quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

FDS de Natal e Harry Potter

O FDS do Natal foi bom para desanuivar grande parte dos estresses do final do ano. Viajei para São João da Barra, onde meus pais têm uma casa de praia cuja obra nunca conseguiram terminar. Dá uma penas ver que a propriedade tem quase 20 anos e ainda falta tanto para se tornar um lugar realmente confortável para se visitar! Mas, mesmo assim, foi maravilhoso. Fiz algo que há muito tempo não parava para fazer por simples prazer: ler.

Eu pensava que, quando isso acontecesse de novo, seria com algum livro cabeça super culto, desses de literatura pesadona dos quais gosto. Nem. Descobri-me, recentemente, viciadão em HARRY POTTER! Tudo começou com um trabalho que fiz com a quinta série, agora, no final do ano letivo. De repente, virou compulsão. Em dois dias, li A câmara secreta e O prisioneiro de Azkaban e agora estou ansiosíssimo para ler O cálice de fogo, A ordem de Fênix e O enigma do príncipe!

Eu preciso!!!!

Se alguém quiser me presentear, aceito todos eles. Mas andem rápido, pois não sei se controlo o impulso de comprar!

domingo, 18 de dezembro de 2005

Lembretes

Sábado à noite eu tive um lembrete de alguns dos motivos pelos quais eu decidi sair da casa dos meus pais. É triste ver como as pessoas dificilmente mudam ou enxergam os vacilos que cometem. Talvez tenha sido bom para eu evitar reclamar tanto do quanto tem sido doída essa mudança na minha vida.

Por que talvez?

Porque às vezes me questiono se viver sem grana e com medo das dívidas e do futuro, numa eterna briga por um ambiente limpo e arrumado - que sempre é considerada exagero, capricho e infantilidade - não siginifiquem que troquei seis por meia-dúzia.

Aturar certas coisas de familiares, a gente consegue porque são eternos. Aturar vaso sem descarga, louça suja, bagunça de um amigo e ainda ouvir dele que reclamar disso é ridículo ou que em vez de reclamar eu é que deveria limpar ou arrumar é INTOLERÁVEL.

Acho que essa minha aventura só diminuiu coisas: grana, quantidade de amigos, minha paciência.

Alguém, por favor, socorra-me?

O mundo anda tão complicado...

Sabe quando você tem um (a) namorado (a) do qual gosta muito, mas que tem certas atitudes e defeitos que impossibilitam a relação? E sabe quando finalmente você chega à conclusão de que não dá mais e decide, finalmente, terminar com ele (a) e, justamente nesse dia, aparece o (a) parceiro (a) perfeito e completamente livre dos incômodos que antes apresentava?


Pois foi assim que a escola do Méier se apresentou para mim na sexta-feira, dia em que decidi pedir as minhas contas. Nunca os professores foram tão simpáticos, a coordenação mais compreensica, os alunos mais educados. Porra, por que nem mesmo se livrar de um sofrimento pode ser simples?

Hesitei durante toda a manhã, até que um empurrão da Fernanda me fez tomar coragem. Ela me lembrou de que aquela instituição era a mesma da escola do Recreio, a que me paga melhor e na qual eu estou satisfeito por trabalhar; e que mais um ano de infelicidade e de insatisfação poderia, além de acabar de vez comigo, manchar a minha reputação onde consegui construir uma boa imagem. Enfim, eu não tinha a saída de somente pedir demissão quando aparecesse outra coisa melhor.

E agora cá estou eu. Prestes a ficar ainda mais pobre, incerto quanto à validade das decisões que tomei, esperando que algum milagre aconteça.

E repito a pergunta fruto de minha indignação: Por que é que tudo não pode ser mais simples?

Acho que o mundo nunca andou mais complicado...

domingo, 11 de dezembro de 2005

Losing A Friend

You're losing a friend
You got it all wrong
It’s not about revenge
But you're losing a friend

I didn't see it coming
With my head stuck in the sand
But now I’m losing a friend

And it's keeping me up
It's the ribbons I tied
I would rather just die
Go to hell and crawl back
Than let you go

You're losing a friend
You jeopardise me
Bad bad blood on your hands
And see, you're losing a friend

I'm fickle and I’m vain
And you trick me over and over again
And now I’m losing you

And it's killing me
It's the strings that I tie
I would rather just die
Go to hell and crawl back
Then let it all go

My mistake
To lose you

Oh no, oh no!
So this the end now
I'm losing you
Oh, look at you!
Look what you're wasting
You're losing a friend
Oh no, oh no!
I'm losing a friend
Oh, oh oh no

sábado, 10 de dezembro de 2005

Então a primeira metade do décimo terceiro saiu depois de mais de uma semana de atraso. E eu, que puxava loucamente os cabelos que não tenho, pude respirar aliviado ao fazer o doc de 817 paus para a conta do meu roommate e, finalmente, não dever nada a ninguém!!! Estou praticamente zerado, é verdade, mas a tranquilidade que sinto não aparecia por aqui fazia tempo!

Meus amigos mais chegados andaram dizendo, com razão, que o melhor adjetivo para me caracterizar ultimamente seria AZEDO. Espero, sinceramente, mudar este quadro.

domingo, 4 de dezembro de 2005

Um dia de cada vez

O post passado foi fruto de uma rápida crise de carência que foi embora tão repentinamente quanto apareceu.

A semana foi intensa. Discussões com o roommate, aborrecimentos no trabalho, decepção ao ter a primeira metade do 13o. não depositada, ainda, na conta do banco.

Tornar-se adulto é complicado. Estranho perceber que isso só está acontecendo, de fato, agora: aos 27 anos. Se por um lado existe a liberdade plena do corpo e da vida, por outro, há a quantidade de sapos engolidos para que se consiga sustentar a vida madura.

Mas DR's hards com alguns bons amigos ajudaram-me a perceber novas possibilidades. E cansei de ficar em casa somente reclamando. Na sexta, distribuí curriculum vitae por aí; no sábado, diverti- me bastante e hoje fiz um belo sexo.

Um dia de cada vez, não é? E olha que não estou em nenhum tratamento de 12 passos.

:)

domingo, 27 de novembro de 2005

Momento pena de mim mesmo

A pergunta é: se sou tão boa companhia, por que passarei esta (e tantas outras) noites sozinho?

Fazia tempo que ela não batia, mas hoje não deu: ô carência filha da puta!

sábado, 26 de novembro de 2005

Era uma terça-feira, à tarde. Eu ia ruminando no busu para Cascadura o quanto odeio o emprego da escola do Méier e o quanto cada vez mais me parece impossível continuar por lá para o próximo ano letivo e no que eu iria ter que fazer para arranjar alguma coisa que substituísse essa renda.

Eu sou um cara meio obsessivo. Quando fico com alguma coisa martelando na cabeça, não penso em mais nada. Não reparo em mais nada.

Só que um grito de assalto me tirou dos devaneios. Um velhinho parecia desesperado enquanto um cara jovem levantava da cadeira estendendo um revólver enorme. Foi rápido o lance. Eu fiquei congelado. Rezando dez mil pais nossos na cabeça e preparando-me para ficar sem documentos e, pior, sem as provas dos meus alunos.

Mas não. O cara só queria saber do velhinho. Devia estar seguindo-o do banco ou algo assim. E todos no ônibus ficaram com aquele jeito e aquela cara de "Oh, não! Aconteceu perto de mim. Ele podia ter atirado e me matado ou me roubado também".

Sei lá. Quando a gente acha que o mundo é uma merda, ele vem e fica ainda pior!

sábado, 19 de novembro de 2005

Tem um posto aqui embaixo que faz uns sanduíches bem gostosos. O meu preferido se chama California Light. O problema é o preço... R$6,00 com direito a 500 ml de refri. Ok, nem é tão caro assim... Só que estou fodido!

Daí que um dia eu estava com muita fome de California Light e com pena de gastar meu dinheiro. Como sempre o comi, lembrava da maneira que os caras preparavam. Decidi, então, comprar os ingredientes e fazer quantos eu quisesse aqui em casa. Aí vai a receita:

Califórnia Light


Ingredientes:
1 pão francês
2 fatias de queijo minas
2 fatias de peito de peru
alface
tomate
molho tártaro

Modo de preparo:
Fala sério, né? Só passar o molho no pão e arrumar o resto dentro!

Eu garanto que é bem gostoso!

PS: Pobre é fooodaaa!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

O intocável

Quando adolescente, era um caso perdido. Cheio de espinhas, um cabelo crespo mal cortado, barba estranha, corpo desengonçado e por aí vai. Ao contrário de mim, havia muita gente que tinha a sorte de ser absolutamente o contrário, bem aquele clichê de Carioca-Surfista-Sarado-Cabelo-Asa-Delta-Esvoaçante.

Crescer nessa cidade sendo um Freak-Creap-CDF nato não é fácil. É tortura ver esses caras andando de bermudas de tak-tel (horrorosas em qualquer um que tenha a mínima barriga) e sandálias havaianas, mostrando os peitos levemente protuberantes e as faces sempre alegres que só as pessoas realmente seguras com a própria aparência têm. Pois a situação é foda mesmo. Ser um cara desses? Impossível. Ter algum interessado? Impensável. A gente até perdoa (ou perdoava) cafonices como aquele terrível Nauru, calçado destruidor de meias brancas da Redley. Quem se importa com sapatos? Quem OLHA para sapatos?

Só que o tempo passa: o cabelo craspo cai, as espinhas somem e deixam marcas, a barba permanece estranha, o corpo - antes desengonçado - torna-se levemente (eufemismos...) avantajado. Perspectivas razoáveis para Freaks-Creeps-CDF's de nascença.

O incrível?

Ter um cara desses como uma bela FF*.

Inacreditável. Tocar o intocável. Excitar o sonho de adolescência. Foder literalmente e cheio de segurança as frustrações da juventude.

A Fernanda me disse que, sabendo o comportamento sexual de uma pessoa, conhecemos quase 95% da personalidade dela. Ou pelo menos a maneira como ela lida com a vida. Hoje, lendo esse fato que ocorre comigo, espero que vocês, meus poucos e fiéis leitores, entendam o quanto estou lidando BEM com a vida nessa semana!

*Foda Fixa

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Palavra horrorosa

Já chorei, já me descabelei (e olha que nem cabelos tenho quase), já liguei desesperado para amigos, etc. Agora, encontro-me num estado de resignação esperançosa. As coisas podem dar certo, não é? O André me lembrou de que a vida é feita de altos e baixos. E não sei por que tinha-me esquecido.

Estou devendo grana.

A Fernanda me disse que deve ser normal isso. Quando tudo dá certo demais, a gente não aguenta e arruma um problema. Com ela foi o emagrecimento, o casamento, a belíssima casa que construiu. Dá uma insegurança, uma falta de crédito no fato de que as coisas podem acontecer como a gente sonhou, sim. Por incrível que pareça, talvez não sejamos capazes de lidar com vitórias. Ela engordou novamente. Bastante, por sinal.

Eu?

