quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Eis que surge um cara...

Não lido bem com caras me bajulando. Não é que não ache que mereça... A sensação é meio desconfortável...

Meses atrás fiquei com um cara lindo que ficou conhecido entre meus amigos como "o apaixonado", pois, no mesmo dia em que me conheceu, declarou-se. Como obviamente não acreditei e fiquei assustado, a Fernanda comentou:

Mas é claro que isso é impossível... Imagina alguém se apaixonar por você! Ainda mais alguém interessante, não é?

A ironia da minha amiga é maldita, mas adequada. Eu jamais me dou o devido valor... Sempre acho que gente bacana não se interessa por mim. Entretanto, há de se convir que o cara pegou pesado... Tanto isso se confirmou que sumiu! Sumiu mesmo, desaparecido total.

Como já estava de pé atrás, desencanei. Só que a vida é meio doida e o mundo muito pequeno: neste domingo, encontrei-o por acaso. E ele veio falar comigo. E passamos a noite juntos. E nos falamos ao telefone todos os dias, desde então. E passamos a noite de terça juntos de novo. E vamos nos encontrar amanhã.

Ele continua fazendo declarações rasgadas do quanto sou lindo e fabuloso. Associo isso a um vício de ex-heteros-wannabe: precisavam bajular muito as mulheres para poder comê-las e ainda não entenderam que, entre homens, isso não só é desnecessário como fica um tanto ridículo. Desse modo, continuo não sabendo o que dizer nesses momentos e ficando sério, mas estou curtindo o que está rolando bem aqui na minha.

Acho que é hora de deixar de dispensar as pessoas por qualquer besteira e de dá-las aportunidade de se chegarem mais para a minha vida. Chega de ficar idealizando o relacionamento ou o cara. Não estou mais a fim de ficar usando de ironia e de acidez para disfarçar a minha solidão. E, se for para eu me foder, que seja.

É isso.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Fim de novembro

A semana foi punk demais... Muitas notas para fechar, eu deixando, para variar, tudo para a última hora, desorganização na escola do Méier, alunos em aulas de recuperação fazendo zona, fofoca na sala dos professores, enfim, detesto novembro... É a época do ano em que lamento não ter seguido fazendo teatro.

Será que teria chegado a algum lugar?

A Fernanda me chamou para passar o FDS em Saquarema com ela, os pais e o marido. De início achei bacana, mas depois a irmã e o namorado (que é filho da nossa chefe) decidiram ir também. Foi aí que comecei a achar que poderia ser um pesadelo permanecer três dias numa praia distante, cercado de um monte de hetero (nada contra, mas não fico muito à vontade, não), sem ver as minhas amigas (Gui, Cramus, Didiléia), melhor não... Outro dia. E esqueci de dizer que o meu primo que mora na Itália está de férias em Copa. Pô, ainda nem tive tempo de encontrar com ele e botar a fofoca em dia! Vai ser bem legal fazer isso!

Está meio diarinho, mas vai assim mesmo o post. Agora vou dormir, pois ainda preciso acordar amanhã às 5h!

Contagem regressiva para as férias!!!!!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Gongos, cumprimentos e abstinência sexual

Cramus me chamou para ir ao Show do Gongo ontem. Pensei que estava com muita coisa para fazer, provas para corrigir, para elaborar, aquele pesadelo de sempre, mas acabei mudando de idáia, saindo cedo da escola do Estado (os alunos fazem a avaliação lá em 15 minuntos...), pegando a integração trem-metrô para estar lá na hora.

Sobre o show? Muito engraçado. Especialmente pela péssima qualidade de todos os filmes! Caramba! É para gongar, mas também não precisa exagerar!

Vi por lá pelo menos dois caras com quem transei nos últimos meses. Nenhum falou comigo, mesmo sendo pessoas com quem ainda converso no MSN. Coisa estranha... Acho de bom tom cumprimentar quem dividiu a cama comigo. Mesmo que tenha sido por uma meia hora...

Fiquei pensando nisso hoje, decidido a dar um tempo de tanta putaria... Precisando de mais da vida, sabe? Algo mais sólido, menos anônimo e animalizado. Mas o rapaz que tem a bunda mais linda que eu já vi (ok, já pensei isso de pelo menos 10 caras... mas é mais a sensação de estupefação diante do belo do que a veracidade do fato. Fiz-me entender?) apareceu todo oferecido hoje à tarde... Ah, vem logo me visitar, deixa a abstinência sexual para outro dia!

domingo, 26 de novembro de 2006

Então, vamos?

Nesse sábado, acordei cedão... Sabe como é sexta-feira, sempre penso em sair, mas acabo caído na cama morto de sono lá pelas 22h. Tomei um belo banho e fui malhar. Lá fora, aquele dia lindo me chamando: eu tinha que ir à praia depois. E fui. Liguei pro Cramus e marquei de encontrá-lo por lá.

Fazia meses que não passava o dia em Ipanema. O sol torrando, a água calma e geladíssima, bate-papo... A parte mais absurda foi aquela em que criamos um novo arco de histórias dos X-Men. Já pensou ganhar a vida assim?

À noite, decidimos assistir à trilogia do Matrix. Guilherme se juntou a nós. Dá-lhe pizza com Coca Light e ventilador na cara. Lá pelas tantas, um carinha de internet com quem teclava há tempos e que achava gatinho me mandou um torpedo dizendo que estava indo para o Galeria, perguntava se eu não queria encontrar com ele. Pensei que eram 2h30min, que estava com preguiça, que queria terminar de ver o filme, coisas assim, mas também pensei que poderia ser o home da minha vida, outras besteriras tantas que mudei de idéia e comuniquei aos atônitos amigos que eu iria.

Qual não foi a minha surpresa ao sair do quarto, depois de me vestir, e encontrar os dois arrumados, levantando juntos e colocando a mão nas cadeiras dizendo:

Então, vamos?

Só isso já valeria a saída. E, pensando bem, só isso mesmo valeu. O cara não era o homem da minha vida. Na verdade era bem longe disso... Essas fotos de MSN não dizem nada.

Detesto ficar carente...

sábado, 25 de novembro de 2006

Não é só um emprego, não!

Vendo minha angústia com relação aos novos caminhos que a escola adotou, a Fernanda me deu um conselho: converse com a Gilda sobre o seu material didático. A angústia se referia à substituição da gramática com a qual trabalho, que é excelente, pelo material da rede Pitágoras.

Decidi ligar ontem mesmo para ela e expliquei que essas mudanças não deveriam acarretar no abandono da gramática, pois ela é um material para a vida toda, tal como um dicionário e que ela está totalmente inserida na proposta pedagógica da escola, é mais aprofundada, coisa e tal. Sabe o que a minha chefe respondeu?

Mas é claro que você tem razão! Ainda mais porque os alunos já a têm. Só os novos terão que comprá-la... Essas mudanças não significam que a gente tem que fazer menos, na verdade, sempre que a gente puder, deve fazer mais. Segunda-feira eu quero que você, enquanto especialista da sua área, converse com a dona da escola e explique tudo isso que você me falou agora.

Caramba! Cada dia que passa eu admiro mais essa mulher!!!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

É mesmo só um emprego?

A grande questão é: trabalho por ideal ou por grana? Sempre achei que a resposta seria: "os dois,claro!" E, de certa forma, era o que eu sempre pensava sobre a escola do Recreio. Havia muito orgulho nisso. Orgulho do bom, sabe?

Só que ficou confirmada ontem uma decisão da direção que vai contra tudo aquilo que uma equipe, que se julga construtivista, acredita: a adoção de um desses sistemas de ensino. Em linguagem mais simples: aquelas apostilas que substituem o livro didático.

Tal decisão há muito era suspeitada por nós, mas o resto de ingenuidade que havia em mim se recusava a acreditar que os professores não teriam direito de opinar. Não tivemos. E estamos naquela de "ou abraça essa porcaria sorrindo e continua pagando as suas contas ou pula fora", claro que com um discurso muito mais elaborado do tipo "nosso maior investimento é você!"

Estou muito a fim da segunda opção. E começo a analisar as minhas possibilidades, criando a uma estratégia de guerrilha. Quero muito continuar acreditando no que faço. Se não for para ser assim, não vejo diferença entre ensinar e vender cerveja num bar.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Alguém ligou para mim!

Estava dizendo para o Guilherme que sou mesmo um azarado. Nunca me ligam, mas sempre que isso acontece, enquanto falo, aparece outra chamada apitando e, como sou meio anta, não sei usar aquele recurso de chamada em espera. Muito sofisticado para minha inteligência.

Foi que hoje isso aconteceu e, quando fui retornar a ligação, deu número confidencial. Quer coisa pior para alguém que anda carente?! Fiquei matutando sobre quem foi que quis falar comigo e não conseguiu: entrevista para um emprego fabuloso? o homem da minha vida? Se a pessoa desistisse, nunca que eu saberia! Iria viver com esta dúvida cruel por toda a eternidade!

A pessoa não desistiu. Era uma operadora de telemarketing a serviço da Credicard querendo me vender um título de capitalização.

Odeio ficar carente.

domingo, 19 de novembro de 2006

Nada narrável

É estranho parar de repente diante da tela branca para escrever no meu "diário" e ter a sensação de que não há nada de interessante a dizer. O que faz eu me lembrar de uma palestra a que assisti uns anos atrás. O cara dizia que o que importa não é o enredo, mas a disposição em contar.

Não é possível que, nesses dias todos, eu não consiga encontrar nada que considere digno de ser narrado.

Acho que é o fim do ano. Esse monte de incertezas sobre o futuro: vou permanecer nesse apê? Finalmente ganharei mais grana? Quando é que o príncipe vai aparecer?

Fico chocado em ver o quando mudo ao longo do tempo. Vejo-me muito diferente. As prioridades não são as mesmas, a maneira de lidar com as pessoas também não. Então estou aqui, parado, sem pensar muito, vivendo as mudanças em mim e em meu entorno. Sacando para ver o que sai disso tudo. Então não dá para falar muito. Não consigo verbalizar. Esquisito.

PS: As poucas pessoas que por aqui passam andaram falando que não conseguiam comentar. Não dei muita importância, pois achei que seria passageiro, mas não: o tal do YACCS deu pau mesmo e me enchi. Daí chega de complicação na minha vida e coloquei os do Blogger mesmo. Sem frescurinhas, mas funcionando!

domingo, 12 de novembro de 2006

Estagiária sem noção

Apareceu uma estagiária de História lá na escola do Méier. Conversávamos sobre a quinta série (que consegue surpreender os professores mais calejados com sua falta de educação) e ela disse que adorou-os. Num tom que significava vocês não sabem lidar com eles.

Não falei nada e pensei que também adorava aquela turma no primeiro mês de aula... Eles nunca se mostram por inteiro no primeiro contato...

Bom, não se dando por satisfeita, depois do recreio, enquanto eu organizava a turma que subia agitada, ela me resolve entrar na sala para dar um alô para a galera. Ficou vendo os gameboys dos meninos, abraçando as meninas e por aí vai. Numa de sou popular entre eles! E eu com cara de tacho, olhando aquela moleca que invadiu a minha sala de aula sem me pedir licença e que não ia embora de jeito nenhum. Aí resolvi deixar a simpatia de lado e falei, já que não havia noção da parte dela:

Bom, agora você vai me dar licença porque temos muito o que trabalhar e já perdemos bastante tempo. E os senhores, tratem de sentar! A-go-ra!

Ah, vai se danar! Tem gente que pede para ser ensinada da pior forma! Certas regras de boa camaradagem entre professores são implícitas, nem estágio é necessário se fazer para sabê-las!

domingo, 5 de novembro de 2006

Síndrome de Muriel

Ando me sentindo como a Muriel. Uma frase que ela diz à Rhonda ficou martelando na cabeça. Era algo assim:

Quando eu morava em Porpoise Spit, tudo o que fazia era passar horas e horas ouvindo ABBA. Agora, eu não ouço mais, pois minha vida está tão boa quanto a música deles.

E eu vos digo que quando eu morava em Realengo, tudo o que fazia era ficar o dia inteiro na internet teclando e escrevendo no blog. Agora, não faço mais isso, pois minha vida está tão boa quanto a internet e o blog.

