terça-feira, 20 de novembro de 2007

Então estou quetinho.

Desde o último namorico, passei a ficar mais tranqüilo com relação aos caras. Incrível como existe uma lei de Murphy maluca, daquelas que diz que só vão querer namorar com você quando esse comprometimento de sua alma estará impossível de ocorrer...

Tenho saído de vez em quando, sempre rola uma boquinha para beijar, mas não me dá vontade de ir além disso: boquinhas e uma excitaçãozinha para curtir um pouco a noite sem muitas emoções.

Depois de tanta coisa à flor da pele, acho natural buscar instintivamente a quietude.

E tem o fim do ano, o monte de provas, a culpa por não corrigi-las, e um monte, um monte de coisas mais importantes com as quais estou mais preocupado.

Ainda bem que já percebi que a vida é feita de fases e que todas elas passam. falo assim, pois estou tentando não começar a ficar desesperado com esse momento agora que paro para escrever sobre ele!
Estou blogando clandestinamente da casa de meu ex (Não falo para ele da existência de meu blog). Ele viajou e me deixou as chaves para resolução de coisas práticas. Como estou sem internet em casa, aproveito para atualizar meu espaço.

Vamos dividir apê juntos. Depois de muita DR, ficou decidido. Acho que encontrei um apê em Copa legal e vou botar a documentação lá amanhã.

Todos os meus amigos são contra, com exceção de Fernanda, que conheceu o carinha e toda a turma que nos acompanha e adorou tudo.

Engraçadas as relações intensas e meio loucas. Aprecio muito a companhia dele e sei que ele aprecia a minha. Já não há aquele tesão maluco, nem ciúme, nem carência. É bom ficar perto e pronto. Cada um sai, beija quem quer, é livre, mas tem sido escolha dos dois dormir juntos abraçados e fazendo carinho.

Se será regra isso lá no apê novo? Sei lá... Provavelmente não. Toda vez que se criou uma regra, ela foi desfeita. A única certeza é a de que a gente quer ficar perto.

E não está sendo fácil a idéia de não viver mais com o Gui... Mas acredito que eu e ele sabemos que tudo foi lindo e que ele sempre morará dentro do meu coração, mesmo que não dividamos mais o mesmo teto.
Beber e fumar um de vez em quando é muito bom. Ultimamente tenho feito isso com uma determinada freqüência e curto bastante.

Dá novas perspectivas, esquemas diferentes de raciocínio...

Entretanto, na ressaca do dia seguinte, sempre me passa pela cabeça que as pessoas que mais amo no mundo e que me acompanham nessas viagens são MUITO mais interessantes sóbrias.

Também devo ser...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Por que a busca meio maluca pela destruição?

Acho que, mesmo não encontrando a resposta, entendi o mecanismo inconsciente.

Nada de culpa e medo onde deveria haver satisfação e relaxamento: minha consciência pede outra coisa.

Rezo para que tudo esteja bem e vivo um dia de cada vez contendo os vícios.

Que assim seja.
Relendo meu post de poucos minutos atrás, não consigo deixar de registrar: apesar de toda neura, esse ano tem sido muito mais maduro que os demais em termos de relações... Digo isso porque consigo parar e percebê-las reais, mesmo que loucas, mesmo que equivocadas, mesmo que doídas, mesmo que interrompidas bruscamente: elas existiram de fato. Concretas, palpáveis, memoráveis.

Não faz muito tempo, o que havia eram platonices e encontros anônimos de sexo. Essas coisas não servem mais.

Interessante, não?
Mais um cara na jogada. Uma coisa engraçada essa que está acontecendo: amigo daquele ex que foi embora pra Inglaterra no início do ano. Já tinha teclado com ele antes em chats de internet, nada havia acontecido. Reconheci-o na hora ao nos encontramos pela primeira vez na praia, quando estava acompanhado do Fernando. Sensação esquisita descobrir que um quase-peguete é amigo do atual namorado!

Daí que, recentemente, estava eu andando de bike pelo aterro e cruzei com ele. Aquela coisa: como você tá, quer tomar um café lá em casa?

Que algo fique registrado: quando um cara te olha de determinado jeito e te chama pra "tomar café" na casa dele, a última intenção que tem é te servir essa deliciosa bebida. Saquei isso na hora e fiquei excitado. Só que estava totalmente tomado pela minha paixão louca e acabou rolando o café mesmo e muito papo sobre relacionamentos.

E agora estamos nos vendo. O bacana é que ele sabe das minhas coisas, dos meus vínculos e, por isso, entende e respeita. Bacana encontrar alguém maduro e seguro o suficiente pra não fazer pressão (coisa que nem eu sou capaz de fazer, como qualquer um que lê meu blog sabe) e talvez seja por isso mesmo que estou tão tranqüilo, aproveitando esse lance legal que começa e desencanando um pouco das confusões que meu coração e minha cabeça aprontam comigo.
Odeio essa época do ano: cheia de incertezas... As escolas vivem em crise. Povo imbecil que não faz nada para captar novos alunos. Ficamos sempre dependentes dos que já estudam lá e, se não renovam a matrícula, fica aquele desespero. Obviamente, a culpa é sempre do professor.

Nessa conjuntura, penso: o que será de minha carga horária? O que será do meu emprego? Terei que voltar para a casa de meus pais?

Estou distribuindo CV's por aí. Cruzemos os dedos.

sábado, 27 de outubro de 2007

Hoje de madrugada, bêbado, ele disse que me amava. E eu disse, sóbrio, que o amava também.

Isso pelo MSN.

Nossos estados dizem muito sobre quem somos e sobre como estamos em lugares diferentes na vida agora.

Não temos ficado. Concordamos que o melhor é segurar a onda. O bom é que não estou ansioso nem desesperado por causa disso: o dia está lindo depois de tanta chuva, a Elisa está na cidade e vou passear com ela e com o seu namorado (quero dar um mergulho no mar, pelo amor de Deus!). Aguardo a ligação dela para poder sair enquanto blogo e ouço Strokes.

