domingo, 27 de fevereiro de 2005

Culpa minha?

Sempre reclamo e lamento por aquelas coisas mágicas que acontecem entre duas pessoas nunca ocorrerem comigo. Mas hoje tive a prova cabal de que provavelmente houve milhões de oportunidades na vida de fazê-las acontecer, mas nunca percebi. Ou nunca soube como lidar com elas.

Eu não tenho o menor jeito para paquera.

Eu sou a pessoa mais errada que eu conheço.

Eu começo a desconfiar de que esse lance loser-creep que só se interessa por quem não corresponde é algum tipo de mecanismo de defesa que não consigo entender porque existe!

Mas o finde foi luxo e depois eu conto tudo.

Novo jogo

Disse a Tati-Vagaba-Rio hoje no BBB:

"Eu acho que as pessoas que jogam CLAROS não deveriam ser discriminadas."

E eu pergunto:

Alguém sabe do que se trata esse jogo: "claros"? É de cartas, tabuleiro ou o quê?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

CDF-FÊNIX WANNA BE

Domingo tomei uma decisão na vida após ficar meio desesperado: voltar a freqüentar bibliotecas para estudo.

Não agüento mais a frustração de não ver absolutamente nenhuma linha escrita da minha dissertação!

Daí que me joguei numa sala de estudos da PUC e, entre uma cochilada e outra (porque ando enferrujado), consegui, sim, LER! Na verdade, fiquei empolgadíssimo com uma análise literária perfeita que encontrei.

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Não são muitas as pessoas que entendem o tesão quase erótico que eu sinto ao entrar em contato com certos textos sisudos...

Ok, foram somente 50 páginas. Normalmente, consigo muito mais que isso, mas chego lá. Questão de honra!

E à noite tenho me dado o direito de me divertir. Ontem fui jantar chee-tos, bolo de sei-lá-o-que, todinho e iogurte light no apê novo do Cramus! Mais tarde, nerdeação no MSN (Não, não abandonei o ICQ. NUNCA!) com a DEMONINDIE e com o Mutatches. E hoje combinei de fazer as honras ao turista paulistano Alê Lima, recém chegado à cidade.

Não tenho bofão, mas meus amigos são luxo!

E eu sou Indie Wanna Be e não desisto nunca!

domingo, 20 de fevereiro de 2005

Jogando-me by myself

Sexta-feira, estava com uma forte tendência a manter, no finde, a deprê que estava rolando entre altos e baixos a semana inteira. Aí tomei uma decisão: não seria por falta de companhia que eu deixaria de sair de casa. E ponto final.

Na verdade, eu até gosto bastante de badalar sozinho de vez em quando...

Passei a roupa, dei uma olhada na programação de filmes, peguei a integração trem-metrô super rápida e barata (porque sou pobre) e me joguei no Espaço Unibanco pra assistir ao Desde que Otar partiu. Adorei e chorei (porque sou culto e dramático).

De lá, peguei o último metrô pra Siqueira Campos e parei na Fosfobox (porque precisava de diversão garantida). Era cedo e não havia quase ninguém, mas decidi ficar por lá assim mesmo. Surpresa agradável: fui um dos 40 primeiros a chegar – na verdade o 39º – e não tive que pagar entrada ou consumação! A noite prometia surpresas melhores.

O chato de não ter companhia é arranjar o que fazer enquanto todos conversam. Então pedi um chopp, parei no balcão e fiquei assim, com ar de paisagem dando uma mirada nos bofes (porque um dos objetivos da night era também mostrar a cara, já que em casa não se arranja namorado).

Quando já estava pra lá de Bagdá, uma mulher que estava sentada no balcão puxou conversa comigo. Papo de bêbado, sabe? Mas curti, a gente se jogou na pista junto morrendo de rir... Foi ótimo.

E foi lá que aconteceu o surreal: eu paquerei! Um cara me puxou na pista e rolou uns beijos de 5 minutos. Só que ele sumiu. Depois, atraquei-me a outro e com esse rendeu mais tempo. Acontece que tocou Miss Kittin (Requien for a hit) , que abriu uma seqüência de músicas boas e não resisti: comecei a dançar loucamente. Então o cara veio com aquela de "vou ao banheiro e já volto".

