segunda-feira, 31 de maio de 2004

Sou tão lerdo...

E distraído. E pateta. Tem certas vezes que nem acredito nas ratadas que dou por causa de minha credulidade...

Hoje, fim do expediente:

Eu me vangloriando (ainda) por causa dos dentes: Gente, incrível como, depois de tantos anos sem ir ao dentista, ele só tenha tido que limprar alguns poucos tártaros...

Uma colega: Isso é incrível... O meu ficava bastante tempo comigo. Se bem que eu fumava. Acho que influenciava em alguma coisa.

Um colega: Dizem que bom mesmo pra tártaro é ração de cachorro.

Eu: SÉRIO?!

:-0

Uma colega: Ai, você disse isso pra pessoa errada. Não devia falar tais coisas pra ele.

Eu: Humpf.

domingo, 30 de maio de 2004

Dei uma sumida porque tenho...

Tratado dos meus dentes
Não que haja alguma coisa séria com eles. É que fazia ANOS que eu não ia a um consultório dentário. O maravilhoso foi só levar 15 minutos no mesmo, pois não havia nada a ser feito na minha boca além de limpar uns poucos tártaros e aplicar flúor. Realmente, tenho muita sorte com a minha dentição. :-)



Tido encontros
E tem sido bom. Na verdade, ótimo. Vamos ver no que dá. Ainda não quero falar muito disso por aqui...

Feito passeios malucos
Como andar à toa com o Eliandro pela Urca. Ai, aquele é o bairro dos meus sonhos... Alguém aqui também tem a novela A gata comeu como uma referência para a vida? Nossa, pra mim, ela foi a melhor coisa que já aconteceu até hoje na TV brasileira e passear pelo bairro onde viviam aquelas personagens é realmente tudo de legal. O chato são os cocôs de cachorro, pois, memso lá, as pessoas são muito mal educadas...



Encontrado ótimos amigos de Manaus
Do nada, a Aline me liga e fala: Estou em Niterói. Vim pela promoção da GOL. Vem me ver!

Claro que fui. Conversamos muito, fiquei sabendo de todas as fofocas acadêmicas da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), saímos para comer e dormi por lá.

No dia seguinte, fiz aqueles passeios que um carioca só faz com algum amigo turista por aqui, como andar pelo SAARA e tomar um café na Confeitaria Colombo.

Ido ao teatro
Em Marechal Hermes, o que infelizmente significa: FICAR DE SACO CHEIO. A peça era péssima, longa e chata. Humpf. Mas valeu encontrar aqueles amigos que moram perto, mas que a gente nunca vê.

Assistido Queer as folk compulsivamente
A Musa finalmente me trouxe a primeira temporada e simplesmente NÃO CONSIGO PARAR DE VER!!!!!!!!!!!!!!!!



Depois de uns 14 episódis assistidos em várias madrugadas, só tenho a dizer que:
1.Estou apaixonado por Michael. Ele é o homem da minha vida.
2.Brian Kinney é DEMAIS. O que me dá nos nervos: bonito DEMAIS, sexy DEMAIS, cínico DEMAIS, arrogante DEMAIS, etc., etc., etc. Enfin, tento simpatizar com ele, mas não consigo deixar de imaginar que é fantasia DEMAIS pra eu conseguir imaginá-lo como uma pessoa de verdade.
3.Ted é uma amorzinho que quero colocar no colo...
4.Emmet é tudo de maneiro. Queria ter um roomate como ele.
5.O justin é fofo, fofo, fofo...

Bendita seja a Musa pela excelente boa ação.

É isso. Estou meio sem tempo pra NET. E é ótimo, pois me sinto um pouco normal novamente. No entanto, eu tenho que ir agora, pois estou com saudades de conversar com alguns amigos de ICQ e Messenger, visitar blogs, responder a e-mails, navegar pelo orkut, etc., etc., etc.

terça-feira, 25 de maio de 2004

Considerações sobre Lucas e Ramon

Domingo, quase meio-dia. Eu e a Musa conversando antes de sairmos para enchermos a pança no OUTBAK:

(Diálogo nem tão fiel assim ao verdadeiro)

Eu: Dá raiva de ver um casal TÃO bonito, né?