Duvido que a quantidade de gastos que tenha feito mês passado seja algum mecanismo de defesa maluco que me force a ficar mal. Entretanto, a crise em que me encontro desde que defendi o Mestrado deve ser.

Sei lá. A partir de então, as coisas estão meio sem sentido. Não tenho mais certeza se a vida acadêmica é o que eu quero para mim, nem sei mais se trabalhar com Ensino Fundamental e Médio é a maneira como quero passar o resto da minha vida. Eu fico me perguntando se não falta um pouco mais de iniciativa ou, como é que se diz mesmo no jargão de administração de empresas? Ah, empreendedorismo. E-M-P-R-E-E-N-D-E-D-O-R-I-S-M-O.

Uma palavra horrorosa, não?

H-O-R-R-O-R-O-S-A!

Quer saber? Não vou mais ficar divagando sobre isso hoje.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Fiz besteira?

Já é o segundo início de mês em que eu me questiono se saí de casa na hora certa mesmo. Caralho, estou muito fodido!

:-(

:-(

:-(

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Satisfação

Foi um processo meio rápido. As coisas vão acontecendo naturalmente e a gente mal percebe. Se há uns meses atrás eu levava a vida mansa de trabalhar somente três manhãs por semana e ter uma dissertação assombrando o meu juízo, agora estou enfiado em três escolas, acordando às 5h quase todos os dias. O alívio é pensar que falta pouco para férias de tudo. O desespero é pensar que antes disso terei quase um milhão de provas para elaborar e corrigir.

Mas era o que eu queria: uma carreira. Ok, estou bastante insatisfeito com um desses meus empregos. A sensação que dá é que trabalho demais para ser muito mal remunerado (mesmo sabendo que, ainda assim, ganho bem mais do que a média). Só não estou conseguindo tempo para a estratégia de guerrilha que bolei: distribuir curriculum vitae por tudo quanto é escola boa existente nessa cidade. Mas já marquei de levar uns 10 para sair pela Barra e pelo Recreio com a Márcia. Ano que vem quero continuar morando aqui, mas folgado de grana. Não nesse aperto desesperador em que me encontro.

Ah, quato ao exame das tripas, ainda não tive tempo de marcar. Medo!

Por isso, mal tenho tido tempo de pensar no blog. Ou de entrar na net. Na verdade, o lado bom de morar sozinho é que quase sempre, nos tempos livres, estou acompanhado de alguma foda fixa ou quase fixa maneira. Ê vida mais ou menos!

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Wally hipocondríaco?!

Eu tenho uns medos estranhos. Talvez seja a culpa cristã que nos incutem. Por que penso nela? Bom, geralmente meus medos estão associados aos prazeres que sinto. Sempre penso que aquele clichê que diz que "tudo de que eu gostou é imoral, ilegal ou engorda" tem algum fundamento.

Tipo quando passo pelo elevado do Joá. É certo que qualquer mau humor passa quando admiro a paisagem que ele nos dá. Ai, mas sempre vem a idéia absurda de que, se o ônibus ou a van em que estou cair lá de cima, vai ser uma morte tremendamente dolorosa!



Hoje de manhã fui buscar os exames de rotina que o médico pediu. Entre eles o anti-HIV. Ok, eu só transo de camisinha. Sou extremamente rigoroso quanto a isso, mas sempre me bate um PAVOR de que dê positivo! Eu sei que hoje em dia isso não tem o peso que tinha antigamente, mas sei lá... Eu fico pensando na minha mãe, em falar algo assim pra ela e na necessidade que eu criei para mim mesmo de ser o filho-super-perfeito, enfim... Neuras. (Obviamente deu negativo...)

Só mais tarde fui analisar os outros dados dos exames. E reparei que o meu colesterol deu um pouco acima do normal. Ok, se o razoável é 200, o meu deu 203. Pronto, pensei que nisso é que dá tanta maravilha de comida e sedentarismo. Já fiquei me imaginando fazendo uma dieta ultra rigorosa e malhando loucamente todos os dias. Lembrei daquelas pessoas que dão entrevista e que contam o quanto suas vidas mudaram depois de terem tido infarte, que hoje em dia correm diariamente na praia, malham e só comem frutas, verduras e legumes, sem nunca mais saberem o que é chocolate e picanha.

Drama queen total!

Não consegui disfarçar o desapontamento quando o Dr. Hudson falou que isso se resolve fácil com 30 minutos de caminhada diária pelo bairro.

Mas, sério. Tirando o grande evento de mudança que seria o colesterol alto em meus delírios, eu realmente estou preocupado com algo que está acontecendo no meu corpo. Meu proctologista (sim, eu tenho um urologista, um proctologista, um clínico geral e assim vai...) está desconfiado de que posso estar com um troço chamado colite. E isso parece ser sério. Tanto que o próximo exame que ele me passou e que exige que eu seja sedado antes (PAVOR), vai analisar todo o meu intestino grosso. Claro que eu pensei que isso estaria associado ao prazer maravilhoso que senti nos meus momentos de passividade sexual, mas o Dr. Raymundo me disse que não tem nada a ver. Ninguém sabe ao certo a causa desse negócio.

Eu sempre fui neurótico, eu sei... Nem eu levava muito a sério os meus medos. Porém, não consigo deixar de afirmar que estou com medo mesmo da colite. Muito!

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Neuras

É impressão minha ou ando muito chato?

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Nada vem de mão beijada!

Nada é muito fácil, nem acontece às mil maravilhas. Às vezes acredito que talvez por isso podemos dar mais valor às nossas conquistas. É o que penso quando olho para trás e vejo que consegui defender a Dissertação (por mais que tenha traumas ainda não superados com relação aos estudos acadêmicos). Na verdade, essa é a conclusão a que chego quando paro para pensar nas coisas que conquistei até hoje na vida.

Ai, mas Deus, ou cosmos, ou circunstâncias, ou acaso, ou como quer que se chame o que determina os rumos dos acontecimentos da Terra poderia dar um relax de vez em quando! É sério! estou muito cansado e aborrecido. Humpf. Por que assim digo? Bom, vamos aos fatos.

Como disse aqui outro dia, fui chamado para o concurso de professores do que prestei ano passado. Tudo bem que receber o telegrama na sexta e ter que providenciar todos os documentos até segunda às 10h foi um grande transtorno... E que agilizar a laringoscopia e o exame oftalmológico exigidos para a quinta seguinte (posterior ao feriado) transformou-se numa correria do cão. No problem at all! Agora, no dia em que tinha como certa a minha admissão, o médico da junta do Estado vir me dizer que a fenda discreta que minhas cordas vocais apresentam deveria ser tratada com fonoaudióloga como condição para a liberação de meus documentos foi um grande balde de água fria em minhas expectativas!

E toca eu voltar para casa frustrado correndo atrás de fono! Ao entrar em contato com a primeira, a descoberta mais revoltante: para iniciar o tal tratamento (custeado obviamente pelo meu bolso completamente vazio), eu deveria ter em mãos a tal laringoscopia que ficou RETIDA nas mãos do médico que me embarreirou.

Então, aqui estou eu, ainda resolvendo a minha vida... Anteontem refiz o exame; ontem, fui à fono (e, como bom hipocondríaco, já comecei a ter os sintomas que pessoas com fendas discretas nas cordas vocais apresentam) e só vou voltar à junta média do Estado na sexta, pois já faltei demais na escola do Recreio. Melhor não criar a imagem de professor faltoso, mesmo que isso seja por uma boa causa.

E seja lá o que Deus, ou cosmos, ou circunstâncias, ou acaso, ou como quer que se chame o que determina os rumos dos acontecimentos da Terra quiser!

Humpf.

PS: Eu sei que ando com uma mania louca de usar expressões de língua inglesa em tudo o que escrevo. Não sei o que me dá! Também estou alucinado por conjugar o TU. Assim, de repente, me pareceu tão bonito! Coisa de gente pancada, acho.

sábado, 15 de outubro de 2005

Eufemismo

Semana que vem farei um exame. Para tanto, deverei, a partir da véspera, controlar bastante a alimentação, ou seja, comer geléia, gelatina, purê, coisas assim. Enquanto o médico me explicava os procedimentos, hesitou um pouco e disse:

Bom, como você é bem robusto, provavelmente está acostumado a comer bem. Para não sentir fome, não fique sem se alimentar por mais de duas horas.

Robusto, é?! Então mudou de nome? Enfim, eu gosto de gente educada. Toda vez que algum cara perguntar se estou gordo nos chats da vida, direi:

Gordo, não! Sou só robusto!

:-)

domingo, 9 de outubro de 2005

A má e a boa notícia

Ok, o deslumbramento acabou e vamos tomar consciência da real life, honey. Morar no meu próprio canto (e onde sempre quis) é tudo de bom, receber as visitas é apaixonante e fazer sexo na minha própria cama é um luxo divino. Porém, é preciso entender que tudo isso custa dinheiro. E muito. E que não dá mais para sair comprando todas as minhas necessidades assim, a torto e a direita.

Por que percebi isso? Bom, as contas chegaram. Fiz os cálculos e me sobrará uma merrequinha. Mas nem me animo, pois ainda não vieram nem a luz nem o telefone. Se eu acabar com dois reais depois de tudo isso, é uma boa perspectiva!

Por essas razões já chorei, já me arrependi loucamente por ter saído da casa dos meus pais... Agora estou mais calmo confiante no 13º que está para chegar. Ele será a salvação do meu emburacamento! E que Deus me ouça!

E eu acho que Ele existe. Ou que eu tenho sorte. Quando tudo parecia perdido e minha vida financeira definitivamente condenada (estava convencido de que meu atual salário não era suficiente para manter essa vida que escolhi), recebi a ligação do meu pai dizendo que chegou este telegrama:



Ok, tudo bem que voltar para aquela lonjura para trabalhar e ganhar os R$498,00 da Rosinha não são lá grande coisa, mas pensemos que não preciso largar nenhum dos meus outros empregos para assumir minha vaga e que ninguém me mandará embora de lá. Além disso, eles têm um bom plano de cargos e salários, o que signigfica que, daqui a uns 2 anos mais ou menos, poderei transferir minha matrícula para uma região mais próxima e terei um salário mais justo!

Definitivamente, as perspectivas estão mudando para mim. E nem falei ainda da minha estratégia de guerrilha! Mas isso é para outro post!

;-)

Preconceito do bem

Então eu tenho esse estranho preconceito. Um preconceito do bem, acho, se é que exista algo assim:

Adoro velhinhos!

Sempre acho que são bons, lindos e meigos. Tudo bem que às vezes são rudes, fedidos e feios, mas, na maior parte do tempo, não consigo enxergar nada assim.

Por isso, quando vou a algum médico e descubro que é um senhor idoso, logo fico calmo e tranquilo. Foi assim com o dermatologista que deu jeito na minha eterna acne, foi assim com o proctologista que enfiou várias coisas dentro de mim para examinar meu reto.

Ok, numa situação dessas, o médico ser coroa não ajuda muito. Humpf.

Mas tem o lado negativo. O cara que veio fazer o orçamento das persianas era um senhor com cara de avô. Óbvio que fiz a compra com ele, não aguentei. Senti-me seguro e confortado com suas excplicações formais e detalhadas.

