domingo, 9 de novembro de 2008

Odeio o fim do ano, mais especificamente o mês de novembro. É que detesto a idéia de não saber exatamente como serão as coisas no ano que vem com relação a empregos e afins. Inevitavelmente essa pergunta aparece agora. Vou continuar nas escolas novas? Surgirão outras oportunidades? Como ficará a grana?

A semana estava difícil por conta disso. Muita coisa na cabeça, muita responsabilidade, estava meio que pirando. Segunda botei tudo pra fora numa crise de choro. Coisa bem drama queen.

Mas é o que venho discutindo na análise: estou vivo e isso é basicamente o que importa. Sempre gostei da filosofia do aqui e agora. A única que tenho neste exato momento é meu pc, um som do Los Hermanos, um companheiro em surto criativo no outro cômodo, um cão lindo dormindo exaurido na sala e uma enorme vontade de escrever e dizer o quanto estou feliz.

Hoje foi e está sendo um dia bom. Encontro de galgos para fotos. Primeira vez que deixamos o Eugênio solto no meio de um parque. Fim de tarde com mergulho no Arpoador. Fazia meses que não ia ao mar, caramba! Comecei a lembrar do início do ano, das férias aqui em Copa. Ô sensação boa! Bom saber que o verão está chegando de novo. O povo me fala aquelas coisas que todo mundo fala sobre ter cães: "Ai, você ficará preso, não poderá viajar e tudo e blablablá!" e eu respondo: "Sou louco de sair do Rio no verão? Vou deixar de não ter um cão por causa de quinze dias por ano? Estão loucos?!"

Pois é, não sei como vivi tantos anos sem cachorro. Isso nunca mais vai acontecer. É muito, muito bom!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Acho que finalmente chegou a hora de tomar uma decisão.

Minha vida está de pernas pro ar. Minha cabeça, enlouquecida.

Não tiro minha respinsabilidade quanto ter ou não sanidade nas minhas atitudes, mas está foda pensar com clareza.

Estou com muita vontade de morar sozinho. Sozinho mesmo, sem ninguém por perto. Só eu.

domingo, 24 de agosto de 2008

Sexta pedi demissão na escola do Recreio. De repente apareceu uma oportunidade numa aqui perto de casa. De nome, tradicional, de freira, etc.

As coisas já não iam bem por lá fazia tempo. A insatisfação era grande e vivia dizendo que assim que surgisse algo não pensaria duas vezes.

Não pensei duas vezes.

Encostado na parede, disse tudo que me incomodava e por que, depois desses cinco anos, quis sair assim, em pleno agosto.

Essa é a minha última semana. E agora caiu a ficha. Quando olho meus alunos, os colegas, os inspetores, todo mundo...

Não consigo conter as lágrimas só de pensar que não farei mais parte daquele ambiente, que não conviverei mais com aquelas pessoas.

Foi lá que eu aprendi a ser professor, porra. Foi lá que tomei gosto pela minha profissão.

Por que as decisões sempre têm que ser tão difíceis de se tomar?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ontem resolvi fazer diferente e ir a Realengo de busu em vez de trem. Não queria correr o risco de ir em pé, sabe? E pensei que um daqueles expressos que vão pela seletiva da Brasil poderia ser mais rápido.

Peguei um tal de S-10 (Bangu) lá na Central. Perguntei ao motorista se passava na praça do Canhão, ele disse que sim. Entrei meio desconfiado. Sabe quando você tem a sensação de que foi respondido sem que houvessem ouvido a pergunta direito?

Primeiro choque: O ônibus estava lotado. Pensei que não havia problema, afinal, ia ser rapidinho mesmo, fazer o quê?

Segundo choque: Passamos direto pela saída de Realengo na Avenida Brasil. Meio constrangido, perguntei a algum pessageiro aonde iríamos parar. "Buraco do Fainha", ele disse. "Caralho", pensei.

Terceiro choque: Um velho-magrelo-desdentado-bêbado começou a xingar todo mundo. Que boca suja, cara! Ele ameaçadoramente ficava acendendo um isqueiro sei lá para quê. Até que uma senhora-idosa-de-70-anos-crente (como ela mesma fez questão de enfatizar) começou a bater boca com ele. Foi mais ou menos nessa hora que liguei para minha mãe para dizer que me atrasaria um pouco.

"Que barulheira é essa aí, meu filho?"

"Nem te conto..."

Assim que desliguei, houve uma parada para as pessoas descerem e, de repente, o povo começou a gritar:

"EXPULSA, PÕE PRA FORA!!!"

Uma mulher corpulenta e decidida se levantou do lugar e, aos empurrões, colocou o bebum na rua. Aplausos gerais, risadas, inícios de bate-papos... Aquela catarse de quem está numa situação horrorosa, mas que se diverte assim mesmo.