O lance é que sinto falta de conhecer gente. TODAS as pessoas mais presentes hoje em dia no meu cotidiano (com exceção da Fernanda) entraram nele direta ou indiretamente por meio da internet. E, às vezes, penso que não ter vontade de escrever para o blog é também a decisão de não parar para pensar sobre os problemas, as coisas que vêm acontecendo. Uma tendência à anestesiamento da cabeça.

De qualquer forma, não consigo deixar de pensar que esse post só está saindo porque me encontro num final de feriado com um zilhão de provas para corrigir na mesa. De repente encarar os problemas me parece mais interessante do que encarar correções...

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Quem precisa de tanta testosterona?

É bom acalmar a testosterona um pouco e ficar calmo, sem pensar loucamente em sexo. Tudo bem que, por motivos físicos, realmente estou impossibilitado de praticá-lo, mas é bastante agradável receber os amigos na sexta para uma noite de leitura de mapas astrais providenciada por Didi. É óbvio que acabei dormindo antes da interpretação do meu, mas o povo sabe que sou bom anfitrião e fica fazendo DR até às 7h com este que aqui escreve roncando ao lado.

Poucas coisas valem mais do que amigos em quem se pode confiar desse jeito!

Também é muito legal ficar em casa no sábado inteiro, só saindo para almoçar com os mesmos amigos (com exceção do nosso astrólogo e psicólogo oficial). Descobri que dá para baixar gibis pela internet numa qualidade de imagem surpreendente. Aí já viu: maratona da fase Grant Morrisson nos X-Men! Caramba, sempre tive preconceito contra o cara, mas ele era realmente bom!

Daí que domingo, depois de tomar o café, recebo dos meus pais o convite para dar uma volta no Jardim Botânico. Delícia total. Sinto ondas de amor vendo minha mãe dissertando sobre o método do CVV (Centro de Valorização da Vida - ela está fazendo curso para ser voluntária) e o meu pai todo interessado querendo saber os nomes de árvores onde os passarinhos mais preferem fazer ninhos.

Para fechar com chave de ouro o final de semana (Acho que realmente mereço ser feliz. Como todos nós, aliás), fui com o Cramus ver Pequena Miss Sunshine no cinema. Sabe como é... Ele sempre me chama para ver filmes blockbusters e eu sempre tenho o maior preconceito. Só que li o resumo desse aí num site e achei bacana. Ele logo disse que isso aconteceu somente por que o filme era independente e tal, mas duvido que ele não tenha se amarrado também. Fazia tempo que eu não gargalhava tanto por quase 2h seguidas!

Enfim... Coisas simples fazem bem. Pessoas bascanas também! É isso.

domingo, 8 de outubro de 2006

Na hora de casar

Por causa da grande quantidade de trabalho e de outros fatores, andei investindo pouco do meu tempo na empolgante atividade de arrumar sexo. Havia uma certa preguiça no meio... Sei lá... A boa e velha punhetinha em casa estava me bastando. Sem saco de conhecer gente nova, de bater papo, de descobrir se vai ou não ser bacana, essas coisas. Além disso, baladas em geral foram deletadas do meu dicionário. Motivo? Desperdício de grana, ressaca pós-balada durante a semana inteira, enfim... Algo estava diferente.

Assim como faço agora, parei e pensei sobre isso. O que siginifica? Será a idade? Passou o deslumbramento após um ano de emancipação?

Daí que, após transar com um carinha que está entrando na lista das fodas fixas (um casado que se encontra comigo porque ama-o-marido-que-não-é-tão-sexual-quanto-ele), resolvi dividir essas angústias (é sempre bom ter papos profundos após a ejaculação) e ele me veio com a seguinte conclusão:

É... Por volta dos 28-30 anos, a gente dá uma acalmada mesmo... Mas, sabe o que eu acho? Que está na hora de você casar, não? Um marido vai bem aí...

Bom, eu concordei plenamente, mas, CADÊ O MARIDO?! Não aceito me dizerem que não tentei arrumar um... Tudo bem que as mais recentes foram tentativas equivocadas, mas eu mereço o mérito. Voltei para casa ruminando nisso, pensando que, na internet, o dia inteiro com nicks baixaria no chat do UOL, nunca conseguiria um. Então me deu uma vontade de sair, sabe? Mostrar a cara... Afinal, era sexta-feira, sempre caio na cama morto de sono às 22h nesse dia da semana, mas estava mesmo disposto a agüentar firme, sair por aí, quem sabe o The Copa e ficar lá, lindo, dando oportunidade para o marido me encontrar e eu encontrá-lo e a gente ser feliz para sempre.

Com tudo planejado, liguei para o Cramus, expliquei minha situação e o convoquei para me fazer companhia. Ele mandou eu parar de loucura, acalmar o facho porque não iria ser assim que eu ia casar.

Então tá, mas como vai ser, então, porra?!

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Um ano depois...

Não sei se falei sobre isso por aqui, mas já faz um ano que estou vivendo no apê de Laranjeiras com o Gui. Incrível como passa rápido... O esquisito é que justamente nesse aniversário bateu a consciência de que, se não rolar alguma coisa que faça minha renda aumentar no mínimo mais uns mil Reais (e isso não seria nenhum absurdo, se considerarmos minha formação e minha competência, sem falsa modéstia...), terei que ver outras opções de moradia. Mais baratas, quero dizer.

A primeira delas seria arrumar outro apê com o Gui mesmo, só que mais barato e com menos compromissos supérfluos. Isso, claro, se ele ainda quiser dividir as contas comigo. Engraçado como, depois de um atribulado começo, acabamos por nos entender muito bem. Abri mão de determinadas neuroses, ele conseguiu aprender a respeitar a arrumação dos espaços comuns, por outro lado. E a amizade que parecia ameaçada, está cada vez mais forte.

A segunda opção seria arrumar algo sozinho... Apesar de assustadora, ela me parece fascinante! Por que é assustadora? Bom, eu teria que me virar para comprar coisas essenciais, como fogão e geladeira (que atualmente são do meu roommate) e um guarda-roupa (já que o que estou usando está embutido no meu quarto). Isso sem mencionar o fato de que estou cada dia mais anti-social. Tenho medo de que viver sozinho faça com que eu me torne cada dia mais rabugento e intolerante (se é que isso é possível). E por que é fascinante? Pô, morar sozinho, completamente por minha conta, completamente independente, com tudo 100% do jeito que eu quero (sonho de consumo de dez entre dez control freaks como eu!)... Muito atraente a idéia!

A terceira, e última, opção é a casa dos meus pais. Espero, claro, que não se concretize... É engraçado como parece que fortaleceu o meu afeto por eles o razoável distanciamento que temos agora, mas é difícil aceitar a idéia de voltar a viver em Realengo... Ok, não me confundam: não sou do tipo emergente deslumbrado com a Zona Sul. É que já passei por perrengues demais no que se refere a transporte e distâncias! Chega! Quero qualidade de vida! Bairro bonito, médicos, diversões, vida cultural e amigos por perto!
Quero andar em ônibus decentes (nunca tive como projeto de vida um carro...)! Quero minha liberdade sexual! Poder receber as pessoas quando bem entender! E um monte de outras coisas! Entretanto, não posso negar que saber que posso voltar sempre que precisar para lá é uma idéia reconfortante!

O envio de currículos já começou. Também já pedi à Gilda aumento de carga horária. Inscrevi-me em alguns concursos! Vamos ver o que acontece, pois, afinal, estou muito, mas muito contente por estar onde estou neste momento!

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Um beijo

Hoje, ao entrar de manhã no 457 cheio para ir ao Méier, algo inusitado aconteceu. Havia uma mulher jovem, meio esquisitona, que se mexia demais e que me chamou atenção assim que cruzei a roleta. Pois não foi que ela, quando passei ao seu lado, deu-me um leve beijo no antebraço e ficou rindo, sozinha, em seu mundo?

Fiquei o resto do trajeto meio contente, imaginando que doença ela devia ter e o que foi que viu em mim para fazer tal gesto. Não consegui chegar a nenhuma conclusão, obviamente. Só sei que, se eu fosse presenteado com algo assim todas as manhãs, os meus dias seriam ainda mais bacanas.

:-)

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Surto

Estou fechando o feriadão com sentimentos esquisitos. Uma coisa que me deu de repente enquanto estendia roupa! Sentimento de que estou sendo imprevidente, irresponsável, incopetente, leviano, descuidado e por aí vai.

E apareceram vários "precisos" na minha cabeça:

Preciso correr mais atrás das coisas para sair da tal estagnação profissional.

Preciso ser mais organizado com correção e elaboração de provas.

Preciso transar menos e me relacionar mais. Eu quero um namorado!

Preciso parar de vez de valorizar quem não me dá valor.

Engraçado quando, sabe-se lá por que razão, nossas falhas e vícios ficam tão nítidos à nossa frente! Coisa mais maluca!

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

UFRJ de novo

Um ano depois, lá estava eu. Não para estudar, ter aula ou qualquer coisa desse tipo. Fui assistir à defesa de dissertação da Clélia na UFRJ um dia antes do aniversário de um ano da minha própria defesa. Passei na secretaria, finalmente peguei meu diploma, fiquei pensando na vida.

Quando entrei para o Mestrado, eu tinha um monte de sonhos. Pensava em seguir vida acadêmica, ler muito, aprender coisas novas. Não foi tudo o que imaginei... Financeiramente, estou na mesma merda (ok, eu admito que também não saí procurando emprego por aí), o desejo de fazer doutorado vai longe e, inevitavelmente, acabei me questionando se valeu a pena.

A conclusão a que cheguei? É claro que valeu. É bom aprender que tapetes vermelhos não se estendem por aí e que a gente tem que correr atrás das coisas... E se o Mestrado não foi tudo o que eu esperava dele, não posso negar que aprendi muitas coisas e que saí de lá muito melhor e mais capacitado. Mania de ficar idealizando tudo e de depois ficar afundando em decepção!

Enfim, a defesa dela foi bacana. Morri de sono o tempo todo, mas também pudera! Tantas correções e noites mal dormidas semana passada! Mal estava agüentando ficar em pé!

Houve comemoraçãozinha em Santa Teresa... Tão bom sentar numa mesa com um monte de gente despretensiosa, tomar umas, comer outras e falar besteira a noite quase inteira!

É bom ter amigos.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Registrando

Decidi parar de usar nickname no orkut... Sei lá, cansei de me esconder de todo mundo!Daí que tive que deletar esse depoimento lindo e pra lá de pintosa que o Cramus uma vez me fez. Mas deixo-o registrado aqui:

Eu amo a Váli pq ela é fofa, pq ela é sensível, pq ela é surtada, pq ela é descolada, pq ela reclama, pq ela me deflagra, pq ela cuida da minha cabecinha zoada, pq não precisamos disputar nada, pq ela foi a primeira que fez questão de me procurar pra passear e me mostrar o Rio, pq ela tá magra, pq ela é mestra, pq ela vive com a conta negativa, pq ela se engana junto comigo nas minhas escolhas, pq é bom dormir na casa dela depois de mil horas de tricô, pq é bom ir na balada e rir dela dançando, pq é bom arrumar alvos pra falar mal junto com ela, pq ainda temos muito o que passar juntos, pq ela é meiga, pq é bom dar pinta com ela e por mais uma escaralhada de coisas que eu nem lembro e nem vou enumerar.Eu amo a Váli, se vc não ama, foda-se vc! (22/03/2006)

domingo, 27 de agosto de 2006

Momento ID

Outro dia o Cramus me disse que mostro o que quero que as pessoas pensem de mim neste blog. Uma coisa meio superego, pensei. Bem, pode ser. O exemplo foi a "recaída" com o Dono. Segundo meu amigo, descrevi-a como um lapso, quando, na verdade, foi um momento de fraqueza, já que o lance é o domínio que tal criatura tem sobre meus sentimentos.

Sinceramente, acredito mesmo que tenha sido um lapso, nada mais. Estou cagando para o Dono... Ele é pica e pronto. Está bom assim... Uma pica muito boa por sinal.

Momento Machado de Assis wannabe:

Chocado, amigo leitor, com a vulgaridade da terminologia acima usada? Bom, esse talvez seja o "eu" a que dou um toque de dignidade neste espaço para não fazer feio para vocês. Sei lá. Não tenho certeza se o Cramus está certo, mas, se estiver, vou levar como mais uma das minhas esquisitas contradições. Afinal, não tenho vergonha das minhas escolhas, preferências e merdas...