Meu pai disse que ele meteu foi a mão no preço. Enfim!

Prefiro não acreditar em papai e continuar achando as minhas cortinas novas lindas de morrer. E não tem jeito. Amo velhinhos. São fofos!

E tenho dito!

sábado, 1 de outubro de 2005

Vida de adulto

O lado bom da fase alucinada pela qual passei nos últimos meses está vinculado à quebra de certos vícios antes aparentemente insolúveis.

Nossa, a afirmação anterior ficou um luxo só! Tão refinada, vaga, blablabla!

Explico-a.

Como parte do processo traumático de parto da dissertação e de esforço para não me enrolar nos empregos, tomei várias atitudes drásticas na vida: deixei de ficar as tardes e noites quase inteiras na internet, parei de sair para a balada, guardei dinheiro (já que não saía), afastei-me, nesse desaparecimento da net, de pessoas por quem sempre nutri sentimentos platônicos e por aí foi.

Agora, que estou "livre", as coisas não voltaram a ser como antes. Claro que seria muita ilusão minha imaginar que assim aconteceria! Entretanto, acho que as alterações foram incontestavelmente para melhor. Como?

  • Passo menos tempo na internet. Logo, estou mais organizado com os trabalhos que sempre trago para casa e durmo mais cedo também!
  • Não tenho mais aquele FOGO NO RABO de cair na night todo o final de semana. Na verdade, ando mais apegado aos programas fofinhos e carinhosos com amigos. Sem contar nos encontros esporádicos com fodas fixas meigas e excitantes.
  • Consegui comprar a maioria das coisas de que precisava à vista. Ok, fiz alguns crediários e acho que vou me emburacar nos próximos dois meses. Mas é transitório. E ano que vem tenho certeza de que minha renda vai aumentar!
  • Não há mais espaço para platonice na minha vida.
Enfim... Ai, eu vivo falando nessas coisas, mas quem lê meu blog sabe como sou monotemático. Fico meio obcecado com assuntos até esgotá-los completemente. Acontece que, a cada dia que passa, a sensação que me dá é a de que finalmente estou vivendo uma: VIDA DE ADULTO!

Cansa, mas é tão satisfatório!

Eu gosto do que me tornei nos últimos tempos!

Elevador errado

Como parte da visita agradabilíssima do meu culto amigo André, fomos a Santa Teresa assistir a um quarteto de clarinetas por lá. Por minha culpa (não vivo sem guarda-chuva em dias como esses), chegamos somente a tempo de ouvir o último número. Velhinhas olhando torto para nós, constrangimento na hora de entrar. Um erro só.

De lá, meu companheiro de flanerie teve a idéia de visitar a Chácara do Céu, um museu super fino. Era a residência de um cara chic que tinha uma coleção de arte enorme. Como sempre acontece quando entro nos lugares, queria encontrar um banheiro para tirar água do joelho. Saí procurando e, ao chegar ao terceiro andar, vi que tinha uma placa indicando que tal cômodo ficava lá embaixo. Vendo que havia um elevador ao lado da tal placa, nem pensei duas vezes. Entrei nele e apertei pra descer! Ao chegar no segundo andar, vi que estava em alguma sala esquisita e apertei para o primeiro. Lá, tinha um guarda perto da porta. Não entendi nada e apertei para subir. Ao voltar ao terceiro andar, fui recebido por outro guarda (muito mal-humorado, por sinal), que foi me avisar que não poderia estar ali. Eu tentei explicar meus motivos, mas ele pareceu não querer ouvir. Um grosseirão.

O resultado dessa aventura? Um bando de gringos me olhando como se eu fosse maluco e guardas do museu me seguindo aonde quer que eu fosse.

Vai ver acharam que sou algum baderneiro.

Erro!

domingo, 18 de setembro de 2005

Rotinazinha

Ando sumido porque simplesmente não tem dado tempo para atualizar o o blog. Não é que não haja o que dizer. Como os que freqüentam este espaço devem saber, sou muito apegado às rotinas quentinhas e confortáveis. Elas me dão segurança e tal, acho.

Então, eis que as coisas começam a entrar nos eixos. A moça da limpeza não tem faltado (o que me deixa muito contente), o quarto está arrumadinho, já sei como ir daqui para os empregos, enfim, tudo caminhando.

A melhor parte é, como não poderia deixar de ser, receber as visitas!Semana passada, vieram a Elisa, a Renata, o korn e meus pais! Nesse FDS, apareceram o André, o Cramus e o Mutz. Tão bom! Adoro não ter que ficar preocupado com as duas horas de volta para casa!

E tem outras coisas legais como a liberdade, e o deslumbre que são as facilidades da Zona Sul. Estou muito feliz.

Ok, eu sei que este post foi completamente diarinho, mas e daí? Estou feliz mesmo. Sou piegasss!

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Mau humor

Hoje amanheci muito mal-humorado. E deve ter sido algo tão natural que só fui tomar consciência depois que umas três pessoas me perguntaram o que estava havendo para tal cara estranha. Comecei a pensar na resposta que não consegui lhes dar.

Talvez seja o fato de eu ainda não conseguir parar, olhar e dizer: ESTOU EM CASA. Naquele sentido das coisas organizadas, limpas, do nosso jeito, sabe?

Talvez seja a saudade muito grande da minha mãe e do meu pai. Ou a consciência de que não mais os verei todos os dias.

Talvez seja a insatisfação e a frustração com alguns problemas do trabalho novo que insistem em me atormentar.

Bom, observando isso, eu acredito mesmo é que o problema seja a soma de todos esses fatores. Sei lá, viu? Esse segundo semestre não tem sido tão festivo e leve quanto foi o primeiro. Acordar para trabalhar às terças e sextas é um verdadeiro martírio.

E tem muita coisa nova acontecendo! Tá bom, eu confesso: sou um cara muito apegado às minhas rotinas estáveis. Elas dão segurança!

Ando impaciente, arredio, preocupado, chorão e quero que isso tudo se estabilize logo.

domingo, 4 de setembro de 2005

Dorme aí!

Nem tudo dá para ser feito exatamente como planejamos: antes, eu queria me mudar no dia exatamente posterior à defesa... Fiz isso no final de semana seguinte. ;-)

Hoje é a primeira vez em que amanheço na casa nova: nem acredito!

É difícil imaginar não ver mais os meus pais todos os dias depois de viver 27 anos fazendo-o, assim como foi impossível conter as lágrimas ao vê-los indo embora para minha ex-casa. Entretanto, é luxo receber o cramus às 21h e, depois de muito papo, falar: dorme aí!

Como venho anunciando há tempos neste blog, os eventos marcantes da minha vida finalmente aconteceream nesta semana. E vamos ver no que dá isso tudo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2005

O dia chegou

Eu poderia ficar aqui dando milhões de descrições e reflexões sobre o que aconteceu há algumas horas, mas a única coisa que eu quero dizer é que, de hoje em diante,

Sou mestre!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Mudança

Então depois de amanhã é a defesa. E somente agora terei tempo de preparar alguma coisa para ela (dei um jeito de faltar nas escolas esses dois dias). Êita vida maldita em que tudo é feito meio que de supetão. Não sei dizer o que sinto quanto à proximidade desta data. Racionalmente, não vem palavra nenhuma... Só sei que estou ansioso pela irritabilidade e impaciência que vêm tomando conta de mim faz tempo. Sem contar nos muitos quilos a mais. QUERO ANFETAMINAS!

Esse agosto tem sido muito longo...

Daí que vou seguir o plano que sempre tive na cabeça: defender o mestrado num dia e, no outro, mudar-me. O apê já está alugado, a cama e o colchão comprados, o frete fechado, perco o sono pensando nas cortinas e em como será a minha vida sem ver a mamãe todos os dias, sem ter a estabilizade da casa do papai e assim vai...

Sinceramente? Estou anestesiado nesse processo todo. Sentindo-me jogado em alguma onda braba de uma praia maluca. Vou indo nela só com a fé de que as coisas darão certo.

A seguir, cenas dos próximos capítulos...

domingo, 28 de agosto de 2005

Ando arisco

Nossa, faz tempo que não escrevo nada, mas fazer o que se não tinha vontade?

Eu ando arisco.

E como não estar assim com essa rotina? Todo dia que chego em casa, a consciência bate forte por causa das provas que tenho que elaborar ou corrigir. Tudo muito chato! Basicamente é nisso que minha vida se resume atualmente. Até reclamar me dá culpa, afinal pelo menos tenho bons empregos... Ah, mas que se foda. Estou cansado demais de tanta coisa sacal!

Tipo, próxima quarta é a minha defesa. Você teve tempo de prepará-la? Nem eu!

Neste momento, em vez de estar aqui me lamentando, deveria estar fazendo o estudo dirigido que deixarei na escola para o dia que faltarei para terminar meus compromissos acadêmicos, sem contar na prova de recuperação e na prova semanal.

Ou seja, em vez de comemorar o meu título de mestre na quinta, estarei de volta à realidade maravilhosa de: corrigir coisas!!

Talvez eu fique (ou não) menos irritadiço quando for definitivamente para a casa nova: sábado que vem.

Comprar lençóis e devanear com ela tem sido a única fuga possível dessa rotina insuportável.

terça-feira, 16 de agosto de 2005

De mãos atadas

Quando, em meados de maio, uma colega perguntou-me se eu tinha tempo livre para trabalhar a partir de julho, achei uma boa, afinal, o mestrado acabaria no final de agosto e, com mais duas manhãs cheias, poderia manter, até o fim do ano, a mesma grana que vinha tirando até então. O único diferencial estaria relacionado ao fato de ela vir por meio de uma carteira assinada, o que já seria bem mais garantido.

Só que acabou não sendo bem assim. Na hora de receber o contra-cheque, o meu dinheiro líquido era bem inferior ao que esperava. Sou meio ruim de conta mesmo, por isso esqueci completamente de que o salário que o Departamento de Pessoal me informou era o bruto. Tantos descontos...

Até aí tudo estaria bem.

Só que percebi que fiz uma grande merda. Ou dei azar, sei lá. Em dois dias a mais de trabalho, tenho muito mais estresse do que os meus outros antigos 3 dias muito bem remunerados. Peguei duas séries de Gramática, duas séries de Redação. O que isso significa? 4 planejamentos, 4 testes, 4 provas, etc.

Mas esse ainda não seria o problema.

O fato é que estou lidando, pelo menos uma vez por semana, com crianças da pior espécie: respondonas, sem limites, preguiçosas, debochadas, apáticas... Sinceramente... Não tenho saco. Não tenho o MENOR SACO. E só quem dá aula sabe a frustração e o sentimento de impotência que rola depois de um péssimo dia de trabalho.

Agora é que vem o foda. Contando com a grana, topei alugar um apartamento dividindo as despesas com um amigo. Já tenho até as chaves. Nenhuma possibilidade de eu mandar todo mundo se foder e tirar o meu time de campo. Como se não bastasse, o "novo" emprego é na mesma empresa em que sempre trabalhei... Claro que com coordenações diferentes, salários diferentes e localidades diferentes. Não haveria a menor maneira de sair de um sem me queimar no outro.