Essa cidade é louca, eu sou um idiota que vive se metendo em furada (e vou vendo no que dá até poder sair dela - leia-se o Buraco do Fainha), minha rotina é pauleira e fodida, mas estou feliz assim mesmo.

À noite, quando cheguei a Copa e saí da estação do metrô, vi umas pessoas tocando algum instrumento num bar, o povo andando descolado na rua, os mendigos da Bolívar, o meu prédio.... Agradeci a Deus por mais um dia e fui dormir bem.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A semana começou. Um batalhão de provas para corrigir, dois livros de 200 páginas para ler, uma carga horária considerável de trabalho. Tudo poderia ser diferente se eu me organizasse melhor. Cara, há anos fico repetindo isso para mim. Que merda.

Mesmo assim, estou arrumando tempo para a academia de novo. Ajuda a manter a saúde física e mental.

Semana que vem começo a estudar muito pra um concurso aí. Cara, se eu passar, resolvo TODOS os meus problemas financeiros. E não estou exagerando.

Ontem estava bem deprimido por conta de grana. Às vezes parece que não tem saída. Desesperador. Esse tipo de coisa é um sério problema meu. É bem difícil eu tomar alguma atitude. Sempre fui assim. Aí, de repente, me bate um troço e do nada saio arrumando um monte de soluções para alguns problemas. Mas confesso que esse meu padrão de comportamento está me irritando bastante. Bem melhor viver com equilíbrio, sabe?

Bom, pelo menos acho que deve ser, já que não tenho muita certeza se alguma vez vivi assim.

O bom é que a minha mãe agora aplica reiki e esse troço é bom pra caralho. Estava na casa dela por conta do dia dos pais e pedi que ela fizesse em mim. Puxa, fiquei bem mais animado!

Estava pensando hoje e falei para uns amigos: O que importa na vida é não deixar os problemas de lado, e sim enfrentá-los, mas com sangue frio. Sem emoção. É assim que faço em sala de aula e dá certo. Cada vez mais me dou conta de que minha atitude perante os alunos é a mesma que deveria ter diante de todo o resto: firmeza, coerência, postura e atenção sempre no máximo.

Acho que assim mantenho o peso, resolvo as dívidas, paro de ter tanta picuinha com meu carinha e por aí vai.

domingo, 10 de agosto de 2008

Eu ando isolado e evitando o cantato humano, mas ontem entrei no MSN e fiquei online pela primeira vez em muito tempo (neste momento também estou). Logo apareceram umas três pessoa spra conversar. Umas pessoas não muito íntimas, mas queridas.

Duas delas me perguntaram se havia abandonado o blog de vez e não soube responder. Às vezes fico meio com vergonha de escrever aqui. Cada dia que passa me acho muito mais louco. Mas sei lá. É bom ao mesmo tempo pôr pra fora o que vem pela cabeça e refletir sobre a vida por aqui. Mesmo já fazendo análise. E que se danem os que acharem que tô boderline ou bipolar demais.

Mas, enquanto escrevia agora, fiquei viajando sobre o que significa deixar o MSN online: uma porta aberta para quem quiser falar comigo. Lembro que passei a ficar offline quando escrevia minha dissertação e não conseguia estabelecer um limite entre parar de falar com as pessoas e conseguir trabalhar. A saída foi a atitude drástica de cortar o acesso a mim mesmo pelo comunicador.

Que piração!

Tenho pensado: qual é a saída para estabelecer limites às pessoas sem cortar o acesso delas à minha vida, sem perdê-las, sem chegar a um ponto doentio?

Está vendo o porquê a vergonha? Isso é muita doideira!
É estranho parar e pensar que uma vez pensei que tivesse ultrapassado algumas das minhas maiores dificuldades. Nunca foi uma atividade muito fácil me relacionar. Desde pequeno, quando tinha muito jeito "viadinho", era muito complicado estabelecer um limite claro de até onde as pessoas poderiam ir comigo. Houve épocas de extrema solidão na infância. Tinha medo de me aproximar muito. Qualquer hora alguém ia me sacanear e eu não conseguiria reagir. Meus pais falavam: toma uma atitude, não deixa isso acontecer, faz que nem fulano, faz que nem cicrano. Nunca consegui.

E nada parecia ter muito jeito. As notas eram baixas, eu não tinha amigos.

Com meu primeiro namorado, as coisas fugiram muito do controle. O cara fez dívidas no meu nome, a gente tinha uma relação esquisita de maus tratos, de tortura psicológica. A história acabou e eu estava endividado e em frangalhos.

Veja bem, não sou vítima. Assumo que é dificuldade minha não saber dar limites às pessoas. Isso apareceu na minha análise essa semana.

