terça-feira, 31 de agosto de 2004

Os estranhos na cozinha

Como tem sido nos últimos tempos, fui passar o finde na casa do Gui. E já que a tônica tem sido economizar, decidimos não comer fora e fazer umas comprinhas de coisas para cozinhar. A pergunta era: "O que faremos?", ou melhor: "o que o Guilherme fará?", já que não entendo muito disso.

Decidimos que um bife de fígado cheio de cebola seria uma boa escolha. Mas surgiu um problema: "É estranho comer isso sem arroz e feijão!"

Eu: E agora? Não tem panela de pressão! Compramos feijoada enlatada?

Ele: NÃO!! É péssimo!!

Solução encontrada pelo Gui:

Ele: A gente faz um lance tipo arroz à grega: joga umas cebolas, vários ovos, ervilha, etc.

Eu: Ok, mas vamos mudar o nome por favor. Isso está mais para arroz à gorda...

Decidimos compartilhar a receita. Aí vai:

Arroz à gorda


Ingredientes:

1 saquinho de arroz Uncle Ben's.
1 cebola inteira picada.
1 lata de ervilha.
5 ovos.
1 lata de creme de leite.


Modo de preparo:

Cozinhe o arroz em saquinho. Reserve. Frite a cebola. Junte o arroz. Depois de bem misturado, jogue os ovos. Quando estiverem fritos, misture as ervilhas e, em seguida, o creme de leite. Deixe cozinhar um pouco e pronto: engorde à vontade.

Só digo uma coisa: ficou bão!

Ai, balança. Perdão!

sexta-feira, 27 de agosto de 2004

O ônibus trash ou A cigarra maldita

Reclamo bastante do bairro onde moro. O pior é que nem tem tantos problemas assim: é calmo, tranquilo, não rola tanta violência... Se alguém me pergunta a razão do meu ódio por viver aqui, eu diria que é algo bem simples: o transporte.

Para qualquer lugar da região central ou da Zona Sul que eu vá, tenho que sair, no mínimo, com umas duas horas de antecedência. Senão, já viu. Um horror.

Mas se a demora e a distância fossem os únicos problemas... O fato é que não são. Tudo seria menos pior se não houvesse o 756 na minha vida. Pra quem não conhece, esse ônibus é da Viação Feital (popularmente conhecida como Viação FATAL) e faz a linha Alvorada-Senador Camará. Qual o problema dele? Bom, da lista interminável de itens, eu destaco:

1. Sujeira. É assim: nem adianta usar uma roupa limpa e lavada. Ela e suas mãos (caso você esteja em pé) ficarão negras e fedorentas. Isso é certo.

2. Lotação. Lembra-se daqueles desenhos em que as pessoas no metrô pareciam sardinhas enlatadas? Então, não há melhor imagem para descrever a minha situação todos os dias.

3. Máquinas quebráveis. Sempre que você arranjou um lugarzinho e pensa que finalmente não vai se atrasar para os compromissos, o motor dá uma pane ou o pneu fura e todos têm que descer e esperar o próximo buzu para entrar pela frente. Quer cena mais decadente que essa?

Se não me engano, houve uma sexta-feira 13 nesse mês. Pois é, justamente nesse dia, aconteceu algo de muito misterioso, por assim dizer, na minha viagem. Um fenômeno metafísico, acho.

Estávamos todos tranquilos no caminho quando de repente um som surge:

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

Era a cigarra, aquele instrumento que usamos para avisar que queremos descer. No entanto, ninguém a havia puxado. A trocadora diz ao motorista:

Não pare! Desta vez foi a alma.

Como assim, moça?

Olha, ela fica assim, tocando sozinha... Deve ser algo do além, não é mesmo? (Cara de cínica)

E fomos o caminho inteiro assim. Quando alguém realmente havia dado o sinal, ela gritava:

Agora é real!!!! É real!!!!

E o motorista parava.

Tudo ficou bem divertido até que dali a uns 15 minutos, o sino disparou sem fim.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM

E o que era cômico se tornou infernal.

Ai, como eu odeio andar de bus!

>:-(

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Pare o casamento!