Então, amigos, essa será a minha sina até o final do ano (porque eu HEI de conseguir algo melhor em janeiro!): dormir angustiado na segunda, ter sempre uma péssima manhã de terça, passar a tarde do mesmo dia remoendo as afrontas, desrespeitos, malcriações e tudo o mais e acordar ainda de ressaca do mal-humor na quarta.

Ok, muita gente nem emprego tem... Mas estou muito puto. Então eu me mato de estudar para isso?

domingo, 14 de agosto de 2005

MSN Delete Checker

Outro dia achei esse site que indica quem, da sua lista de MSN, deletou você. Olhei para isso com nariz torto. Sabe como é, já rolaram estresses por descobrir que algumas pessoas estavam me bloqueando por lá. Ok, eu tive e sempre posso voltar a ter fases de carência. Sou normal!

Abrindo um parênteses, se formos perceber bem, isso é mais um grande mal do MSN. Afinal, nunca tive brigas por causa do recurso de ficar invisível no ICQ! Na verdade, era até bom, pois se alguém conversava dessa maneira comigo, sentia-me até honrado! Ah, e o que dizer daquele plug-in que diz se alguém fechou a janela de conversações???? Nossa, outro dia uma garota ficou indignada por isso. Êita mala!

Daí que eu não resisti e acabei fazendo a verificação de "delete". Não é que levei um baita susto?! Pessoas de quem realmente gostava tinham excluído este que vos fala assim, "na maior"!

Logicamente, Wally-Neuras-Psicoses-Encanações ficou ruminando o motivo de tal atitude. Chatice minha? Vacilei feio? Não dei a devida atenção? Mas foi bem rápido: continuo meio pancado, mas todos que me conhecem sabem que é menos que antigamente. Se não querem falar comigo, nada puedo hacer. O que não falta é gente bacana pra conversar.

E, como disse antes, sou normal. Claro que me dei o direito de ficar BUADA e revidar o delete. Com respectivos bloqueios, claro.

Ninguém é de ferro!

E que fique bem claro que, se não sou de puxar papo o tempo inteiro, não é porque não goste das pessoas, ora bolas!

terça-feira, 9 de agosto de 2005

Vem, setembro!

Nesse tempo de sumiço, a dissertação acabou saindo. Acho que ficou boa, mas não me arrisco a dizer mais nada. Vamos deixar isso para a banca avaliar. Até lá seja o que Deus quiser: medo da defesa!

Entretanto, isso não aliviou em nada a minha rotina. A escola nova tem se mostrado terrível: muito estresse com um salário nem tão bom assim. Hoje me aborreci muito com os alunos, mas quer saber? É só sair da escola que tudo melhora. Tipo um alívio mesmo.

Aposto todas as fichas em setembro: sem Mestrado, início de outro trimestre, casa nova!

O ano ainda está no meio e já estou morrendo de cansaço!

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

Sobre as lágrimas

O que é isso que tem me dado ultimamente e que me faz chorar copiosamente todos os dias?

Talvez, lá no fundo, eu saiba o que é. Só estou sem tempo e sem cabeça para desenvolver.

E, enquanto isso, vou dando asas à sensibilidade exacerbada que anda tendo erupções loucas, feito vulcão.

Uma vida em suspenso. Uns olhos muito molhados.

Deixa eu voltar a escrever.

domingo, 31 de julho de 2005

Fizeram-me chorar nos últimos dias:

I'm looking through you
(McCartney)

I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?

You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.

Your lips are moving,
I cannot hear.
Your voice is soothing,
But the words aren't clear.

You don't sound different,
I've learnt the game.
I'm looking through you,
You're not the same.

Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.

You're thinking of me,
The same old way.
You were above me.
But not today.

The only difference,
Is you're down there.
I'm looking through you,
And you're nowhere.

Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.

I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?

You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.

Yeah, baby you've changed.
I'm looking through you...













Horizonte distante

(Marcelo Camelo)

Por onde vou guiar o olhar que não enxerga mais
Dá-me luz, deus do tempo
Dá-me luz, deus do tempo
Neste momento menor
Pra eu saber teu redor

A gente quer ver horizonte distante
A gente quer ver horizonte distante

Aprumar

Através eu vi, só o amor é luz
E há de estar daqui até alto e amanhã
Quem fica com o tempo
Eu faço dele meu e não me falta ao passo coração
E não me falta ao passo coração

Avante

A gente quer ver horizonte distante
A gente quer ver horizonte distante

Aprumar

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Fugidinhas nerds me fazem bem

Faltam alguns poucos minutos para as duas da manhã e me pego aqui, de repente, com uma vontade de escrever e de dizer que, neste exato momento, bateu-me uma tranqüilidade, uma alegria, uma paz. Sei lá. Coisa de doido, acho. Talvez eu seja maníaco-depressivo. :)

Como previ em outro post, o presente tem sido marcado por noites em claro. Juntando-se a isso, há momentos de grande inspiração. Claro é que eu continuo sendo Wally-doido-e-disperso e, portanto, perco-me, em certas horas, nas nerdeações alucinadas com Dulce Veiga (o computador, não a personagem do livro que estudo): configuração do programa de email, troca de player padrão (pela milionésima vez neste mês, larguei o Windows Media Player pelo Winamp. Vamos ver até quando isso vai durar...), alterações de pequenos detalhes no template do blog que ninguém além deste que vos fala deve perceber e assim vai. Ok, não me critiquem... Por mais atrasado que seja o trabalhador, há sempre um breve momento de lazer. E meus amigos sabem o quanto me divirto em tais atividades. Como afirmei anteriormente, devo ser meio pancado.

O lance é que finalmente sei o que quero dizer nas próximas páginas da Dissertação. Ok, talvez um planejamento bem feito anteriormente tivesse me ajudado nesse sentido há tempos... Entretanto, minha cabeça funciona de um jeito meio caótico. Pode parecer comodismo dizer isso, mas lá vai: só sei ser assim.

Agora é torcer para que dê tempo. Falando nisso, tenho que ir. Até mais.

PS: Estou assustado com a quantidade de tiros que andam sendo dados nas redondezas durante essas madrugadas em claro. O que aconteceu com Realengo, meu Deus?!

sábado, 23 de julho de 2005

Monotonia do bem

Está terminando a primeira semana do recesso escolar e só saí de casa na segunda-feira (acho q nunca alguém ficou tão arrependido de não ter ido ao cinema...). Tem sido boa a rotina com a mãe e com o pai. Refeições com os três à mesa, conversas amistosas. Adoro rotinas monótonas, confortáveis e quentinhas, como todos sabem.

Vou sentir falta disso... E, ai, de tanta coisa...

Outra maravilha é não ter hora para acordar. Fazia tempo que não dormia tão bem. Definitivamente, quando voltar ao trabalho, preciso arranjar um jeito de regularizar o meu sono. Não dá para passar as manhãs inteiras como zumbi... Impossível controlar a bagunça das crianças!

No mais, ando lendo e ruminando sobre o que ainda vou escrever na Dissertação. Estão pintando idéias e acho que a semana que vem será marcada por madrugadas em claro. Valerá a pena. Só espero que esse pesadelo acabe antes de o recesso terminar.

E quero ficar bastante tempo sem estudar (formalmente falando)...

Mudando de assunto... Como tenho usado pouco a internet para me comunicar com o mundo, ando baixando coisas. Ontem foi fascinante... Bateu-me uma doideira e resolvi procurar músicas dos Beatles. Pois não é que um cara lá no Soulseek tinha TODOS os albuns deles? No maior descaramento, peguei tudo. Em uma noite, os downloads estavam terminados. Nunca nada chegou tão rápido aqui. Viva a banda larga!

E só para constar, estou adorando ouvir os Cd's dos caras. Nossa, não sei o que estava fazendo antes para não ter experimentado isso!

Ah, parece que a Agir tá cumprundo mesmo com o calendário de relançamentos da obra do Caio. Já saiu a nova edição de Morangos mofados! É aquela revista por ele antes de morrer (eu preferia a capa da Cia. das letras, mas...). Claro que já chegou aqui em casa. :-) Encomendei na Saraiva assim que soube. Não perco tempo. A que eu tinha era antiga, toda despencada da Brasiliense (havia encontrado num sebo). Ai, mal posso esperar para sair o Pequenas epifanias e o Teatro completo. SONHOS DE CONSUMO!!!

quarta-feira, 20 de julho de 2005

Autocrítica sem baixa auto-estima

Um dia inteiro sentado e somente dois parágrafos escritos. Isso porque eu tenho que, até quinta que vem, escrever mais umas 40 páginas. D.E.S.E.S.P.E.R.O!

De qualquer forma, há a perspectiva de que esse pesadelo acadêmico vai passar em breve e meus planos para depois são muito finos: parar de ser CDF, passar muitas horas por dia numa academia e ficar gostoso!

Agora sério. Sério mesmo. Não entendo como alguma coisa se perdeu. Antes era fácil sentar e escrever milhões e milhões de trabalhos com a mesma naturalidade com que sento e escrevo este post. Eu era diferente. Mas não só nesse sentido intelectual, sabe? Mudei muito. Desde ontem que eu ando pensando nisso. Cadê o cara que gostava de estudar, que era romântico, que lia um monte de livros? Não tenho certeza se as transformações que aconteceram comigo foram para melhor.

Não consigo chegar a muitas conclusões agora, nesse momento especial da minha vida, mas a vontade que anda me dando é a de ficar em casa, sentado no meu canto, tentando encontrar o que se perdeu. Ou o meio termo.

O bom é sacar que a auto-estima não fica detonada como antes nesses momentos de crise e autocrítica. Consigo perceber que nos últimos anos, por exemplo, transformei-me num profissional bem mais seguro e eficiente. Legal ter uma visão justa de si mesmo! E é muito bom saber que alguma coisa eu ainda estou bem. Tenho que compensar em algo, né?

domingo, 17 de julho de 2005

Botão Atualizar

Vendo vários blogs bacanas e ajudando o Matheus nos layouts dos seus, bateu-me um desejo incrível de mudança (ou de inveja pura). O que foi engraçado, pois sempre adorei o meu template e achava que nunca teria que modificá-lo.

Conversei com meu amigo, pois jamais consegui fazer qualquer modificação aqui sem sua ajuda e começou o choque de idéias, pois ele queria uma transformação radical enquanto eu percebia, a cada proposta nova, que queria continuar com a mesma coisa, só que mais "limpa".

Começamos a caminhar quando ele veio com a idéia das ondinhas laranja-flutuantes em fundo totalmente branco com detalhes também em laranja (eu n abria mão dele de jeito maneira). Aí o troço fluiu e, em poucas horas, o layout era isso que está aqui: radicalmente transformado, mas, de alguma forma, ainda o mesmo: porque tem a minha cara, acho.

Mas qual a razão de fazer um post sobre isso? Bom, primeiro porque estou a fim, segundo porque passei várias e várias horas da semana voltado para isso e, por último, porque NÃO CONSIGO PARAR DE ADMIRAR O RESULTADO!!!!! SOCORRO!!!!!