E, sim, acho que pica é uma coisa muito importante. A do Dono é a Pica Rei, mas é só. Gosto de dar pinta com os amigos pela cidade, brincar de fazer caras e bocas por aí e de transar com qualquer um. Não consigo ser organizado com as minhas correções de escola e nem sair do cheque especial! Tomei remédio para emagrecer, já tive chato várias e várias vezes e já fiz outras merdas sobre as quais não gostaria de falar, dá licença?

Muito liberador esse momento. Mas, quer saber? Ainda gosto mais de dizer tudo isso com um toque de glamour!

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Sorte

Somente de uns tempos para cá, passei a prestar atenção à "sorte de hoje", serviço que o orkut oferece... Fico cada vez mais impressionado pelo fato de as minhas geralmente estarem associadas a dinheiro. Até o site de relacionamentos já percebeu a minha situação apertadíssima?!

Ah, ok, nem é tanto assim. Faço drama... É que eu realmente acreditei que, após o Mestrado, um grande tapete vermelho seria aberto para mim e que choveriam ofertas de ótimos empregos. Uma cisa meio final de temporada de série americana... Sempre tem um trabalho dos sonhos a 5.000 km de distância de onde as personagens vivem, elas não aceitam - geralmente por amor - e acabam achando outra maneira de cuidar de seus bolsos bem melhor que a recusada! Ai, se a vida fosse assim!

Outro dia, ele dizia que minha velhice seria materialmente confortável; ontem, que eu teria um negócio em andamento... Hoje, diz assim:

Você nunca mais vai precisar se preocupar em ter uma renda estável

Espero que isso se refira ao concurso-dos-sonhos que prestarei no fim do ano. Somente duas vagas... Magistério público federal... Emprego onde poderei trabalhar meus ideais e ainda ser satisfatoriamente remunerado (por que eu não preciso de fortuna, só de justiça). Vou cruzar os dedos, e, é claro, estudar para ajudar a minha sorte!

domingo, 20 de agosto de 2006

De bem com o Universo ao meu redor

Resolvi dar uma nova chance ao disco de samba da Marisa, o Universo ao meu redor... Nunca tinha ido muito com a cara dele, mas gostei tanto do show que resolvi dar uma outra ouvida. Pronto: nova trilha sonora para meus recentes dias. Senti-me bastante identificado com as letras, a harmonia e tudo o mais... Uma coisa pacífica, tranqüila, agradável...



Pois é. Estou em paz comigo mesmo, menos irritadiço, nada carente (VIVAAAA!), satisfeito com as coisas do jeito que estão.

Estou malhando e conseguindo freqüentar a academia direito (digo até que estou gostando muito), as amizades estão mais seguras e consolidadas a cada dia, os caras com quem gosto de transar me procuram com o mesmo interesse e desejo...

O que mais me falta? Um pouco mais de folga na questão financeira e um namorado... Mas tenho resignação. Adoro o significado dessa palavra:

Submissão paciente aos sofrimentos da vida.

Quer coisa mais linda?! É bom lutar pelo que se pode modificar e conformar-se pelo que não.

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Mulher de malandro elaborada

Fico pensando que é muito fácil confundir sentimentos e sensações... Especialmente quando se está carente. Será que, em algum momento, estive apaixonado de verdade? Será que estou?

Não sei responder.

O que sei é que agora as coisas estão bem claras. Não ando idealizando-o. Que bom. Detesto a mania que tenho de fazer isso. Invariavelmente, um dia coloco um par de óculos e enxergo as pessoas tal qual elas são e sei que não é justa a desilusão que sinto. Ninguém tem culpa das minhas pirações.

O barato? É o joguinho de sedução. É deixar que Ele pense que me engana com aquele papinho. É me sentir desejado como nunca fui na vida. É entrar na fantasia de dominação e subserviência.

Somente parar para escrever sobre esses "baratos" já me excita.

Não estou a fim de abrir mão disso.

E, se há alguma dúvida existindo por aí, sim, transamos de novo. Não tenho vergonha na cara.

E adoro não ter isso com Ele.

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Fim de semana VIP

Estava triste porque os meus amigos mais chegados iriam sumir no FDS. Tanto o Cramus quanto o Gui viajariam para São Paulo e meu destino seria passar os dois dias de descanso sem companhia e sem nada para fazer. Talvez corrigir provas, mas, definitivamente, isso não seria uma boa perspectiva.

Até que recebi scrap do Freitas avisando que tocaria de DJ no Dama e que me colocaria na lista. Sair sozinho? Para o Dama?! Mas é claaaro!!!!!

No meio da fila, um dos meus maiores medos da vida aconteceu: encontrei uma aluna na boate gay. Tudo bem, eu não sou muito de me esconder, não. Nem de disfarçar nada. É bastante óbvia a minha orientação sexual para todo mundo, mas, ah, que embaraçoso ver uma ex-aluna da sétima série na fila do Dama! Eu só pensava: que saco! Ela nem ainda tem idade para freqüentar (agora está no segundo ano)!

Mas isso não atrapalhou a minha diversão. Enchi a cara, dancei a noite inteira, o Freitas arrasou na função.

Daí que no domingo, já estava conformado: depois do almoço quente e aprazível com a família no dia dos pais, o fim de noite seria a volta à realidade com as minhas eternas correções. Qual nada! Assim que cheguei ao Real Engenho, recebi a seguinte mensagem da Patrícia no celu:

Tenho convite sobrando para o show da Marisa. Se quiser ir, ligue-me agora!

Alguém tem dúvida quanto à minha resposta?! Só digo uma coisa: ser VIP é muito bom. Ai, ai...

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Transtorno

Ontem perdi a minha carteira. Perdi ou furtaram. Certas coisas não precisam acontecer conosco... Seria tão bom se fôssemos poupados delas! E dá-lhe ligar para cancelar cartão de crédito, de débito, de alimentação, etc. Isso sem contar em ir à delegacia e fazer BO.

Mas nada, nada poderia ser pior do que ter que ir à minha agência do Bradesco para pedir segunda via de cartão de débito. Explico: ela fica num shopping da Barra onde sei que Ele trabalha. Quer tortura pior? Tudo bem que é difícil encontrar uma pessoa nessa situação, mas há a possibilidade! E o medo misturado com a vontade de que isso contecesse de fato? Muito angustiante!

Ainda bem que não rolou!

Ai, meu Deus, qual é a receita para se esquecer uma paixonite?! Diga-me, por favor!!!!!!

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Dormir ou não no Real Engenho?

Definitivamente, vivo tendo momentos epifânicos com meus alunos ao ler com eles certos textos. Acho que falei sobre isso por aqui não faz muito tempo. Explico o último desses momentos que tive.

Toda vez que vou dar aulas no Real Engenho (Prefiro o nome antigo ao sincopado Realengo. Tem um ar de dignidade!), fico na dúvida entre dormir na casa da mamãe ou voltar para Laranjeiras. Na verdade, não é bem uma dúvida... A minha vontade geralmente é a de vir logo para cá, mas, quando ouço a minha genitora perguntando naquele tom lamentoso e chantagista:

Não vai dormir aqui, não?

Sempre me bete uma baita culpa.

Pois então, líamos um texto ontem sobre um cara que ia embora da casa da avó no interior para viver na capital. Ele estava ansioso para se ver livre das regras, dos cuidados, do amor. O tempo do conto era todo construído em cima da despedida dos dois: cheia de dor por parte da avó, cheia de impaciência por parte do narrador. Dava-me raiva dele, ao mesmo tempo em que o compreendia. Relação contraditória temos nós com as pessoas que mais nos são próximas, não?

Só sei que ontem não vim para a minha cama grande e confortável. Resolvi ficar por lá mesmo e desfrutar da companhia da minha família por mais algumas horas.

:-)

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Vontade de blogar

Hoje eu fiquei contente quando, antes de sair de casa, dei a tradicional olhadinha pela janela e vi que faria sol. Coisa boa é essa perspectiva! E agora estou nesse dia agradável e iluminado, na casa de mamãe em Real Engenho... De repente, deu vontade de escrever aqui. Algo que não tenho feito muito ultimamente. Conversava com o Cramus sobre isso ontem e chegamos à conclusão de que estamos arrasando mesmo. Temos mais o que fazer do que ficar o dia inteiro na internet teclando e blogando, não é?

Nesse tempo de sumiço, o grande investimento que eu tava fazendo era afetivo-sexual. Cansado dessa vida de putaria, sabe? Mas, mesmo assim, caçando loucamente uma sacanagem aqui e outra ali. Contradições de bom geminiano. Houve um quase-ensaio com um carinha aí, mas o povo é muito complicado. Não rolou. Daí que eu estava meio amargurado quando encontrei por acaso, na internet, com ele: o Dono. E...

Não, não aconteceu nada... Enganei meus dois ou três leitores! Nem papo sobre revival teve. Ainda bem, porque não sei se resistiria (ai, ai...). O lance é que ele perguntou sobre namoros e acabei falando por alto das minhas baixarias, daí ele me disse que achava ótimo eu ser tão desencanado, que agora ele queria fazer menos sexo e mais amor.

Então pensei: se eu fosse fazer essa opção, darling, ficaria com a mão calejada de tanta punheta... Humpf.

Mas o papo levantou meu astral. Estava incomodado de não falar mais com ele, apesar de saber que isso é bastante necessário quando se quer esquecer alguém (não que esteja adiantando muito...). Nessa mesma noite, então, fui ao The Copa com o Gui. Fazia tanto tempo que não ia num sábado! O som estava ótimo, bebi umas coisas deliciosas, terminei a noite numa baixaria subterrânea.

É a vida, fazer o que? Adoro.

domingo, 30 de julho de 2006

Fim de folga

Será que blogar só faz sentido se eu estiver prestes a chorar? Pode ser algo a se pensar... Hoje acaba meu recesso de meio de ano. Não fiz uma grande viagem, nada muito especial: a conta bancária não deixa. Entretanto, estou muito bem: transei horrores, conheci gente interessante, fiquei muito tempo em casa, li a minha antiga coleção de gibis dos x-men quase inteira (muita felicidade!), dei boas saídas com os amigos.

Final de férias com tempo chuvoso vem bem a combinar com a melancolia... Passei uns dias me sentindo sozinho e com poucos amigos. Tal impressão foi-se completamente. Estou contente com as pessoas que tenho ao meu redor. A vida é boa!

Agora vou-me despedir da folga de duas semanas com o Santa Teresa de Portas Abertas. Vai ser um passeio daqueles!

Bom, pelo menos hoje não bloguei quando estive prestes a chorar!

:-)

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Realidade maldita

A Tereza não veio terça e eu já estava muito puto. Diacho de mulher enrolada! Pilhas e pilhas de roupas pra passar e a casa toda empoeirada!

Acontece que hoje ela apareceu. Olhos roxos, rosto inchado, cortado. O ex-marido apareceu bêbado lá de novo e fez esse estrago.

:(

Essas doses cavalares de realidade maldita me deprimem deveras. Coitadinha!

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Surpresa na barbearia

Um luxo que passei a gostar de me dar é o de freqüentar a barbearia. Quando lá vou, sinto-me num equivalente ao "dia de mulherzinha" a que uma amiga da escola se permite de vez em quando: manicura, escova e por aí vai. No meu caso, é barba, cavanhaque e máquina zero na cabeça mesmo. Acho que o mais legal desses lugares é o clima. Diferente dos salões super finos de cabeleireiro, eles são simples, aconchegantes e divertidos.

Já vi clientes serem mandados àquele lugar por causa de impertinências, sempre leio o jornal do dia (geralmente é O Dia) e ouço os papos sobre futebol.

Não é segredo para ninguém que gosto de coisas simples, familiares, autênticas. A barbearia que tem ali na rua das Laranjeiras é assim: um bando de coroas simpáticos espremidos naquela sala estreita.

Ontem, eu observava que, enquanto meu cabelo era raspado, formava-se em minha cabeça um esboço de moicano. Seria uma péssima idéia fazer esse corte algum dia, assim pensava quando o mais velho dos barbeiros – exatamente o que estava fazendo a tal obra de arte – começou a contar sobre sua vida.