Musa: Ódio.

Eu: O Ramon é muito gato, mas o Lucas é... Perfeito...

Musa: Se eu tivesse aquela cara e aquele corpo, eu ia dar tanto, mas TANTO!

Eu: Tá bom, né? (pausa) Eu achava que o Ramon era a passiva: o jeito todo brabo, esnobando aquele monumento... Como tem coragem?

Musa: Tô te falando: O Lucas é a passiva.

Eu: Eles devem ser versáteis.

Musa: É, talvez. Provavelmente estão na mesma sala na escola.

Eu: Estudam na PUC.

Musa: Como você sabe?

Eu: Ouvi algo do tipo naquele dia na Freedom.

Musa: Então tá.

Eu: Será que têm fotologs? Com certeza blogs não teriam...

Musa: Ah, mas eu vou achar! Pode ter certeza...

Eu: Ai, desiste! Eles não têm tempo pra isso. Estão, muito provavelmente, ocupados demais fazendo sexo todos os dias...

Musa: Humpf.

Eu: Humpf.

26

Hoje é o segundo dia em que posso dizer que tenho a idade aí do título. Eu preferia 25 (nem muito jovem, nem tão perto dos 30), mas o que posso fazer? Se eu pudesse, nunca teria passado dos 18...

Nunca gostei muito de aniversários. Acho que é por causa da minha baixa auto-estima... Sempre achei que as pessoas que vinham falar comigo, faziam-no mais por obrigação do que por qualquer sentimento sincero. Entretanto, como ele uma vez me disse e sou obrigado a concordar, o blog alterou de vez a idéia que tenho de mim e a minha maneira de usar a Internet.

Por isso, gente, estou passadíssimo: nunca recebi tantos cartões virtuais, scrapbooks do orkut e e-mails na vida!!! E houve até algumas pessoas que me mandaram mensagens offline e online no ICQ e outras que falaram de mim em posts em seus blogs!

Estou feliz por isso. Obrigado mais uma vez a todos.

E tenho dito.

PS: houve bolo e cachorro-quente aqui em casa, mas eu moro muito longe, né? Só o Eliandro (o meu amigo HT) passou aqui e fiquei falando das minhas peripécias do FDS. Depois escrevo um pouquinho sobre isso aqui.

sexta-feira, 21 de maio de 2004

Chega de creepice! >:-(

Acordei com o pai cedo ao telefone. Ele sempre liga de manhã, o maldito, pra falar com a mãe e me desperta às nove da madrugada justamente quando posso dormir até mais tarde... Já não estava legal: um certo incômodo sobre o qual não quero falar, uma crise de espirro que voltou... Enfim, eu tinha tudo para ficar de mau humor o dia inteiro. Mas não.

Tomei café com Mom, fiquei mexendo no PC, conversando com o Guilherme pelo Messenger e ouvindo Belle & Sebastian muito alto a manhã inteira.

À tarde fui ter reunião com a orientadora. Foi ótimo. Finalmente defini os rumos e o corpus literário da dissertação. Além disso, ela me disse que leu o trabalho que escrevi sobre Onde andará Dulce Veiga? e que o achou "muito bem aprofundado". Adorei.

No fim das contas, acabou que não houve a aula da tarde. Fiquei bastante feliz com a notícia e tratei de voltar logo pra casa.

Estava muito relaxado no ônibus ouvindo The Gentle Waves quando recebi a mensagem.

Transcrevo aqui o que chamo de "quase chat" que mantive no celular a partir daí:

Ele: Como você está? Mande notícias. Queria te ver mais vezes. Beijos.( Putz! Fugi, fugi e o cara não desistiu...)

Eu (Resposta quase imediata ): Estou bem. E você? Acabo de sair do Fundão. Que frio... (Isso. Impessoal, fingindo que não percebi a parte de "ver mais vezes").

