domingo, 31 de julho de 2005

Fizeram-me chorar nos últimos dias:

I'm looking through you
(McCartney)

I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?

You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.

Your lips are moving,
I cannot hear.
Your voice is soothing,
But the words aren't clear.

You don't sound different,
I've learnt the game.
I'm looking through you,
You're not the same.

Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.

You're thinking of me,
The same old way.
You were above me.
But not today.

The only difference,
Is you're down there.
I'm looking through you,
And you're nowhere.

Why, tell me why,
Did you not treat me right?
Love has a nasty habbit of dissapearing over night.

I'm looking through you,
Where did you go?
I thought I knew you,
What did I know?

You don't look different,
But you have changed.
I'm looking through you,
You're not the same.

Yeah, baby you've changed.
I'm looking through you...













Horizonte distante

(Marcelo Camelo)

Por onde vou guiar o olhar que não enxerga mais
Dá-me luz, deus do tempo
Dá-me luz, deus do tempo
Neste momento menor
Pra eu saber teu redor

A gente quer ver horizonte distante
A gente quer ver horizonte distante

Aprumar

Através eu vi, só o amor é luz
E há de estar daqui até alto e amanhã
Quem fica com o tempo
Eu faço dele meu e não me falta ao passo coração
E não me falta ao passo coração

Avante

A gente quer ver horizonte distante
A gente quer ver horizonte distante

Aprumar

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Fugidinhas nerds me fazem bem

Faltam alguns poucos minutos para as duas da manhã e me pego aqui, de repente, com uma vontade de escrever e de dizer que, neste exato momento, bateu-me uma tranqüilidade, uma alegria, uma paz. Sei lá. Coisa de doido, acho. Talvez eu seja maníaco-depressivo. :)

Como previ em outro post, o presente tem sido marcado por noites em claro. Juntando-se a isso, há momentos de grande inspiração. Claro é que eu continuo sendo Wally-doido-e-disperso e, portanto, perco-me, em certas horas, nas nerdeações alucinadas com Dulce Veiga (o computador, não a personagem do livro que estudo): configuração do programa de email, troca de player padrão (pela milionésima vez neste mês, larguei o Windows Media Player pelo Winamp. Vamos ver até quando isso vai durar...), alterações de pequenos detalhes no template do blog que ninguém além deste que vos fala deve perceber e assim vai. Ok, não me critiquem... Por mais atrasado que seja o trabalhador, há sempre um breve momento de lazer. E meus amigos sabem o quanto me divirto em tais atividades. Como afirmei anteriormente, devo ser meio pancado.

O lance é que finalmente sei o que quero dizer nas próximas páginas da Dissertação. Ok, talvez um planejamento bem feito anteriormente tivesse me ajudado nesse sentido há tempos... Entretanto, minha cabeça funciona de um jeito meio caótico. Pode parecer comodismo dizer isso, mas lá vai: só sei ser assim.

Agora é torcer para que dê tempo. Falando nisso, tenho que ir. Até mais.

PS: Estou assustado com a quantidade de tiros que andam sendo dados nas redondezas durante essas madrugadas em claro. O que aconteceu com Realengo, meu Deus?!

sábado, 23 de julho de 2005

Monotonia do bem

Está terminando a primeira semana do recesso escolar e só saí de casa na segunda-feira (acho q nunca alguém ficou tão arrependido de não ter ido ao cinema...). Tem sido boa a rotina com a mãe e com o pai. Refeições com os três à mesa, conversas amistosas. Adoro rotinas monótonas, confortáveis e quentinhas, como todos sabem.

Vou sentir falta disso... E, ai, de tanta coisa...

Outra maravilha é não ter hora para acordar. Fazia tempo que não dormia tão bem. Definitivamente, quando voltar ao trabalho, preciso arranjar um jeito de regularizar o meu sono. Não dá para passar as manhãs inteiras como zumbi... Impossível controlar a bagunça das crianças!

No mais, ando lendo e ruminando sobre o que ainda vou escrever na Dissertação. Estão pintando idéias e acho que a semana que vem será marcada por madrugadas em claro. Valerá a pena. Só espero que esse pesadelo acabe antes de o recesso terminar.

E quero ficar bastante tempo sem estudar (formalmente falando)...

Mudando de assunto... Como tenho usado pouco a internet para me comunicar com o mundo, ando baixando coisas. Ontem foi fascinante... Bateu-me uma doideira e resolvi procurar músicas dos Beatles. Pois não é que um cara lá no Soulseek tinha TODOS os albuns deles? No maior descaramento, peguei tudo. Em uma noite, os downloads estavam terminados. Nunca nada chegou tão rápido aqui. Viva a banda larga!