Quando emagreci, achei que tinha conseguido vencer isso. Que nada. Só fiquei mais agressivo com as pessoas. Dando foras, sendo estúpido e mal educado.

E, na verdade, essa tem sido a minha saída ultimamente: a agressividade, a perda de cabeça, a loucura.

Eu sou louco, as pessoas são muito loucas. Cada vez mais acredito que para viver é preciso ser como em sala de aula: atento, ligado, tenso. Assim como os alunos que querem o tempo todo desrespeitar as regras, não por serem maus, mas por talvez isso ser uma imposição inata deles, as pessoas nos testam o tempo inteiro para saberem se podem ter ou não determinadas atitudes conosco.

Vivo uma relação intensa e apaixonada com uma pessoa linda, mas cheia de defeitos que, quando quer ser mau e ultrapassar um limite, não pensa duas vezes. Eu, por outro lado, volto aos meus problemas de antes e não sei como lidar com isso. Fico louco, agressivo.

Talvez eu seja muito duro comigo, mas não agüento mais viver assim. Não tenho mais o direito de me perder, de me enrolar, de ficar com a vida atravancada por não saber lidar com o mundo. Meu companheiro, na última vez em que brigamos, acusou-me de ser uma pessoa sem atitude. E o que mais dói é saber que isso é verdade. Inclusive ao me relacionar com ele.

Foda, cara. Preciso resolver isso.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu tenho viajado sem tomar nada. Bom isso. Ou loucura, sei lá. Basta ligar a lavalamp do meu quarto e ficar olhando aquela bolha laranja flutuar no meio da luminária, ou andar no túnel Rebouças de madrugada na pista do meio sem nenhum outro carro por perto (claro que só faço isso de carona), ou ficar hipnotizado observando as visualizações do Itunes, ou ficar admirando o mar quando passo no elevado do Joá. Tudo muito bom.

Tanto tempo de silêncio significa que tenho andado menos verbal. Cansado de palavras, sabe? Não tenho muito a dizer. Por isso, não vivo mais online, não ligo tanto para as pessoas. Faz-me bem ficar quieto. Já basta a verborragia da análise, já basta falar o dia inteiro com alunos, já basta corrigir tanta redação, já basta um mestrado em literatura.

Aqui em casa tem uns vídeos muito loucos. Às vezes a gente liga e eu fico meio lobotomizado vendo: nenhuma palavra.

O Jurandir Freire Costa anda estudando a "cultura de sensações", ou "cultura do prazer", algo assim. Li um breve artigo sobre, não me aprofundei. Só sei que ele julga negativamente. Sei lá. Tenho curtido simplesmente sentir o que os estímulos sonoros, táteis e, principalmente, visuais têm me despertado. E não me dá muita vontade de ficar elaborando sobre.

Ou dá, né? Afinal, estou escrevendo isso tudo aqui.

Que contradição.

Credo.

domingo, 4 de maio de 2008

Congresso da escola católica na sexta e no sábado do feriadão: ai, que tristeza. Aquela coisa: tinha que ir. Não era obrigado, mas tinha que ir.

A escola onde ele ocorreu ficava na Usina, uma parte da Tijuca ao lado do Borel. Muito perigoso, todos diziam. Uma propriedade linda, que fica no alto, perto da floresta... Fui de integração metrô-ônibus, lendo Época, ouvindo música clássica na rádio Mec (descoberta boa...). Quando subi num bondinho para onde ocorriam as palestras, fiquei feliz com a paisagem.

Quanto às palestras... Aff... Que modelo mais sacal de transmissão de conhecimento! Odeio powerpoint e seus gráficos horrorosos, odeio os palestrantes tentando se fazer de engraçados e dando lições de motivação, odeio ficar duas horas sentado no calor e em poltronas desconfortáveis!

Acho que é porque cansei mesmo de ser aluno. Até que não posso reclamar tanto. Tirando o mau humor, deu pra repensar algumas coisas na minha prática, no meu dia-a-dia na vida e em sala de aula. Um professor me disse, ao final de tudo, que também tentava mudar certas coisas, mas, quando via, estava fazendo as mesmas merdas de novo.

Quase falei que tenho análise uma vez por semana, percebo várias coisas que estão erradas no jeito que levo as coisas e vivo fazendo as mesmas merdas de novo. É a vida.

Mas acredito que cheguei a uma atitude diferente na minha relação com PK. Ele viajou pra SP no FDS pra se divertir. Passagem baratésima na TAM, eu fora dois dias inteiros, blábláblá. Um mês atrás acho que piraria. Chega dessa merda. Não largo dele, nem quero. Para quê ficar tentando mudar o cara o tempo todo? Gosto dele desse jeito mesmo, não é? Louco, estressado, focado, pirado, solto, livre. Deve ser por essas coisas que faltam tanto em mim...