E o mais legal foi a oficialização de um trabalho em equipe. Apresento a todos a What not to post crew.



Wally e Matheus arrasam!!!!!!

sábado, 16 de julho de 2005

Passeio na cidade

Como ontem foi o último dia em que dei aulas antes do recesso escolar, resolvi fazer algo diferente. Ando com saudades dos amigos, como venho dizendo aqui e liguei para o André perguntando se ele estava a fim de dar uma volta por aí. O engraçado foi que, depois de ele ter topado, bateu-me uma vontade de cancelar tudo e de voltar pra casa. Muito estranho. Depois de uns meses me forçando a não sair, dá preguiça de bundear de novo, mas tive força de vontade e parti para o Centro. Desde quando eu nego fogo?

Fomos a dois sebos e eu me joguei nas revistas antigas de X-MEN. Até consegui o número 1 daquela antiga editada pela abril! Tudo a R$1,50! A bolsa ficou pesada de tanto gibi. :-) Depois, andamos por uns antiquários e foi engraçado sentir os cheiros de coisas velhas e ver guarda-roupas. Tudo isso me lembrou tanto as casas dos meus avós na época em que eles eram vivos e a gente ia todo ano visitá-los... Melancolia!

E ando cada dia mais apaixonado pela cidade. Tipo as pedras portuguesas. Um dia eu peguei um táxi e o motorista reclamava da retirada delas da Visconde de Pirajá depois das obras do Rio Cidade. "São a cara do Rio", ele disse. E passei a reparar no chão os bairros e é fato: Seja na Barra, Recreio, Ipanema, Copacabana, Centro, Méier, Madureira ou Realengo, a gente sempre vai achar alguma calçada coberta e decorada com tal material. Tudo bem que nem sempre está bem tratado, mas achei tão charme! Sei lá... Dá uma identidade! Ok, acho que estou viajando.

E a gente entrou por acaso no Passeio Público também. Nossa, é incrível como há lugares que sempre estiveram lá e pelos quais a gente passa e nunca dá a devida atenção! Fiquei fascinado com a tranqüilidade e beleza daquele que foi o primeiro jardim público do país. Uma verdadeira maravilha no meio do Centro enlouquecido da cidade.

E lembrei que bem ao lado dele estava o Palácio Monroe, que foi demolido na década de 70 a pretexto de nada. Maior tristeza que me deu. Pois é. Passar a Andar por aí com o André foi o que despertou em mim e curiosidade pela história e pelas belezas da cidade. Cada dia que passa fico mais contente de ter voltado a morar aqui. :-)

No fim do dia, encontramos com uma amiga de trabalho dele e sentamos no Amarelinho para eu tomar uns chopps. Ninguém acompanhou na bebedeira, mas eu estava sentindo tanta vontade... E fui embora naquele estado semi-bebum que eu adoro...

Espero que as férias rendam bastante. Será tão bom não ter que acordar tão cedo... Agora é o final do processo da dissertação. Ainda bem que terei bastante tempo para me dedicar!

terça-feira, 12 de julho de 2005

K-y: primeiros socorros

Tenho sempre comigo uma nécessaire com coisas essenciais para emergências: camisinhas, k-y, escova e pasta de dente, fio dental e por aí vai. Sou um cara prevenido... Não gosto de sair de casa com menos de R$ 20 ou sem guarda-chuva. Nunca se sabe o que pode acontecer: dilúvio, bafo, dormir demais no busu e ter que pegar táxi, encontrar um deus grego interessado em sexo aqui e agora... Vai saber!

Daí que durante a explicação do assunto novo hoje, uma menina estava inquieta demais. Não, ela não conversava com alguma colega: era um desespero. Então, eu ficava conduzindo minha fala diretamente a ela para me certificar de que nenhuma dúvida restaria.

Não pareceu ter dado certo.

Na hora da tarefa de aula, ela não escrevia. Perguntei:

Por que não está fazendo, menina?

E foi aí que entendi tudo. A coitada estava com um anel apertado no dedo desde ontem. O membro estava inchado, meio avermelhado e ela começava a se desesperar. Falei:

Você tem que dar um jeito de tirar isso logo! Pode ser perigoso!

Aí foi a gota d’água para que ela começasse a chorar. Vendo aquela situação desesperadora e, sentindo-me incapaz de fazer algo, lembrei do meu kit e falei:

Acho que posso te ajudar. Vem comigo.

Sim, amigos, levei-a até o meu armário e peguei o lubrificante que salva a vida dos veados. Enquanto guardava a nécessaire, ela perguntou:

O que é isso, professor, kit de primeiros socorros?

Bem... Er... Digamos que sim.

E tasquei na mão da criança o gel. Imaginando que ela nem soubesse o que seria aquilo, disse:

Vai sair com água bem fácil. Não se preocupe.

Ah, tudo bem, professor! Lá em casa tem um troço desses!

Fiquei pensando se ela teria idéia de que fim útil sua mãe provavelmente dá ao item em questão, mas foi só por um segundo: melhor resolver a emergência.

E mexemos e mexemos no anel, mas ele pouco se movia. Manei-a umedecer as mãos, pois – por experiência própria – sabia o quanto o efeito de K-y pode ser intensificado com água. Bingo: saiu de um só puxão!

Passou o susto!

Mais uma vez fica provada a capacidade que K-y tem de deixar as pessoas felizes e relaxadas! Só espero que minha aluna não conte como consegui salvar seu dedo com riqueza de detalhes para os pais!

sábado, 9 de julho de 2005

Mais uma mudança?

Já está rolando há algum tempo a idéia de dividir apê com o Gui. Ele veio me dizer que ia se mudar e perguntou se eu estava a fim. Concordei na hora. Um monte de motivos.

Só que faz alguns dias que ele está procurando algo pra alugar e me cobrando uma posição. Daí eu medrei. Esse mês foi excepcionalmente pródigo no que se refere às sobras de dinheiro depois do pagamento das dívidas e o recente frio fez com que eu achasse a casa dos meus pais muito mais quente e segura.

Confesso que tenho medo de muitas mudanças ao mesmo tempo. Sei lá. Tem esse emprego novo e ainda estou me acostumando a trabalhar tão cedo mais dois dias na semana... Tem o final do mestrado... Aí, no meio de tudo isso, tem ainda virada radical na minha vida? De carinha tranqüilo que faz o que bem entende com a grana que recebe, terei que ser um homem sério que precisa se segurar se quiser continuar morando, comendo e andando de ônibus o resto do mês?

Bom, eu ainda estou em dúvida e fiquei de dar uma resposta ao meu amigo amanhã. É bem provável que eu vá em frente. Só não vou nunca deixar de admitir que estou morrendo de medo.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Supersticioso

Sabe quando tudo vai tão bem que você até evita falar nisso para que não estrague? É tipo o fato de fazer muito tempo desde a última vez em que fui assaltado... Não gosto muito de comentar! De alguma forma, sempre tenho a sensação de que, mencionando tal fenômeno, alguém que determina os acontecimentos do mundo pode se lembrar de me fazer passar por experiência parecida mais uma vez só de sacanagem.

Pra que é que eu fui comentar aqui sobre os malditos conhecidos que resolvem nos encontrar justamente a caminho do trabalho às 5h30min da manhã? Não é que aconteceu isso hoje? E Deus sabe o quanto eu PRECISAVA terminar de dormir na condução!

Sabe o que é pior? A conhecida era colega de trabalho! E foi me fazendo companhia até o final do trajeto. Eu bem que tentava me livrar do papo fechando os olhos sempre que havia um momento de silêncio. Ah, mas, quando ela via isso, começava a falar e falar e falar e falar e falar...

ad infinitum.

Mas quero pensar que isso é coincidência do destino e que ter falado aqui que faz muito tempo que ninguém me assalta não mudará, em nada, essa condição.

M.E.D.O!

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Bafão

Outro dia minha mãe madrugou também. Sei lá o que deu nela... Insônia, qualquer coisa assim, pois eu me levanto para trabalhar quando ainda é *NOITE*!

Foi bom porque é sempre muito solitário o aprontar-se no silêncio da casa que dorme. Acho bom ter com quem conversar de manhã. Adoro falar... Contanto que não seja no busu, por favor. Ônibus, às 5h30min da matina, é feito pra terminar de dormir, não pra bater papo com algum maldito conhecido que encontra você!

Mas estou divagando e não chego ao ponto...

Na hora de sair, fui dar um beijo nela e veio a bomba:

Você está com um hálito horrível!

(Mãe é mãe... Elas podem falar esse tipo de coisa sem cerimônia.)

Mas, como assim?! Acabei de escovar os dentes!

Isso não é de higiene bucal... É daqueles que vêm de dentro!

Pronto. Acabou minha tranqüilidade no resto do dia e, por conseguinte, da semana. Demorou muito até eu voltar a falar com o rosto próximo de alguém de novo. Comprei a maior quantidade possível de TIC TAC’s e, sempre que dava, entre um intervalo e outro das aulas, escovava os dentes. Não estava (nem estou) tendo tempo de ir a algum médico ver do que se trata. Acho (ou prefiro acreditar que) o problema solucionou-se naturalmente, mas – como seguro morreu de velho – estou sempre com uma pastilha na boca.

Ok, eu sei que sou encanado demais!

E eu fico pensando de vez em quando... Se fosse depender do blog pra arrumar namorado, trepê, pretê ou qualquer coisa assim (como já vi acontecer com alguns), estaria F.O.D.I.D.O! Quem é que iria querer beijos nos lábios (ou em qualquer outra parte do corpo) de um lesado que acaba de declarar sua angústia em nunca estar realmente seguro quanto ao odor de sua boca?????

quinta-feira, 30 de junho de 2005

Suga vida em mim

Tenho um monte de coisas pra contar: paranóias loucas, deprês repentinas, causos interessantes, fatos nerds instigantes, contemplações agradáveis. O mesmo babado de sempre, não é? Tanto troço bom...

Mas não dá. Muito cansado para vir aqui e escrever qualquer coisa maior do que isso:

O emprego complementar está-me cansado mais do que imaginava. Acordar às 5h todos os dias é F.O.D.A, mas não pára por aí... Quem também dá aula sabe do que estou falando. Ando-me sentindo sugado ao extremo.

Mas o recesso está chegando e os prazos finais da dissertação também. Há luz no fim do túnel...

E vou ter minha vida de volta.

Saudades dos amigos.

terça-feira, 21 de junho de 2005

Pega vida em mim

E o novo álbum do Kid Abelha é uma surpresa extremamente agradável.

Ou nem tão surpresa assim...

Afinal, a cada ano que passa, a voz de Paula Toller fica mais linda e o pop-sentimental-e-meigo da banda aprimora consideravelmente no que se refere ao bom-gosto. Então, tem sido tão delicioso ouvir Pega vida...



Acho que tem a ver comigo a estética deles. Uma coisa meio melancólica, mas bonita e meiga.

Por favor, não me considerem convencido... Mas acho que sou um pouco assim. Ou são essas algumas das características que curto em mim.

