quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Fim de novembro

A semana foi punk demais... Muitas notas para fechar, eu deixando, para variar, tudo para a última hora, desorganização na escola do Méier, alunos em aulas de recuperação fazendo zona, fofoca na sala dos professores, enfim, detesto novembro... É a época do ano em que lamento não ter seguido fazendo teatro.

Será que teria chegado a algum lugar?

A Fernanda me chamou para passar o FDS em Saquarema com ela, os pais e o marido. De início achei bacana, mas depois a irmã e o namorado (que é filho da nossa chefe) decidiram ir também. Foi aí que comecei a achar que poderia ser um pesadelo permanecer três dias numa praia distante, cercado de um monte de hetero (nada contra, mas não fico muito à vontade, não), sem ver as minhas amigas (Gui, Cramus, Didiléia), melhor não... Outro dia. E esqueci de dizer que o meu primo que mora na Itália está de férias em Copa. Pô, ainda nem tive tempo de encontrar com ele e botar a fofoca em dia! Vai ser bem legal fazer isso!

Está meio diarinho, mas vai assim mesmo o post. Agora vou dormir, pois ainda preciso acordar amanhã às 5h!

Contagem regressiva para as férias!!!!!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Gongos, cumprimentos e abstinência sexual

Cramus me chamou para ir ao Show do Gongo ontem. Pensei que estava com muita coisa para fazer, provas para corrigir, para elaborar, aquele pesadelo de sempre, mas acabei mudando de idáia, saindo cedo da escola do Estado (os alunos fazem a avaliação lá em 15 minuntos...), pegando a integração trem-metrô para estar lá na hora.

Sobre o show? Muito engraçado. Especialmente pela péssima qualidade de todos os filmes! Caramba! É para gongar, mas também não precisa exagerar!

Vi por lá pelo menos dois caras com quem transei nos últimos meses. Nenhum falou comigo, mesmo sendo pessoas com quem ainda converso no MSN. Coisa estranha... Acho de bom tom cumprimentar quem dividiu a cama comigo. Mesmo que tenha sido por uma meia hora...

Fiquei pensando nisso hoje, decidido a dar um tempo de tanta putaria... Precisando de mais da vida, sabe? Algo mais sólido, menos anônimo e animalizado. Mas o rapaz que tem a bunda mais linda que eu já vi (ok, já pensei isso de pelo menos 10 caras... mas é mais a sensação de estupefação diante do belo do que a veracidade do fato. Fiz-me entender?) apareceu todo oferecido hoje à tarde... Ah, vem logo me visitar, deixa a abstinência sexual para outro dia!

domingo, 26 de novembro de 2006

Então, vamos?

Nesse sábado, acordei cedão... Sabe como é sexta-feira, sempre penso em sair, mas acabo caído na cama morto de sono lá pelas 22h. Tomei um belo banho e fui malhar. Lá fora, aquele dia lindo me chamando: eu tinha que ir à praia depois. E fui. Liguei pro Cramus e marquei de encontrá-lo por lá.

Fazia meses que não passava o dia em Ipanema. O sol torrando, a água calma e geladíssima, bate-papo... A parte mais absurda foi aquela em que criamos um novo arco de histórias dos X-Men. Já pensou ganhar a vida assim?

À noite, decidimos assistir à trilogia do Matrix. Guilherme se juntou a nós. Dá-lhe pizza com Coca Light e ventilador na cara. Lá pelas tantas, um carinha de internet com quem teclava há tempos e que achava gatinho me mandou um torpedo dizendo que estava indo para o Galeria, perguntava se eu não queria encontrar com ele. Pensei que eram 2h30min, que estava com preguiça, que queria terminar de ver o filme, coisas assim, mas também pensei que poderia ser o home da minha vida, outras besteriras tantas que mudei de idéia e comuniquei aos atônitos amigos que eu iria.

Qual não foi a minha surpresa ao sair do quarto, depois de me vestir, e encontrar os dois arrumados, levantando juntos e colocando a mão nas cadeiras dizendo:

Então, vamos?

Só isso já valeria a saída. E, pensando bem, só isso mesmo valeu. O cara não era o homem da minha vida. Na verdade era bem longe disso... Essas fotos de MSN não dizem nada.

Detesto ficar carente...

sábado, 25 de novembro de 2006

Não é só um emprego, não!

Vendo minha angústia com relação aos novos caminhos que a escola adotou, a Fernanda me deu um conselho: converse com a Gilda sobre o seu material didático. A angústia se referia à substituição da gramática com a qual trabalho, que é excelente, pelo material da rede Pitágoras.

Decidi ligar ontem mesmo para ela e expliquei que essas mudanças não deveriam acarretar no abandono da gramática, pois ela é um material para a vida toda, tal como um dicionário e que ela está totalmente inserida na proposta pedagógica da escola, é mais aprofundada, coisa e tal. Sabe o que a minha chefe respondeu?

Mas é claro que você tem razão! Ainda mais porque os alunos já a têm. Só os novos terão que comprá-la... Essas mudanças não significam que a gente tem que fazer menos, na verdade, sempre que a gente puder, deve fazer mais. Segunda-feira eu quero que você, enquanto especialista da sua área, converse com a dona da escola e explique tudo isso que você me falou agora.

Caramba! Cada dia que passa eu admiro mais essa mulher!!!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

É mesmo só um emprego?

A grande questão é: trabalho por ideal ou por grana? Sempre achei que a resposta seria: "os dois,claro!" E, de certa forma, era o que eu sempre pensava sobre a escola do Recreio. Havia muito orgulho nisso. Orgulho do bom, sabe?