Esse era o nome da música da Wanderléia que me motivou a ir ao seu show na Le Boy. Só assim para eu ir àquela bosta... O pior é que a Musa me deu a cola errada e eu ficava gritando feito um louco para ela cantar:

SENHOR JUIZ!!!!!

Se não houvesse um mico desses, não seria eu.

Como vêem, o meu findi foi maneiro. Mas uma vez, fui pra Botafogo. Antes de sairmos, encontramos o Dré com o namoradinho novo. Nossa, altos papos! Bem bacana.

Quanto à boate que eu odeio. Ai, mais uma vez saí de lá jurando nunca mais voltar. Era noite de Flashback... Mas não tocou nenhuma música legalzinha anos oitenta, como eu esperava. Só antigos sucessos de Drag Music. Eca!!!

E quanto à frequência? Ai... Sem comentários. Olhar para aquelas barbies todas lá acaba com a auto-estima de qualquer pessoinha fora de forma como eu.

Mas isso não me atrapalhou muito no domingo, quando me acabei no buffet de comida japonesa no Rio Sul. Vamos pensar positivo: pelo menos é saudável, né?

sábado, 21 de agosto de 2004

Amigos spammers

Dificilmente, dou algum dos meus e-mails para os amigos "reais". Toda vez que fiz isso, a minha vida virou um inferno, pois eles são muito limitados com o uso da internet... Ao estilo de só entrar no bate-papo-putaria do UOL ou no orkut porque saiu em tudo quanto é jornal, e, é claro, mandar as malditas mensagens em massa.

E esse é o meu grande estresse toda vez que ligo o computador... Abro o Outlook e só me aparecem mensagens ao estilo "essa é boa" ou "quem não ler e repassar não tem coração". Os chatos até querem fazer com que eu me sinta culpado por não dar atenção à falta de noção deles. Dá pra acreditar?

Mas isso não é o pior... O mais incrível é que são EXATAMENTE essas pessoas que me olham com cara de espanto, como se eu fosse um ser de outro mundo, quando falo que tenho blog e que passo horas na internet fazendo amigos. Sim, eu sou um anormal por que uso o meu modem para um fim útil, e não para perturbar os outros...

As pessoas são muito estranhas...

Ah, sobre o carinha...

Lembram do carinha do bolo? Então, no dia em que eu e a Musa fomos ao The Copa, já imaginava que o encontraria por lá, pois sei que ele é um frequentador assíduo. Pensei assim: Foda-se! Não vou deixar de ir a um lugar maneiro por causa de ninguém. A gente também não estava no clima de se jogar numa danceteria mais animada...

E, depois de um tempo, quando já estávamos muito provavelmente na terceira Coca Light, ele apareceu de repente com cara simpática.

Ele: Olha só você aqui! Musa, o teu amigo ficou brigando comigo pelo telefone, acredita?

Eu: Não briguei contigo!!

Humpf. Quem disse que dei essa confiança?

Ele: Você está com o seu celular aí?

Eu: Não. Por que?

Ele: Por que o meu número mudou e eu queria ligar pro seu, pois aí ficaria registrado na memória.

Eu: Liga para o da Musa...

Bom, ficou um clima meio esquisito depois porque ele decidiu passar quase a noite inteira com a gente e sem papo, uma situação meio estranha e chata. Quando o meu amigo foi ao banheiro, ele aproveitou a oportunidade e trouxe o assunto à tona:

Ele: Naquela quarta-feira, eu estava trabalhando à noite, como você sabe que eu faço... Realmente esqueci que tinha marcado contigo. Não foi de sacanagem...

Eu: Saquei, mas você poderia ter ligado avisando. Afinal, deixei várias mensagens pra você.

(Sim, eu fiz esse papel ridículo... )

Ele: Claro que deixou. Sabe quando você sempre lembra que tem que ligar para alguém, mas nunca tem tempo? Então...

Eu: Ai, finalmente tocou Morrissey! Adoro essa música! :-)

Pronto. Papo encerrado. E depois ele não ficou tanto com a gente na mesa. Ótimo.

Antes de ir embora, veio ainda me falar pra ligar pra ele no dia seguinte pra gente ir à praia junto. Vocês acham que fiz isso?

