sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Eu odeio fazer análise

Eu odeio fazer análise. Antes de começar, eu achava que seria super legal. Sinto que as pessoas, quando me ouvem dizer isso, se decepcionam, mas sinceramente eu desconfio de gente que ADORA ir ao psicólogo.

Sair de casa, pagar uma fortuna para sentar e admitir tudo sobre minha pessoa que desesperadamente tento esconder de mim mesmo, falar de coisas que não quero lembrar normalmente, encarar o fato de que tudo o que quis esquecer da minha vida continua aparecendo em mim das maneiras mais inesperadas possíveis: isso é análise. E obviamente é útil, mas dizer que adoro? NÃO.

É muito difícil admitir, por exemplo, que, mesmo após desenvolver meu intelecto, mesmo sendo uma pessoa extremamente crítica, minha baixa auto estima me leva a desvalorizar quem realmente sou ao ponto de eu gastar uma fortuna com bobagens que não poderia ter só por que eu tenho vergonha de não poder. Isso é tão infantil... E eu não acredito que demorei uns 12 anos, um monte de dívidas e horas e horas de desconforto no consultório para me ligar que não é para bancar a aparência que sonho que dinheiro serve!

Eu tenho certeza de que estou iniciando um processo de mudança na vida que será muito frutífero por causa da análise, mas, baby, é como escrever dissertação de mestrado, fazer dieta ou prestar algum concurso público: não é uma experiência agradável, apesar dos bons resultados.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Viajei a trabalho com os alunos e recebi tantos elogios sobre o comportamento deles...

Educação é coisa rara hoje em dia. Surpreende.

Mas o bom é que hoje é segunda-feira e voltei à minha rotina de segurança. Todo mundo fala mal dela: a rotina. Que besteira... Virou lugar-comum essa queixa e acho que as pessoas nem se dão conta do que falam.

Estou muito feliz por voltar a acordar cedo, por ver os mesmos alunos todos os dias, por tentar equilibrar minha alimentação, minhas finanças e meu desejo sexual novamente. Estou tranquilo.

Está chovendo lá fora neste exato momento. Abri a janela para ver e deixar o cheiro de terra molhada entrar um pouco em casa. Deus me ajude a nunca mais ter que morar em apartamento novamente.

Estou mais calmo com o monte de problemas que estou enfrentando. Vai dar tudo certo, é só não ficar ansioso por querer que tudo passe logo. Estou fazendo a minha parte e acho que, apesar dos escorregões, estou até indo bem.

Esse post não tem coerência nem tema, acho. E precisa?

Ouvindo o disco solo do Marcelo Camelo. Se estou triste, choro com ele. Se estou alegre, sorrio.