O cara é de Campos e seu projeto de aposentadoria era ir para um sítio que mantinha lá. Quando parou de trabalhar, teve que esperar seis meses para que sua esposa também se aposentasse e pudesse ir com ele. Só que nesse meio tempo a mulher morreu e ele decidiu permanecer no Rio, perto dos filhos e dos netos.

Não entendi muito bem a razão desse monólogo, mas, como já disse, eu me encanto com essas coisas. Resolvi, então, dizer que minha família inteira é de São João da Barra, cidade vizinha a Campos. Ele pareceu impressionado e falou que o Denílson, que também já havia cortado o meu cabelo, era de lá, mais precisamente do distrito de Barcelos.

Peraí, a minha mãe nasceu e se criou lá!

E o Denílson, que já estava na conversa, perguntou:

E quem é ela?

Bom, ela é filha de Dirlermando...

Filha de Dilermando?! Qual delas? (Sim, tenho muitas tias. Todas loucas de pedra.)

Cirle.

Não conheço sua mãe... Mas lembro do pai dela... Seu Dilermando. Ele morava na Beira-rio, era funcionário da usina, adorava conversar sobre política...

E eu, muito surpreso, sorria concordando. Vovô era assim mesmo. O mais incrível foi que ele não se esqueceu de uma das qualidades mais definidoras do caráter do pai de minha mãe:

Ele era bem bravo, não é? Mas muito boa pessoa...

Pronto. Já estava boquiaberto, achando muito divertido e quase principiando a me emocionar. Como é que eu poderia imaginar que um desses caras simpáticos e anônimos que fazem minha barba e cortam meu cabelo poderia ser alguém que conheceu de perto parte de minha origem?

O Denílson falou saudoso:

Como o tempo passa...

E eu concordei.

Despedi-me de todos dali com um ar muito engraçado de familiaridade e de carinho. Voltei à rua doido para ligar para mamãe e contar a história. E fique lembrando do Vovô Dilermando... Fazia tempo que não pensava nele: na presença severa, na voz rouca, no ar de segurança que ele passava. Lembrei do único velório de que participei na vida, dele no caixão na sala da casa da Beira-rio, de chorar e não saber muito bem o porquê.

Eu já disse muitas vezes aqui que a vida é boa, não? Pois é... Não preciso dizer de novo. Preciso?

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Salvadores

A noite de sábado foi salva por dois carinhas.

Um é do Flamengo. Tem 25 anos, vem, dá-me um daqueles sexos top 10, depois desata a conversar na cama toda molhada de suor e outros fluidos corporais com aquele jeitinho puro que só ele tem e que me deixa todo encantado.

Outro é coisa antiga. De re pente transcendemos as transinhas e viramos amigos. Chamou-me para um chopp com pizza na Lapa. Papos bacanas, comentários sacanas.

A vida é boa!

Acho que os planos de me enfiar no mato vão pro brejo...

sábado, 8 de julho de 2006

Montanha russa emocional

O Alien apareceu aqui no último post e falou algo sobre montanha russa emocional ou qualquer coisa que lembre essa metáfora. O cara tem razão. Resolvi ler os textos mais recentes e é incrível como vou variando.

Devo estar avariado.

Há tempos venho falando sobre uma certa solidão que anda me dando e no quanto isso pode ser agradável. Pois hoje foi diferente. Depois de uma semana com o Virtua dando pau e sem poder conectar, hoje entrei na internet louco de vontade de reestabelecer alguma ponte com o mundo, voltar a me relacionar, sabe? Não consegui muita coisa, não.

Será que virei uma ilha?

Andei bastante pela rua. Nenhum conhecido a não ser um cara com quem transei durante um jogo do Brasil. Ele me parou para pedir o telefone e perguntou meu nome. Incrível. Acho que quase todos os caras com quem transei não devem saber meu nome.

Nem eu sei o deles. É a minha vingança.

Bom, só quero que fique registrado que é muito chato passar um final de semana sem o Cramus querendo me empurrar pra rua.

Humpf.

domingo, 2 de julho de 2006

Dor-de-cotovelo não!

Ontem houve a DR final e ficou finalmente encerrada a situação desagradável em que me encontrava. O resultado era o esperado: rejeição. Ah, mas quer saber? Chega dessa porra! Que se dane! Quando ficou definitivo o assunto e a conversa rendia, foi me dando uma coisa, uma vontade de simplesmente desligar aquela merda de telefone e ouvir uma música alegre! Daí que simplesmente disse que não queria mais continuar, que já tava bom, que qualquer dia a gente se cruzava e tchau.

Fui pro Dama com o Cramus e com o Didi, pois o Freitas ia tocar de DJ. Além disso, ir para lá me parecia uma boa: cansado de saídas para a farofada, sabe? Enchi a cara, beijei na boca, dancei pacas! Estava feliz e raivoso.

Hoje conheci um carinha legal e passamos o dia na praia. Foi bacana... Um monte de outros carinhas ligou, teve adicionamentos no MSN, Orkut e coisas afins. Coisa esquisita. Será que o cosmo está sentindo a minha vibração de "dor-de-cotovelo tô fora" e está conspirando a favor? Sei lá, eu vou é aproveitar ao máximo isso. Todo mundo parece bastante interessante de repente!

sábado, 1 de julho de 2006

Síndrome de sexta-feira

Como é sabido de todos, acordo diariamente às 5h para trabalhar... Pois tem acontecido sempre de, às sextas-feiras, eu deitar pra ler alguma coisa lá pelas 18h e pronto! Só acordo com dia claro no sábado!

Só digo uma coisa: É BOM PRA CARALHO!

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Patologia?!

Deve ser patológico isso de só me interessar por quem não me dá bola. Naquele dia da praia, o Cramus disse que eu cresci bastante, pois parei com aquela história de pagar de loser. Não acho isso mais cool. E não é mesmo. Agora, sem correr o risco de voltar a velhos hábitos, chego à conclusão de que não pode ser normal essa história.

A Fernanda diz que a graça é que, por ser inacessível, a pessoa parece a mais legal do mundo. E, realmente, se olho para as minhas antigas paixões frustradas pela rejeição, sempre fica a pergunta: o que vi nessa criatura de Deus?!

Ah, mas nem é tão dramático assim... Na verdade, não é nada dramático. Chega a ser entediante de tão parado e monótiono.

Enquanto isso, ando ouvindo Strokes o tempo inteiro. Uma agitaçãozinha bem rock and roll vai bem. Rola umas solidões e tal, mas não posso reclamar do que naturalmente busquei, não é? Apesar de o silêncio me incomodar às vezes, simplesmente não me dá vontade de conversar com praticamente ninguém.

Credo, assim eu fico com medo! O que acontece comigo???? Síndrome de rejeitado com tendências latentes para ermitão?!

terça-feira, 27 de junho de 2006

Recesso e adendos

Falta tão pouco para o recesso de julho!

E, aproveitando a fase completamente anti-social, acho que vou me enfiar nos matos de São João da Barra para ficar quietinho perto da mãe e do pai, aproveitando o frio silencioso para ler um bando de livros de literatura infantil blockbuster! E vou ver se me enfio na cozinha com dona Cirle... Ver se aprendo a fazer o trivial delicioso que ela prepara.

É só o que falta para me tornar uma dona-de-casa perfeita!

:-)

Adendo: um professor pra lá de gato do Méier (e obviamente gay, é claro) veio me perguntar se uso MSN e pediu meu endereço. Sei não, viu!

Adendo 2: é muita felicidade estar vivendo na época da tangerina! QUE DELÍCIA!

Adendo 3: cada dia mais percebo que a sala dos professores é o pior lugar do mundo. Puta que pariu! Corrigir provas? Lançar notas? Ficar descansando? Quem é que consegue com tanta besteira e carência rolando pelo ar? O pior não é abrir o bocão e contar histórias que ninguém quer ouvir, o problema é querer que todos parem o que estão fazendo para dar atenção. Que saco! Pois finjo que nada está acontecendo e continuo fingindo que não estou ouvindo. Tão bom finalmente ter aprendido a ser antipático!

domingo, 25 de junho de 2006

Insight

Percebo que, às vezes, valorizamos demais pessoas que fazem por nós somente o que qualquer um pode fazer. Qualquer um mesmo.

Perda de tempo, não?

Sim, estou falando DELE. E, quando penso nesse tema (Quase sempre... Ainda.), não consigo deixar de dar um muxoxo de cansaço:

Ah, que saco! Humpf!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Trabalho de semeadura

Às vezes tenho a sensação de que, quando converso com as pessoas sobre as minhas práticas no trabalho, elas geralmente ficam assustadas... Certas decisões meio "malucas" que tomo com os alunos e por aí vai.

Todo ano aparece uma "turma do mal"... A gente sempre se assusta e se choca com as coisas de que a tal galerinha é capaz de fazer. Engraçado, não? Já era para ser esperado que fosse assim, mas a gente ainda se surpreende. Será que não é porque os professores formam um grupo diferenciado de pessoas que ainda têm muita esperança no que está por vir? Pode ser. Aí é que está a chave, acho... Explico.

Como não pôde deixar de ser, houve uma turma assim na escola do Recreio. Meu susto foi enorme certo dia, quando somente uns três alunos haviam feito a tarefa de casa de maneira completa. Lembrei-me de uma entrevista de emprego que fiz no início do ano. Nela, a coordenadora disse algo do tipo:

Nem adianta passar tarefas de casa, pois eles não fazem mesmo. Exercícios, somente em aula.

Como me recuso a concordar com isso e como acho que no dia em que eu abrir mão de algo tão básico quanto a tarefa de casa porque "eles não fazem mesmo" levo à frente aquele antigo plano de ser comissário de bordo, não quis seguir em frente com a entrevista. Por isso, enquanto via os cadernos e, enquanto percebia que não haveria jeito de dar aula e tirar dúvidas de um exercício que quase ninguém fez, calmamente fiquei matutando um jeito de dar um susto naqueles vadios. E veio a coisa mais básica do mundo. Um esporro clássico e eficaz:

Não vou perder meu tempo corrigindo com a turma inteira um exercício que somente 5 fizeram. Pois bem: os que fizeram me esperem no corredor, pois somente vocês terão direito a tirar suas dúvidas. O resto permanecerá em sala fazendo a tarefa de aula normalmente e ficará, durante o recreio, fazendo o que deveriam ter feito em casa. Vejam bem que foram esgotados todos os meus limites de paciência, por isso eu não admito de vocês UM PIO SEQUER enquanto eu estiver corrigindo com os que fizeram. E, a partir de hoje, quem quer que deixar de fazer a tarefa de casa, ficará sem recreio cumprindo com seu dever. Em alguma hora na vida de vocês, as obrigações deverão ser realizadas. Se for na hora do descanso e da diversão, aí não cabe mais a mim escolher.

É claro que fiz um monte de caras e bocas de muito malvado. E é claro que mantenho a minha palavra até hoje.

Pois agora eu tenho entre 3 e 5 alunos que não fazem a tarefa de casa. E os renitentes que conseguem seu recreio de volta, ficam felizes da vida. E conquistei com a turma a fama de "professor que não deixa eles fazerem o que querem".

É nessas horas que eu esqueço o cheque especial e sinto que vou mudar o mundo. Está aí a razão de a esperança ser o mote da profissão. A esperança e a consciência de que é trabalho de semeadura. Os resultados da colheita talvez nunca serão devidamente conhecidos. E não venham me dizer que pego pesado, que assusto as criancinhas, que quero mais do que elas podem me oferecer. Estou no ramo de educação. Ninguém vai morrer por ficar de castigo, por ser cobrado por suas responsabilidades. Esse é o meu trabalho e, quando vejo o susto das pessoas, cada vez mais percebo que escolher essa carreira é coisa de herói ou de maluco, pois todos falam que é muito importante, mas parece que ninguém tem noção da dimensão que a coisa realmente tem.

sábado, 17 de junho de 2006

Momento "eu me acho sim, e daí?"

De certa forma, o afastamento da internet reflete um monte de coisas boas que andam acontecendo comigo. Um momento meio enorme auto-estima, saca? Acho que tomei consciência disso num dos papos com o Cramus na praia.

Sim, fomos à praia no Feriado.

Fez um sol bom... Nem acreditei que estava tão cheia. Nessas horas é que penso que existe mesmo muitos viados no mundo. Afinal, não vão todos para SP nessa época de parada?