Conclusão: O lance da tal quarta-feira foi sacanagem, sim. Ele teve 10 dias pra me ligar e só foi dar essa explicação muito da sem sentido porque me encontrou por acaso. Realmente, as pesoas são cínicas.

O fato é que nunca tive compromisso nem nada, mas existem certas coisas das quais não abro mão... E, por mais que o lance se resumisse a apenas alguns encontrinhos de vez em quando, eu gostaria de fazer isso somente com alguém que me valorizasse minimamente. Estou certo ou errado por pensar assim?

Vida real imita a vida digital

Desde que comprei o PC, fico cada vez mais e mais apaixonado por ele. Um dos passatempos favoritos em dias de inverno e sem nada para fazer é organizar os arquivos. Nossa, duvido que exista outro HD mais arrumadinho que o meu.

Bom, daí que pensei que havia um contrasenso na minha vida: como é que o armário do meu quarto poderia ser tão zoneado? Às vezes, quando eu o abria, as coisa caíam por cima da cabeça. Um absurdo! Então, como não faço nada mesmo de útil nas quintas-feiras, deicidi ajeitá-lo.

Sabe o que é perder UM DIA INTEIRO nisso? Sem brincadeira... Acho que joguei 10kg de lixo fora. Incrível como a gente sai enfiando tudo dentro do guarda-roupa e nem se liga no que está fazendo! Agora, dá até gosto de vê-lo tão bonitão e arrumado. Parece até o meu computador agora!!! :-)

Ai, que post idiota... Mas foda-se. Só queria dizer que fico muito feliz comigo mesmo por isso e que mostro, cheio de orgulho, o resultado do trabalho a todos que entram no quarto. Deve ser porque isso reflete o estado da cabeça. Talvez a minha também esteja arrumadinha...

terça-feira, 17 de agosto de 2004

Momento SBP *

O local: The Copa.

O dia: Último sábado.

Os gastos possíveis: R$25,00 de entrada ou R$27,50 de consumação e 10% do garçon.

Os personagens: Wally e Musa do Verão.

O problema: Ambos sem poder consumir álcool.

A solução: Beber o máximo possível de Coca Light entre uns... Bolinhos de aipim e umas... Errrr... Batatas-fritas (O ser-humano e as eternas contradições...).

O resultado: Impossibilidade de sentir o cheiro do tal refrigerante horroroso por, no mínimo, dez anos.

Tsc, tsc.

A que provações nos submetemos para não pagarmos uns trocados a mais!

* Super Bichas Pobres.

sábado, 14 de agosto de 2004

A virada financeira (agora a coisa vai?)

Há tempos reclamo desesperadamente de falta de grana. É óbvio que o grande problema sempre foi minha incapacidade de lidar com essa coisa chamada dinheiro. Compras impulsivas, imprevidência, imaturidade: tudo veio se acumulando durante vários meses e o resultado é este que vejo agora: ESTOU DURÍSSIMO.

É claro que tem a prestação altíssima (pelo menos para o meu salário...) do PC e o valor absurdo da minha fatura de cartão de crédito. Não foi difícil perceber que esses têm sidos os grandes vilões da história toda (tudo bem, não esqueço de fazer a mea culpa, como viram no parágrafo anterior). Tal percepção ÓBVIA não seria possível sem o Gui. Ele montou pra mim um troço lá no Excel que me ajuda a controlar os gastos. Nossa, nunca levei a sério esse papo de que devemos anotar tudo... E não é que é verdade? Assim, dá pra visualizar bacana o que vai acontecer comigo em termos de dinheiro no futuro próximo.

A conclusão é que continuarei fudido em setembro...

Entretanto, em outubro, as coisas mudarão drasticamente SE este que vos escreve conseguir parar de comprar besteiras no cartão. Só para ter uma idéia, olhem algumas despesas presentes na minha última fatura:

Universelle (comprei um perfume LUXO lá) - 1 de 2 - 122,00
Dama de ferro - 38,00
Habib's - 41,97
So-Go (SP) - 37,00

Tem muito mais. Isso é só uma pequena parte... Grande decisão tomada: Esconder o instrumento do demônio no fundo da gaveta do armário!!!!

