sábado, 27 de outubro de 2007

Hoje de madrugada, bêbado, ele disse que me amava. E eu disse, sóbrio, que o amava também.

Isso pelo MSN.

Nossos estados dizem muito sobre quem somos e sobre como estamos em lugares diferentes na vida agora.

Não temos ficado. Concordamos que o melhor é segurar a onda. O bom é que não estou ansioso nem desesperado por causa disso: o dia está lindo depois de tanta chuva, a Elisa está na cidade e vou passear com ela e com o seu namorado (quero dar um mergulho no mar, pelo amor de Deus!). Aguardo a ligação dela para poder sair enquanto blogo e ouço Strokes.

Feliz.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ok, mais uma reviravolta nas coisas. Minha vida tem sido uma montanha-russa emocional... Não gosto muito disso, mas estamos aí. Terminei com o carinha-namorado-ideal. Não batia bem ficar com ele jogando-o para segundo plano, pensando no outro. Enfim, eu não estava ali de verdade e isso já me fazia sentir que o certo era cair fora.

No mais, não saí correndo atrás do outro, apesar de ter falado com ele. Não senti vontade.

Quis vir pra casa chorar um pouco o fracasso, fazer um café, preparar um mate, lavar a roupa, cuidar da louça, corrigir umas provas, ver um pouco de Sex and the city... definitivamente, o desejo era de ficar sozinho. Engraçado, não é? Quando o-que-me-deixa-doido (ou deixava, pelo menos por hoje) me deu o chute, fiquei desesperado sem agüentar a solidão. Hoje, foi exatamente a solidão o que mais busquei. Melhor. Quero ficar bem comigo mesmo sem muita gente por perto por enquanto.

No fim das contas, percebo minhas falhas nas duas relações e tento anotar direito para não errar de novo. Para o primeiro (o-que-me-deixa-ou-deixava-doido), entreguei-me de bandeja: sem limites, sem restrições, esquecendo-me de mim, das minhas coisas, do meu mundo. Para o outro (o-namorado-ideal), apresentei-me pela metade: a outra parte ainda não havia se desligado inteiramente do acenteceu anteriormente.

O que quero agora? Achar o equilíbrio. Gastar o que posso de verdade, cuidar do meu trabalho, fazer com que as relações amorosas não parem o resto da minha vida, nem vice-versa. Sou muito oito ou oitenta: já me joguei de cabeça demais por causa de paixões e já vivi períodos gigantescos de abstinência afetivo-sexual. Tenho que achar a medida. Vou achar a medida.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um dia de cada vez... Depois de identificar, ou melhor, realmente assumir o mal que minhas falhas me causam, comecei a agir...

Primeira coisa: estabelecer prioridades. Eu quero tudo, mas o que é mais importante?

No que se refere à grana, é imprescindível que eu continue sendo capaz de viver sozinho e onde moro. Logo, sempre que pensar em comprar qualquer coisa, vou refletir sobre o quanto pode me atrapalhar nesse objetivo.

Acho que o trabalho é o mais difícil. Tenho que entrar nos eixos com as correções... Comecei levemente a pôr as coisas em dia, mas reconheço que tenho muito a fazer ainda. Pelo menos, estou mais concentrado naquela postura de educador incisivo, que está sempre disposto a dar broncas, ensinar, cobrar, brincar, estabelecer relações e por aí vai. Sala de aula é uma delícia...

Quanto aos carinhas... O namorado-ideal está por aqui ainda... Com o que me oferece: tranqüilidade, equilíbrio, DVD's assistidos enquanto estamos abraçados na cama, jantares, certezas, etc. Já O-que-me-deixa-doido não sai: não consigo... Gosto dele por perto. Combinamos de tentar ser amigos e deixar o sexo de fora. Vai ser foda, pois só de pensar nele, meu pau sobe, mas só de ver sua pronta disposição para minha proposta, já fiquei meio comovido. Apesar de tudo, a gente se gosta e isso vale a tentativa...

Um dia, vou lembrar dessa fase da minha vida com orgulho dos vícios e falhas que superei.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ontem a análise foi hardcore. Saí chorando do consultório: percebendo um monte de merdas que eu faço. Os meus comportamentos na vida sentimental não são muito diferentes dos que tenho no trabalho, com dinheiro, com tudo. Quero tudo a qualquer preço. Quero por que quero e pouco me importa se vou me machucar, ficar duro ou queimado. Faço e pronto: uma criança mimada. A consciência, eu consegui. A grande pergunta é: o que fazer com isso?

São tantas dificuldades aparentemente tão difíceis de superar!

Acho que a única questão que parece certa no momento se refere aos meus amigos. E o mais próximo deles está para se mudar de cidade. Caramba, nem consigo imaginar minha vida sem ele por aqui!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Já havia algum tempo que estávamos-nos falando amigavelmente pelo MSN e trocando alguns e-mails sobre coisas que tínhamos que resolver.

Ele voltou ontem com aquele papo de morarmos juntos, sempre se esquivando de me dar o que preciso de uma relação.

E eu, babaca, fiquei excitado, tentado, devaneando... Vivo pensando nele, sonhando, batendo punheta em sua homenagem... Fiquei feliz por ele também pensar em mim.

Por que sou tão imbecil?????

E, por algumas boas horas, deixei de lado mais uma vez o cara que está comigo agora, de quem eu gosto sem doideira e desespero, que me oferece o que preciso e se importa comigo: o cara com quem realmente dá para construir uma vida. Agi como se pudesse dispor dele como coisa que se tem quando se precisa.

Encarar as próprias falhas e merdas é meio foda, mas assumo e tento lidar com isso de maneira digna.