Sim, freqüento a Farme de Amoedo.

Mas, então, uma das melhores coisas da vida é poder se jogar em infindáveis DR's com amigos sem aqueles malditos compromissos de horário... Deixar o papo rolar... Ê coisa gostosa! E registro aqui algumas das conclusões a que cheguei depois de ouvir o parecer daquele que me acompanhou no passeio sobre a fase que então me encontro.

Sim, sou um self-centered inveterado.

Descobri que sou mais eu, saca? Por mais que tenha que - sempre - recorrer ao cheque especial ou - vez ou outra - a empréstimos de amigos mais remediados (juros de 1,5% ao mês é o que há de mais maravilhoso nessa vida), eu arraso. Terminei o Mestrado, fui morar sozinho, emagreci, tenho uma profissão da qual me orgulho... São pequenas coisas que, somadas, fazem uma revolução. Daí que lavar roupa, ficar curtindo o silêncio do apê, arranjar um sexo para o final de semana, ir pela quarta vez ver Jean Grey louca de seu cu destruir tudo que vê pela frente são coisas muito mais bacanas do que passar tardes, noites e finais de semana em frente ao computador teclando, teclando, teclando...

Veja bem. Não é menosprezar os amigos. Deus sabe que poucos seriam eles se não fosse esse advento tecnológico. É que tem tanta coisa legal para se fazer aqui dentro e lá fora que... ah!

E, sim, sempre estou a fim de sair sexta, mas acabo indo dormir feliz da vida por causa do cansaço; não dou tantas festas quanto imaginei que daria - na verdade, pensar em fazer algo assim aqui em casa me parece um grande absurdo; não me deixo levar tanto pelas opiniões dos outros quanto antes - se pareço anti-social, mulher de malando, neurótico por limpeza, que se dane quem pensa assim.

Ah, e só mais um "sim".

Sim, é muito bom ter um Cramus como amigo nessa vida.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Sei lá... Eu já fui uma pessoa virtual. Agora acho tudo tão sem graça...

Tão sem graça...

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Meu dia chuvoso

A Clélia falou para eu aproveitar aquele dia chuvoso, mas meu. E foi o que fiz pensando nela. Havia umas provas de recuperação a serem aplicadas na escola do Recreio à tarde, mas eu falei que ia me mandar, meu aniversário, afinal! Já pensou ficar a tarde inteira morrendo de sono vendo os malinhas fazerem prova? Decidi pegar meu cartão de crédito confiscado e me dar um sapato de presente. Como esse objeto do demônio nas minhas mãos é tragédia certa, comprei, na verdade, um sapato, meias, cuecas e duas calças novas da Levi's!!!!!!!!

Bom, mas não estou me sentindo culpado, não. Fiquei na merda esses meses todos e, em nenhum momento, foi por ter comprado algo para satisfazer o meu ego. Agora, depois de ter emagrecido 20kg e depois de tantos perrengues, eu acho que mereço.

:-)

Foi um dia solitário, é verdade. Entretanto, essa conclusão não tem nenhuma amargura, pois gosto bastante da minha companhia. Dei-me um jantar de aniversário bastante razoável, fiquei curtindo a quietude do apê pensando na vida satisfeito de ser quem sou e cheio de boas intenções para o que irei me tornar daqui para a frente.

Uma das minhas fodas fixas me disse que esse dia marcaria o final de um ciclo e o começo de outro. O cara saca de numerologia... Segundo ele, os dias anteriores a ontem seriam uma espécie de "faxina" na minha vida, tal como aquelas que a gente faz no armário no fim do ano para separar o que continua ou não por lá. Agora, com o início do ano 1, novas coisas irão acontecer. Estou super curioso para saber que coisas são essas! Que venham novidades legais!

...

Ai, ai... 28 anos... Quando lembro do que, com 18, eu imaginava que seria chegar até aqui e vejo como é de fato, fico até animado em devanear sobre completar 38... A vida é boa!

domingo, 21 de maio de 2006

Resignação

A Fernanda, num dos seus momentos epifânicos da terapia, disse que seu grande problema é não saber se resignar com o que não pode mudar. Pensei, então, que deste mal não sofro, já que me conformei com a idéia de que a casa não vai ficar sempre super limpa, com o fato de que não poderia ter largado o emprego do Méier e também com a necessidade super urgente de parar de vez de comer besteira o tempo inteiro!

Por que estou falando sobre isso? Bom, acho que me resigno ao fato de que não consigo deixar de ficar com ELE. Vivo tomando a decisão de que não rola mais e sempre acabo, no máximo 15 dias depois, feliz da vida após umas daquelas transas I-N-I-G-U-A-L-Á-V-E-I-S. Enfim... Mas não vou ficar escrevendo ou pensando demais sobre isso. Afinal, ELE, numa DR recente, ao ver minha empolgação ao falar sobre o que rolava entre a gente, disse, de maneira curta e grossa:

Ah, sei lá, eu gosto de transar com você e aprecio sua companhia. É isso.

O que, em outras palavras, significa:

NÃO SE EMPOLGA, CARALHO!

Mas, quer saber? Ontem, a muito custo, saí de casa e fui para o Buraco da lacraia. Foi legal rever meus amigos de novo! E hoje amanheceu com sol. Só Deus deve saber o quanto isso é determinante para o meu humor! Estou feliz e esperançoso. Que coisa boa essa claridade!

E obrigado por mais 24 horas.

sábado, 20 de maio de 2006

Anti-social?

Ao que parece, aquilo que pensei que fosse fase vem se tornando parte de minha personalidade: estou virando um belo de um anti-social! O que é estranho se levarmos em conta o que imaginava que seria a minha vida depois que me mudasse para a minha casa. Nos meus sonhos, o que mais havia eram visitas, festas e saídas. A realidade é exatamente o inverso... Solidão tem um gosto especialíssimo, saídas são raras e festa aqui em casa nem pensar!!!!!!!!!

Bom, mas agora parei para lembrar um pouco e vejo que não é a primeira vez que isso acontece. Quando terminou aquele único e malfadado namoro, fiquei assim também... E o primeiro ano de volta ao Rio foi de bastante quietude na biblioteca da UERJ. Fiquei tão self-centered (e será que algum dia deixei de ser?) naqueles tempos!

Por que estou falando sobre isso? Bom, deve ser parte do período pré-aniversário... Ao contrário da maioria das pessoas que conheço, opto por não comemorar ou planejar um grande presente, mas sim por pensar no que sou, no que me tornei, no que vai ser de mim. Só tem uma coisa diferente esse ano... Não estou me escondendo de todo mundo, como é meu hábito... Ou fugindo do assunto... Na verdade, falo bastante sobre, comunicando às pessoas que quarta-feira é um dia importante para mim, escrevendo sobre isso no blog, etc.

Agora fiquei meio confuso aqui pensando. Se sempre fugi de todo mundo nos meus aniversários, será que só agora realmente me tornei um anti-social? Sei lá, passou pela cabeça que, no fundo, no fundo, sempre fui um.

Ai, chega de egotrip. Até a próxima.

domingo, 14 de maio de 2006

FDS frio = DR interna

Os finais de semana andam estranhos, frios... E meus humores cada vez mais se mostram imprevisíveis como os de um bom geminiano (sim, acredito nessas baboseiras). Ontem saí de casa contente, e voltei furioso: os shoppings estavam lotados, caiu um toró que apagou o tímido sol que apareceu lá pelo meio-dia, não consegui comprar o ingresso para o LOS HERMANOS.

Entretanto, a visita de um belo rapaz que há algum tempo vem, dá-me 2h de prazer alucinado, larga a minha cama inundada de suor, alegra-me com o jeito infantil de me contar histórias acalmou minha cabeça zoada.

Sem querer parecer presunçoso (já sendo) acho que, pela primeira vez, experimento algo parecido com o que percebia que os caras que ficavam comigo sentiam: um certo encantamento pela ingenuidade escondida ao lado da putaria. Sim, sempre preferi pessoas mais velhas. Acho que gostava de me sentir admirado daquele jeito.

Ok, estou viajando, mas que se dane. Aqui me dou ao direito disso.

Agora, passa-me à cabeça que estou às vésperas dos 28 anos. Talvez o encantamento que venha a ter já não possa mais ser este que identifico no rapaz. Porém, tenho orgulho em pensar que, apesar de todas as escorregadas, não abri mão das convicções, dos anseios e (por que não?) da ingenuidade que sempre me caracterizaram. Pode ser que seja a hora de encontrar em alguém o que mais gosto em mim, em vez de buscar a admiração alheia.

E dá-lhe maratona de Sinhá Moça para fechar o domingo! Alguns amigos comentam que sonho com amores de novela e que a vida não é assim. Eu penso e digo: será que esses amigos convivem, conversam, lidam comigo e - DEFINITIVAMENTE - não sabem nada a meu respeito? Como é que podem querer que eu abra mão de algo que me é tão essencial quanto os membros do corpo? Devo amputar um braço por livre e espontânea vontade? Ou arrancar os olhos? Ou cortar a línga?

Ok, sou bem dramático nas minhas imagens, mas está aí outra coisa de que gosto muito em mim: a veemência.

:-)

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Médicos e Los

Bem que eu queria dizer como foi o exame... O problema é que não dá para lembrar de nada! Só da muito entediante manhã que passei lá em completo jejum e do cagol que fez efeito devastador. O resultado sai na segunda, mas a consulta com o proctologista é na sexta. Enfim, o pior já passou, acho. Agora é torcer para que não seja nada grave mesmo.

Incrível como tenho precisado ir ao médico ultimamente... Primeiro foi aquela diarréia mega forte que apareceu e me derrubou, depois a gripe, não posso me esquecer da videocolonoscopia acima mencionada e agora essa tosse alérgica que está acabando comigo.

Detesto mudanças de temperatura! Mesmo aproveitando a delícia de ficar o final de semana inteiro deitado na cama sob o edredon, estou começando a ficar de saco cheio. Todos os dias deixo de levar casacos na esperança de que haverá sol. Sempre me fodo. Estou com a garganta toda doída de tanto tossir!!!!!!!

De qualquer forma, estou muito animado para o show do Los Hermanos que vai haver no sábado. Espero realmente estar melhor até lá... O foda é que parece que ninguém quer ir. E ando pensando: que se dane! Melhor assim, talvez! É bom que vou poder berrar sem vergonha de ter gente conhecida por perto.

Ah, mas que eu gostaria de ter uma boa companhia, lá isso não posso negar!

domingo, 7 de maio de 2006

VIDEOCOLONOSCOPIA

Preparação para o exame: dieta liquido-pastosa hoje, jejum por todo o dia de amanhã. Tomarei Plasil e um cagol aí. Levarei anestesia geral pela primeira vez na vida.

Muito, muito, MUITO medo!

:-(

Folhetim fuleiro

Confesso: criei suspense porque estava morrendo de sono e queria terminar logo o post. Daí que pensei em continuá-lo outro dia.

A verdade é que odeio criar esses comprometimentos... Por que digo isso? Bom, não tenho a menor vontade de escrever sobre o que vem em seguida. Sinto muito aos que comentaram e que esperaram um grande final.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

E nos encontramos por acaso

Acabou que ontem caí de pára-quedas no Galeria. Tinha feito um monte de planos, acabei tendo vontade de ficar em casa, mas um convite de última hora me fez mudar de idéia. Estava com medo de cruzar com ele, mas isso nunca me impediu ou me impedirá de ir a lugar nenhum.

A companhia era boa: ex-trepê que está virando um amigo legal. Encontrou conhecidos, ficou aquela rodinha de conversas triviais. De repente, uma mão no meu ombro. Era ele. Deu-me um sentimento tão legal perceber que nós ainda poderíamos nos falar e dar dois belos sorrisos sinceros de felicidade por termos nos encontrado! Foi rápido. Ele fez a tradicional pergunta "Você está bem?" com aquele tom característico de quem está preocupado com o meu sofrimento por ele. Pior que o cara consegue fazer isso sem ser arrogante, sem parecer penalizado, nada. É gentileza, educação e tudo o mais de bom que, mesmo admirando, não me fez nem faz agir fora do meu jeito orgulhoso e responder com um sorriso (desta vez, nada sincero) que sim, estou muito bem.