Eu ando querendo o ingênuo, o tranqüilo, o fofo! Eu preciso do Kid Abelha como trilha sonora hoje para pensar que talvez as minhas relações com os caras possam ser mais profundas do que necessidades sexuais urgentes.

Sei lá. Estou pensando num jejum de putaria. Pode ser uma boa...

E deixar que algo de verdade aconteça para que letras como a seguinte deixem de fazer sentido para mim:

POR QUE EU NÃO DESISTO DE VC
George Israel / Paula Toller

Eu n desisto de vc
vc precisa entender
que eu n me inspiro sem vc
sem vc eu n me inspiro

Meu dia D, meu "e"
Meu ponto G meu chi
Eu n respiro sem vc
Sem vc eu n respiro

Você me perguntou
Eu engasguei sem coragem, travei
Não me atrevi a responder

Por que é que eu não desisto de vc
Porque
eu n desisto

Por que é que eu não desisto de vc
Porque
eu n desisto

Eu n desisto de vc
vc precisa entender
que eu n me inspiro sem vc
sem vc eu n me inspiro

Se vc pensa em mim
se vc me abraça
A vida é gratia plena
A vida é cheia de graça



Ai, ai...

(Engraçado é que está escrito com essa linguagem de internet mesmo no encarte)

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Leitura de banheirão

Daí que entre um parágrafo e outro, entre uma passada de roupa e outra, entre um cansaço e outro por acordar sempre tão cedo e não conseguir deixar de dormir tão tarde, ando arrumando tempo para leituras agradáveis. Especialmente na hora de ir ao banheiro. :-)

Nada de literatura brasileira, por favor... Só coisas prazerosas e leves, como ao SAGA DA FÊNIX, o Almanaque dos anos 80 que ganhei de presente dele e os mails de um amigo fino que mora em Paris.



Mas o que tem me comovido ao extremo é o drama de Jean Grey, a minha x-man favorita. Sempre choro com essa história. E fico puto com o recente final que deram a ela. Sem querer fazer a linha "antes as coisas eram melhores", mas já fazendo... Ler histórias atuais dos X-MEN é sempre decepcionante.

:-(

(Olha como ela é FODONA!)

Isso de parar e ler o que está a fim é uma das coisas boas da solidão. Já falei aqui que ando bem solitário, não é? E a sumida da net intensifica um pouco isso... Estou triste, com saudades de encontrar e abraçar os amigos. Mas até que dá pra dar uma segurada legal na maior parte do tempo.

Nessas horas que eu adoro o meu emprego também. Ele me força a estabelecer relações com muita gente. E gente jovem, simpática, cheia de vida, brincalhona. Tão bom...

E é só uma vez por semana que eu coloco Everybody hurts do REM pra tocar e choro horrores! Está de bom tamanho, não é?

domingo, 19 de junho de 2005

Números de Wally

Estava vendo o blog dele e resolvi imitá-lo e fazer também a numerologia aqui (não funciona com Firefox). Pois é. Cada dia que passa, concordo mais com essas coisas de numerologia, astrologia e afins:

Nome: Wally (sic)

Idade: 27 anos, 0 meses e 25 dias.

Signo: Gêmeos

Planeta regente: Mercúrio

Elemento: Ar

Número de Ambição: 7

Número de Personalidade: 5

Número de Expressão: 3

Número de Destino: 9

Segundo seu dia de nascimento...
Dotado de surpreendente energia, você precisa estar sempre em atividade, em constante movimento. O numero 24 lhe da condições de assumir responsabilidades, principalmente na família ou na comunidade, dois mundos em que você colocou seu verdadeiro interesse. Você tem os defeitos correspondentes a suas virtudes, pois é uma pessoa que pode ficar ansiosa e preocupada com a possibilidade de não realizar o que lhe parece certo. Chegar aos seus objetivos lhe custará, sem dúvida, um trabalho árduo, mas você os atingirá possivelmente no campo educacional.

A sua ambição é
Gosta de paz, silêncio, ter tranquilidade e profunda comunhão com seu interior.

Você é...
Com grande capacidade criadora, autoconfiante e com uma inteligência acima da média e com grande rapidez de raciocínio.

Segundo seu número de Expressão...
Busca sempre o sucesso de modo criador, através do teatro, música, canto e outras formas de criatividade, não consegue encarar o dinheiro com seriedade e não se preocupa com isto.

Segundo seu número de Destino ...
Seja uma pessoa amorosa e prestativa. Para ser feliz e bem sucedido, você terá de cultivar uma atitude aberta em relação a vida. Terá de esquecer pequenas coisas insignificantes que, frequentemente, incomodam outras pessoas, não permitindo que elas te influenciem, pois seu caminho exigira compaixão, compreensão e uma grande vontade de servir. Você poderá tornar o seu objetivo tão amplo quanto possível, associando-se a entidades humanitárias. Os movimentos nacionais e internacionais são regidos, muitas vezes por destinos semelhantes aos seus. Você julgará que frequentemente sua presença é solicitada em excesso para reordenar as coisas que estão fora do rumo; todavia, este é seu verdadeiro papel, isto é, manter uma visão ampla e grande interesse pelas coisas do mundo. O sucesso e a felicidade estarão ao seu alcance se você for capaz de vencer os preconceitos e tratar os demais exatamente como gostaria de ser tratado. Seu destino, não só lhe dará dinheiro, mas também sabedoria para administrá-lo, já que você é alguém privilegiado pelos deuses, desde que viva de acordo com seus ideais.

PS: Espero que essa parte final de dinheiro seja mesmo verdade. Cruza os dedos!

sábado, 18 de junho de 2005

Wally Urso?!

E daí que outro dia eu fiquei com um cara bem fetiche: barrigudinho, coroa, cavanhaque, peludo, mais velho.

Eu gosto de caras assim.

E, no meio do lance, ele vira e me pergunta a idade. 27, eu respondo. Decidi, então, fazer a mesma questão e ele disse:

40.

Adoro quarentões...

Eu também. Na verdade, não curto gente nova assim como você. Só fiquei contigo porque você é assim.

Assim como?

Aí ele começou a alisar a minha pança e os meus fartos cabelos no peito:

Assim, gordinho, peludinho, ursinho...

Peraí: URSINHO?! Então quer dizer que eu sou urso? E, já que curto e acho fetiche caras como ele, também tenho tesão em URSOS????

M-E-D-O!

PRECISO EMAGRECER!!! CADÊ AS ANFETAMINAS?????

domingo, 12 de junho de 2005

É tão bom saber ler!

Quando voltei a morar no Rio, uma das coisas mais bacanas que aconteceu foi fazer parte do convívio de minha sobrinha. Era engraçado, pois ouvia mil histórias dela (afinal, todos os pais são verdadeiros babões), mas só a tinha visto ao vivo duas vezes na vida...

Então, entendemo-nos muito bem. Enchi-a de Barbies e um dos nossos passatempos favoritos era penteá-las, banhá-las, lavar suas roupas etc. (Sim, usei a menina para resolver a frustração infantil de não ter podido brincar de boneca. Mea culpa!). Se havia algum penteado desfeito, ela corria pra me dizer:

Tio, vamos dar um jeito no cabelo da Barbie Bailarina?

Só que comecei a trabalhar, estudar e ter uma vida social – por mais que a união dessas três coisas sempre me tivesse parecido impossível – e parei de dar tanta atenção a ela.

Porém, a garota não larga do meu pé. Um de seus passatempos favoritos quando vem à casa dos meus pais é ficar no meu quarto mexendo no meu estojo, desenhando, perguntando com quem é que estou conversando na net, etc.

Hoje ela veio. E, atolado com minha dissertação, disse que ela não poderia ficar: ia querer ficar conversando, perguntando coisas, inventando brincadeiras. Como prometeu que iria ficar quietinha, somente fuçando num dos gibis de X-MEN que ando usando para me distrair das leituras pesadas toda vez que vou ao banheiro (isso quando não são os e-mails de um certo amigo meu...), falei que tudo bem.

Do nada, ela não consegue deixar de quebrar o voto de silêncio:

Tio, é tão bom saber ler, não é?

Disse isso com um rostinho tão encantado e com um sorriso tão fabuloso que, obviamente, derreti-me todo, também bastante orgulhoso do grande feito que ela alcançou na vida (Por que nos esquecemos da sensação de aprendermos finalmente a ler? Deve ter sido muito mais gratificante do que a primeira relação sexual ou do que a formatura, quem sabe mais satisfatória do que a própria defesa de dissertação!). Então continuei o papo que ela puxou:

E por que é tão bom assim?

Porque a gente consegue ler!!!!!! :-)))))

Só tenho uma coisa a dizer sobre essa cena:

Ti fofaaaaaaaaaaaaaaa!

sábado, 11 de junho de 2005

Uma trilha sonora minha

Uma vez assisti ao Herbert Vianna dando entrevista naquele programa da MTV chamado Pé na cozinha (Antigo... E tão bom...). Não, esse post não é sobre ele nem sobre os Paralamas (nunca fui grande fã de ambos). Foi só uma coisa que ele disse à Astrid. Algo parecido com isso:

"Eu tenho que ser humilde e reconhecer que o máximo que posso conseguir com música é fazer trilha sonora para as vidas de algumas pessoas."

Apesar dos protestos da entrevistadora, em parte concordo com o cara. Só não aceito que ele tenha que ser humilde por causa disso...

Tem coisa mais gratificante do que criar a trilha sonora pra vida de alguém?

Tipo o Reveal, do REM... Comprei-o em 2001, último ano em que morei em Manaus. Finalmente tinha parado de sentir dor por causa daquele meu único-namoro-super-traumático e estava começando a me recuperar dos fracassos acadêmicos, profissionais, familiares e financeiros decorridos dele.

Era uma época de paz interior. Estava solitário. Bastante solitário, aliás... Mas sabe quando rola aquela resignação tranqüila? Acho que queria aquela falta de companhia...

Então o CD do REM refletia mais ou menos o que eu era naquele momento, com as melodias melancólicas e as letras "pra cima", logo, não saía do meu antigo discman podreira.

The sun reflected in
The back of my eye.
I knocked my head against the sky.


Neste momento, estou ouvindo-o. E deu saudades. Não da solidão, pois, apesar de tudo, ela continua aqui, mas da tranqüilidade de conviver com ela. É disso que sinto falta...

Ai, ai...

Ao som de Beat a drum, do REM (a da letra citada acima)

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Trillian mudou a minha vida!

De uns tempos pra cá, o MSN estava pior do que o normal, considerando que bom ele nunca foi... Aquele texto maldito que diz que a mensagem não pôde ser entregue a todos os destinatários aparecia toda hora, isso quando ele tinha a consideração de mandá-la, pois várias foram as vezes que fiquei sabendo que alguém me escreveu algo e não recebi! O Sub até achou que eu tava com raiva dele, já que não respondia a nada que ele dizia...

O Postal chegou a considerar que provavelmente fosse uma retaliação do programa à minha pessoa depois de tanto difundir o ódio contra ele... É uma possibilidade...

Mas enfim... O povo ainda insiste em usar essa merda da Microsoft! ICQ funciona de verdade, MSN não, pô! Entendam!