Ele (5 minutos depois): Tudo bem. Você que sumiu. Queria te ver, mas não depende só de mim. Você é uma gracinha e está sentindo frio porque quer... (fofo esse final, né?)

(Não respondi. Não façam essas caras, pô! Gente muito direta me assusta...)

Ele (45 minutos depois. Pensei que não me escrevia mais): Eu acho que vou ter que fazer um estoque de suco de uva pra servir de isca pra você...

Eu (1 minuto depois. Não deu pra resistir): Assim eu vou! Desculpa o sumiço... Eu ando sem grana pra cinema e coisas afins. (Justificativa esfarrapada, eu sei...)

Ele: E aí você fica enclausurado? E o seu aniversário? Você quer jantar comigo na terça?

Eu (não precisei pensar muito): Quero.



É isso. Chega de idealizações e platonismo. Não quero mais ser um creep. Vou dar uma chance a esse carinha das mensagens. Não sei no que vai dar, mas não vou ficar esperando ELE (o tal GRANDE amor) aparecer eternamente. Sempre deixei de dar oportunidade às pessoas por estar esperando-o.

Agora, o que quero é que ELE, o desgraçado, se foda! E toda a crença que até hoje me fez aguardá-LO feito um idiota.

Vou permitir que as coisas aconteçam naturalmente pelo menos uma vez na vida.

E tenho dito.

quarta-feira, 19 de maio de 2004

O que uma graninha extra não faz!

É fato conhecido de todos os freqüentadores deste blog a delicada situação financeira neste mês deste que vos aluga. Era algo do tipo pagar as contas, ver a merrequinha que sobrou e pronto: A Gata Borralheira trancada dentro de casa até segunda ordem! Sabe como é... Dad não me ajuda muito e nem quero ter que ficar pedindo a ele o dinheirinho da passagem... A Musa certa vez me emprestou uma grana pra sair, mas não gosto disso. Já basta as dívidas de prestações em que me enfio, o cartão, o plano de saúde, a velox, etc., etc., etc. Ninguém merece dever a amigos. Não. Jamais.

Pois então. O meu trabalho é bacana de vez em quando. Hoje, em menos de duas horas, fiz um dinheirinho maneiro que vai me deixar um pouco mais aliviado nesse quase final de mês. Salvo pelo gongo!



E olha que estava pensando em pedir empréstimo ao banco e os cambau (ainda bem que desisti!).

Dá até pra pensar em ir à festa Dele domingo, no Dama de Ferro. Ainda mais que é baratinho... E, de quebra, comemoraria na encolha, sem contar a ninguém por lá, o meu próprio aniversário à meia-noite. Afinal, claro que a bicha predestinada aqui TINHA que ter nascido no dia 24 pra ser zoada desesperadamente na época de colégio (não que ainda não seja por aí...). Além disso, vai ser difícil comemorar de outra maneira, pois Murphy não perdoa e a linda data cai na próxima segunda. Ódio profundo.

Só que sair pra noite de Ipanema com a intenção de voltar depois de madrugada a este fim de mundo é meio impossível. Ainda mais se eu levar em consideração que tenho que levantar às 4h30min do dia seguinte. Bom, vamos ver no que dá...

É isso. A vidinha anda monótona e sem acontecimentos de grande interesse. Humpf.

Ao som de Nice Day For A Sulk, Deles, é claro! :-)

terça-feira, 18 de maio de 2004

E teve algum sol na segunda

Estava conversando com o Alien sobre os posts depressivos daqui e percebi que talvez eu passe uma certa idéia equivocada com eles. Não que eu me preocupe com isso... Eu tenho estado bem disciplinado com a reeducação no quesito "não devo me preocupar com o que os outros pensam de mim". Faz parte de um processo lento de recuperação da auto-estima (eu preciso, né?).

Mas então... Pra desfazer a idéia de que estou à beira do suicídio e pra aliviar o medo da lesada da Musa do Verão, aí vão algumas explicações dadas meio que à contragosto e umas outras notícias mais esclarecedoras:

Quando estou mal, escrever me faz bem. É como se exorcizasse alguma coisa: transfiro pra tela do PC toda a carga de negatividade, reclamo bastante, levanto os questionamentos e falhas que moldam meu caráter e... Pronto!