E foi só isso. Ou tudo isso. Porque é foda você fazer um monte de coisas para não pensar em alguém e estar sempre pensando em alguém. A noite inteira eu não olhei para os lados em que sabia que estava, mas tinha a atenção voltada, todo o tempo, para lá. Mesmo que fosse para evitar vê-lo ficando com outro carinha. Quando tocou aquela música da Vanessa da Mata, percebi que era a minha deixa, pois a boate sempre fica mais farofa depois. Quando ia para o caixa, um gatinho me encostou na parede e me encheu de beijos.

Quando o pau não sobe, é melhor deixar para lá.

Voltei com uma sensação esquisita. Eu tento não ficar amargo, mas é difícil. Mas, por que sempre parece que nunca vai acontecer? Que sempre são equívocos? AARRGGHHH.

Passei mais um dia naquela de fazendo um monte de coisas para não pensar nele, mas sempre pensando nele. Conversando um monte de coisas com o Guilherme para não falar dele, mas sempre falando dele.

Até que, quando voltávamos do Leblon, o celu tocou.

Oi, sou eu.

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Controladores de peso

No final do ano passado, as pessoas todas vinham me dizer o que eu estava (literalmente) careca de saber: tinha entrado para o não muito seleto grupo de obesos.

Daí levei o maior susto da minha vida quando me vi com 90kg nada proporcionais aos meus 1,71m e decidi emagrecer. Tomei remédio, fiz dieta, cortei um monte de coisas da minha vida. Pronto, devo estar agora com uns 71kg.

Agora, as pessoas não param de vir me dizer o que já estou careca de saber: emagreci pra caralho. Só que há um porém: esse comentário também é uma crítica!!!! Estou magro demais, vou sumir!

O lance é o seguinte: estou feliz e quero, sim, chegar aos 68kg, dá licença? Minha vida sexual deu um novo boom, voltei a me olhar no espelho e me achar bonito, estou com um guarda-roupa renovado de peças abandonadas há pelo menos uns 4 anos e NÃO RONCO MAIS!!!!!!!

Eu poderia sair por aí dizendo que o corte de cabelo da professora de matemática definitivamente a deixa 10 anos mais velha, ou que a faxineira da escola devia fazer um tratamento de dentes, ou que o silicone que uma colega pôs deixou-a com cara de vagabunda americana, ou que a melhor amiga dela fede a cigarro, mas eu não faço essas coisas, sabe? Eu prefiro cuidar da minha vida e seguir rumo ao meu objetivo: ficar esquelético!

Deixem-me em paz!

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Com muito medo da net

Há pouco, o Gui veio me falar, com cara de cínico, que viu o meu perfil num site de ursos. Em resposta, fiz uma sincera expressão de espanto. Como assim?! Tudo bem que virei frequentador assíduo do chat do UOL, mas minhas caçadas pela internet param por aí!

Como quis conferir com meus próprios olhos, levei um susto ao deparar com isso aqui.

Sinceramente... Até onde vão os limites da ética virtual? Ela existe? A minha cara está estampada por aí representando uma pessoa que não sou eu e (ódio!!) sem a minha autorização!

E como tiveram a coragem de colocar foto tão horrorosa?!

Sabe o que é pior? É ter a certeza de que é algum conhecido ou ex-conhecido meu que fez isso. Afinal, alguém realmente acredita que eu sairia mostrando tal registro absolutamente esquecível da minha figura para qualquer um?

Muito medo...

domingo, 23 de abril de 2006

Ela voltou à playlist!

Depois de anos, voltei a escutar Mama Cass com sua linda voz dizendo o que uma pessoa com (uma crise de) baixa auto-estima precisa ouvir:

Make Your Own Kind Music

Nobody can tell ya
There's only one song worth singing
They may try and sell ya
Cause it hangs them up
To see someone like you

But you've gotta make your own kind of music
Sing your own special song
Make your own kind music
Even if nobody else sings along

You're gonna nowhere
The loneliest kind of lonely
It may be rough going
Just to do your thing's the hardest things to do

But you've gotta make your own kind of music
Sing your own special song
Make your own kind music
Even if nobody else sings along

So if you cannot take my hand
And if you must be going
I will understand

You've gotta make your own kind of music
Sing your own special song
Make your own kind music
Even if nobody else sings along

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Caminho sem volta

Você sabe que virou puta de vez quando recebe uma mensagem dessas no celular e não tem a menor idéia de quem foi que mandou:

Quero você hoje, de cuequinha branca! hehehe. Me ligue se puder. Boa tarde.

A certeza fica mais intensa quando você não tem a menor vontade de retornar para saber quem é a criatura pra lá de íntima.

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Relatando a dor-de-cotovelo

Trilha sonora deprê sempre (viva o discman!!!).
Grande vontade de não falar, não conviver, não dividir: simplesmente o silêncio, por favor.
Choradeira compulsiva com o romantismo-brega-porém-lindo das novelas A viagem e Sinhá moça.
Busca desenfreada por sexo vazio e anestésico (é fato: realmente ajuda).
Madrugadas escrevendo sobre dor-de-cotovelo no blog.
Incapacidade de parar e corrigir provas (os alunos vão me crucificar!!!!).

No feriado, todos os meus amigos (E são poucos. Não, não estou reclamando: gosto assim.) viajarão. Como bom bicho-do-mato, devo ficar trancado no apê tentando trabalhar entre uma ou outra crise aguda de frustração e de orgulho ferido.

Às vezes me pergunto se gostar de dor não se refere somente a sexo (as tais porradas). Será que essa eterna incapacidade de me relacionar não seria um mecanismo de defesa causado por algum recalque?

Bah, isso é coisa para quem tem dinheiro para pagar terapia ficar pensando. Bicha pobre fica curada mesmo é no chat do UOL.

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Breve metalinguagem

Eu sei que deve haver um pessoal que lê isso aqui. A idéia é essa, não?

Ah, mas tenho que confessar que esse deserto me é deveras confortável! Estou virando um blogueiro taciturno e cada dia mais self-centered, se é que isso é possível...

Acho que gosto de me expor com a sensação de que tenho algum controle sobre isso. Exibicionista iludido, reservado e doido.

domingo, 16 de abril de 2006

The end

Então os dois posts anteriores foram os últimos suspiros daquilo que eu sabia que não teria futuro. Ok, o cara é do bem, eu tava pra lá de a fim, mas... chega, né? Acontecem coisas e a gente saca a hora de parar. E, se continua, ou é muito idiota, ou gosta de sofrer...

Ok, eu gosto de levar umas porradas, mas não de sofrer. Que fique bem claro: há uma grande diferença.

Daí que hoje houve a conversa definitiva. É foda isso. Desencontros de afetos e interesses parecem ser a regra, mas não estou amargo. A experiência foi positiva. Não tenho nada a reclamar. Não me arrependo.

Então eu e o Gui "fizemos" o nosso almoço de páscoa. Pedimos China in box, arrumamos a mesa, fizemos suco clight. Foi lindo. De certa forma, ele também é minha família agora...

Depois, fui lidar com a dor como sempre tenho feito: arrumei um cara na net para me dar uma boa meia hora de sexo com direito a muitos tapas, fiquei bebum de vinho, lavei duas máquinas de roupa e deixei a choradeira rolar.

Mas isso passa. Não tenho talento para cultivar sofrimento.

Um saco que amanhã é segunda, eu sempre penso. Entretanto, imaginar que voltarei à correria de sempre e que mal terei tempo de pensar em qualquer coisa além de trabalho é um alívio!

sábado, 15 de abril de 2006

Adendo ao último post

Acrescento que, em parte, eu curta tanto quando ele vem pelo fato de não ser somente a transa mais fabulosa do mundo. Eu adoro a companhia do cara. É sempre tão bacaninha! :-)

Musando de assunto, Suede é legal, né?

Desisto

Eu sempre digo que vou dar o basta, que quero mais dele, que tô apaixonado, que assim não dá, etc., etc., etc...

Mas aí ele vem do jeito de sempre e é TÃO BOM! Tão acima da média.

E veja bem que eu dificilmente acho sexo ruim. Das últimas transas, não me lembro de nenhuma que eu classificaria assim.

Mas, com ele, é MUITO BOM! Mais do que com qualquer outro.

Não dá para abrir mão. Que seja como está, então. Desisto!

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Agora é sério...

Brincadeiras à parte, fiquei me sentindo meio idiota com o post anterior. Será tão absurda a idéia de encontrar o amor que só possa existir - na minha vida, pelo menos - em uma piada sem graça?!

Meses atrás, meu proctologista suspeitou que eu estivesse com uma colite ulcerativa. Percebendo que os sintomas que fizeram-no pensar nisso desapareceram, como todo otário decidi que isso era uma bobagem e deixei para lá. Agora, essa crise toda me assustou e finalmente creio que é a hora de fazer a tal videocolonoscopia que ele me indocou naquela época.

Muito medo!

domingo, 9 de abril de 2006

Eis que surge o amor

Um piriri maldito surgiu na quarta-feira. Não sei se causado pelo molho à bolonhesa do Spoleto ou se por algo mais sério. O fato é que fiquei extremamente delibitado por quase 4 dias (e ainda estou recuperando). Nunca tinha passado por experiência igual na vida e espero não mais repeti-la.

Tudo isso fez meu coração se acalmar. Afinal, esvaindo-me do jeito em que estava, sexo era uma coisa inimaginável. Todos vivem dizendo que o amor aparece nos momentos mais inesperados e eu nunca dei ouvidos a isso. Até que o conheci e foi amor à primeira vista: Floratil 100mg.

Ele cuidou de mim, tratou-me bem. Agora, sinto-me seguro e confortável no meu quarto sabendo que tudo vai dar certo.

sim, pessoal, pensei que era lenda, mas o amor existe. Eu o conheci!

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Desespero matinal

Sexta-feira acordei espantado. Era dia, como assim?! 6h50min. Dormi 2 horas a mais do que deveria. Em trinta minutos, deveria estar no Recreio. DESESPERO!

Vesti a primeira roupa que vi pela frente, desci, parei no banco 24h e tirei um monte de dinheiro (Todos do banco, é claro, nenhum meu). Parei um táxi, respirei fundo, tomei coragem e disse: toca para o Recreio.

Resultado: devo mais 50R$ para o banco e cheguei 20 minutos atrasado (Nem levei esporro. Todo mundo entendeu. Acontece...).

Está decidido. Nos dias em que dou aula à noite, não volto para Laranjeiras. Fico muito cansado...

sábado, 1 de abril de 2006

Bicho-do-mato

Daí que ele ligou durante a semana e eu fiquei todo derretido de novo. Babaca que sou por não saber cortar o mal pela raiz e realmente acreditar que algo poderia sair desse mato, mesmo ouvindo a afirmação clara e direta dele de que isso não iria acontecer.

Numa hora dessas, o bom apê é o refúgio. Está ficando cada vez mais aconchegante. Especialmente nesses dias quase frios que estão rolando por aqui. Ando silencioso, arredio. Será que só ando? Às vezes, a sensação que tenho é a de que sou assim mesmo, de que não é fase, não.

Bicho-do-mato, apesar de nascido em centro urbano.

O mais interessante é perceber que outra coisa que tem me ajudado deveras é o trabalho. Estou cada dia mais idealista e certo de que faço algo importante no mundo, apesar da conta negativa, da remuneração injusta, de tudo. Deve ser síndrome de início de ano, assim como tem a de final do ano (quando eu sempre penso em desistir e virar comissário de bordo). Ando encantado com as crianças, até as mais malditas.

O bom de amadurecer é que a gente consegue ver que existem coisas além da vida afetiva, apesar de ainda sentir que não há nada mais importante. E há?

Acabei de procurar no Aurélio o significado de bicho-do-mato. Um deles diz o seguinte:

"Indivíduo solitário, esquivo."

Isso diz tanto do que ando sentindo que sou...

segunda-feira, 27 de março de 2006

Drive-Thru é o que há

Ele perguntou:

Vai fazer o que no FDS?

E eu disse:

Provavelmente nada demais. Estou ficando em casa, pois andei gastando pencas.

Ele propôs:

A gente poderia ir à praia no domingo...

Respondi:

Boa idéia!

Domingo amanheceu chovendo. Mandei torpedo dizendo que estava com saudades e perguntando se topava cinema. Seis horas sem resposta, resolvo ligar.