Feliz.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ok, mais uma reviravolta nas coisas. Minha vida tem sido uma montanha-russa emocional... Não gosto muito disso, mas estamos aí. Terminei com o carinha-namorado-ideal. Não batia bem ficar com ele jogando-o para segundo plano, pensando no outro. Enfim, eu não estava ali de verdade e isso já me fazia sentir que o certo era cair fora.

No mais, não saí correndo atrás do outro, apesar de ter falado com ele. Não senti vontade.

Quis vir pra casa chorar um pouco o fracasso, fazer um café, preparar um mate, lavar a roupa, cuidar da louça, corrigir umas provas, ver um pouco de Sex and the city... definitivamente, o desejo era de ficar sozinho. Engraçado, não é? Quando o-que-me-deixa-doido (ou deixava, pelo menos por hoje) me deu o chute, fiquei desesperado sem agüentar a solidão. Hoje, foi exatamente a solidão o que mais busquei. Melhor. Quero ficar bem comigo mesmo sem muita gente por perto por enquanto.

No fim das contas, percebo minhas falhas nas duas relações e tento anotar direito para não errar de novo. Para o primeiro (o-que-me-deixa-ou-deixava-doido), entreguei-me de bandeja: sem limites, sem restrições, esquecendo-me de mim, das minhas coisas, do meu mundo. Para o outro (o-namorado-ideal), apresentei-me pela metade: a outra parte ainda não havia se desligado inteiramente do acenteceu anteriormente.

O que quero agora? Achar o equilíbrio. Gastar o que posso de verdade, cuidar do meu trabalho, fazer com que as relações amorosas não parem o resto da minha vida, nem vice-versa. Sou muito oito ou oitenta: já me joguei de cabeça demais por causa de paixões e já vivi períodos gigantescos de abstinência afetivo-sexual. Tenho que achar a medida. Vou achar a medida.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Um dia de cada vez... Depois de identificar, ou melhor, realmente assumir o mal que minhas falhas me causam, comecei a agir...

Primeira coisa: estabelecer prioridades. Eu quero tudo, mas o que é mais importante?

No que se refere à grana, é imprescindível que eu continue sendo capaz de viver sozinho e onde moro. Logo, sempre que pensar em comprar qualquer coisa, vou refletir sobre o quanto pode me atrapalhar nesse objetivo.

Acho que o trabalho é o mais difícil. Tenho que entrar nos eixos com as correções... Comecei levemente a pôr as coisas em dia, mas reconheço que tenho muito a fazer ainda. Pelo menos, estou mais concentrado naquela postura de educador incisivo, que está sempre disposto a dar broncas, ensinar, cobrar, brincar, estabelecer relações e por aí vai. Sala de aula é uma delícia...

Quanto aos carinhas... O namorado-ideal está por aqui ainda... Com o que me oferece: tranqüilidade, equilíbrio, DVD's assistidos enquanto estamos abraçados na cama, jantares, certezas, etc. Já O-que-me-deixa-doido não sai: não consigo... Gosto dele por perto. Combinamos de tentar ser amigos e deixar o sexo de fora. Vai ser foda, pois só de pensar nele, meu pau sobe, mas só de ver sua pronta disposição para minha proposta, já fiquei meio comovido. Apesar de tudo, a gente se gosta e isso vale a tentativa...

Um dia, vou lembrar dessa fase da minha vida com orgulho dos vícios e falhas que superei.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ontem a análise foi hardcore. Saí chorando do consultório: percebendo um monte de merdas que eu faço. Os meus comportamentos na vida sentimental não são muito diferentes dos que tenho no trabalho, com dinheiro, com tudo. Quero tudo a qualquer preço. Quero por que quero e pouco me importa se vou me machucar, ficar duro ou queimado. Faço e pronto: uma criança mimada. A consciência, eu consegui. A grande pergunta é: o que fazer com isso?

São tantas dificuldades aparentemente tão difíceis de superar!

Acho que a única questão que parece certa no momento se refere aos meus amigos. E o mais próximo deles está para se mudar de cidade. Caramba, nem consigo imaginar minha vida sem ele por aqui!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Já havia algum tempo que estávamos-nos falando amigavelmente pelo MSN e trocando alguns e-mails sobre coisas que tínhamos que resolver.

Ele voltou ontem com aquele papo de morarmos juntos, sempre se esquivando de me dar o que preciso de uma relação.

E eu, babaca, fiquei excitado, tentado, devaneando... Vivo pensando nele, sonhando, batendo punheta em sua homenagem... Fiquei feliz por ele também pensar em mim.

Por que sou tão imbecil?????

E, por algumas boas horas, deixei de lado mais uma vez o cara que está comigo agora, de quem eu gosto sem doideira e desespero, que me oferece o que preciso e se importa comigo: o cara com quem realmente dá para construir uma vida. Agi como se pudesse dispor dele como coisa que se tem quando se precisa.

Encarar as próprias falhas e merdas é meio foda, mas assumo e tento lidar com isso de maneira digna.

Mas foram apenas algumas horas... Foi só pensamento... Sinto-me ridículo, mas algum progresso hei de reconhecer que consegui conquistar.

Todos falam mal de Pitty, mas gosto muito dela. Aquela musiquinha Na sua estante vive tocando aqui no meu Media Player e diz tanto sobre o que sinto agora...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Raspas e restos me interessam

Ao que parece, o som que era do quarto do meu irmão não chegou até hoje porque ele, num acesso de fúria, deu um murro no aparelho e o quebrou. Está sendo ajeitado. Ele vai pagar as despesas...

Aguardo ansiosamente...

Ele também engordou deveras. Pulou do manequim 38 para o 44. Eu fiz o processo inverso há quase dois anos... Daí que hoje eu e minha mãe fizemos uma triagem das roupas dele e ESTOU COM UM GUARDA-ROUPA QUASE NOVO! Duas calças, seis bermudas! Só dá Osklen e Redley... Um patrimônio de quase R$1.000,00 com certeza!! Estou tão feliz! Radiante!

