quarta-feira, 28 de junho de 2006

Patologia?!

Deve ser patológico isso de só me interessar por quem não me dá bola. Naquele dia da praia, o Cramus disse que eu cresci bastante, pois parei com aquela história de pagar de loser. Não acho isso mais cool. E não é mesmo. Agora, sem correr o risco de voltar a velhos hábitos, chego à conclusão de que não pode ser normal essa história.

A Fernanda diz que a graça é que, por ser inacessível, a pessoa parece a mais legal do mundo. E, realmente, se olho para as minhas antigas paixões frustradas pela rejeição, sempre fica a pergunta: o que vi nessa criatura de Deus?!

Ah, mas nem é tão dramático assim... Na verdade, não é nada dramático. Chega a ser entediante de tão parado e monótiono.

Enquanto isso, ando ouvindo Strokes o tempo inteiro. Uma agitaçãozinha bem rock and roll vai bem. Rola umas solidões e tal, mas não posso reclamar do que naturalmente busquei, não é? Apesar de o silêncio me incomodar às vezes, simplesmente não me dá vontade de conversar com praticamente ninguém.

Credo, assim eu fico com medo! O que acontece comigo???? Síndrome de rejeitado com tendências latentes para ermitão?!

terça-feira, 27 de junho de 2006

Recesso e adendos

Falta tão pouco para o recesso de julho!

E, aproveitando a fase completamente anti-social, acho que vou me enfiar nos matos de São João da Barra para ficar quietinho perto da mãe e do pai, aproveitando o frio silencioso para ler um bando de livros de literatura infantil blockbuster! E vou ver se me enfio na cozinha com dona Cirle... Ver se aprendo a fazer o trivial delicioso que ela prepara.

É só o que falta para me tornar uma dona-de-casa perfeita!

:-)

Adendo: um professor pra lá de gato do Méier (e obviamente gay, é claro) veio me perguntar se uso MSN e pediu meu endereço. Sei não, viu!

Adendo 2: é muita felicidade estar vivendo na época da tangerina! QUE DELÍCIA!

Adendo 3: cada dia mais percebo que a sala dos professores é o pior lugar do mundo. Puta que pariu! Corrigir provas? Lançar notas? Ficar descansando? Quem é que consegue com tanta besteira e carência rolando pelo ar? O pior não é abrir o bocão e contar histórias que ninguém quer ouvir, o problema é querer que todos parem o que estão fazendo para dar atenção. Que saco! Pois finjo que nada está acontecendo e continuo fingindo que não estou ouvindo. Tão bom finalmente ter aprendido a ser antipático!

domingo, 25 de junho de 2006

Insight

Percebo que, às vezes, valorizamos demais pessoas que fazem por nós somente o que qualquer um pode fazer. Qualquer um mesmo.

Perda de tempo, não?

Sim, estou falando DELE. E, quando penso nesse tema (Quase sempre... Ainda.), não consigo deixar de dar um muxoxo de cansaço:

Ah, que saco! Humpf!

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Trabalho de semeadura

Às vezes tenho a sensação de que, quando converso com as pessoas sobre as minhas práticas no trabalho, elas geralmente ficam assustadas... Certas decisões meio "malucas" que tomo com os alunos e por aí vai.

Todo ano aparece uma "turma do mal"... A gente sempre se assusta e se choca com as coisas de que a tal galerinha é capaz de fazer. Engraçado, não? Já era para ser esperado que fosse assim, mas a gente ainda se surpreende. Será que não é porque os professores formam um grupo diferenciado de pessoas que ainda têm muita esperança no que está por vir? Pode ser. Aí é que está a chave, acho... Explico.

Como não pôde deixar de ser, houve uma turma assim na escola do Recreio. Meu susto foi enorme certo dia, quando somente uns três alunos haviam feito a tarefa de casa de maneira completa. Lembrei-me de uma entrevista de emprego que fiz no início do ano. Nela, a coordenadora disse algo do tipo:

Nem adianta passar tarefas de casa, pois eles não fazem mesmo. Exercícios, somente em aula.