Se conseguir tal façanha, a partir de outubro, de acordo com as contas do treco que o Gui fez, já poderei até guardar um trocadinho em poupança. Dá pra acreditar? E, enquanto não houver uma quantia bem razoável para a minha auto-estima por lá, alguns itens de sobrevivência estarão no limbo, ou seja, não poderão ser comprados. São eles:

1. Gravador de DVD;
2. Som;
3.Webcam;
4. Máquina digital;
5. Um par de tênis (enquanto isso, desenterrei o All Star. O bom é que dá pra fazer a linha moderno)
6. Roupas;
7. CD's, DVD's e similares.

>:-(

Bom, eu consigo.

Mas é sempre bom ter na cabeça a frase: UM DIA DE CADA VEZ!

É isso.

Ao som de The Wrong Girl, do Belle & Sebastian. Nada a ver com o que escrevi aqui, mas tudo a ver comigo. Humpf.

quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Rotinazinha

Os últimos dias no trabalho têm sido bons. E, quando as coisas vão assim, sempre chego à conclusão de que adoro o que faço. Vai tentar entender esses geminianos estranhos!!!!!! O mais esquisito é perceber que não quero faltar mesmo com mais uma recomendação médica. Sei lá. As coisas dependem tanto de eu estar lá (pelo menos acredito nisso), que me sinto meio importante... E tem também o lance de JAMAIS me lembrar de qualquer outra coisa quando estou por lá. Fico muito envolvido.

Ah, sobre o médico: fui e vi as minhas cordas vocais no exame. Não é uma coisa muito bonita... Mas foi bom saber que está tudo bem, que elas só estão meio irritadas depois de tanto tempo sofrendo por causa dessa gripe maldita. AAAIIIIIII, como, a cada dia, percebo que odeio mais e mais o frio!!!!!!!!!! Tenho plena consciência de que reclamarei também horrores do calor, mas, pelo amor de Deus, eu quero que o verão chegue logo. Essa cidade não tem muita graça em outra época do ano...

E vou aqui, vivendo a minha rotinazinha. Às vezes, fico de saco cheio e faço besteiras como a que fiz ontem. Nada muito grave... Só frustrante mesmo, como foram todas as vezes em que experimentei coisas parecidas. Acho que preciso é de um namorado: amigo, companheiro, presente em corpo, essas coisas todas. Tocar, falar, ouvir, transar.

É isso. A vida continua sem mudanças excitantes, reviravoltas do destino, revelações ou tragédias. E quando foi que houve? Acho que está bom assim mesmo. Ou não?

Ao som de The Stonewall Celebration Concert, do Renato Russo.

terça-feira, 10 de agosto de 2004

Amigos são um referencial, o carinha era insignificante e tosse

Há muito tempo que eu não via a Roberta. E ontem, quando estava no meu cochilo no bus, ela me acordou no celular. Finalmente conheceria o apê que ela construiu em cima da casa dos pais e que, por sinal, ficou uma gracinha.

É bom encontrar esses amigos antigos, de sempre. Eles servem como um referencial para ver o quanto mudamos desde a última vez em que os encontramos. E acho que mudei bastante... Toda vez que converso com ela, tenho essa impressão. Deve ser porque sou de gêmeos...

Ah, falar sobre o bolo e o cinismo do carinha de outro dia faz com que eu cada vez mais perceba o quanto insignificante ele era pra mim e o quanto eu sou dramático com as coisas. Isso é bom.

O ruim é acordar e perceber que estou tossindo. De novo. NÃO AGUENTO MAIS! Faz algum tempo que ou estou rouco, ou estou espirrando, ou estou como hoje. Um inferno! Deve ser culpa do maldito frio que não vai embora. Saco. Já marquei Otorrino para amanhã. Vamos ver se, desta vez, eu melhoro.

É isso. Nada de emocionante acontecendo.

domingo, 8 de agosto de 2004

Pela noite (e pela manhã também!)*

E a parte alto-astral, aquela que faz com que não me sinta um lixão por causa dos fatos relatados no post anterior, se refere à minha sexta-feira!

Há muito tempo que eu queria ir à maratona de cinema do Odeon-BR, mas sempre aconteceu alguma coisa que me impedia, mesmo que fosse a minha preguiça... Então, na semana passada, Encontrei com o Dré na net e combinamos de ir juntos. Perfeito.