Uma sensação de alívio.

Além de quê, eu acho que escrevo ótimas coisas quando estou triste. ;-)

Ontem, depois de postar, consegui sair da net e fui fazer umas coisas legais. Preparei um mate (adoro) e um sanduíche bem light pra levar hoje pro trabalho. Limpei os sapatos, passei roupa, arrumei a bolsa com os meus materiais, dei muitas gargalhadas ao ler o blog do Nando, tomei um banho e fui-me deitar cedo na companhia de um livro muito bobinho e divertido.

Talvez tudo isso pareça meio sem graça. Afinal, quem é que fica legal passando roupa & fazendo coisas afins?

Bom, eu gosto de organizar o meu dia seguinte e as coisas ao meu redor. Parece que estou fazendo o mesmo com a cabeça.

Tá, isso é clichê total...

E daí?

O lance é que hoje foi bom. Amanheceu frio (levanto às 4h45min), mas o céu estava meio limpo e não me enganei: houve algum sol. :-)

O legal do meu trabalho (acho que de todos, talvez) é que, uma vez nele, esqueço-me do mundo lá fora e fico todas aquelas horas concentrado e vivendo numa espécie de "realidade alternativa". Isso faz bem.

A minha mãe não tem nada assim. Ela fica aqui em casa remoendo coisas, sofrendo e se lamentando. Está bem numas horas e, do nada, desata a chorar.

Faço, então, aquilo no que sou melhor: ouvir, conversar, ser companheiro. Espero sinceramente que isso passe. E logo.

E que os dias fiquem menos nublados, por favor.

domingo, 16 de maio de 2004

Um domingo cinzento

É ruim porque intensifica o baixo-astral que ronda a minha casa. Problemas de família são horríveis. E o pior de tudo é ver as mesmas coisas se repetindo, se repetindo, se repetindo... E as pessoas que amo definhando mais e mais por alguém que não vale a pena (infelizmente).

Eu vejo que estou duro e que não posso sair de casa. Também não sei se era isso mesmo que queria fazer.

Fico sentado em frente ao computador tentando arranjar alguma companhia que alivie o sentimento de solidão que está rolando aqui dentro. Não tenho muitos resultados positivos nesse sentido.

Percebo que, às vezes, uma amizade é frágil e que o mínimo afastamento pode alterar estranhamente a intimidade antes tão celebrada.

Assisto a uma filmagem antiga e percebo que meu corpo sofreu algumas mudanças de que não gosto e tomo decisões típicas de um dia como esse: maneirar nas guloseimas e refrigerantes enquanto (já que estou tão pobre) tento dar um fim útil à bicicleta ergométrica.

Espero que alguma coisa mude de repente o rumo da vida. Algo espetacular que trará felicidade, ânimo e coisas similares.

Mas isso não é só nesse domingo. É todo dia. No entanto, sempre sou frustrado.

I'm really sorry pelos recentes posts depressivos, creeps, solitários, etc, etc, etc...

Não posso fazer nada para mudar isso num domingo cinzento como esse...

Que a segunda-feira seja iluminada. E alegre. Vou dormir mais cedo hoje.

Olhos de ressaca

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, quis levá-la; mas o cadáver parece que a tinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã. (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de Janeiro. Ática: 1994. p. 160-161)


Muito provavelmente a referência a Machado vai ser bem capenga, mas lá vai: essa descrição do olhar de Capitu sempre me impressionou muito. Até porque tal gesto é bem importante para mim... E eu me considero um tanto quanto "controlado" no que se refere a ele e, se me olham de uma maneira inesperada, geralmente não sei como agir.