Estou com preguiça de ir à Zona Sul... Se eu já estivesse por aí ou você por aqui, seria mais fácil, sabe?

Realmente, as pessoas querem fast food com delivery. Praticidades da vida contemporânea... O melhor é cancelar o pedido e só avisar à empresa caso ela entre em contato de novo.

Desta vez não vou deletar telefone nenhum da agenda. Sem vontade de ligar, sabe?

E, como bom empresário do ramo, eu digo:

Next, please!

domingo, 26 de março de 2006

Estranhos conhecidos

Outro dia peguei um busu para a casa da minha mãe. Decidi ficar em pé, pois o tomei de peguiçoso que sou e desceria logo (ok, o sol de Realengo, às 13h estava tinindo...). Daí que a vizinha de frente da minha mãe levantou e ficou cara-a-cara comigo na hora de descer.

O que mais nos incomodou nessa moradia foi justamente o fato de nossa janela dar para a casa de outra pessoa. E tal pessoa, desde o primeiro dia em que dormimos por lá (e isso tem mais de 20 anos...), é justamente essa mulher. Sabe o mais engraçado? Nunca nossas famílias se falaram. Irônico. Ela deve ter presenciado praticamente todos os barracos por nós produzidos (e não foram poucos), assistido a todos nós crescer, assim como sabemos sua profissão, percebemos quando ela foi abandonada pelo marido, achamos seus filhos muito esquisitos e temos que aturar seu péssimo gosto musical (Ana Carolina ninguém merece)...

E eu fiquei pensando nisso tudo enquanto aqueles segundos entre a puxada da cigarra e a parada do ônibus pareciam não terminar tamanho o silêncio desconfortável.

A vida é meio doida. Agora, moro também de frente para outra pessoa. Só que mais próximo ainda. Deve ser carma.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Dinheiro cai do céu para alguns (desafortunados)

Quinta passada, amanheci atrasado e fui correndo trabalhar. Enquanto tentava me acalmar por causa da lentidão do ônibus, pensei no quanto é importante o trabalho, precisar dele para sobreviver. Isso tem um contexto. Tenho conversado e convivido com pessoas que têm as coisas fáceis demais e a sensação que tenho é a de que elas não parecem encontrar muito estímulo para fazerem suas próprias coisas. Pensei que isso era deprimente (no sentido de que causa depressão mesmo que essa palavra pode ter). Por outro lado, às vezes me sinto tão importante por causa das coisas que faço. se eu for pensar bem... Eu definitivamente influencio a vida de muita gente (ou estou sendo pretensioso?)!

À noite, o Eliandro armou um jantar para nós dois e Priscila num japa da vida. Grana foi, obviamente, um dos papos. O cara me deu um tapão na cara:

Wally, pessoas como nós não podem ter dívidas. É diferente um cara com renda de 600 paus entrar no cheque especial porque não tem dinheiro para comer de você tomar a mesma atitude radical.

O Eliandro nunca teve as coisas de maneira fácil na vida. Hoje tem um puta cargo numa indústria de laticínios e deve receber o triplo do meu salário. Ah, ele mora com os pais... Daí eu fiquei meio puto e pensei: "Ok, eu nunca fui bom de finanças, mas, quando morava com meus pais, jamais cheguei a entrar no cheque especial (mesmo que ficasse duro)".

Enfim, na hora de pagar a conta, percebi que esgotei todo o meu crédito no Bradesco e tive que ficar no negativo, também, no Real. E voltei para casa muito amuado pensando que essa história de "trabalho que dignifica" é conversa para boi dormir, que otários são esses filhinhos de papai que se sentem no direito de ficarem deprimidos enquanto têm tudo fácil. O bom mesmo é poder ter suporte para poder entrar nessas crises e, melhor ainda, fazer terapia!

Buzina erro

Outro dia estava lavando uns copinhos e ajeitando roupas na máquina quando ouvi uma buzina insistente. Alguém simplesmente largara a mão em tal aparato do carro e não soltava...

Como as pessoas são mal educadas, não? Meu Deus, não consigo imaginar qualquer situação em que buzinar seja tolerável. Imagine o que penso quanto a praticar tal ato com tanta insistência.

AAARRGGHHHH

terça-feira, 21 de março de 2006

Emagrecer muito: pós e contras

Eu cheguei a um peso muito alto ano passado: 90kg era coisa demais e, pelo jeito que as coisas andavam, não estaria longe o dia em que a balança marcaria 100kg... Daí que decidi ser radical. Não sei ainda se foi o melhor jeito, mas, por enquanto está funcionando e não quero voltar a ficar gordo de jeito maneira!

O maneiro, além do fato de não ter mais reclamações de ninguém quanto ao ronco, é me sentir seguro de novo quanto à aparência. Ok, tenho plena consciência de que não sou nenhum Hugh Jackman, mas dou pro gasto. E já volto a flertar com as pessoas por aí. Além disso, é muito bom voltar a fazer shows narcísicos no espelho do quarto do meu irmão enquanto passo as tardes lá para dar aulas na escola de Realengo à noite e não há ninguém na casa da minha mãe. O que são esses shows? Bom, basicamente, eu ligo um som de que gosto, fico de cuecas e faço a linha cantor em frente ao espelho fabuloso dele. É ÓTIMO!!!! Vivia fazendo isso. Estava com saudades.

Na minha casa falta um espelho de corpo inteiro bom. Preciso providenciar...

Mas existe um ponto muito negativo nisso tudo: roupas. Ainda mais para um fodido como eu. Está tudo MUITO LARGO! De um jeito insustentável. Pareço sempre estar vestido com sacos de batata em vez de calças e com panos longos amarrados em vez de bermudas!

Claro que a solução mais fácil seria engordar tudo de novo.

NEM FUDENDO!!!!!!!!!

Outras opções? Posso mandar apertar tudo, ou comprar coisas novas, no crediário. Mas o saco é que gastei muito esse mês com a Dulce. Fazer mais dívidas é inimaginável... O mais foda ainda é pensar que estou perdendo todas as liquidações pós festas e pós carnaval. Damn it!

segunda-feira, 20 de março de 2006

Sensível

Ando sensível. Choro todo dia nos capítulos das novelas que acompanho (A viagem e Sinhá moça). Sim, sou cafona, admito, gosto de novelas (quando boas, é claro) e me permito entrar em prantos ao assisti-las. Além disso, conversei há pouco com a tia Lúcia e ela me falou do quanto a mamãe anda sentindo a minha falta lá em São João da Barra. Deu nó na garganta. E muitas saudades.

Esse FDS foi engraçado. Passei sozinho, querendo pouco contato com as pessoas em geral, mas querendo muito com uma pessoa em particular. Estou encurralado: topei uma coisa mais descontraída e relaxada, mas meu íntimo quer casamento, monogamia, dedicação, presença e atenção. Definitivamente, estou em desvantagem.

O bom é que me sinto afetuoso de novo, menos frio e revoltado, mais capaz de me emocionar, de dizer às pessoas o quanto gosto delas, de fazer as coisas com calma, de ficar quieto na minha.

O ruim é que eu sofro com o orgulho, com o medo de me entregar demais (sim, eu pouco ligo para ou procuro o cara) e com a eterna espera de um sinal de vida.

Ontem não aguentei e disse que queria vê-lo. Marcamos terça. Acho que vai ser a última vez, pois tenho a sensação de que cheguei ao meu limite e de que é hora de dar um basta nessa situação nada confortável para mim. Resta saber se terei coragem para tanto e o medo de, depois, descobrir que essa decisão causará mais desconforto do que venho tendo ultimamente.

Humpf.

Dulce Veiga voltou

Dulce Veiga voltou. Parecia problema de HD, não era. O técnico mandou comprar uma placa de vídeo nova, comprei. Continuava não funcionando. Então ele foi radical: só pode ser a placa mãe. Quase morri do coração. Até que ele resolveu tirar o teclado USB e... A PIRANHA FUNCIONOU!!!!!

Dá para acreditar que tanto aborrecimento e desespero foram causados por um simples teclado USB?????????

Ao tentar formatar o HD (que estava com algum pau de tanto ser reinicializado) com o CD do Win XP, o meu combo tinha dificuldades em lê-lo. Daí tive a idéia de aproveitar o ensejo: já que tinha gastado mesmo 190 paus com uma placa de vídeo nova e estava conformado com isso, por que não trocá-la por um gravador de DVD?

E foi assim a recuperação da minha máquina super-ultra-hiper-mega-temperamental. Espero que ela fique sem crises por mais uns bons dois anos...

E que, em dois meses pelo menos, eu me sinta recuperado do baque financeiro causado por toda essa operação (já que ainda tive que comprar teclado e mouse novos...).

sábado, 11 de março de 2006

Eu fazendo DR comigo mesmo

Hoje, eu e Dono comentávamos sobre nossas ficadas. A cada dia que passa, elas ficam melhores tanto no que se refere ao sexo quanto no que se refere ao afeto que demosnstramos um pelo outro, além do fato de nunca serem iguais. Sobre isso ele disse:

Acho que é porque não namoramos.

E eu respondi que deve ser, que quem tem vasta experiência com namoros é ele, não eu (a minha é quase nula, diga-se de passagem).

Mas fiquei pensando... O que é melhor: um compromisso formal de relacionamento ou um lance espontâneo? Claro que a própria pergunta já deve mostrar a minha opinião sobre o assunto ou o argumento que inventei para lidar bem com o fato de que a gente não namora. O certo é que me faz bem ter a certeza de que o tesão, o carinho e a vontade de ver que tenho são correspondidos em equivalência justa por ele. Quanto ao que sinto... Bom, aí complica. O cara já me fez a seguinte pergunta:

Você está se apaixonando?

E eu respondi que não sei. Será que não sei mesmo? Será que tenho medo de dizer sim e estragar tudo?

Ah, sei lá!

Então, como posso ficar ansioso para saber o que rola na cabeça do cara se eu nem entendo o que se passa na minha? E mais: toda vez em que alimentei ansiedades para com relacionamentos, foi sofrido e angustiante. Não quero mais essa vida.

E tenho dito!

segunda-feira, 6 de março de 2006

Tropeços afetivo-sexuais de Wally

Fica mais evidente a cada dia que eu e o Dono somos mais do que simples fuck buddies, assim como também é fato que o cara sempre deixa claro que não está interessado em algo mais sério comigo. Bom, ele sabe fazer isso de um jeito que não me faz ter a sensação de que sou lixo. Ah, mas também passei dessa fase de ter crises de baixa auto-estima cada vez que sou rejeitado por alguém de quem ando gostando. Mereço a maior parte dos créditos!

A Fernanda diz que eu também não quero namorar. Se realmente quisesse, teria usado as "minhas armas". Ela sempre me vem com essas afirmações inesperadas e eu fico com cara de bobo pensando se não há razão em alguma delas, mesmo pensando que essa história de "minhas armas" é uma coisa mulher demais pro meu gosto.

Enfim, decidi desencanar e abrir novamente a porta para outros caras enquanto não sei exatamente no que vai dar essa história (apesar de, a cada dia, curtir mais e mais o que está rolando. Os níveis de intimidade que vão sendo ultrapassados a cada encontro...). Mas ainda faço aqueles desastres bem característicos de minha pessoa. Explico.

Saí com o Cramus e com o Didi no sábado. Doideira total, considerando a minha conta bancária pós carnaval... Mas a animação surgiu de repente de todos os lados e melhor opção não poderia haver que o Galeria (engraçado como esse lugar é antigo e eu nunca tinha percebido o quanto a vibração dele é legal!). Lá, encontrei com um colombiano com quem andei transando no ano passado. O cara é gato, tenho que admitir. Muito gato. Daquele tipo de gato que me deixa todo errado (e quando é que eu não fico assim quando o assunto é flertar?).

O lance foi que eu reparei que ele não saía de perto de mim, mesmo não falando nada. O Cramus logo veio com aquela psicose de me deixar ansioso:

Se joga logo nele ou quem faz isso sou eu.

Depois de muito hesitar, fui lá e puxei um papinho que se estendeu e veio cheio de cantadas ao estilo:

Wally: Esse careca é gatinho.

Colombiano: Gatinho é você! Ele é só pegável!