Ai, como sou pobre!
Minha psicóloga é lacaniana. Eles têm uma atitude diferente com o tempo. Dizem que quando às vezes chegamos no essencial, não é mais necessário permanecer no consultório. Deve ser a terceira consulta seguida que ela me dispensa meia hora depois que cheguei.

Ou eu sou muito rápido para chegar ao essencial do meu problema, ou ela me detesta, fica de saco cheio da minha cara. Por que nunca demora duas horas para ela me dispensar, já que o tempo é relativo? Será que está me ajudando? Duzentos reais a menos por mês me fazem pensar bastante.

Esse deve ser o meu questionamento inicial semana que vem!

Está fazendo sol. Quero ir à praia no final de semana!!!!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Pouca ação. Foi o que pratiquei nos últimos dias. Uma tarde e uma noite de segunda totalmente devotadas a Sex and the city... Uma tarde de terça desperdiçada em pensamentos e em internet. À noite, um estalo bateu e comecei a corrigir provas alucinadamente.

O carinha estava gripado e queria cuidados. Falou a palavra-chave para mim. Saí e fui para lá. Noite calma, gostosa, tranqüila.

É disso que ando precisando, sabe?

E também de foco. A vida ficou em suspenso. Por que permiti que isso acontecesse? Hoje recebi puxões de orelha no trabalho. Absurdo deixar as coisas chegarem a esse ponto.

Então decidi que é tempo de pôr a dor-de-cotovelo de lado. Ela que vá para o quinto dos infernos. Como diz a Fernanda, sou uma pessoa que se permite errar. Perdôo-me por tudo e prometo ao menos tentar não cometer os mesmos vacilos.

Tem um cara muito chato aqui em casa ajeitando o aquecedor que pifou. Entrei no banheiro, tranquei a porta e ele ficou batendo. QUE MALA, SE MANCA! Só estou esperando ele ir embora para dar uma volda de bike e dar um alô para o bom da vida novamente.

Mais tarde, análise. Acho que vai bombar!

É isso.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Final de semana é sempre pior para a minha dor de cotovelo. Sexta foi um dia horrível. Fiquei até tarde no Recreio, choveu torrencialmente e, dentro da van, indo para casa, o desespero bateu novamente. O que Cramus e Fernanda haviam previsto quando briguei com ELE terminando tudo aconteceu: mandei torpedo carente de novo, liguei repetidamente. Nenhuma resposta. Mandei outra mensagem dizendo para ignorar as ligações e o torpedo: momento de fraqueza.

VEXAME!

Algumas horas depois, passada a tempestade, no sentido literal e figurado da palavra, mandei mais um torpedo. Desta vez para o carinha-namorado-ideal que eu larguei para correr atrás DELE de novo:

Podemos continuar de onde paramos?

Nenhuma resposta.

Carências, desespero, solidão, tristeza, choro.

Caralho, que turbilhão emocional eu me tornei novamente!!!

Acordei bem no sábado. Ouvindo Smiths, ouvindo Cardigans, cantando na rua, indo para a maldita feira cultural na escola. No meio do caminho, subindo a Niemeyer, a resposta do carinha-namorado-ideal:

Vamos ao cinema mais tarde?

Ele nunca me desapontou. Nesse um mês de relação inda e vinda.

Meu Deus, como as coisas estão intensas para mim, olha só o que acabei de escrever! Foi o que realmente senti! Como alguém pode ou não me decepcionar em um mês?!

Furei com a Renata, a tal da festa para a qual estava louco para ir não teve a minha presença. O carinha merecia, valia a pena. Não teve cinema. Ele chegou quando eu estava saindo do banho. Foi meio erótico demais ficar pelado me enxugando na frente dele depois de tanto tempo: acabamos transando aqui mesmo, depois assistindo a reprise do final da novela e depois pedindo um China in Box para comer na cama.

Domingo bateu culpa. Aquilo não tinha sido jeito de romper: briga, exclusão do Orkut... Coisa feia... Escrevi um email exlicando meus motivos, dizendo as coisas que me incomodavam, abrindo meu coração. Depois passei o dia com o carinha-namorado-ideal doido para ver se havia alguma resposta.

Sou uma pessoa horrível.

Cheguei à noite em casa. A resposta estava lá. Argumentos claros, bem construídos. A postura do não-compromisso mantida, o respeito presente, tudo certo. Não cedeu um milímetro. Nem pediu que eu cedesse.

Então é isso: acabou mesmo. Ponto final. Só que digno, acho. Talvez um dia sejamos amigos, tomara.

E vejamos se o final de semana que vem será mais calmo. E deixemos o carinha-namorado-ideal entrar direito na minha vida e dizer a que veio.

Amanhã é outro dia!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Por qualquer coisa que aconteça, eu caio no choro.

É muito ruim ficar sensível assim. Ter investido um monte de coisas em quem não está nem aí.

O foda é isso: sofrer por quem não merece.

Quero tanto que isso passe, que eu lembre desses dias somente com uma certa vergonhazinha de mim mesmo...

:-(

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Para que fique registrado, Onde andará Dulce Veiga?, o filme, é uma MERDA! Movimentei todos os meus amigos em torno da adaptação do livro do Caio, até levei o Roberto, como despedida do Rio de Janeiro, num dia chuvoso, para assistir a uma sessão. Fiquei arrependido pela perda de tempo e constrangido por ter anunciado que só poderia ter sido uma obra muito boa.

Só para ter uma noção, eu, o cara que provavelmente mais leu esse livro no mundo, simplesmente dormi boa parte do filme!

Ódio, muito ódio!
Ele viajou a semana inteira, voltou por dois dias para a cidade e me procurou só no segundo, como amigo, para resolvermos uma coisa de trabalho. Depois foi pra serra novamente e não ligou, nem mandou torpedo, nada.