Foi o que aconteceu ontem. E umas outras duas vezes em menos de um mês, com duas pessoas diferentes também. Geralmente a cena é assim:

Estou em público conversando amenidades, coisinhas bobas e engraçadas. Todos riem, eu rio e dirijo o rosto aleatoriamente para a pessoa que está à minha frente num gesto de cumplicidade divertida. Entretanto, o ato se sustenta por demais e surge uma sensação de constrangimento, pois parece que ou eu ou o destinatário do meu olhar tem algum interesse além do simples compartilhamento de uma piada.

Tal dúvida é extremamente cruel pra mim, que sou um inseguro inveterado: entendi tudo errado ou acabei de receber um descarado "mole"?

Eu tenho um grande medo de dar uma de Bentinho e criar histórias mirabolantes a partir de um olhar (uma opinião pessoal sobre a tal "traição" de Capitu. Quem é que não se rende a essa besteira?). Especialmente se parte de alguém que me atraia. E geralmente fujo, a ressaca jamais me alcança. Seja ela proveniente de alguém interessante ou não.

Eu queria ter mais coragem e sair dessa creepice total, mas sempre me vem à cabeça uma certa letra do Belle & Sebastian:

It's safer not to look around
I can't hide my feelings from you now
There's too much love to go around these days


E o medo sempre vence.

VAI SER INSEGURO ASSIM LÁ NA CASA DO C@$#%&!!!!!

sexta-feira, 14 de maio de 2004

Ego CDF consciente de vagabundagem

Finalmente recebi as notas dos trabalhos que estava fazendo outro dia, como falei aqui. Eu não devo ter mencionado a parte do desespero, de entregar nos 45 minutos do segundo tempo... Pois é, eu estourei o último prazo de entrega, levei esporro da professora e os cambau... Enfim, foi uó.

Mas eis que recebo A nos dois. E com comentários ótimos:

Muito bom trabalho. Valeu a pena esperar. (a professora do esporro)

Trabalho promissor, pois escapa à inabilidade com que uma certa crítica lida com as buscas estéticas de Caio F. (um outro professor que me assusta)

Eu devo me subestimar muito, pois estava esperando bomba nos dois, mas sei lá... Prefiro levar fé no gabarito de alguns doutores a fazer o mesmo comigo e minha baixa auto-estima... Devem estar bons mesmo.

Porém, acho que está faltando um pouco de dedicação... Percebo isso com o comentário final do segundo professor:

O texto está bom, o saque de visitar Leibniz e Lima merece aplauso, mas, talvez por isso mesmo, encerro a leitura esperançoso de ver o feito apenas como semente e torço para que leve adiante a pesquisa e a reflexão sempre no sentido do belo.

Isso, com certeza, foi uma provocação. A minha análise poderia ter sido melhor... Esse professor tem o dom de me deixar inquieto! Caramba! Mais uma vez estou pensando em mudar os caminhos da minha dissertação por causa do que ele fala!

E preciso estudar mais: estou muito vagabundo. Se desse jeito me saio bem, imagina se volto aos meus velhos tempos de rato de biblioteca? Eu quero fazer uma pesquisa legal...

Ai, chega. Esse papo de CDF arrependido está dando no meu saco (e vocês devem estar achando tudo isso um porre)!

E o pior é que eu TENHO (obrigação mesmo) que ler uns livros super bobinhos, como um da Agatha Christie... NINGUÉM MERECE!

terça-feira, 11 de maio de 2004

O amigo HT

Queria poder dar outro título a este post, pois odeio acreditar que a informação mais essencial sobre uma pessoa seja a orientação sexual. No entanto, acho que não dá pra fazer de outro jeito... O Eliandro é o meu único amigo homem e hetero ao mesmo tempo. Eu digo real, pois tem o Nando, que é "virtual" e é gente boa pra caramba. Mas o Lelê é especial justamente pela intimidade que a gente tem. E nunca me sinto completamente à vontade com um HT!!!!

Talvez isso se explique por termos estudado juntos na adolescência. Era um período difícil pra mim porque papai tinha decidido me obrigar a fazer o curso técnico de informática. Eu era um rapaz meio quietinho que sonhava em ser ator, vivia lendo os livros bagaceira do Sidney Sheldom e gibis dos X-men, daí dá pra imaginar o quanto eu sofria em ter que aprender Pascal e Cobol... A turma acabou bem pequena. Éramos cinco: o que vos fala, ele, a Priscila e mais dois caras incrivelmente chatos.