Mas foram apenas algumas horas... Foi só pensamento... Sinto-me ridículo, mas algum progresso hei de reconhecer que consegui conquistar.

Todos falam mal de Pitty, mas gosto muito dela. Aquela musiquinha Na sua estante vive tocando aqui no meu Media Player e diz tanto sobre o que sinto agora...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Raspas e restos me interessam

Ao que parece, o som que era do quarto do meu irmão não chegou até hoje porque ele, num acesso de fúria, deu um murro no aparelho e o quebrou. Está sendo ajeitado. Ele vai pagar as despesas...

Aguardo ansiosamente...

Ele também engordou deveras. Pulou do manequim 38 para o 44. Eu fiz o processo inverso há quase dois anos... Daí que hoje eu e minha mãe fizemos uma triagem das roupas dele e ESTOU COM UM GUARDA-ROUPA QUASE NOVO! Duas calças, seis bermudas! Só dá Osklen e Redley... Um patrimônio de quase R$1.000,00 com certeza!! Estou tão feliz! Radiante!

Ai, como sou pobre!
Minha psicóloga é lacaniana. Eles têm uma atitude diferente com o tempo. Dizem que quando às vezes chegamos no essencial, não é mais necessário permanecer no consultório. Deve ser a terceira consulta seguida que ela me dispensa meia hora depois que cheguei.

Ou eu sou muito rápido para chegar ao essencial do meu problema, ou ela me detesta, fica de saco cheio da minha cara. Por que nunca demora duas horas para ela me dispensar, já que o tempo é relativo? Será que está me ajudando? Duzentos reais a menos por mês me fazem pensar bastante.

Esse deve ser o meu questionamento inicial semana que vem!

Está fazendo sol. Quero ir à praia no final de semana!!!!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Pouca ação. Foi o que pratiquei nos últimos dias. Uma tarde e uma noite de segunda totalmente devotadas a Sex and the city... Uma tarde de terça desperdiçada em pensamentos e em internet. À noite, um estalo bateu e comecei a corrigir provas alucinadamente.

O carinha estava gripado e queria cuidados. Falou a palavra-chave para mim. Saí e fui para lá. Noite calma, gostosa, tranqüila.

É disso que ando precisando, sabe?

E também de foco. A vida ficou em suspenso. Por que permiti que isso acontecesse? Hoje recebi puxões de orelha no trabalho. Absurdo deixar as coisas chegarem a esse ponto.

Então decidi que é tempo de pôr a dor-de-cotovelo de lado. Ela que vá para o quinto dos infernos. Como diz a Fernanda, sou uma pessoa que se permite errar. Perdôo-me por tudo e prometo ao menos tentar não cometer os mesmos vacilos.

Tem um cara muito chato aqui em casa ajeitando o aquecedor que pifou. Entrei no banheiro, tranquei a porta e ele ficou batendo. QUE MALA, SE MANCA! Só estou esperando ele ir embora para dar uma volda de bike e dar um alô para o bom da vida novamente.

Mais tarde, análise. Acho que vai bombar!

É isso.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Final de semana é sempre pior para a minha dor de cotovelo. Sexta foi um dia horrível. Fiquei até tarde no Recreio, choveu torrencialmente e, dentro da van, indo para casa, o desespero bateu novamente. O que Cramus e Fernanda haviam previsto quando briguei com ELE terminando tudo aconteceu: mandei torpedo carente de novo, liguei repetidamente. Nenhuma resposta. Mandei outra mensagem dizendo para ignorar as ligações e o torpedo: momento de fraqueza.

VEXAME!

Algumas horas depois, passada a tempestade, no sentido literal e figurado da palavra, mandei mais um torpedo. Desta vez para o carinha-namorado-ideal que eu larguei para correr atrás DELE de novo:

Podemos continuar de onde paramos?

Nenhuma resposta.

Carências, desespero, solidão, tristeza, choro.

Caralho, que turbilhão emocional eu me tornei novamente!!!

Acordei bem no sábado. Ouvindo Smiths, ouvindo Cardigans, cantando na rua, indo para a maldita feira cultural na escola. No meio do caminho, subindo a Niemeyer, a resposta do carinha-namorado-ideal:

Vamos ao cinema mais tarde?

Ele nunca me desapontou. Nesse um mês de relação inda e vinda.

Meu Deus, como as coisas estão intensas para mim, olha só o que acabei de escrever! Foi o que realmente senti! Como alguém pode ou não me decepcionar em um mês?!

Furei com a Renata, a tal da festa para a qual estava louco para ir não teve a minha presença. O carinha merecia, valia a pena. Não teve cinema. Ele chegou quando eu estava saindo do banho. Foi meio erótico demais ficar pelado me enxugando na frente dele depois de tanto tempo: acabamos transando aqui mesmo, depois assistindo a reprise do final da novela e depois pedindo um China in Box para comer na cama.

Domingo bateu culpa. Aquilo não tinha sido jeito de romper: briga, exclusão do Orkut... Coisa feia... Escrevi um email exlicando meus motivos, dizendo as coisas que me incomodavam, abrindo meu coração. Depois passei o dia com o carinha-namorado-ideal doido para ver se havia alguma resposta.

Sou uma pessoa horrível.

Cheguei à noite em casa. A resposta estava lá. Argumentos claros, bem construídos. A postura do não-compromisso mantida, o respeito presente, tudo certo. Não cedeu um milímetro. Nem pediu que eu cedesse.

Então é isso: acabou mesmo. Ponto final. Só que digno, acho. Talvez um dia sejamos amigos, tomara.

E vejamos se o final de semana que vem será mais calmo. E deixemos o carinha-namorado-ideal entrar direito na minha vida e dizer a que veio.

Amanhã é outro dia!