Marcamos de nos encontrar às 22h no Amarelinho, mas, como moro no fim do mundo, cheguei bem mais cedo com medo de me atrasar por causa da falta de ônibus. E, enquanto ele não vinha, pedi uma porção enorme de batata-frita e alguns chopps. Nossa, acho que dava medo de me ver comendo aquelas coisas compulsivamente. Houve uma hora em que me forcei a parar, senão, engordaria uns 3 kg ali!

Ao chegarmos na frente do cinema, a bilheteria estava fechada e havia muitas pessoas lá na frente. Sentimo-nos uns estranhos no ninho com tanta gente "muderna" reunida... O Dré falou que, da próxima vez, deveríamos, cada um, arranjar um casaco de listrinhas da Adidas e, claro, óculos bem grossos de aro preto. Tenho que providenciar logo tais aparatos...

Mas, no final das contas, chegou um amigo dele e decidimos dar um rolé na Lapa pra ver qual era a de lá. UAU. Nunca tinha ido... E achei interessantíssimas aquelas pessoas bem alternativas chupando mel e andando pra baixo e pra cima. O chato foi aquele monte de PM¿s de metralhadora na mão. Fico pensando... Será que, se alguma coisa realmente acontecer por ali, eles usariam as armas, mesmo com toda aquela muvuca? Eu acho que sei a resposta. MEDO.

O amigo do Dré, logo quis ir embora e a dúvida ficou no ar: Aonde iremos agora?

Resposta: BURACO DA LACRAIA!!!!!

Bom, o que falar sobre? Apenas que aquilo é MUITO, MUITO trash!!!!!!!! E chega uma hora em que enche o saco. Foi lá pelas 4h que isso aconteceu. Como não haveria bus para o lugar onde me escondo àquela hora, ficamos perambulando pelo centro do Rio. Ainda bem que o meu amigo é um ótimo guia. Ele sabia o nome de todas as igrejas e monumentos pelos quais passamos e sabia também onde eram os lugares de pegação. ÓBVIO que fomos lá fazer a linha voyer!!!! Gente, nunca imaginei que aquelas inocentes ruazinhas que ficam perto da Candelária tivessem isso. E o mais engraçado é concordar com o Dré: O povo faz isso na rua e ainda quer privacidade! Fica puto se a gente mete o olhão!

Eu, hein...

Depois desse passeio, sentamo-nos na Praça XV para fazer as famosas DR¿s. Definitivamente, o meu novo amigo é uma ótima companhia para conversas profundas. Bacana! :-)

E fechamos a noite (?) em uma feirinha de antiguidades. Muito legal. Controlei-me bastante para não comprar nada (e consegui!)... O mais bacana foi ver os objetos mais estranhos e inusitados e ficar imaginando a utilidade deles. Cara, até postais antigos do Rio encontramos. E o melhor: eles tinham coisas escritas atrás! Putz, que delícia ler.

Saí de lá umas 7h30min. Estou grogue até hoje, mas valeu a pena. E que haja mais noites assim, por favor.

É isso.

* Referência nada explícita à novela do Caio Fernando Abreu.

sábado, 7 de agosto de 2004

Não se iluda, você vai encontrar muito isso ainda, infelizmente...

Foi o que o Queer Catatonic me disse depois que contei o que vou relatar agora.

Desde quarta, o carinha a quem me referi num dos posts passados não entrou em contato comigo. Nenhuma mensagem, ligação, desculpa ou explicação. Eu tenho uma coisa de querer ter certeza, mas, desde então, não o procurei. Só que hoje senti um lance, como garganta engasgada ou algo assim. Decidi, então, ligar pra ele:

Eu: Alô, fulano? Sou eu, Wally.

Ele: Oi. Tudo bom com você, meu querido? A garganta está melhor.

Eu: Mais ou menos. Estou meio rouco ainda.

Ele: Puxa, que pena. Olha só. Depois a gente se fala. Estou saindo pro cinema agora.

Eu: (meio surpreso) Ah, então tá!

Depois que desliguei, pensei: como assim?! Ele nem mencionou o encontro furado? Liguei de novo:

Eu: Oi, fulano. É o Wally de novo.