Bom, numa certa hora, o cara deu um sumiço e me joguei na pista com os meninos. O som estava muito bom! Fui ao banheiro e, quando voltei, encontrei o colombiano junto deles.

Colombiano: Estou indo embora agora. Você vai ficar?

Wally: (Silêncio constrangido. Cara de bobo. Mudez quase involuntária).

Colombiano: (Cara de surpresa e de espera confusa).

Wally: (Sorriso provocado por nervoso. Mudez ainda quase involuntária).

Colombiano: (Sorriso constrangido de quem acaba de levar o toco sem acreditar, ainda. Bom, nem eu acredito...) Então tá. Vou nessa. A gente vai ficar um tempo sem se encontrar. Vou passar um mês na Alemanha.

Wally: (Com muito esforço para falar) Falou. Abração...

Espelho, espelho meu, existe alguém mais errado do que eu?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Quando o sol nascer...

Sinto muito, conterrâneos, mas devo admitir que devo fazer parte do 1% dos cariocas (chuto o percentual, obviamente) que está muito feliz pelo fim do horário de verão.

Ah, é tão bom voltar a acordar para trabalhar quando já é dia (ou quase)!!!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2006

O que eu quero no momento

Daí que resolvi abrir o verbo e, num arremedo de coragem tímida, disse que queria mais do que vinha tendo. Minha medida para saber quando é sério está relacionada à ânsia que dá quando o telefone toca, à carência que bate quando vão embora e por aí vai. Falei cheio de medo, pois tal sentimento a gente sempre tem quando pensa em entregar o coração de bandeja para alguém. Ou quando quer dar o primeiro passo para isso.

Mas não foi dessa vez.

E não bateu a baixa auto-estima velha de guerra que sempre rola quando tomo o fora. Não foi aquela coisa Oh-que-merda!-Sempre-que-me-interesso-por-alguém-é-isso. De alguma forma, a certeza que passei a ter de que sou bonito, interessante e de que valho o esforço não diminuiu. Só espero sinceramente que alguém de quem eu goste pense assim também num futuro não muito distante.

:-)

O engraçado é que também estou lidando com essa nova rejeição de maneira saudável. Não rolou vontade de sair trepando com meio mundo dessa vez. Muito pelo contrário: estou tão sossegado que até assusta.

A Fernanda diz que desse mato ainda sai cachorro pela relação amistosa que criei com o cara, mas ela já disse isso outras vezes sobre outros caras. Ela sempre tem a fé de que um dia eu vou namorar e de que vamos fazer programa de casal com nossos respectivos bofes.

Eu não penso nisso. O que não sai da cabeça é que, Ok, minha auto-estima não saiu abalada e estou lidando com as coisas de maneira mais saudável, mas isso não significa que doa menos. E era só isso o que eu queria no momento.

Dulce Veiga em crise existencial

Dulce Veiga (meu PC) resolveu parar de funcionar de vez. Justamente quando tô sem grana para pagar técnico, justamente quando tenho um monte de coisas para contar sobre as minhas DR`s com o Dono, justamente após eu me comprometer com o grande gasto que é obter uma máquina de lavar.

Assim que der, volto a postar pelo laptop do Gui.

See ya.

domingo, 12 de fevereiro de 2006

OPS!

Esse blog tá tão capenga que nem seu dono lhe dá muita importância ultimamente. Acabei de lembrar que, no dia 10 de fevereiro, ele fez dois anos de existência. Feliz aniversário atrasado, blog! Espero que você perdoe este proprietário desnaturado!

Eu, alunos e BBB

Acho que comentei por aqui ano passado que meus alunos diziam que eu me parecia com o Jean do BBB e ficavam rindo entre si. Coisa de 5a. série, sabe? Era óbvio que o que eles estavam querendo me dizer que sacaram minha viadagem. E o parecer-se com o Jean seria ter a mesma opção sexual que a dele. E eu devo me assemelhar mesmo um tanto com o cara no que se refere ao jeito, sei lá.

Nesse ano, está rolando algo parecido. Dirreram-me parecido com o Carlão. Tremi, pois pensei que eles se referiam ao ex-monge-que-jura-que-não-é-viado. Depois saquei que não: Carlão é o gostosinho careca.

Fiquei feliz. Aliás, bem mais do que no ano passado. Nada contra o Jean, muito pelo contrário, mas ele é feio que dói! E o careca é tão delicioso!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Nunca deixaremos de ser atores

Uma vez a Roberta disse para mim e para a Malu que nunca deixaríamos de ser atores. Não que um dia eu realmente tenha sido, entenda bem. Foi teatro amador... Tudo bem que era meu sonho de adolescência e tal, mas tomei outro caminho.

Eu tenho saudades da Roberta e da Malu. Por que não convivemos mais como antes? Por que acabei-me afastando delas? Por que acabei-me afastando de tanta gente?

Mas não é sobre isso que quero falar. A afirmação da minha amiga surgiu na cabeça hoje, meio de repente, durante uma aula. O interessante foi perceber que tal idéia voltava e voltava...

Em que contexto tal frase foi dita? Se não me engano, algum de nós contava uma história com bastantes gestos e imitações-quase-perfeitas-dos-envolvidos-nela. Ríamos por causa de detalhes tão peculiares. E foi então que ela surgiu:

Nunca deixaremos de ser atores, não é?

Hoje sou professor, A Roberta trabalha com vendas e está bem-sucedida (só não sei exatamente o que faz), já a Malu... Essa, sim, não tem dúvidas quanto à pergunta acima feita. Ela é atriz mesmo.

Como percebi a veracidade de tais palavras hoje pela primeira vez? Lia com a sétima série do Méier o conto Peru de natal, do Mário de Andrade. Como percebi a hesitação da maioria dos alunos ao pronunciar certos vocábulos que nunca usaram na vida (interessante como o moderno pode vir a ser um dia "obsoleto"), decidi ler eu mesmo alguns dos parágrafos, fazendo, assim, um revesamento com a turma. O lance foi que, do nada, eu não era mais somente o professor querendo dar uma dinâmica maior à aula. A partir de um instante que não sei precisar, comecei a interpretar o texto e pensar, caralho, como isso é lindo, caralho, como esse cara escrevia bem, caralho!

No momento em que a mãe se emociona com a celebração que o filho cria (ok, tem que ler o conto para entender, I'm sorry...), tive que parar e pedir para alguém ler, pois, se continuasse, não iria conseguir segurar as lágrimas.

O foda foi que eles perceberam. E riram. Que mico.

Mas por que falo disso? Penso que devo hoje me sentir um cara espontâneo e descontraído devido, em grande parte, ao teatro amador que fiz na adolescência. O problema é que, às vezes, aparecem pessoas que, sabe-se lá por que, conseguem fazer com que eu me sinta travado, sem palavras, tímido e cuidadoso com o que quero dizer e fazer.

Esse não sou eu, entende? Não sou assim!

Mas fico desse jeito com o Dono. Eu já tinha sacado e comentado com amigos. O foda é que ele também percebeu. E comentou comigo.

Eu quero que você seja você mesmo comigo, entende? Não tem que medir nada.

Por que após tantas coisas que me tornaram melhor (teatro, faculdade, trabalho, experiências sexuais, conquista de amizades, defesa de disertação, etc.), continuo sendo tão inseguro quando fico apaixonado e carente?

...

Para essa pergunta em particular, não tenho resposta.

Wally Fitness

Sim, tomei remédio de emagrecer.
Sim, fiz dieta.
Sim, perdi 7kg.
Sim, pretendo perder mais uns 5kg.
Sim, agora estou misturando tratamento ortomolecular natureba com endocrinologista junkie.

E seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

O André veio me dizer que eu estava muito passiva no último post.

Por que será que ele teve essa impressão?

Shame on me!

A propósito: o Dono ligou ontem de noite. Logo, o número dele voltou à agenda.

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Quarta-feira voltei a trabalhar, mas sabe como é. Demora pra entrar no ritmo... Eu tenho até medo daquela época do ano em que mal tenho vida própria e direito aos finais de semana. Por isso, aproveitei os três dias sem aluno para fazer aquilo a que realmente eles se propõem: porra nenhuma.

Na sexta, o carinha de quem ando a fim e que sei que não vai dar em nada (mais conhecido como Meu Dono) ligou depois que passei um torpedo. A Fernanda ficou me incentivando, dizendo que eu não tinha nada a perder, que era pra me jogar, que, se eu não parasse de querer ser a diva cultuada e flertada pelos caras, nunca conseguiria construir um relacionamento. Enfim, deu-me um esporro. E o cara parecia bastante carinhoso e fofo. Fiquei feliz pacas. Rolou a possibilidade de a gente se encontrar no sábado, o que me animou.

Por que a gente é assim?

É claro que a gente não se viu no sábado. Deu uma desculpa esfarrapada. Fiquei com ódio de ter dado ouvidos à Fernanda... Eu sou inseguro. Dificilmente vou me jogar em cima de um cara se eu não sacar que o que tá rolando comigo tá rolando, também, com ele... E o Dono já deu toda a letra de que é só sexo. Tem uma mensagem oculta em tudo o que ele fala que me diz isso. É foda.

Essa certeza fez eu me emocionar talvez mais do que deveria com o Brokeback Mountain. O filme é muito deprê, muito fim da linha (ou seja: lindo) e eu fiquei morrendo de inveja daqueles caubóis que sabiam exatamente que o que quer que sentiam um pelo outro era correspondido no mesmo nível.

Humpf.

Mas, apesar dos insights buadas, das músicas-feitas-para-serem-ouvidas-enquanto-cortamos-os-pulsos serem a minha trilha sonora atual e da choradeira que rola de vez em quando, o FDS foi bom. Encontrei por acaso com a Patrícia e com a Ana Paula na sexta e sábado fui encontrar com os amigos para comemorar o aniversário do Cramus. Ambas as coisas aconteceram na Lapa. E, depois de um tempo de abstinência, tomei cerveja: esse líquido divino.

Amanhã já tem aluno. A correria começa de novo. Loucura mesmo. Ainda bem que esse ano é cheio de feriado! Trabalho faz a gente esquecer os bofes que desprezam a gente. E só por precaução, deletei todos os registros de chamadas que fiz ao Dono do celular, assim como o número dele da agenda. Sabe como é. Não confio em mim mesmo o suficiente para não ligar mais.

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Buada idiota

A paixãozinha que eu sei que não vai dar em nada ligou. Tem saudades, quer me ver, quer me foder.

O lance é esse: FODER.

Desculpe o vocabulário de baixo escalão, mas a gente tem que dar os nomes aos bois.

Pois eu estou apaixonadim e não resisto porque foder com ele é bom e eu quero. O problema é que é só com ele que eu ando querendo foder! E isso tem que significar alguma coisa!

E sou um idiota mesmo, porque fiquei TÃO FELIZ pela ligação!

Bah!

(Mal vejo a hora de chegar amanhã, quando ele vem)

PS: a repetição excessiva do vocábulo FODER é intencional.

O grande baile

Penúltimo dia de férias. Descobri que a Orquestra Imperial iria começar os bailes pré-carnavalescos no Circo Voador. Uma coisa agora ou nunca, pois semana que vem já haverá aulas e todos sabem que eu tenho que acordar quando ainda é noite!



E dá-lhe convocar amigos e amigas para o evento. Só a Clélia topou, o que foi muito legal, já que a gente tem andado afastado pelas correrias da vida. Tão bom botar o papo em dia: coisas acadêmicas, novidades sexuais, as relações com os bofes... Eu adoro essa amiga. :-)

Sentia a necessidade de me jogar, sabe? Então, a partir do momento em que o DJ Malboro começou a tocar aqueles funks antigos da época em que eu ainda era adolescrente até o final do baile promovido pela grande orquestra, esqueci do mundo e só quis dançar.

Ok, eu e Clélia inventamos umas coreografias beeem cafonas e chegamos a ser seguidos por um bando de patys bêbadas.

Certa hora, ouvi uma delas comentar com a outra quando inventei mais um passo brega novo:

A bicha é criativa!!!

Adoroooooooooo!

Olha, fazia tempo que eu não chegava com a roupa tão encharcada de suor em casa pelo simples fato de ter me jogado loucamente no samba. Lembrei dos carnavais de quando eu tinha uns 14-17 anos e fiquei feliz.

:-)