Isso depois de ter me chamado para ir morar com ele.

Difícil manter uma relação com quem age de uma forma e propõe outra, ou vice-versa. Não afirma nada, mantém determinadas posturas, sempre muda e, quando cobrado, diz cinicamente:

Não sou seu namorado.

Pois agora chega: não é meu namorado, então não é porra nenhuma. VAI SE FODER.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Meu irmão também decidiu sair de casa. Alugou um apê aqui pertinho, na Glória, rua do Russel.

Ele está cheio da grana, ganhando bem à beça. Papai disse que comprou TV bacana, sofá-cama legal, geladeira, home theater e os cambau.

O som JVC do quarto dele foi esnobado. Reinvidiquei-o para mim e vou recebê-lo amanhã.

Estou muito, muito feliz!

Ai, como sou pobre!

domingo, 16 de setembro de 2007

Como é esquisito estar em situações das quais quero desesperadamente sair, mas que aparentemente corro, também desesperadamente, para nelas adentrar.

O fim de semana foi bom, mas acho que me maltratei diversas vezes.

Gasto muito com o que não posso e fico ferrado. É prazeiroso e torturante ao mesmo tempo.

Amo meu trabalho, mas ele não me paga o suficiente, e não me dedico tanto quanto deveria a ele. Contraditório...

Tenho bastante tempo livre para malhar, foder, viver. Em contrapartida, falta dinheiro.

Estou numa relação incrivelmente satisfatória no quesito sexual, mas também muito frustrante no que se refere à questão sentimental.

Sempre tem um quê de muito bom e de muito ruim nas coisas mais significativas da vida, como se não pudesse viver sem um mínimo de tortura. Parece que o sofrimento é exigência inconsciente minha.

Sinto-me uma criança mimada que vai atrás do que quer, sem medir conseqüências, sem pensar no amanhã, só no meu bem-estar imediato. Parece uma fuga de algo que não sei exatamente discernir o que é.

Essa é a minha versão após análise, coisa maluca que está-me fazendo enxergar sob outra perspectiva coisas que sempre estiveram bem na minha frente, mas que nunca tiveram a merecida atenção. O processo está sendo dolorido e sofrido. Talvez seja por isso mesmo eu esteja gostando (afinal, de que sou masoquista não resta dúvida alguma). Entretanto, ele tem sido inverso, não? primeiro dor e, só então, o prazer de ter conseguido ir para um ponto de maior prazer.

Ou pelo menos espero com todas as minhas forças.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Estava conhecendo um carinha. O namorado ideal: atencioso, gostoso, seguro, a fim de mim.

Mas ele apareceu de novo e fiquei de cabeça virada. Estraguei tudo. Terminei com o carinha, fiquei frágil de novo, chorei, me desesperei. FODA!

Será que vale tudo isso? Tudo bem que eu tô apaixonado e faço loucuras, mas decidi que preciso encontrar um ponto de equilíbrio. Chega de ser esse cara complicado que toma decisões drásticas e perde pessoas, chega de me colocar tão inseguro nas relações que mais parecem importar, chega de pôr de lado as minhas necessidades em detrimento das dos outros, CHEGA!

Fui hoje ao meu primeiro encontro com a terapeuta. Sensação desconfortável de ficar me desnudando para uma desconhecida que deve estar fazendo julgamentos a meu respeito... Mas também esquisito como alguém que nunca vi me faz chegar à conclusão que meus amigos tentam me fazer enxergar, sem conseguir, há tempos, a de que existem algumas expressões que definem essa relação que me detonou tanto:

Entrega
Suscetibilidade
Manipulação
Sensação de não saber o que fazer

Pois é, né? Parece que aquele papo de emagrecer, recuperar a auto-estima e blábláblá era só maquiagem. O problema continua aqui: hora de resolver!

PS: e que Deus me ajude a pagar isso tudo!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Hoje fui falar com a professora de teatro da escola. Perguntar se havia algum jeito de eu fazer teatro amador por aí, em alguma companhia. Ela disse que é claro que sim!

Sei lá por que me deu essa vontade de repente (foi de repente mesmo?). Estou meio de saco cheio do trabalho: um monte de cobranças e exigências, as férias até hoje não pagas, o 13o. que com certeza não sairá no tempo certo, o salário que não é lá essas coisas mesmo... Enfim, deu vontade de atuar pelo simples prazer de realizar algo belo, por que eu preciso de um aplauso de vez em quando, pela viagem que deve ser experimentar emoções malucas sem, necessariamente, estar sentindo qualquer uma delas.

Crise pouca é bobagem

E dá-lhe Alanis bombando no meu playlist!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Será que enferrujei? Tenho achado que esotu escrevendo tão mal ultimamente...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Adoro ir ao dentista. Sempre que um deles olha a minha boca, exclama, impressionado, e comenta sobre a lindeza que são meus dentes nunca careados e obturados. Comentam, também, que não há nada a fazer senão a limpeza de praxe e a remoção de alguns poucos tártaros.

Tenho muito orgulho dos meus dentes. E vou cuidar melhor deles. Parece que mordo errado, por isso tenho que usar aparelho. Decidi que vou fazer isso o mais rápido possível. O único terror é pensar em tirar aquele maldito siso incluso que sempre fiz questão de fingir que não existia.

Medo.

Estou saindo com um cara. Tinha pensado que seria impossível algo assim, mas tá rolando... Devagar e calmamente. Está bem legal. Nesse meio tempo, encontrei com ELE de novo. Fomos à praia juntos ontem. Foi bem legal não ficar ansioso, nem desesperado, nem inseguro ou nervoso como vinha ficando no final. Realmente, parar tudo foi a melhor coisa, por mais sofrido que tenha sido. Alguma coisa havia de errado. Esquisito... De repente você encontra alguém por quem tem o maior tesão, de quem gosta, por quem sente admiração... Tudo junto e, de uma forma surpreendente, recebe tudo de volta. Só que num momento intangível, as coisas fogem ao controle e ficam estranhas. É triste passar por isso, mas por outro lado é bom ver que a relação pode tomar outros caminhos...