E só para constar, estou adorando ouvir os Cd's dos caras. Nossa, não sei o que estava fazendo antes para não ter experimentado isso!

Ah, parece que a Agir tá cumprundo mesmo com o calendário de relançamentos da obra do Caio. Já saiu a nova edição de Morangos mofados! É aquela revista por ele antes de morrer (eu preferia a capa da Cia. das letras, mas...). Claro que já chegou aqui em casa. :-) Encomendei na Saraiva assim que soube. Não perco tempo. A que eu tinha era antiga, toda despencada da Brasiliense (havia encontrado num sebo). Ai, mal posso esperar para sair o Pequenas epifanias e o Teatro completo. SONHOS DE CONSUMO!!!

quarta-feira, 20 de julho de 2005

Autocrítica sem baixa auto-estima

Um dia inteiro sentado e somente dois parágrafos escritos. Isso porque eu tenho que, até quinta que vem, escrever mais umas 40 páginas. D.E.S.E.S.P.E.R.O!

De qualquer forma, há a perspectiva de que esse pesadelo acadêmico vai passar em breve e meus planos para depois são muito finos: parar de ser CDF, passar muitas horas por dia numa academia e ficar gostoso!

Agora sério. Sério mesmo. Não entendo como alguma coisa se perdeu. Antes era fácil sentar e escrever milhões e milhões de trabalhos com a mesma naturalidade com que sento e escrevo este post. Eu era diferente. Mas não só nesse sentido intelectual, sabe? Mudei muito. Desde ontem que eu ando pensando nisso. Cadê o cara que gostava de estudar, que era romântico, que lia um monte de livros? Não tenho certeza se as transformações que aconteceram comigo foram para melhor.

Não consigo chegar a muitas conclusões agora, nesse momento especial da minha vida, mas a vontade que anda me dando é a de ficar em casa, sentado no meu canto, tentando encontrar o que se perdeu. Ou o meio termo.

O bom é sacar que a auto-estima não fica detonada como antes nesses momentos de crise e autocrítica. Consigo perceber que nos últimos anos, por exemplo, transformei-me num profissional bem mais seguro e eficiente. Legal ter uma visão justa de si mesmo! E é muito bom saber que alguma coisa eu ainda estou bem. Tenho que compensar em algo, né?

domingo, 17 de julho de 2005

Botão Atualizar

Vendo vários blogs bacanas e ajudando o Matheus nos layouts dos seus, bateu-me um desejo incrível de mudança (ou de inveja pura). O que foi engraçado, pois sempre adorei o meu template e achava que nunca teria que modificá-lo.

Conversei com meu amigo, pois jamais consegui fazer qualquer modificação aqui sem sua ajuda e começou o choque de idéias, pois ele queria uma transformação radical enquanto eu percebia, a cada proposta nova, que queria continuar com a mesma coisa, só que mais "limpa".

Começamos a caminhar quando ele veio com a idéia das ondinhas laranja-flutuantes em fundo totalmente branco com detalhes também em laranja (eu n abria mão dele de jeito maneira). Aí o troço fluiu e, em poucas horas, o layout era isso que está aqui: radicalmente transformado, mas, de alguma forma, ainda o mesmo: porque tem a minha cara, acho.

Mas qual a razão de fazer um post sobre isso? Bom, primeiro porque estou a fim, segundo porque passei várias e várias horas da semana voltado para isso e, por último, porque NÃO CONSIGO PARAR DE ADMIRAR O RESULTADO!!!!! SOCORRO!!!!!

E o mais legal foi a oficialização de um trabalho em equipe. Apresento a todos a What not to post crew.



Wally e Matheus arrasam!!!!!!

sábado, 16 de julho de 2005

Passeio na cidade

Como ontem foi o último dia em que dei aulas antes do recesso escolar, resolvi fazer algo diferente. Ando com saudades dos amigos, como venho dizendo aqui e liguei para o André perguntando se ele estava a fim de dar uma volta por aí. O engraçado foi que, depois de ele ter topado, bateu-me uma vontade de cancelar tudo e de voltar pra casa. Muito estranho. Depois de uns meses me forçando a não sair, dá preguiça de bundear de novo, mas tive força de vontade e parti para o Centro. Desde quando eu nego fogo?