Nem preciso dizer que a bichinha aqui logo colou com a Pris e andava de bracinhos dados com ela por toda a escola. Na verdade, eu realmente era uma louca naquela época. Não fazia ninguém, é claro (certas coisas nunca mudam...), mas deixava bem claro a todos a minha orientação. Algum tipo de auto-afirmação. Sei lá.

O fato é que a Priscila e o Eliandro começaram a namorar e, obviamente, fui eleito a vela oficial. Tudo fazíamos os três: jogar paciência no Pentium 100 dele (que era o que havia de mais moderno!!!! Estou ficando velho?), assistir a fitas intermináveis de Arquivo X, conversar, conversar, conversar...

De todos os amigos de Segundo Grau, foram os dois que permaneceram presentes. Especialmente ele, que mora mais perto e que me liga sempre pra contar os rolos que tem com a atual namorada (a Priscila). Às vezes nos encontramos os três, mas é mais difícil porque o namorado dela (o Leandro) morre de ciúmes do Eliandro (perceberam a coisa estranha dos nomes???).

Eu paro pra escrever um post sobre ele porque, de todos os HT's que tive como amigos, ele é o único que ouve os meus relatos de transas, relacionamentos, etc. com naturalidade, além de nunca falar pra eu tomar cuidado quando digo que estou de paixão nova (não sei qual é a razão, mas TODOS fazem isso) e nem se importar com o que os outros vão pensar dele por ficar horas e horas conversando comigo dentro do carro na frente do meu condomínio.

Quem dera se todo mundo tivesse essa cabeça...

domingo, 9 de maio de 2004

Não resisti

Roubei do Alien, que roubou de alguém, que não sei quem, que tirou daqui.



:-)

Nossa, três posts num só dia!! Acho que estou precisando de tratamento...

Surpreso!

Eu tinha que fazer um post sobre Durval discos!!! Desde que ouvi falar pela primeira vez dele, fiquei louco de vontade de assisti-lo e nunca consegui: ora porque não deu pra ir ao cinema, ora porque o aluguei e dormi de cansaço etc. Ontem não teve escapatória. Chega de enrolação.



Adoro quando algo supera as minhas expectativas. E foi exatamente o que aconteceu: pensava que era um filmezinho leve somente sobre um cara que tem uma loja de música e se recusa a aderir à venda dos CD's. Isso me interessava porque eu tenho uma paixão incrível pelos LP's. Desde criança eles me são meio hipnóticos: adoro ficar parado feito besta olhando aquilo rodar. Acho lindo!!! Principalmente se no meio tem um daqueles redemoinhos que apareciam nos discos da Som Livre.

Mas o filme não é só sobre isso. E não posso falar mais, senão estraga a surpresa. Como eu queria alguém pra bater um bom papo sobre ele!!!!

Só posso dizer que Etty Fraser é TUDO!!!!!!!! Como eu gosto dessa atriz. Queria vê-la mais por aí...

Fui!

Nem literário, nem personagem, nem escritor

Ontem foi um dia em que eu dei a mim mesmo o prazer de fazer uma das coisas de que mais gosto: andar por aí. Isso me lembra um tempo atrás, em que eu estava extremamente solitário. Tinha acabado de voltar a viver no Rio de Janeiro e ia às terças e quintas à noite pra a Especialização da UERJ. No decorrer daquele ano, as coisas começaram a ficar muito complicadas aqui em casa enquanto eu tentava estudar para a prova do Mestrado. Resolvi passar praticamente todos os dias na Universidade para não ter problemas. Foi a época em que mais li até hoje: tornei-me um rato de biblioteca! E os textos com os quais entrava em contato começaram a ter reflexos na vida: percebia as pessoas, a cidade, os momentos de uma maneira diferente. Quase como essas coisas eram percebidas pelas personagens. Ou pelo escritor.