Um dia de cada vez, não é?

Bom, vou dormir. Está tarde.

domingo, 19 de agosto de 2007

Eu tenho um certo gosto por artistas que se entregam de corpo e alma às obras. Uma coisa meio visceral: Caio Fernando Abreu, Cazuza, Clarice Lispector...

E essa caractarística foi a que mais me fez ficar apaixonado pelo primeiro disco da Alanis Morissette: é tão verdadeiro, sincero, intenso!

Acredito que certas obras merecem um determinado estado de espírito suscetível a elas para que sejam aceitas pelos seus apreciadores. Deve ser o caso, afinal, foram mais de 10 anos para eu parar e prestar atenção no tal Jagged Little Pill.
Acho que estou meio viciado. Exercícios físicos podem se tornar como uma droga? Li algo sobre isso: a pessoa fica viciada em malhar e tal, numas de atingir o corpo perfeito. Porém, sei que não é o caso. Estou bem contente com a minha forma. É mais uma coisa para ficar feliz.

Ultimamente eu sempre tenho acordado meio triste e melancólico. Sejamos sinceros, é foda enfrentar as próprias falhas tão de frente, e eu sempre faço isso. Não sou muito de tampar o sol com a peneira. Pode ser até auto-tortura... Tenho um histórico de baixa auto-estima gravíssimo.

Só que eu chego da escola, está fazendo aquele dia lindo, a tristeza bate um pouco e a bicicleta me encara e diz: posso te fazer feliz. E eu aceito.

Ontem pedalei o dia inteiro. Depois fui encontrar a Clélia para aprender a andar de patins. Nesses momentos, volto a me sentir vivo.

Antigamente, quando estava triste, eu gostava de voltar a me sentir vivo fazendo um monte de sexo. Algo mudou.

sábado, 11 de agosto de 2007

Marcus viajou; Gui viajou; Fernanda descaradamente diz que não pode atender minhas ligações, pois quer saber o que vai acontecer com Harry Potter; André não atende em casa, celular fora de área; Clélia tinha festa DDK, alguma coisa sobre divulgar uma roupa que ela bola e a mãe costura; Patrícia e Ana Paula já não moram mais na cidade para eu ligar e chamar para a Lapa; Isaías está no Alagoas para o dia dos pais.

Sexo não está rolando. De repente, meu tesão acabou. Nem tento forçar a barra com ninguém mais: muito constrangedor... Não preciso passar por isso.

É algum tipo de complô? Alguma armação do destino para me deixar completamente só? Tratamento de choque do tipo: fique sozinho e encare o que você anda fazendo da sua vida sem anestésicos, sem consolo, sem carinho?

Ok, aceito o desafio. Acordo cedo, encaro o dia lindo, faço um café, como uns biscoitos, arrumo a cama, raspo a cabeça, malho, almoço, pego a bike e saio por aí. Uma coisa meio Forrest Gump: Cheguei ao Leme, devo seguir até o Forte de Copacabana? Cheguei ao Forte, devo ir a Ipanema? Chego a Ipa, devo encarar o final do Leblon de frente? Volto, fico ou não sozinho na praia? Sento na canga, tomo uma Coca Light e penso.

O que tenho no momento? a dor de um pé na bunda depois de muita baixa auto-estima e insegurança, uma fatura de cartão de crédito que não posso pagar sem me endividar por mais um ano, a consciência de que o papo de "poucos amigos me bastam" não está me levando muito longe, a percepção de que tem faltado paixão na minha relação com o trabalho...

Tudo me soa familiar: quanto mais as coisas mudam, mais continuam as mesmas? É necessária uma situação de isolamento forçada pela vida para perceber que tenho andado em círculos há muito tempo? Rodo, rodo, rodo e me encontro sempre onde estou agora! Cacete!

Há lado bom?

Bem, estou escrevendo... Fazia tempo que não queria parar para refletir sobre nada. Agora acho muito necessário.

O mundo anda tão complicado... Acho que vou fazer terapia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Por que não pára de doer?

:-(
Para tentar aliviar um pouco a dor, tenho me jogado em um monte de sexo vazio e sem compromisso, tenho procurado o mais que posso os amigos, tenho malhado e trabalhado muito.

Mas é de manhã cedo que me lembro, sem vergonha de ser sentimental, de quando era bom e choro pelo quanto ficou esquisito depois.

Ele disse, no sábado, que não era para pensar assim, que a gente não havia perdido nada, mas sim, ganhado um ao outro como amigo. Não é isso o que sinto. E fico pensando: será que vale a pena? Já fui amigo de gente em quem investia emocionalmente: isso não foi legal.

:-(

domingo, 5 de agosto de 2007

Sempre vivi bem na minha solidão. Na verdade, até tinha muito orgulho disso: uma pessoa que não precisava de ninguém. Poucos amigos (para que tantos?), silêncio, passeios solitários. Coisas boas que me faziam enxergar dentro de mim.

Só que de repente encontrei um companheiro do tipo ideal: adorava praia de manhã, caminhadas, boates de música eletrônica, coisas assim. Para potencializar o prazer que seu "estar junto" me proporcionava, o sexo era ótimo e nunca recebi tanto carinho na vida.

Sabe aquele ditado que diz algo do tipo "pobre quando come se lambuza"?

Pois é, comecei a me lambuzar.

E num espaço de tempo que, para mim, foi absolutamente repentino, o sexo praticamente acabou, a companhia não me passava a sensação de segurança de antes e um medo terrível de perder aquela conquista que nem esperava mais um dia conseguir se apoderou de mim.

As coisas só pioraram. E, sim, não poderiam ter outro final além deste: acabou.

Agora estou aqui na minha antiga solidão. Um amigo indo trabalhar, outro com compromisso com namorado, outra provavelmente dormindo. Faz sol, quero ir à praia e perdi meu companheiro.