Enfim, não serei redundante quanto a esse assunto... Todos que me lêem sabem os sentimentos intensos e negativos que nutro por esse maldito mensageiro instantâneo.

Daí que minha paciência estava se esgotando e eu não via solução, já que todos se recusam a usar o ICQ. Então, depois de ele me lembrar da existência do Trillian, decidi instalá-lo pra ver qual era.

Susto:

Minha vida nerd mudou: LIVREI-ME DO MSN DEFINITIVAMENTE!!!

Quer dizer, só vou usá-lo se precisar da CAM, mas tão raramente a ligo...

: ) : ) : )

O maneiro é que, além de bonito, ele é bastante configurável... Traz umas coisas simpáticas, como a opção de mandar as mensagens com ALT+S, em vez de ENTER, deixando esse botão somente para dar espaço entre as linhas (sua verdadeira finalidade em textos, né?). Tem, ainda, o RESUME, aquele recurso que permite que recomecemos um download de onde ele parou. Além disso, posso renomear um contato de maneira bem simples, clicando com o botão direito do mouse em cima do dito cujo, não tendo que aturar mais aqueles nicks de dez linhas infernais.

Olha como ele é bonito:





Sinto que me livrei de um grande peso nas costas.

E a vida é bela...

Ok, os desavisados podem não entender toda a minha felicidade, claro... Mas o pessoal que me conhece sabe que, neste momento, estou com um sorriso que vai de uma extremidade à outra do rosto!

terça-feira, 7 de junho de 2005

Mudando o caminho

Quando comecei a trabalhar no Recreio, não conhecia muitos itinerários para lá chegar. É assim: se Realengo é longe, o bairro onde se localiza meu emprego não fica perto de absolutamente NADA. E isso não é exagero.

Daí que eu pegava o famigerado 756 – pior ônibus do Rio de Janeiro – para descer na Barra e, de lá, tomar outra condução até o destino que torna minha vida financeira viável. “Mas por que é tão ruim assim?”, alguma alma descrente de minhas críticas pode perguntar... E eu faço uma lista (estou pegando mania delas aqui no blog, parece):

. Nunca está menos do que lotado;

. Não é sujo, como a maioria dos busus dessa cidade, é IMUNDO. Roçou em qualquer parte dele, tem que jogar a roupa no cesto. Não tem jeito.

. Não tem suspensão. A cada curva mais acentuada que faz, mais próximos nossos rostos ficam do chão;

. Vive enguiçando. Aí o pessoal desce de um carro super-lotado e espera outro mais cheio ainda para se enfiar no meio do povo e tentar chegar inteiro no trampo;

. A cigarra não funciona, logo, é comum a gritaria toda vez que o motorista não pára no ponto desejado pelos passageiros e, mesmo depois das reclamações, insiste em continuar, com cara feia (?!), seu caminho.

. Ele passa pela Taquara e pela Cidade de Deus: funis estreitos que vivem parados. Tem coisa mais frustrante do que estar sujo, espremido e em pé numa condução enfiada num engarrafamento louco sem perspectiva de saída?



Pois é. Essa era a minha vida... Só recentemente descobri outro meio mais em conta nos quesitos conforto e tempo. É assim, eu pego um busu que passa na porta da minha casa até o Sulacap (ele roda bastante pelo bairro. Suponhamos aí, uma meia hora num dia bom). De lá, tomo outro que me deixa no início da imóvel Taquara (lá o trânsito ainda não é tão lento assim), desço e entro numa dessas kombis que vão para o Recreio pela estrada dos Bandeirantes.

Minha vida mudou!

A grande reclamação que tenho desse último meio de transporte? Somente os motoristas com os rádios ligados num som sertanejo. Nada que meu Discman luxo não resolva!

Assim, o percurso é rápido, tranqüilo e cercado de um cenário maravilhoso, afinal, passo por uma parte da cidade que parece interior: até morros intocados e carregados de Mata Atlântica eu vejo. E o gran finale é, às 7h da manhã, dar o meu bom dia ao mar.



Chegar ao trabalho assim dá até ânimo, nem reparo que pago mais uma passagem!

domingo, 5 de junho de 2005

Pirando

A dissertação anda a passos lentos e eu fico pensando que:

. Emocionalmente, não estou num dos meus melhores momentos;

. Nessa semana, a carga de trabalho vai aumentar consideravelmente: mais duas manhãs cheias de crianças entupidas de hormônios, de planejamentos, de correções e de pais reclamando;

. Minha coluna está doendo. Muito;

. Estou ansioso demais com tudo, o coração acelera de vez em quando;

. Preciso de carinho urgente. Um abraço serve (claro que o sonho de consumo é uma massagem nas costas!);

Quer saber? Eu quero a minha vida de volta, pra espairecer quando preciso: encher a cara de vez em quando, dançar sozinho a noite inteira de olhos fechados, andar à toa na rua mirando as caras das pessoas, ficar jogando tempo fora na net sem me sentir culpado, visitar os amigos.

Nada muito sofisticado. Fico feliz com coisas simples.

Junho promete ser um mês pródigo em estresses, noites mal-dormidas e solidão.

MALDITO JUNHO! ODEIO-TE!

Mas o oásis do recesso de julho está por aí e eu seguro nessa bóia para não me afogar:

Ergui a cabeça para as manchas cada vez mais douradas do crepúsculo, e foi nesse momento que a vi, incendiada de prata, um pouco acima da faixa violeta sobre os edifícios mais altos, a primeira estrela, devia ser Vênus, Primeira estrela que vejo, lembrei, realiza meu desejo, pulávamos amarelinha riscada com pedaços de tijolo pelas calçadas do Passo da Guanxuma, eu sempre queimava o limite do céu na hora de dar o grito de costas, num salto, olhos fechados, sete vezes repetir, olhos abertos presos na estrela até fazer o último pedido, depois não olhar mais para cima. Parado entre quatro esquinas, a primeira estrela à minha esquerda, o arco-íris, à direita, de frente para a cidade, de costas para o parque, respirei fundo o ar lavado pela chuva e pedi. Pedi sete vezes em voz alta, não havia ninguém por perto para olhar e talvez rir, um homem não muito jovem, todo molhado, falando sozinho, pedindo não sabia o quê.

Força e fé, que eu tinha perdido, eu pedi.


(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga?: um romance b.2ª reimpressão. São Paulo: Companhia das letras, 1997. p. 36.)

sábado, 4 de junho de 2005

Lado animal

Quando fico muito tempo solitário, começo a viajar com o pensamento...

Tipo quando fazemos sexo. Tem coisa mais estranha? Somos civilizados, trabalhadores e comportados na vida... Mas, na hora de trepar, transformamo-nos em algo meio alucinado e irracional (pelo menos quando sexo é divertido, claro).

Sei lá, meio contradição.

Olha, não se confundam comigo. Como já disse aqui, não sinto culpa ou vergonha das safadezas e baixarias que faço por aí, não...

Outra coisa é ciúme. Prezamos pelo respeito à liberdade dos outros (e, principalmente, pela nossa), mas, quando sentimos que alguém se aproxima e recebe a mesma atenção daqueles por quem temos afeto, bate aquele despeito maldito que dá raiva, tristeza, um monte de coisa louca misturada.

Mas acho que é bom ter consciência dessas contradições. Fazem parte de nossa natureza... No fim das contas, somos, sim, civilizados, mas muito animalizados também... Eu só não saio divulgando isso por aí... Duvido que as pessoas que me olham indo pro trabalho ou dançando na pista imaginem o tipo de animal em que me transformo quando transo (nem, obviamente, entrarei em grandes detalhes sobre isso por aqui), assim como aqueles de quem gosto não devem sacar que às vezes fico ensandecido de ciúmes deles.

É tudo muito bem controlado. Depois do orgasmo, volto a ser o carinha fofo e delicado de que me acusam. Assim como acredito que disfarço bem o ressentimento que bate nas horas de ciúme agudo.

Enfim, meio nonsense, não é? Esse post todo... Mas que se foda!

Sem motivo aparente bateu uma tristeza aqui. Uma necessidade de carinho... Sim, eu também preciso de um namorado. E que ele me dê bastante carinho nas costas, por favor!

Acho que é um grande gesto de consideração: fazer carinho nas costas de alguém.

E dá-lhe trilha sonora deprê!
Ao som de Burger Queen, do Placebo.

Deprêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!

Pra depois da DEFESA

Enquanto escrevi a o último post, comecei a pensar no tanto de coisas que estou adiando na minha vida para depois do mestrado. Listo algumas delas:

. Ganhar dinheiro;

. Emagrecer alguns quilos, fazer exercícios regularmente;

. Viajar pro Chile;

. Morar sozinho;

. Resolver os mecanismos de defesa que me impedem de manter qualquer relacionamento cuja duração ultrapasse duas horas;

. Comprar um carro;

. Voltar a sair.

Bom, com tanta coisa a ser resolvida para depois de uma tão marcante data (a da defesa), talvez eu entenda melhor por que sinto essa dificuldade tremenda em me concentrar no trabalho.

Mas, aos poucos, estou progredindo. Eu chego lá!

E – MEDO – cumpro todos os itens da lista.

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Um dia, quem sabe...

Eu estava lendo o blog dele e vi algo sobre um voto de castidade.

Daí que eu refleti e percebi que nos últimos meses (e bota meses nisso) fiz muito sexo e nenhum significou qualquer coisa além de satisfação de urgências eróticas.

Eu confesso que gosto bastante de uma boa putaria e não tenho crises de consciência quanto a isso, mas aí eu me questiono:

Vou levar a vida toda assim?

Porque das duas uma: ou eu me torno amigo-irmão dos caras, ou faço as sacanagens todas e, no final, fico ansioso esperando a hora em que vou me livrar de quem tiver me acompanhado nelas. Não tem meio-termo comigo, sabe?

O foda é perceber que é assim com tudo.

Por mais que reclame, tenho plena consciência de que estou nessa situação por culpa minha. Às vezes é consciente, outras, não. Entretanto, sempre dou um jeito de espantar os pretês que têm alguma possibilidade de futuro.

Acredito que sei os motivos de tal comportamento. Nada que eu queira falar aqui. E tenho certeza de que minhas investidas platônicas e fracassadas são pura fuga.

Só que remoer isso me faz mal. Fico triste.

E, sinceramente, não é hoje nem agora que vou resolver isso. Tenho tanta coisa pra fazer...

P-R-E-G-U-I-Ç-A!

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Fomos traídos

Ok, sempre reclamo exaustivamente do bairro em que moro: distância, provincianismo, falta do que fazer... Mas eu vivo no Rio de Janeiro, logo, por mais que Realengo seja um lugar de difícil acesso, posso fazer umas viagens bacanas, uns destinos legais e longínquos, tais como Botafogo, Ipanema, Santa Tereza...