Fomos a dois sebos e eu me joguei nas revistas antigas de X-MEN. Até consegui o número 1 daquela antiga editada pela abril! Tudo a R$1,50! A bolsa ficou pesada de tanto gibi. :-) Depois, andamos por uns antiquários e foi engraçado sentir os cheiros de coisas velhas e ver guarda-roupas. Tudo isso me lembrou tanto as casas dos meus avós na época em que eles eram vivos e a gente ia todo ano visitá-los... Melancolia!

E ando cada dia mais apaixonado pela cidade. Tipo as pedras portuguesas. Um dia eu peguei um táxi e o motorista reclamava da retirada delas da Visconde de Pirajá depois das obras do Rio Cidade. "São a cara do Rio", ele disse. E passei a reparar no chão os bairros e é fato: Seja na Barra, Recreio, Ipanema, Copacabana, Centro, Méier, Madureira ou Realengo, a gente sempre vai achar alguma calçada coberta e decorada com tal material. Tudo bem que nem sempre está bem tratado, mas achei tão charme! Sei lá... Dá uma identidade! Ok, acho que estou viajando.

E a gente entrou por acaso no Passeio Público também. Nossa, é incrível como há lugares que sempre estiveram lá e pelos quais a gente passa e nunca dá a devida atenção! Fiquei fascinado com a tranqüilidade e beleza daquele que foi o primeiro jardim público do país. Uma verdadeira maravilha no meio do Centro enlouquecido da cidade.

E lembrei que bem ao lado dele estava o Palácio Monroe, que foi demolido na década de 70 a pretexto de nada. Maior tristeza que me deu. Pois é. Passar a Andar por aí com o André foi o que despertou em mim e curiosidade pela história e pelas belezas da cidade. Cada dia que passa fico mais contente de ter voltado a morar aqui. :-)

No fim do dia, encontramos com uma amiga de trabalho dele e sentamos no Amarelinho para eu tomar uns chopps. Ninguém acompanhou na bebedeira, mas eu estava sentindo tanta vontade... E fui embora naquele estado semi-bebum que eu adoro...

Espero que as férias rendam bastante. Será tão bom não ter que acordar tão cedo... Agora é o final do processo da dissertação. Ainda bem que terei bastante tempo para me dedicar!

terça-feira, 12 de julho de 2005

K-y: primeiros socorros

Tenho sempre comigo uma nécessaire com coisas essenciais para emergências: camisinhas, k-y, escova e pasta de dente, fio dental e por aí vai. Sou um cara prevenido... Não gosto de sair de casa com menos de R$ 20 ou sem guarda-chuva. Nunca se sabe o que pode acontecer: dilúvio, bafo, dormir demais no busu e ter que pegar táxi, encontrar um deus grego interessado em sexo aqui e agora... Vai saber!

Daí que durante a explicação do assunto novo hoje, uma menina estava inquieta demais. Não, ela não conversava com alguma colega: era um desespero. Então, eu ficava conduzindo minha fala diretamente a ela para me certificar de que nenhuma dúvida restaria.

Não pareceu ter dado certo.

Na hora da tarefa de aula, ela não escrevia. Perguntei:

Por que não está fazendo, menina?

E foi aí que entendi tudo. A coitada estava com um anel apertado no dedo desde ontem. O membro estava inchado, meio avermelhado e ela começava a se desesperar. Falei:

Você tem que dar um jeito de tirar isso logo! Pode ser perigoso!

Aí foi a gota d’água para que ela começasse a chorar. Vendo aquela situação desesperadora e, sentindo-me incapaz de fazer algo, lembrei do meu kit e falei:

Acho que posso te ajudar. Vem comigo.

Sim, amigos, levei-a até o meu armário e peguei o lubrificante que salva a vida dos veados. Enquanto guardava a nécessaire, ela perguntou:

O que é isso, professor, kit de primeiros socorros?

Bem... Er... Digamos que sim.

E tasquei na mão da criança o gel. Imaginando que ela nem soubesse o que seria aquilo, disse:

Vai sair com água bem fácil. Não se preocupe.

Ah, tudo bem, professor! Lá em casa tem um troço desses!

Fiquei pensando se ela teria idéia de que fim útil sua mãe provavelmente dá ao item em questão, mas foi só por um segundo: melhor resolver a emergência.

E mexemos e mexemos no anel, mas ele pouco se movia. Manei-a umedecer as mãos, pois – por experiência própria – sabia o quanto o efeito de K-y pode ser intensificado com água. Bingo: saiu de um só puxão!

Passou o susto!