E só o que consigo fazer direito é chorar.

:-(

domingo, 29 de julho de 2007

O que faz duas pessoas se tornarem companheiras? O tesão? A exclusividade? O projeto de vida? Os objetivos em comum?

Sempre fui partidário da idéia de que as pessoas ficam juntas, basicamente, por que estão a fim disso. Em tanto tempo de espera, de anseio para que algo assim acontecesse comigo, desejava ardentemente algo simples: alguém interessado em ficar comigo não importasse o que acontecesse.

E acho que encontrei.

O problema tem sido que mais uma vez estou me tornando uma vítima dessa armadilha chamada amor romântico: a idéia de que as pessoas devem estar dispostas a se sacrificarem por nós, a morrerem por nós, a se tornarem propriedades nossas. Até onde isso me levou até hoje? Por que a teoria não se aplica à prática?

Ele trepou com outro cara num dia. Não inventou desculpa esfarrapada para se explicar nem pediu perdão. Foi bem claro: trepei por que deu tesão, aquela coisa doida que dá na gente. Daí fui e fiz. Isso não diminui a vontade de passar os finais de semana com você ou de foder com você ou de ficar na cama de carinho. Sacou?

Não, não saquei. E, bêbado, cheio de ciúme, raiva e insegurança, beijei outro cara na casa dele, na cara dele, na frente dos amigos dele.

E ele ainda está comigo. Lavou a cara da vergonha e me levou junto a mais um encontro com aqueles mesmos amigos e continua disposto a ficar comigo, apesar de minha insegurança e ansiedade saírem emanando como energia negativa através de meus poros, apesar do clima pesado que se estabeleceu entre nós desde que tudo começou a "dar errado".

Ainda quero ficar com ele. Ele ainda quer ficar comigo. Então, pergunto-me:

Por que você não relaxa e aproveita, seu babaca?!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

No início tudo eram flores. Torpedos o dia inteiro, muito carinho, sexo e companheirismo.

Até que um dia tudo pareceu muito estranho. Uma discussão sem sentido, umas frases mal dadas e uma camisinha descoberta no banheiro dele. A conversa? algo sobre "estamos ficando muito juntos, seria bom dar uma diminuída, às vezes me dá vontade de transar com outras pessoas. E transei."

Como assim?

Homens se entendem. Resolvi levar fé e acreditar que não era nada demais.

Só que sábado houve uma festa na casa dele. Bebi todas. Beijei várias e várias vezes um "amigo" dele na frente de todo mundo.

Ele me diz que esse foi o grande problema. Tê-lo exposto dessa forma.

Fudeu. Com "u" mesmo.

Não sei... Ou sei e não quero admitir que sei no que vai dar isso tudo.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Um dos piores lugares para saber que o pai de uma amiga de quem se gosta muito faleceu é no trem direto à Santa Cruz às 18h35min. A pessoa te dá a notícia e você fica: "Hein?!", "O que você disse mesmo?", até que a ficha cai e nem dá para falar nada direito, a não ser o "sinto muito, conta comigo para o que precisar" e depois ficar lá, no vagão lotado com os olhos cheios de lágrimas sentindo aquela dor pelo outro que, na verdade, é dor por si mesmo.

Que coisa estranha é a morte. Que coisa terrível é saber que ela existe e que é a única certeza de que temos na vida. Que coisa maldita é essa dor que sentimos quando alguém se vai e esse medo que temos de que ela se aproxime de nós. E que coisa chata é ter que ficar, emocionado, refletindo sobre tudo isso sem a menor privacidade num trem urbano lotado.
É deprimente e, ao mesmo tempo, bastante divertido pegar o metrô no Largo do Machado às 18h e ver o quanto podemos nos espremer como sardinha até a Central e, lá, sair no meio daquela verdadeira manada desesperada correndo para fazer a integração com o trem direto a Santa Cruz, sem antes deixar de passar pela imensa disputa violenta e acirrada que ocorre sempre que as portas dos vagões se abrem.

O melhor de tudo mesmo é fazer o trajeto Largo do Machado-Realengo em 45 minutos.

Linhas férreas urbanas são perrengue aqui no Rio, mas também trazem muita qualidade de vida. Cada dia mais odeio trânsito, motores, poluição, buzinas...
Então eis que me vejo vivendo uma relação bacana. Foi inesperado para mim, acho que também para ele. Quem dirá para o meu "namorado de longa distância" ou para meus amigos.

E estou feliz à beça com esse cara que, fazendo as coisas mais rotineiras, da maneira mais simples, vai-me mostrando o quanto é íntegro e decente. É muito importante admirar o homem com quem durmo.

Acho que era disso que estava precisando: carinho, segurança, companhia para fazer as coisas de que mais gosto nos fins de semana, uma sacanagem bem boa e paz no coração.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Que baixaria o último post, não é? Coisas da vida...

Conheci um cara bacana no FDS. Tem alguma coisa ali de "não-sei-muito-bem-no-que-estou-me-metendo", o que acho bem interessante. Apesar do ar meio de "mistério", rola uma pitada de honestidade e de transparência que fazem eu me sentir bem. Contraditório? Talvez seja a minha leitura da figura. Só sei que estou com vontade de investir.

Cramus tem dito que é sinal de amadurecimento. Ultimamente as minhas relações vêm tendendo para um aprofundamento bem maior que o usual. Que bom! Sei que continuo um tanto inconstante. Faz parte de mim. Outro dia estava falando aqui do cara que foi embora e de quem sentiria falta.

Mas quem disse que me esqueci dele? A gente continua se correspondendo (quase diariamente)e morro de saudades. Só estou levando a minha vida e vendo onde tudo vai dar, ora bolas!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Cramus esqueceu de deixar o dinheiro de Tereza (a faxineira que compartilhamos), então transferiu o salário dela para minha conta para que eu fizesse o pagamento. Como não tenho certeza se haverá reunião amanhã à tarde, decidi ir hoje mesmo tirar a grana e deixá-la aqui para a mulher.

