades e de animação pra vida. Eles fazem minha desesperança ir embora com tanto idealismo e ingenuidade. Sem contar nos cães... Mas acho que é melhor falar menos disso, pois devo parecer meio louco na minha paixão por eles. Ah, e é preciso lembrar sempre das plantas...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ele fica cantando "Triste é viver só de solidão" e eu fico pensando no quanto ele está certo.

Hoje meus pais vieram aqui cuidar de mim. Mas foram tantas as vezes em que me senti sozinho com eles por perto.

Ontem meus amigos vieram me visitar. Mas foram tantas as vezes em que me senti sozinho com eles por perto.

Normalmente não tenho visitas. E são tantas as vezes em que me sinto sozinho sem ninguém por perto.

Se alguém me perguntar quais são meus planos hoje em dia, aquela coisa que a minha psicóloga afirma que faz a vida ter sentido, os projetos, eu direi que não tenho algum. Basicamente é ir vivendo e esperando essa desesperança passar.

Eu não tenho mais esperança. E ele fica cantando:

Triste é viver só de solidão.

Triste é viver só de solidão.

Triste é viver só de solidão.