Ele: Oi...

Eu: É só um lance que eu quero te perguntar. Você esqueceu que tinha marcado de se encontrar comigo na quarta?

Ele: Sim... Esqueci, sim.

Eu: Certo, então. A gente se fala.

Ele: Valeu.

E foi assim. Ok, não fui o cara mais certo do mundo com ele. Sumi várias vezes, fiquei sem ligar (mas ele também ficou...), etc. Mas isso de "esquecer" de um compromisso marcado... Nunca. E me pareceu a maior desconsideração do mundo (e não foi?). Sacanagem mesmo. Porém, foi bom: depois das férias, estava disposto a tentar alguma coisa a mais nessa história. Ainda bem que quebrei a cara agora. Pelo menos, percebi a tempo que todas as cantadinhas não passavam exatamente daquilo que pensei: palavras baratas que se usam mais pela força do hábito do que por qualquer grau de sinceridade. As pessoas podem ser bem cínicas, não?

Devo ter merecido essa. Como diz o ditado, toda ação tem uma reação... Mas fiquei chateado. E decepcionado. Será que sou muito ingênuo?

É isso.

Este post foi escrito ao som de Bebel Gilberto. Meio triste, meio alegre. Como estou agora (a parte alto-astral vem em outra hora. Não sei se vou conseguir escrever hoje. Sono...).

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

Eu e o supositório

Estava eu completamente sem voz outro dia. A situação ficou desesperadora: quando falava, a garganta doía! Muito! Decidi, então, ir ao médico. Como de previsto, tive que tomar remédios. Ele falou para eu fazer repouso vocal (como se desse...).

Como era tarde (fui na emergência), a farmácia estava semi-aberta. Naquele esquema em que há uma fila enorme (como tem gente doente no mundo!), você fala com o atendente por meio de um interfone muito alto e tem um vidro separando vocês dois.

Eu ia comprar o que o médico receitou: um Cataflan 75mg em comprimido. Dei o papel para o carinha. Ele demorou bastante lá dentro e voltou meio sem graça, rindo.

Ele: Olha só... Eu acho que o médico errou... Esse remédio, com 75mg, não é fabricado em pílulas... Só para injeção ou em... Em SUPOSITÓRIO!! (nessa hora, ele gargalhou muito. E toda a fila. E o resto dos funcionários da farmácia)

Eu: (tentando agir naturalmente) E qual a diferença das pílulas?

Ele: (cara de cínico) Elas vêm em 50 mg!

Bom, tenho uma teoria: a situação estava sendo tão embaraçosa por causa da neura que os heterossexuais masculinos têm em relação ao ânus. Como não são seguros com sua orientação sexual, preferem esquecer que essa parte do corpo existe para não se sentirem tentados. E deixam de vivenciar prazeres maravilhosos proporcionados pela anatomia do homem, tais como o cunete e o fio-terra... Acredito que a psicose seja tanta que nem a higiene eles devem fazer direito lá. Eca. Mas, como eu não teria como arranjar quem me aplicasse a injeção naquela hora e como sou muito bem resolvido com meu reto, obrigado, falei:

Eu: Vou levar o supositório mesmo.

E pronto. Se alguém já usou esse tipo de remédio, sabe pelo que estou passando toda vez que vou ao banheiro... Uó! Disgusting! Eu bem que queria descrever o que acontece, mas já vai dar onze e meia! Está na hora de aplicá-lo.

Fui! :-(

quarta-feira, 4 de agosto de 2004

Explique-me, por favor

A razão de você dizer que sente saudades do meu papo mais do que de qualquer outra coisa.

O porquê de você ter usado os mais fabulosos elogios, fazendo com que eu me sentisse especial.

O motivo dos carinhos espontâneos, dos abraços silenciosos, do despertar delicado.

A justificativa para você ter me convidado para lhe encontrar hoje e SIMPLESMENTE SUMIR DO MAPA!!!!!

Morte na família?

Acidente no trabalho?

Vingança?

S-A-C-A-N-A-G-E-M pura?

Dá pra explicar, por favor?!