Bom, mas em que tudo o que acabei de falar se relaciona com o passeio de ontem? Sei lá. Talvez tenha me sentido um pouco literário de novo: em um livro que a maioria acha chatérrimo, mas que alguns doidos consideram interessante. Eu quis dar uma de flanêur, acho. Era nele que pensava enquanto andava sem destino pelo centro da cidade.

Só que eu não sou literário. Nem personagem de nada. Imagina escritor!

Minha vida é morna, sem-graça, tediosa. Não estou satisfeito com um monte de coisas. Sinto que algo se perdeu e não entendo como.

Talvez tenha sido só um sábado muito do chato em que passei o dia inteiro diante do computador sem fazer nada de realmente útil. Ou então a consciência de que terei mais um mês apertado pela frente por culpa única e exclusiva dos meus excessos. Pode ser, também, a sensação de que não estou rendendo tudo que eu deveria (e poderia) nos estudos e no trabalho por simples desânimo. Ou posso estar deprimido. Quem é que sabe?

Não estou bem. E foi de repente. Ou não. Essa sensação péssima deve estar sempre aqui esperando a hora certa de aparecer e me deixar assim.

Queria ser especial para alguém. Sentir-me amado: a coisa mais importante do mundo. Só não sei se esse alguém seria um outro ou eu mesmo.

Não sei.

Ao do disco The Green Fields Of Foreverland, do The Gentle Waves.

quinta-feira, 6 de maio de 2004

Pensamentos bizarros na hora do sexo

Sexo sempre foi algo engraçado pra mim. Quando era criança, tinha-o como uma coisa distante, incompreensível e estranha. Via as cenas na TV, ficava excitado e confuso, sem entender direito o que estava acontecendo comigo. Aprendi a me masturbar bem cedo, mesmo antes de ter um corpo preparado para tal e, no fim da "atividade", surgia uma culpa que eu não conseguia entender.

Na adolescência foi o terror: Espinhas, pêlos estranhos, suores, a questão de "ter que ser homem" cada vez mais forte à minha volta. Andava na rua imaginando como seria a vida íntima das pessoas:

"Será que ele transou ontem?"

"A professora de inglês faz sexo?"

"Eles também têm pelos lá embaixo?"

O tema e suas declinações não me deixavam. Um dos maiores medos da vida era ser pego em público no meio de uma ereção insistente (eu ainda tenho essa "fobia", acho) e, por isso, cada vez mais reprimia o olhar, os anseios.

O fato é que sexo sempre foi um lance com o qual nunca me senti completamente à vontade. E, de alguma forma, isso não mudou muito.

Não é pra confundir! Não tenho frescuras na cama. É que me sinto (como posso dizer?) um pouco jeca, às vezes. Meio bicho do mato. Estão acontecendo altos lances e estou pensando tanta besteira... Uma vontade de rir, de gargalhar... Só não o faço porque acho que nenhum parceiro levaria na boa.

Falo disso porque, depois de algum tempo de aridez total, tive um daqueles encontros rápidos, vazios e indolores que têm sido a tônica de meus envolvimentos há anos (assunto de outro post, provavelmente um dia) e, mais uma vez, fiquei pensando palhaçadas.

Tem coisa mais estranha e, ao mesmo tempo, bonita do que um homem excitado andando pelado? Não consegui deixar de pensar nisso ao ver o meu parceiro levantar preocupado (e ereto) procurando Rinosoro, já que eu mal conseguia respirar. Achei a cena tão patética e... FOFA!

Era isso o que eu tinha a dizer.

Estou com vergonha desse post...



Mas foda-se (saudades da tecla)!

sábado, 1 de maio de 2004

Feriado bacana (parte final)

Sábado: Garota X, praia, Dré, Freedom
Acordei lá pelas onze com o celular da Musa do Verão tocando. Na verdade, eu estava num levanta/não levanta há algumas horas porque escolhi justamente o local em que pegava sol de manhã pra fazer a minha tenda. Mas, voltando ao assunto, a coitada da Musa teve que sair e resolver um problema de trabalho.