Não trabalhei hoje à noite, então me engajei naquele passatempo preferido de qualquer cara à toa em casa: bati uma. E como gosto de tomar banho imediatamente antes de dormir, decidi descer e ir no banco 24h sujinho mesmo.

Uma vez fiquei conversando com um cara sobre aqueles homens que, depois que gozam, saem correndo pra tomar banho. Tem coisa mais deprimente do que ter nojo da própria porra? Daí que ele me disse que nem de tomar banho ele gosta depois de transar ou de se masturbar, pois acha que a gente não devia desperdiçar os feromônios produzidos nessas ocasiões, que eu devia experimentar sair na rua depois delas e ver como as pessoas agiriam meio diferentes comigo.

De fato, no posto onde fica o caixa eletrônico, o segurança que acho um gostoso (muito provavelmente por causa da farda) ficou me sacando. Maneiro. Seriam os tais feromônios intensificados pelo meu sêmen não lavado? Vai saber!

O lance foi que, no meio do caminho para casa, percebi que havia esquecido a chave. Um saco, pois a minha porta é daquelas que se trancam ao bater. Liguei para o Gui, que estava no Catete, na casa de uma amiga, dei meia volta e fui buscar a chave dele lá. No meio do caminho, passou um cara meio loiro que obviamente havia acabado de sair da academia. Dei uma encarada nele, que retribuiu. Aí foi aquele jogo de parar na rua, um ficar olhando pro outro até a gente se falar (adoro flertar. Melhor coisa do mundo. Melhor sensação do mundo!).

Ele era gringo, lá da Inglaterra. Nessas horas não se fala muito, né? Dei a idéia de a gente entrar no Parque Guinle e ver se tinha alguma intimidade. Não deu muito certo. Então, fui lá pegar a chave e trouxe o cara pra cá e nos divertimos bastante.

Agora estou aqui, feliz da vida, pensando: será que devo me masturbar e sair à rua toda vez que quiser flertar?

terça-feira, 1 de maio de 2007

Apesar de todos os problemas, esses têm sido alguns dos dias em que mais me senti feliz na vida. E não tem nada demais acontecendo: não fiquei rico, não casei com o amor da minha vida, não sou lindo de morrer, não sou o mais fodão do mundo na minha carreira, não tenho saído nos fins de semana, não tenho feito nada demais, nem conseguido essas coisas que a gente sempre acha que nos trarão a felicidade.

Acho que é exatamente isso. Aprecio coisas mais simples, como sentir o cheiro gostoso do café que eu preparo (e que, modéstia à parte, é delicioso. Pelo menos eu acho...), comer Bis de vez em quando, almoçar uma salada maneira com carne e arroz-e-feijão, ver episódios de OZ com Cramus, Bruno e Didi, estar bem da caganeira crônica causada pela síndrome do intestino irritável, receber e responder e-mails do Fernando, nadar, malhar...

Hoje (ou ontem... Escrevo esse post já depois da meia-noite), dia do trabalhador, vi uma reportagem no RJ TV sobre o estresse e como fugir dele. A psicóloga falava em ter uma boa perspectiva perante à vida, um bom olhar... Parar e apreciar a beleza, pensar positivo, essas coisas. Percebo que já faz tempo que é o que estou fazendo e me sinto bem por isso. Fiquei pensando, também, que boa auto-estima é o primeiro passo para um dia feliz como esse. Que bom que decidi cuidar mais e melhor de mim...

Por isso, apesar do medo de mês que vem a grana não dar para pagar tudo, apesar de eu não ter corrigido as provas no feriado, apesar de certos planos como o da casa própria no lugar dos meus sonhos parecerem extremamente distantes e impossíveis, estou indo dormir muito contente, obrigado.

Boa noite.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Mau-humor total

Hoje me dou o direito de reclamar desse calor insuportável em pleno abril, do efeito maré vermelha que anda rolando nas praias aqui do Rio, do recesso por tempo indeterminado do Los Hermanos, das crianças muito enjoadas que são minhas alunas este ano, do monte de provas para corrigir, da eterna falta de grana, da saudade do meu bofe que foi embora, do monte de baratas que invadiu a minha casa!

AAARRRGGGHH!

Vou dormir mais cedo hoje.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Como as coisas são engraçadas! Quando menos esperava, apareceu um cara cuja decisão em ficar comigo convenceu até a mim mesmo, apesar de minha preguiça, apesar de minha vadiagem, apesar de tudo.

Sendo uma relação com fim marcado, bem que tentei me desfazer dela, ficando com outras pessoas, fugindo dele, mas foi só encontrá-lo nesse, que foi nosso último fim-de-semana, para o nó na garganta se fazer presente: vou sentir muita falta desse cara.

Mas é bom. Bom saber que as coisas podem passar do ponto de superficialidade a que estou acostumado. Bom ser valorizado não apenas por atributos físicos, capacidades extraordinárias de dar e receber prazer ou beleza. Bom ser valorizado pela pessoa que sou, pelos pontos de vista que tenho, pela minha índole, pelo meu senso de humor, pelo meu mau humor, pelos meus defeitos sórdidos, pelas minhas futilidades.

Bom não sentir que tenho que fingir nada.

Bom demais.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

O carnaval me proporcionou dez dias de folga, mas tenho que ser sincero e admitir que estou muito feliz pela volta dos dias úteis. Estava começando a me encher de ficar tanto tempo fora da rotina. Saudades do trabalho, de ir malhar, de ter uma alimentação mais regrada, uma vida mais comum.

Acho que não tenho talento para ser hedonista sempre. Acabaria achando muito chata uma vida de praia, cinema e transas fáceis todos os dias.

O contraditório é que hoje, em plena terça-feira, já estou torcendo para a chegada da sexta. Maluquice?!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Quero amigos que torçam sinceramente para que eu seja bem-sucedido em minhas decisões, não os que escondem um risinho cínico (isso quando ainda têm a decência de escondê-lo) pelas costas de descrença.