Amanhã faz um ano que a gente se conhece e está junto. ele nem sabia, é claro. Só saquei por causa do blog. E parece que dá certo entre altos e baixos, términos, ficadas, amizades coloridas, trepadas, amigos-que-moram-junto, pessoas-que-dividem-a-vida-sem-rótulos, casamento, etc. Que doideira.

Quem diria, hein!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

É sempre assim. Antes de um dia de trabalho, sempre durmo pouco, afinal, dificilmente não tenho alguma coisa para fazer, seja prova para corrigir ou para elaborar, seja um planejamento, uma preparação de aula, coisas assim. Tenho dificuldade de concentração à tarde. E, geralmente, estou cansado demais porque dormi pouco na noite anterior, andei muito de ônibus pela cidade e lecionei seis tempos a manhã inteira usando de bastante força para poder controlar os alunos. Acaba virando um ciclo vicioso do sono não realizado.

Ontem fiquei preparando as trimestrais. Uma trabalheira do cão. O bom da madrugada é que estou tão desesperado para dormir que me concentro bastante, mas, infelizmente, só consegui me deitar 1h30min.

Acordei às 5h40min, pois tinha deixado tudo preparado: roupa passada e separada, mochila arrumada, sanduíches prontos para a merenda, suco light de maracujá na jarra, casa organizadinha.

6h20min peguei a van que me leva ao Recreio. Ela passa pontualmente a essa hora, com as mesmas pessoas, inclusive a Márcia, mas não conversamos essa manhã. Ela colocou um fone no ouvido e eu fiquei com os olhos fechados tentando dormir mais um pouco, mas não deu, pois as duas professoras de educação infantil de alguma escola da Barra não paravam de conversar alto. Elas todos os dias fazem isso, as malas. Já estou acostumado. Vacas.

Ao descermos a rua da escola, o Pauline nos ofereceu carona. Entramos no carro. Aquela coisa de "bom dia!" e "tudo bem?". Resposta inesperada dele: as coisas não estavam bem. Sua mãe havia morrido e ele acabara de receber a notícia. Vendo-o chorar pelo retrovisor, lembrei-me, inesperadamente, de que hoje é o aniversário da minha e que ela fica chateada se não damos logo os parabéns. De preferência, à meia-noite.

Caramba! Tão absorto estava nos meus afazeres e na minha rotinazinha que só assim lembrei dessa data!

Cheguei à escola, fui para sala de aula, liguei para mamãe (bateu uma saudade), distribuí os testes sobre o livro, falei pela 27a. vez que não era para consultar a obra, ouvi as lamentações dos que não leram, neguei segundas oportunidades, dei uma ou duas broncas, comecei a escrever este post à mão.

A vida adulta é dura, difícil. A gente trabalha pra caralho, tem que cuidar de si, pagar contas, manter a casa arrumada, levar bronca de chefe, fazer atividade física, comer bem, amar (e controlar os ímpetos da paixão), saber mexer com dinheiro!

Só lembrei do aniversário de minha mãe porque o Pauline perdeu a sua. Vira e mexe perco meu eixo com PK, não tenho dinheiro para porra nenhuma, engordei 4kg, estou novamento com provas e provas para corrigir. É angustiante!

Preciso arranjar um jeito de dar conta de tudo!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sei lá quantos meses de silêncio. Fazia tempo que não dedicava ao blog a devida atenção, nem me sinto nesse compromisso. Ele existe, está no ar e quando der na telha, posto.

Agora deu na telha.

A razão do silêncio? Quem vai saber. Seja lá qual for, é a mesma que justifica meu sumiço do convívio de um monte de gente. Desculpas a todos. Cada dia mais só consigo justificar minhas falhas e imperfeições com a frase: Acho que sou maluco mesmo.

Estou absorto num monte de mudanças. E se alguém lê ou lia e ainda se lembra de alguma coisa, sempre disse que não sou uma pessoa muito afeita a transformações. Mesmo que sejam para melhor, mesmo que signifiquem evolução, mesmo assim. Demoro a me adaptar, a me acostumar, a gostar do que está diferente.

O que mudou? A casa, agora estou em Copacabana. O roomate, que agora é o PK. Um emprego, larguei o Mérder e estou numa escola católica no Flamengo. O "estado civil", de solteiro imerso em putarias, virei alguém que divide a vida com outrem numa relação aberta e conturbada.

Faço análise uma vez por semana, dei uma baita relaxada nos exercícios, engordei uns 4 kg, nunca estive tão endividado.

O momento é de crise e sempre volto a escrever quando me sinto tão perdido quanto agora. Acho que faz bem. É bom voltar a olhar melhor para mim mesmo e refletir sobre as coisas.

É isso. Voltemos a ver minha rotinazinha publicada.