Você, leitor, voltou? Nem ele... Normal passar e vê-lo nos amassos com outro, minutos mais tarde. Coisas da vida. Sem ressentimentos, resolvi pagar pra ir embora, mas aquele carinha desaparecido veio e me agarrou!

Gente, sou wally-creep-loser-meigo! Essas coisas não acontecem comigo!

O pior é que ainda houve tempo de dar vexame na boate, mas eu não falo sobre isso aqui, não.

Vergonha.

E eu fico pensando: foi legal tudo isso, já que geralmente saio, nunca fico com ninguém e me sinto invisível no final, mas essa coisa meio descartável me incomodou um pouco.

(porque eu quero OUTRA COISA.)

Ah, mas sem crises... Tô de boa!

Detalhe estranho: na época em que morava em Manaus, eu e uma amiga companheira de baladas conhecemos um cara que estava sempre no nosso point: a falecida boate ZOLT. Desconfiávamos de que ele fazia michê por lá... Pois não é que encontrei o dito cujo nessa última noitada? COMO ASSIM? Mundo pequeno (e complicado)...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Fibras do mal

Outro dia, pra dar o tempo de me encontrar com o André às 3 da tarde na cinelândia, saí com um pessoal muito divertido que há no trabalho para almoçar num natureba lá do Recreio. O restaurante é super baratinho e freqüentado por surfistas e por um povo que parece indie da Barra (?!), além, é claro, das tradicionais peruas de cabelos loiros, coisa característica da região.

Imagine o meu prato: Risoto de lula, arroz integral, purê de inhame, agrião, alface, cenoura ralada, feijão carioquinha (Que não é preto. Como assim?). De sobremesa, torta integral de banana.

Arrasei, não é?

Não, essa comida arrasou comigo porque todo o caminho que fiz depois com o meu amigo pelo centro, por Copacabana e por Botafogo foi tortuoso pelo suor frio que insistia em me afligir e pelas cólicas intestinais infinitas.

A pior coisa que existe é ter esses sintomas na rua. Onde estão os banheiros decentes?

Só sei de uma coisa: o Mac Donald’s NUNCA me deu piriri!

E tenho dito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Andando em círculos

Hoje recebi um e-mail super fofo de um cara com quem fiquei só uma vez. Ou melhor, com quem transei uma vez. Ou melhor, que só vi uma vez. Sabe como são aquelas coisas: carência bate, o tesão também e você topa ficar com alguém da lista b de opções porque precisa de um corpo...

Pois é. Desde então ele vem me ligando sempre, querendo me conhecer melhor.

Vamos lanchar?

Estou indo à praia, topas?

Quer dormir comigo hoje?

E sempre sou evasivo e distante com ele.

Até que hoje ele me manda a mensagem de celular:

Desculpa a insistência. Te mandei um mail.

O cara quer me conhecer mais, encontrar comigo de novo, acha que sou interessante, etc, etc, etc.

Por que não consigo ter os mesmos sentimentos/desejos?
(Aquela coisa inexplicável, sabe?)

Às vezes odeio isso de se relacionar com as pessoas.

Ao som de Sentimental, do Los Hermanos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

O intenso agradece

Outro dia conversava com um amigo e ele me disse que sou uma pessoa intensa. Nossa, pensei, nunca tinha parado pra pensar o que seria tal coisa. Achei um adjetivo tão forte que a minha auto-estima baixa logo retrucou:

Eu? Imagina!!!

Mas aí ele explicou que eu tenho um jeito de ser alegre muito forte. Algo meio contagiante... E tive que concordar que era verdade. E pensei também que acontece algo parecido quando me sinto triste. Calma, eu não destruo o humor de quem está perto de mim quando estou num mal dia... É que a deprê arrasa literalmente comigo.

A boa notícia é que ela passa rápido. Muito rápido. Talvez seja a maior vantagem de ser "intenso"... É só eu começar um trabalho, sair sem compromisso com algum amigo pra me distrair e pronto: estou bem.