Como me recuso a concordar com isso e como acho que no dia em que eu abrir mão de algo tão básico quanto a tarefa de casa porque "eles não fazem mesmo" levo à frente aquele antigo plano de ser comissário de bordo, não quis seguir em frente com a entrevista. Por isso, enquanto via os cadernos e, enquanto percebia que não haveria jeito de dar aula e tirar dúvidas de um exercício que quase ninguém fez, calmamente fiquei matutando um jeito de dar um susto naqueles vadios. E veio a coisa mais básica do mundo. Um esporro clássico e eficaz:

Não vou perder meu tempo corrigindo com a turma inteira um exercício que somente 5 fizeram. Pois bem: os que fizeram me esperem no corredor, pois somente vocês terão direito a tirar suas dúvidas. O resto permanecerá em sala fazendo a tarefa de aula normalmente e ficará, durante o recreio, fazendo o que deveriam ter feito em casa. Vejam bem que foram esgotados todos os meus limites de paciência, por isso eu não admito de vocês UM PIO SEQUER enquanto eu estiver corrigindo com os que fizeram. E, a partir de hoje, quem quer que deixar de fazer a tarefa de casa, ficará sem recreio cumprindo com seu dever. Em alguma hora na vida de vocês, as obrigações deverão ser realizadas. Se for na hora do descanso e da diversão, aí não cabe mais a mim escolher.

É claro que fiz um monte de caras e bocas de muito malvado. E é claro que mantenho a minha palavra até hoje.

Pois agora eu tenho entre 3 e 5 alunos que não fazem a tarefa de casa. E os renitentes que conseguem seu recreio de volta, ficam felizes da vida. E conquistei com a turma a fama de "professor que não deixa eles fazerem o que querem".

É nessas horas que eu esqueço o cheque especial e sinto que vou mudar o mundo. Está aí a razão de a esperança ser o mote da profissão. A esperança e a consciência de que é trabalho de semeadura. Os resultados da colheita talvez nunca serão devidamente conhecidos. E não venham me dizer que pego pesado, que assusto as criancinhas, que quero mais do que elas podem me oferecer. Estou no ramo de educação. Ninguém vai morrer por ficar de castigo, por ser cobrado por suas responsabilidades. Esse é o meu trabalho e, quando vejo o susto das pessoas, cada vez mais percebo que escolher essa carreira é coisa de herói ou de maluco, pois todos falam que é muito importante, mas parece que ninguém tem noção da dimensão que a coisa realmente tem.

sábado, 17 de junho de 2006

Momento "eu me acho sim, e daí?"

De certa forma, o afastamento da internet reflete um monte de coisas boas que andam acontecendo comigo. Um momento meio enorme auto-estima, saca? Acho que tomei consciência disso num dos papos com o Cramus na praia.

Sim, fomos à praia no Feriado.

Fez um sol bom... Nem acreditei que estava tão cheia. Nessas horas é que penso que existe mesmo muitos viados no mundo. Afinal, não vão todos para SP nessa época de parada?

Sim, freqüento a Farme de Amoedo.

Mas, então, uma das melhores coisas da vida é poder se jogar em infindáveis DR's com amigos sem aqueles malditos compromissos de horário... Deixar o papo rolar... Ê coisa gostosa! E registro aqui algumas das conclusões a que cheguei depois de ouvir o parecer daquele que me acompanhou no passeio sobre a fase que então me encontro.

Sim, sou um self-centered inveterado.

Descobri que sou mais eu, saca? Por mais que tenha que - sempre - recorrer ao cheque especial ou - vez ou outra - a empréstimos de amigos mais remediados (juros de 1,5% ao mês é o que há de mais maravilhoso nessa vida), eu arraso. Terminei o Mestrado, fui morar sozinho, emagreci, tenho uma profissão da qual me orgulho... São pequenas coisas que, somadas, fazem uma revolução. Daí que lavar roupa, ficar curtindo o silêncio do apê, arranjar um sexo para o final de semana, ir pela quarta vez ver Jean Grey louca de seu cu destruir tudo que vê pela frente são coisas muito mais bacanas do que passar tardes, noites e finais de semana em frente ao computador teclando, teclando, teclando...

Veja bem. Não é menosprezar os amigos. Deus sabe que poucos seriam eles se não fosse esse advento tecnológico. É que tem tanta coisa legal para se fazer aqui dentro e lá fora que... ah!

E, sim, sempre estou a fim de sair sexta, mas acabo indo dormir feliz da vida por causa do cansaço; não dou tantas festas quanto imaginei que daria - na verdade, pensar em fazer algo assim aqui em casa me parece um grande absurdo; não me deixo levar tanto pelas opiniões dos outros quanto antes - se pareço anti-social, mulher de malando, neurótico por limpeza, que se dane quem pensa assim.

Ah, e só mais um "sim".

Sim, é muito bom ter um Cramus como amigo nessa vida.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Sei lá... Eu já fui uma pessoa virtual. Agora acho tudo tão sem graça...

Tão sem graça...