Mais uma vez fica provada a capacidade que K-y tem de deixar as pessoas felizes e relaxadas! Só espero que minha aluna não conte como consegui salvar seu dedo com riqueza de detalhes para os pais!

sábado, 9 de julho de 2005

Mais uma mudança?

Já está rolando há algum tempo a idéia de dividir apê com o Gui. Ele veio me dizer que ia se mudar e perguntou se eu estava a fim. Concordei na hora. Um monte de motivos.

Só que faz alguns dias que ele está procurando algo pra alugar e me cobrando uma posição. Daí eu medrei. Esse mês foi excepcionalmente pródigo no que se refere às sobras de dinheiro depois do pagamento das dívidas e o recente frio fez com que eu achasse a casa dos meus pais muito mais quente e segura.

Confesso que tenho medo de muitas mudanças ao mesmo tempo. Sei lá. Tem esse emprego novo e ainda estou me acostumando a trabalhar tão cedo mais dois dias na semana... Tem o final do mestrado... Aí, no meio de tudo isso, tem ainda virada radical na minha vida? De carinha tranqüilo que faz o que bem entende com a grana que recebe, terei que ser um homem sério que precisa se segurar se quiser continuar morando, comendo e andando de ônibus o resto do mês?

Bom, eu ainda estou em dúvida e fiquei de dar uma resposta ao meu amigo amanhã. É bem provável que eu vá em frente. Só não vou nunca deixar de admitir que estou morrendo de medo.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Supersticioso

Sabe quando tudo vai tão bem que você até evita falar nisso para que não estrague? É tipo o fato de fazer muito tempo desde a última vez em que fui assaltado... Não gosto muito de comentar! De alguma forma, sempre tenho a sensação de que, mencionando tal fenômeno, alguém que determina os acontecimentos do mundo pode se lembrar de me fazer passar por experiência parecida mais uma vez só de sacanagem.

Pra que é que eu fui comentar aqui sobre os malditos conhecidos que resolvem nos encontrar justamente a caminho do trabalho às 5h30min da manhã? Não é que aconteceu isso hoje? E Deus sabe o quanto eu PRECISAVA terminar de dormir na condução!

Sabe o que é pior? A conhecida era colega de trabalho! E foi me fazendo companhia até o final do trajeto. Eu bem que tentava me livrar do papo fechando os olhos sempre que havia um momento de silêncio. Ah, mas, quando ela via isso, começava a falar e falar e falar e falar e falar...

ad infinitum.

Mas quero pensar que isso é coincidência do destino e que ter falado aqui que faz muito tempo que ninguém me assalta não mudará, em nada, essa condição.

M.E.D.O!

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Bafão

Outro dia minha mãe madrugou também. Sei lá o que deu nela... Insônia, qualquer coisa assim, pois eu me levanto para trabalhar quando ainda é *NOITE*!

Foi bom porque é sempre muito solitário o aprontar-se no silêncio da casa que dorme. Acho bom ter com quem conversar de manhã. Adoro falar... Contanto que não seja no busu, por favor. Ônibus, às 5h30min da matina, é feito pra terminar de dormir, não pra bater papo com algum maldito conhecido que encontra você!

Mas estou divagando e não chego ao ponto...

Na hora de sair, fui dar um beijo nela e veio a bomba:

Você está com um hálito horrível!

(Mãe é mãe... Elas podem falar esse tipo de coisa sem cerimônia.)

Mas, como assim?! Acabei de escovar os dentes!

Isso não é de higiene bucal... É daqueles que vêm de dentro!

Pronto. Acabou minha tranqüilidade no resto do dia e, por conseguinte, da semana. Demorou muito até eu voltar a falar com o rosto próximo de alguém de novo. Comprei a maior quantidade possível de TIC TAC’s e, sempre que dava, entre um intervalo e outro das aulas, escovava os dentes. Não estava (nem estou) tendo tempo de ir a algum médico ver do que se trata. Acho (ou prefiro acreditar que) o problema solucionou-se naturalmente, mas – como seguro morreu de velho – estou sempre com uma pastilha na boca.

Ok, eu sei que sou encanado demais!

E eu fico pensando de vez em quando... Se fosse depender do blog pra arrumar namorado, trepê, pretê ou qualquer coisa assim (como já vi acontecer com alguns), estaria F.O.D.I.D.O! Quem é que iria querer beijos nos lábios (ou em qualquer outra parte do corpo) de um lesado que acaba de declarar sua angústia em nunca estar realmente seguro quanto ao odor de sua boca?????