É isso mesmo. Escrevo para dizer que estou bem. E pra agradecer as visitas meigas que recebi por aqui.

:-)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

Como desgraça pouca é bobagem...

Estou em crise com a família. e o pior é que eu estava morrendo de saudades deles.

Odeio quando o fato de "eu estar errado" se refere, basicamente, à questão moral.

Dá pra parar o mundo que eu quero descer?

Não dá para não pensar sobre...

Eu tentei, mas tem sido impossível não pensar naquela coisa sem explicação (ou cheia de explicação) que faz com que as pessoas nos repilam ou se sintam atraídas por nós. E vice-versa também, porque não sou de se jogar fora. Assim como também tem sido difícil controlar o choro.

Um saco, viu? Queria ter domínio sobre minhas emoções. Aí a vida seria uma maravilha. Ou o acaso mesmo poderia ajudar...

O mundo afetivo ideal seria assim: o cara por quem me apaixonasse pelos vários motivos explicáveis e inexplicáveis também me acharia a pessoa mais interessante do mundo também por vários motivos explicáveis e inexplicáveis. E ele seria especial para mim e eu para ele. Na verdade, a coisa mais especial do mundo! E a gente teria barracos, papos profundos, sexo e a certeza de que gostaria de estar sempre junto.

Mas isso nunca acontece. Não com a correspondência que eu gostaria. Aí eu sigo a vida tentando não pensar em tais assuntos no trabalho, no estudo, nas saídas com os amigos, nas tecladas, no blog... Mas, como disse, ultimamente isso não tem sido possível.

E ando sofrendo.

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Todo carnaval tem seu fim

Pode parecer meio tarde falar sobre isso agora, 5 dias depois da quarta-feira de cinzas, mas, para mim e meus amigos, o carnaval só terminou hoje, lá pelas 6h30min da matina...

O que foi que fiz? Viajei. De Realengo a Botafogo. Ok, é sacanagem, mas a sensação de sair de maneira bem ridícula com mala nas mãos até a casa do Gui foi a mesma que sempre tive quando fui pra rodiviária. E se a gente for contabilizar as duas horas que eu levo até lá, é bem uma viagem mesmo.

Desde quinta que virei agregado do meu amigo. Na sexta chegou o korn atacadíssimo. E esses 11 dias foram ótimos. Tão bom ter amigos...

O que rolou de bom? Deixa eu ver... Praia, boate, montanha russa, passeios, papos, sexo casual, vídeo do Latido e animação do Jaspion passando no computador 10 vezes por dia (sempre com boas risadas, por sinal), chapação, idas ao mercado e por aí vai...

Algumas vezes saímos com o André também. E ontem apresentei o Cramus pra galera. Gente, eu tenho uma patotinha de amigos gays! Não é luxo???

E estou aqui, no fim de tarde do domingo, sentindo-me tão triste... Porque acabou, porque vou sentir saudades, porque amanhã a real life recomeça com todas as pendências que fiz questão de esquecer na semana do carnaval, etc.

Mas já aguardo ansiosamente o próximo. E espero ter resolvido até lá todos os grilos e equívocos que insistem em permanecer comigo, fazendo com que eu quase não aproveite a companhia dos melhores amigos plenamente.

Mas é só quase... É bom ter algum equilíbrio. :-)

Por que a gente é assim?

Passou rápido

Passou batido e só agora reparei: no dia 10 de fevereiro o meu mundo complicado completou um ano de existência. Engraçado, pois ando meio que em crise com ele, sem vontade de blogar... Sei lá... De um tempo pra cá, não tenho mais me sentido à vontade para falar de certas coisas por aqui, o que é meio chato, pois o interessante do blog é justamente ter um espaço para desabafar, falar besteiras, etc.

Entretanto, mesmo assim continuo gostando muito de tudo que essa página me proporcionou e ainda proporciona. É muito claro que a minha vida social mudou completamente depois que entrei para o universo blogueiro. E isso não tem preço.

Talvez eu chute o pau da barraca e desencane de vez, portanto não se assustem comigo.

E que eu consiga ter vontade de escrever esse diarinho por vários outros anos!