Só que ficou confirmada ontem uma decisão da direção que vai contra tudo aquilo que uma equipe, que se julga construtivista, acredita: a adoção de um desses sistemas de ensino. Em linguagem mais simples: aquelas apostilas que substituem o livro didático.

Tal decisão há muito era suspeitada por nós, mas o resto de ingenuidade que havia em mim se recusava a acreditar que os professores não teriam direito de opinar. Não tivemos. E estamos naquela de "ou abraça essa porcaria sorrindo e continua pagando as suas contas ou pula fora", claro que com um discurso muito mais elaborado do tipo "nosso maior investimento é você!"

Estou muito a fim da segunda opção. E começo a analisar as minhas possibilidades, criando a uma estratégia de guerrilha. Quero muito continuar acreditando no que faço. Se não for para ser assim, não vejo diferença entre ensinar e vender cerveja num bar.

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Alguém ligou para mim!

Estava dizendo para o Guilherme que sou mesmo um azarado. Nunca me ligam, mas sempre que isso acontece, enquanto falo, aparece outra chamada apitando e, como sou meio anta, não sei usar aquele recurso de chamada em espera. Muito sofisticado para minha inteligência.

Foi que hoje isso aconteceu e, quando fui retornar a ligação, deu número confidencial. Quer coisa pior para alguém que anda carente?! Fiquei matutando sobre quem foi que quis falar comigo e não conseguiu: entrevista para um emprego fabuloso? o homem da minha vida? Se a pessoa desistisse, nunca que eu saberia! Iria viver com esta dúvida cruel por toda a eternidade!

A pessoa não desistiu. Era uma operadora de telemarketing a serviço da Credicard querendo me vender um título de capitalização.

Odeio ficar carente.

domingo, 19 de novembro de 2006

Nada narrável

É estranho parar de repente diante da tela branca para escrever no meu "diário" e ter a sensação de que não há nada de interessante a dizer. O que faz eu me lembrar de uma palestra a que assisti uns anos atrás. O cara dizia que o que importa não é o enredo, mas a disposição em contar.

Não é possível que, nesses dias todos, eu não consiga encontrar nada que considere digno de ser narrado.

Acho que é o fim do ano. Esse monte de incertezas sobre o futuro: vou permanecer nesse apê? Finalmente ganharei mais grana? Quando é que o príncipe vai aparecer?

Fico chocado em ver o quando mudo ao longo do tempo. Vejo-me muito diferente. As prioridades não são as mesmas, a maneira de lidar com as pessoas também não. Então estou aqui, parado, sem pensar muito, vivendo as mudanças em mim e em meu entorno. Sacando para ver o que sai disso tudo. Então não dá para falar muito. Não consigo verbalizar. Esquisito.

PS: As poucas pessoas que por aqui passam andaram falando que não conseguiam comentar. Não dei muita importância, pois achei que seria passageiro, mas não: o tal do YACCS deu pau mesmo e me enchi. Daí chega de complicação na minha vida e coloquei os do Blogger mesmo. Sem frescurinhas, mas funcionando!

domingo, 12 de novembro de 2006

Estagiária sem noção

Apareceu uma estagiária de História lá na escola do Méier. Conversávamos sobre a quinta série (que consegue surpreender os professores mais calejados com sua falta de educação) e ela disse que adorou-os. Num tom que significava vocês não sabem lidar com eles.

Não falei nada e pensei que também adorava aquela turma no primeiro mês de aula... Eles nunca se mostram por inteiro no primeiro contato...

Bom, não se dando por satisfeita, depois do recreio, enquanto eu organizava a turma que subia agitada, ela me resolve entrar na sala para dar um alô para a galera. Ficou vendo os gameboys dos meninos, abraçando as meninas e por aí vai. Numa de sou popular entre eles! E eu com cara de tacho, olhando aquela moleca que invadiu a minha sala de aula sem me pedir licença e que não ia embora de jeito nenhum. Aí resolvi deixar a simpatia de lado e falei, já que não havia noção da parte dela:

Bom, agora você vai me dar licença porque temos muito o que trabalhar e já perdemos bastante tempo. E os senhores, tratem de sentar! A-go-ra!

Ah, vai se danar! Tem gente que pede para ser ensinada da pior forma! Certas regras de boa camaradagem entre professores são implícitas, nem estágio é necessário se fazer para sabê-las!

domingo, 5 de novembro de 2006

Síndrome de Muriel

Ando me sentindo como a Muriel. Uma frase que ela diz à Rhonda ficou martelando na cabeça. Era algo assim:

Quando eu morava em Porpoise Spit, tudo o que fazia era passar horas e horas ouvindo ABBA. Agora, eu não ouço mais, pois minha vida está tão boa quanto a música deles.

E eu vos digo que quando eu morava em Realengo, tudo o que fazia era ficar o dia inteiro na internet teclando e escrevendo no blog. Agora, não faço mais isso, pois minha vida está tão boa quanto a internet e o blog.

O lance é que sinto falta de conhecer gente. TODAS as pessoas mais presentes hoje em dia no meu cotidiano (com exceção da Fernanda) entraram nele direta ou indiretamente por meio da internet. E, às vezes, penso que não ter vontade de escrever para o blog é também a decisão de não parar para pensar sobre os problemas, as coisas que vêm acontecendo. Uma tendência à anestesiamento da cabeça.

De qualquer forma, não consigo deixar de pensar que esse post só está saindo porque me encontro num final de feriado com um zilhão de provas para corrigir na mesa. De repente encarar os problemas me parece mais interessante do que encarar correções...