segunda-feira, 29 de março de 2004

De volta a uma certa escuridão

Realmente. Não consegui ficar muito tempo sem escrever pra cá. Que vício. Só não pretendo sair visitando ninguém como costumo fazer. Pelo menos por enquanto. Vamos ver se rola um equilíbrio nisso.

O fato é que depois de passar a manhã inteira trabalhando oficialente e a tarde fazendo meus serviços na biblioteca (claro que entre um cochilo e outro), seria desumano privar-me de sentar em frente à tela e soltar o verbo. Absurdo.

Eu ando meio sensível. Pensando em um monte de coisas, remexendo em baús da cabeça que estavam trancados há tempos. Alienar-se das próprias questões-obsessões pode ser bom de vez em quando, mas é algo impossível, pelo menos para mim, de se fazer eternamente.

Então eu fico nos ônibus da vida, com as tradicionais compilações de Belle and Sebastian (que todos odeiam) no meu walkman-podreira, olhando as pessoas: ora impaciente, ora emocionado, ora cúmplice, ora interessado. E sempre vem aquele antigo sentimento de inadequação que me persegue.

Sou um cara comunicativo, na maior parte do tempo alegre. Creio que não tenho inimigos ou grandes desafetos. Não sou rancoroso. De vez em quando, a baixa auto-estima e a insegurança me fazem dar uma de otário. Também posso ser extremamente ingênuo (ou canalha, mas é difícil: não me permito).

Talvez por isso eu esteja sempre me surpreendendo com as pessoas, com as coisas que acontecem. Fico impressionado porque tudo me parece tão simples...

Mas parece que o mundo anda preferindo o simplista. Ou o incrivelmente complicado. E me dá preguiça...



Anyway, esse post talvez esteja ininteligível. Até eu acho que não entendo direito o que quero dizer. Só sei que precisava escrever e aqui está.

Eu tenho um medo terrível de mim mesmo.

Mas agora preciso dormir porque amanhã vou cedo à biblioteca.

E tenho dito.

Ao som de Winter wooskie - advinha de quem! ;-)

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