Quero amigos que fiquem felizes com minhas vitórias, mesmo que elas tragam efeitos colaterias às vezes difíceis de entender. Não quero os que esperam que minhas atitudes e preferências permaneçam as mesmas porque assim era mais agradável para eles. Ah, é imprescindível que não torçam, em seu íntimo, para que as vitórias sejam eliminadas em dois anos para pooderem dizer, só-comentando: Bem que eu avisei...

Quero ser respeitado em minhas preferências, sejam quais forem. Pois amizade é também respeito. Apenas-comentários que não servem para nada a não ser ofender e maltratar devem ficar restritos às pessoas que não fazem parte da minha vida, pois assim não preciso ouvi-los.

Prefiro pessoas que respeitem meu espaço e que peçam licença para mudá-lo em qualquer coisa que as esteja incomodando. Gente mal-educada que não sabe conviver tem que ficar da porta para fora.

Espero amigos companheiros e compreensivos. O prazer, antes de tudo, tem que ser na companhia um do outro. Ir junto a um restaurante mais simples, comer da comida feita em casa sem esnobação, andar 45 minutos de busu até à praia sem que isso seja a pior coisa do mundo... Coisas assim unem as pessoas em vínculos muito difíceis de se perderem por aí.

Não quero pessoas que se refiram aos problemas, incômodos, conflitos-insignificantes ou como quer que se refiram ao que acontece entre mim e elas de maneira leviana e debochada. Isso só faz com que a pseudo-amizade que um dia pôde ter vindo a existir seja tratada com o mesmo tom. E isso é triste.

E também a gota d'água.

O Guilherme me disse que meu limite de tolerância é muito baixo, que conto nos dedos os meus amigos e que talvez o problema seja só meu. Será? Tenho mesmo que agüentar isso tudo sorrindo e sendo simpático como antigamente? Alguém em sã consciência tem que fazer coisas que lhe fazem mal? É realmente algo ruim deixar claro aos AMIGOS quais são os limites que eles não podem ultrapassar para conviver comigo? E, se fazer isso significa perder a amizade, ela realmente valia a pena?

Acho que tenho todas essas respostas bem aqui na cabeça. E, se mantê-las como verdade, será dar com os burros n'água, que seja.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Como não conseguimos ingresso no Cinemark Botafogo para assistir ao Dreamgirls, eu e Cramus fizemos os malucos e fomos tentar a sorte no Leblon, naquele shopping novo e chiquerésimo.

No elevador finérrimo que fala que a porta está fechando, de repente entra um grupo de gente com cara de "sou do Leblon", dentre eles uma moça e um cara muito bonitão. Até que eu reparo que a tal moça é ninguém mais, ninguém menos que MARISA MONTE!!! Foi tão difícil me fingir de fino e não ficar tietando e dando escândalo!!!!

Mandei torpedos para todos os amigos fãs da cantora para matá-los de inveja enquanto jantávamos. De sobremesa, decidimos tomar milkshake do Bob's e reparei que, ao contrário dos R$5,30,00 que eu havia pago no Rio Sul na sexta, o preço era R$6,00. Comentei com a caixa:

Eu: Ué, o preço aqui é diferente?

Caixa: Assim como tudo aqui é diferente... Olha para as lojas, o atendimento, as pessoas... Logo, o preço também é diferente!

Eu: Espero que seu salário também seja diferente...

Isso, obviamente, ela não soube me dizer...

Mas, enfim, apesar do choque cultural, social e financeiro que é passear e ir ao cinema no Shopping Leblon, a noite foi ótima e eu amei o filme. quero assistir mais uma vez ainda!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Acho que só me dá vontade de escrever aqui quando estou envolvido sentimentalmente com alguém. Uma vibe bem diarinho, saca?

Acabei de chegar do cinema e estou suspirando aqui em frente ao PC. Ok, isso pode parecer muito efeminado, mas nem... Nunca fui, nem vou ser agora o cara que disfarça o que sente de verdade. Acho que estou apaixonado... Mesmo nem tendo havido ainda uma semana que eu tenha conhecido o dito cujo.

Mas o que é o tempo? Nesses dias, já descobri um monte de coisas sobre mim que jamais tomei consciência de que estavam lá, venho me sentindo à vontade para ligar e dizer como estou me sentindo sem medo de rejeição ou insegurança. Sei lá, espero que essa história vá para frente!

Só queria estar tão animado com minhas finaças quanto estou com minha vida amorosa e sexual...

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Mama Cass e boas perspectivas

Quando se está deprê e meio perdido, é sempre bom saber que existe uma mp3 da Mama Cass cantando Make Your Own Kind Of Music ou Dream a Little Dream of Me para tocar no pc!

Uma voz bonita e uma melodia cafona-anos-60 sempre faz a gente pensar que há melhores perspectivas para o futuro...

Mudanças estão para ocorrer, inevitavelmente. Não sei se boas, mas sempre haverá Mama Cass para ouvir!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Fodi-me

Então eu me fodi com o tal cara. Acho que é só para lembrar que ex-heteros-wannabe que vivem na Barra não são pessoas com quem eu deva me relacionar.

Algum viado que já tentou seriamente ser hetero na vida (tipo casou ou noivou) não deve ser levado a sério. Nunca. É gente doida, sem cura. Tem que ficar longe... E quanto a morar na Barra... Não preciso dizer mais nada! Tem louco pra tudo.

E fiquei assustado e decepcionado de novo. Mas tudo bem, passa.

Agora, é assim: só estou falando disso porque achei que precisava dar um fechamento às possibilidades que o post anterior abria. Eu bem que poderia estar agora falando do quão maravilhosa é a vida de casado, mas nem.

Tenho um monte de coisas para falar. E que venham os próximos posts.

Ah, só para não perder o hábito: Next bofe, please!