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

I take myself for granted

Voltar às atividades ditas normais ajuda a esquecer as neuras. Pelo menos até a hora do intervalo, quando decidi falar das angústias dos últimos dias com a Fernanda e levei um baita esporro do bem. Como ela é muito fina, falou em inglês para mim:

You take yourself for granted.

Depois anotou em um papel o nome de um filme que disse que tenho que assistir o mais rápido possível, com algumas observações:

"Clube da felicidade e da sorte"

Cena da mulher na chuva com o ex-marido é a cena mais linda.

VOCÊ É COMO ELA.


Alguém já assistiu?

Por final, falou um monte de qualidades e realizações minhas que, segundo ela, fazem com que eu me destaque dentre a maioria. Só falta eu vê-las e parar de me diminuir.

Decidido: terapia, aí vou eu!

Ah, e hoje é o aniversário da minha irmã. Há alguns anos que sempre coincide de, nessa data, ela estar brigada com todo mundo aqui em casa. Altos barracos, sabe? Mas agora está diferente. Que bom.

Momento ódio profundo: Por que será que acho um monte de coisas de que não necessito dentre a pilha de papéis da gaveta da escrivaninha, mas não encontro justamente aquilo que quero? Murphy deve gostar muito de mim...

Momento ódio profundo 2: Estou rouco. E dói. Uó!

domingo, 1 de agosto de 2004

Não entendo

Estipular metas é bom e dá ânimo. Isso é certo. Mas por que a vontade de chorar não passa?

Liguei hoje para a Roberta buscando alguma companhia:

Eu: Alô.

Ela: Oi, gato! Tá tudo bem?

Eu: Tô. Pode falar?

Ela: Mais ou menos. O Paquito está aqui, mas volta ainda hoje para Sampa.

Eu: Ah... Ok, então.

Ela: Vem cá, você está bem ou está numa daquelas crises suas?

Eu: Segunda opção.

Ela: Ai, Wally, nunca sei o que dizer quando você tem isso.

Eu: Não precisa dizer nada. Depois a gente conversa.

:-(

Algo no estilo "Só por hoje"

Quer coisa melhor do que ter amigos que realmente te conhecem e que são perspicazes em suas análises? Ontem, sobre a minha suposta crise de depressão, o korn disse:

Eu acho que a origem de todos os seus problemas é a sua vida profissional. Seu trabalho está te desgastando, te entediando e te pagando mal. Isso faz com que você tenha devaneios de amores impossíveis, e busque a fuga na net, e na "depressao", se apegando a problemas pequenos que via de regra nao são seus e que você acaba "amplificando" para ocupar espaço na sua cabeça e nao focalizar no que realmente seria importante, que é a questão do trabalho e do mestrado.

Por que será que nunca enxerguei por esse ângulo? Talvez por fazer exatamente tudo o que está escrito acima. Engraçado. As coisas que ele disse fizeram tanto sentido... Uso um monte de artifícios para não pensar nos problemas do trabalho e na minha falta de empolgação com o Mestrado (inclusive ficar muito tempo na net), mas nunca pensei que fosse tão longe... E de maneira inconsciente.

E, ao longo do papo que tive com ele, estabeleci algumas metas bem audaciosas, de uma certa forma:

1. Ficar mais disciplinado com a net. O meu passatempo favorito não pode me roubar o tempo. Tenho muitas coisas a fazer em casa de trabalho e de estudo sempre.

2. Adiantar as coisas pra poder relaxar depois. Eu sempre deixo tudo pra última hora porque estou sempre sem saco de fazer. E só me estrepo e estresso. E isso inclui a minha dissertação. Quanto mais cedo terminá-la, melhor (PS: ainda nem comecei o PROJETO).

3. Fechar um pouco a mão. Chega de ser imprevidente e sair gastando por aí. Por isso, estou sempre sem dinheiro. E ando querendo me organizar pra morar sozinho... Uma coisa a ser feita com bastante calma.

Por enquanto, isso é tudo, mas sem muitas ansiedades. Algo ao estilo "Só por hoje" vai bem. E, como incentivo, já que quero organizar a minha vida, a Camila sugeriu-me começar pelo meu modo de arrumar a mala. Olha o estado dela na viagem a Sampa:



Putz! Estou achando que terei um longo trabalho. Boa sorte a mim!