Ficamos esperando-a pra ir à praia e, na TV, descobrimos a mais recente diva da música brasileira: a Garota X.


Legenda original da foto (retirada do site da Furacão 2000): Garota X e seu Cuca se preparam para entrarem no palco em Macaé.

A Estrela Cadente viu a foto e me disse que a minha ídola tem um quê de anime/mangá. E não é que é verdade?

Ela e seu companheiro Seu Cuca, cantam músicas cheias de lirismo, poesia e verdade interior:

"Quem é Seu Cuca
Seu Cu'qué eu"

Lindo, não? :-)

Infelizmente, nem eu, nem o korn encontramos músicas dela pela net. Alguém pode nos ajudar pelo amor de Deus???????????

Anyway, depois que a Musa voltou, fomos à praia. Pegamos um ônibus errado e, enquanto ele dava a maior volta do mundo e o korn e a Musa discutiam negócios financeiros, eu fiquei quietinho admirando a vista do Jardim Botânico. Bonito...

Lá foi bem legal, apesar de termos ficado pouco tempo. Demos asas mais uma vez às nossas tendências Trash e contamos vários sucessos de Gizele:

"Me apaixonei por São Pedro..."

De volta, foi a vez de conhecer mais uma figurinha maneira de net, o Dré. Ele e o korn já teclavam há um tempão e eu o conhecia levemente por causa da lista do Queercore e, mais recentemente, pelo blog. Muito maneiro de conversar. Um barato.

Fomos todos juntos ao (como ele chama) Botafogo Biba Shopping e nos divertimos muito enquanto tomávamos milkshake de Ovomaltine. Em algum momento, ele falou:

"Já perceberam que toda bicha 'in' tem um Fotolog?"

Fiquei com isso na cabeça e, mais tarde, perguntei à Musa:

"Se toda bicha que tem Fotolog é 'in', as que têm blog são o quê?"

A linda resposta dela:

"Uóóóóó!"

>:-(

Depois dessa, melhor me calar sobre isso e dizer que, à noite, fomos à Freedom e sabe quem encontrei logo de cara????? O CARINHA-BARBIE-DRAG! Putz, ressurgido das cinzas:

"Oi, nossa, como você está diferente, mais carequinha!"

Hã?! Como assim? (Meu bordão ao lidar com ele...)

Falando nisso, eu ando com um fetiche meio louco por carecas de cabeça raspada. Fiquei dando bola pra dois lá, mas só um deles me correspondeu. Quando fui chegar nele, claro que já estava beijando outro.

Humpf. Sem comentários.

O ponto alto da noite foi assistir à guerra fria de um casalzinho lindo de rapazes (apelidados por nós de Lucas e Ramon - não é fofo?) ao estilo "belami". Eles sentaram na nossa mesa e ficavam num jogo de olhares ótemo e depois ainda embarcaram no mesmo ônibus (errado, culpa do korn) que a gente.

Mas não é uma coisa meio loser total ter como ponto alto da noite a análise de uma briguinha de moleques?

Fazer o quê, né? Coisas de quem geralmente: bebe, paga mico, dança feito um maluco e não pega ninguém. Sempre, talvez, nessa mesma ordem.

Domingo: The end e conclusões
Acordamos, comemos, conversamos e pronto: hora de ir embora. Peguei o mesmo ônibus que levaria o korn até a Rodoviária e nele nos despedimos. Fui pra casa fazendo um balanço do feriado:

1.Foi muito legal conhecer o korn. Mesmo. Só me incentivou a conhecer outros amigos "virtuais" que adoro.
2.A Musa do verão vai ser zoada assim até o fim.
3.O Dré é tão engraçado e gente-fina quanto parece ser pelo blog.
4.Garota X é o máximo.
5.Meu encalhe é um problema sem solução mesmo. Não tem jeito.
6.Eu não sou uma bicha uó por ter blog!!!!!

É isso. Fim da novela. No próximo post, isso aqui volta à sua programação normal de lámúrias, literatura, neuroses e um pouco de ironia, quem sabe.