Além disso, não sou maniqueísta. Enxergo o lado bom daqui: a sensação de segurança e de familiaridade que rola toda vez que solto do busu. Sinto-me em casa... Existem, praticamente desde que me entendo por gente, o trailer do cara gordão, o barbeiro da esquina, os correios, a auto-escola, o homem que vende frutas e verduras na calçada, o doidão que costura os jeans destruídos, as escolas (Estudei em praticamente todas do bairro. Minha mãe era meio pancada), etc. Não conheço essas pessoas por nome, nem elas a mim, mas todos nos reconhecemos e nos cumprimentamos.

É bom, sabe?

Daí que hoje fui almoçar na pensão de comida caseira super bem feita que freqüento há anos em situações de emergência, como quando o povo daqui de casa viaja. Estava começando a dar a primeira garfada e eis que todos param de comer ou de atender aos clientes por causa dos gritos histéricos que vinham da esquina.

Alguém tinha sido assaltado.

E percebi o espanto meu e de todos os presentes. Aqueles mesmos que não conheço pessoalmente, mas que me são familiares pela constância da presença na rotina.

Fomos traídos: um grupo de pivetes entrou num salão de beleza e limpou a carteira de todas as senhoras presentes. Eles vinham do outro lado* e, depois que chegassem lá, ninguém os alcançaria. Realengo não é mais aquele bairro calmo em que, nos domingos, os caras soltam pipa na avenida e as famílias fecham as ruas transversais e abrem as cadeiras de praia pra sentar e conversar tranquilamente sobre a vida sem se preocuparem com tráfico, bala perdida, guerra entre grupos rivais, etc.

Podemos ser assaltados aqui também.

E Deus sabe o que mais pode vir a acontecer daqui a alguns anos.

Sim, quero me mudar daqui por vários motivos, mas fico triste em imaginar que um deles poderia ser a violência.

:-(

* O subúrbio do Rio tem muitos bairros cortados pela linha do trem. Logo, sempre existe um
"outro lado" de Realengo, Campo Grande, Bangu... Em alguns casos, um lado é melhor do que o outro. Dentro da minha perspectiva, aquele em que moro é o melhor. O outro é mais problemático... Favelas, etc.

terça-feira, 31 de maio de 2005

Mochileiros wanna be

Então é assim: decidi finalmente conhecer face to face o meu mais antigo amigo virtual. 5 anos de tecladas, correspondência manuscrita, e-mails cheios de confidências e conversas divertidas por telefone deixarão de ser a regra única de nosso relacionamento. Faremos caminhadas sem destino por aí, aturarei a fumaça de cigarro que ele vai soltar toda vez que o vício bater, tomaremos sorvete e cerveja juntos.

A companhia cibernética desse cara é maravilhosa... Somos capazes de passar finais de semana inteiros conversando o tempo todo. Sendo, somente, interrompidos por necessidades fisiológicas mais importantes, como comer, dormir e ir ao banheiro. Entretanto, vai ter que existir um dia em que a presença seja física também, ora.

Daí que eu tinha decidido a passar as férias lá na serra gaúcha, mas ele veio com uma idéia melhor: fazermos a linha mochileiros no CHILE!

Quem me conhece sabe que sou meio pirado e aventureiro: topo tudo! Então dizer que concordei na hora é meio redundante, não é?

Podem me chamar de irresponsável ou o que mais quiserem. Não estou nem aí: eu mereço dar esse presente a mim mesmo. Nem vem!

E ninguém segura a choradeira drama queen total que vai ser o dia em que a gente se encontrar na rodoviária. Ô micão!

Mas deixa eu voltar pra minha dissertação que o tempo urge.

É isso.

Ao som de It’s not up to you, da Björk.

domingo, 29 de maio de 2005

Ah, fala sério!

É assim, eu acho que sou bem resolvido nas relações familiares. É lógico que cada um de nós é tratado de uma maneira bem distinta aqui em casa, mas HELOOOOO, eu tenho 27 anos e estou pouco me fodendo para isso. Fico pensando que não era mais para estar aqui... Então, pra que encanar com esse tipo de coisa?

O chato é quando querem que você faça o mesmo... Aí eu fico puto. Tudo bem que a minha mãe não dá responsabilidades ao meu irmão com relação à limpeza da casa, está beleza que ela acorde às 7h da manhã pra fazer marmita pra ele trabalhar, sem problemas se ele só se levanta se um dos meus pais for chamá-lo 30 vezes... Eu não tenho nada com isso. Mas daí a querer que eu vá cozinhar pra ele, daí a me acordar no telefone acidentalmente às 8h da manhã num dia em que não trabalho porque eles estão viajando e têm que chamá-lo pra ir trampar, daí a eu sacar que se eu não lavar a louça que ele usou, não terei copos pra beber água é demais, né?

Tudo isso piora se percebo que não há respeito nas relações... É assim, eu decidi uma coisa na vida: não quero gente barraqueira perto de mim. Eu não gosto de favelice... Eu deixo as pessoas darem seu show sozinhas. Sei lá, sabe? É um direito que eu tenho. Então, se o preço que eu tenho a pagar é ignorá-las ou ser frio com elas, eu pago de bom grado. E é assim com todo mundo. Começou o show, eu calo a boca e, se acho que vale a pena, volto a conversar de uma maneira civilizada quando a crise tiver passado. Só que eu acho que às vezes não é o caso.

Daí a ter que tolerar, pelo telefone, soluções de comida para mim e para o meu irmão (claro que é pra ele, não pra mim), sermões sobre a importância da família unida e blábláblá é insuportável.

Porque não falar sobre divisão de tarefas, educação no trato, respeito ao espaço do outro e coisas afins?

Fala sério.

Eu tenho muita vontade de ir morar sozinho. E acho que mais cedo do que eu penso isso vai acabar rolando.

As pessoas vão fazendo com que eu me afaste delas e nem percebem isso.

E o mais foda é que quem fica com a fama de egoísta sou eu. Muito lindo!

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Presente de aniversário

Conversei vários dias com amigos diferentes sobre esse lance de fazer aniversário. É péssima a idéia que nos ensinam de que ele tem que ser um grande dia, como se fôssemos reis. Percebo que, a cada ano que passa, a gente vai dando menos bola pra isso, pois trabalho com crianças de quinta série e eles aguardam ansiosos por esse dia, e sabem de cor os nossos também:

Amanhã é seu aniversário, não é?

É, sim!

Parabéns adiantado!

Não faz assim que dá azar!

Nenhum adulto é assim... O pessoal do meu trabalho nem olha pra lista de aniversariantes do mês (eu, inclusive).

Então foi que eu tentei, mas não consegui. Estava me incomodando com a pasmaceira que estava sendo o meu dia... Pô, nada de incrível aconteceria? Não, pessoas, não estou sendo mal-agradecido pelos não sei quantos mil scraps que recebi, nem pelas ligações locais, interestaduais e intercontinentais que recebi (eu sou chic, sabe? Ligaram-me de Paris...), sem falar dos e-mails e dos cartões virtuais. Fiquei muito feliz com tudo isso, claro. Emocionado, até. Mas eu estava sozinho em casa, nenhum abraço, sabe? Queria carinho, companhia!

Daí que quando o Cramus ligou e perguntou:

Diz logo o que tu quer de presente!

E respondi com muita sinceridade:

Companhia!

E ganhei! :-)

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Aviso aos navegantes

O nerd-wanna-be compulsivo que detém os direitos autorais deste blog está em quarentena cibernética até que consiga resolver seus problemas acadêmicos emergenciais. Não tem jeito: foi vetado à dulce o direito de se conectar à rede mundial.

Agradecemos, desde já, a compreensão e a colaboração dos amigos (recentes ou não!). Depois eu volto. Passa rápido.

Fui!
(Amanhã tem reunião com a orientadora. M-E-D-O!)

sábado, 14 de maio de 2005

Sobre Djavan

Odeio esse artista wanna be com todas as minhas forças! Ele é desafinado e muito chato. Insuportável mesmo. O pior é que existe toda uma legião que o cultua. Coisa de pseudo-intelectuais, sei lá.

Daí que estávamos discutindo outro dia sobre a letra daquela péssima música chamada SE. Eu dizia que era uma baixaria a letra dela. E todos me desmentiram, falando que as palavras não eram as que eu tinha entendido. Pois bem, aí via a prova:

Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braille
Do que você decidir se dá ou não
(grifos meus)

Sinceramente! E tem coisa mais monótona que o ritmo disso aí?

O André me fez achar outra pérola:

Açaí, guardiã
Zum de besouro um imã
Branca e a tez da manhã


Fala sério! O que esse amontoado de palavras está querendo dizer, hein?

M-E-D-O!

quarta-feira, 11 de maio de 2005

:-(

:-(
:-(
:-(
:-(
:-(
:-(
:-(

...

:-(

domingo, 8 de maio de 2005

Nerd Wanna-be em ação

Poucas coisas são mais instigantes que formatar um computador. É um começar de novo, a oportunidade de fazer coisas de maneira diferente: quase reencarnação!

Um casal de colegas do trabalho estava com um baita problema em seu PC: não conseguiam nem mesmo acessar o conteúdo do HD. O bichinho estava pedindo arrego, coitado. Daí que eles me pediram o socorro de nerd-wanna-be.

Decidi, depois de consultar alguns amigos nerds online e de pesquisar um pouco, que o melhor sistema operacional para a configuração deles seria o win 2000. Separei-o, junto com instaladores do Office, anti-vírus, anti-spyware, essas coisas. O cara me perguntou se eu cobrava alguma coisa. Pensei:

Fala sério! Seria quase prostituição cobrar por tal prazer!

O Guilherme fala que sou estranho: nem sou usuário simples de computadores, nem sou um expert. Mas chego lá: fuçando a gente sempre consegue encontrar uma saída. Foi assim com a Dulce Veiga(aprendi a configurá-la bem sozinho e ela NUNCA me dá problema), não poderia ser diferente.

Antes da operação drástica, resolvi passar o AVG e, depois de 15 minutos de varredura incompleta, o susto: 5000 vírus!

Ninguém deve ter dito a seguinte frase com maior sorriso:

Vamos ter que formatar mesmo. Não tem jeito.

E foi todo um processo doloroso até eu descobrir como dar o BOOT pelo CD (viu, não falei que sou lesadão, ainda?), mas deu um insight depois de consultar via tel os nerds-de-plantão-sempre-dispostos-a-ajudar: Gui e Eliandro. Pressionar DEL ao iniciar e, obviamente, mudar a seqüência de BOOT. DÃÃÃÃÃÃÃÃ!

Daí foi simples: tudo deu certo. E o casal está feliz da vida com a máquina funcionando perfeitamente de novo.

Ganhei até um presente de agradecimento: uma antologia poética do Frederico García Lorca com os poemas no original em espanhol à esquerda e a tradução para o português à direita. Super fino.




E olha a dedicatória fofa que o cara escreveu pra mim:

Wally,

Descobrimos verdadeiros amigos em pequenas ações de solidariedade e companheirismo, tais quais você ofereceu. Muito obrigado por me possibilitar a descoberta dessa nova amizade.

Beijos no seu coração,

MF


Ti fofo, né?

A-D-O-R-E-I: ser nerd-wanna-be compensa mais do que ser indie-wanna-be! Olha só como se parece mais comigo:



É isso.