domingo, 19 de fevereiro de 2006

O que eu quero no momento

Daí que resolvi abrir o verbo e, num arremedo de coragem tímida, disse que queria mais do que vinha tendo. Minha medida para saber quando é sério está relacionada à ânsia que dá quando o telefone toca, à carência que bate quando vão embora e por aí vai. Falei cheio de medo, pois tal sentimento a gente sempre tem quando pensa em entregar o coração de bandeja para alguém. Ou quando quer dar o primeiro passo para isso.

Mas não foi dessa vez.

E não bateu a baixa auto-estima velha de guerra que sempre rola quando tomo o fora. Não foi aquela coisa Oh-que-merda!-Sempre-que-me-interesso-por-alguém-é-isso. De alguma forma, a certeza que passei a ter de que sou bonito, interessante e de que valho o esforço não diminuiu. Só espero sinceramente que alguém de quem eu goste pense assim também num futuro não muito distante.

:-)

O engraçado é que também estou lidando com essa nova rejeição de maneira saudável. Não rolou vontade de sair trepando com meio mundo dessa vez. Muito pelo contrário: estou tão sossegado que até assusta.

A Fernanda diz que desse mato ainda sai cachorro pela relação amistosa que criei com o cara, mas ela já disse isso outras vezes sobre outros caras. Ela sempre tem a fé de que um dia eu vou namorar e de que vamos fazer programa de casal com nossos respectivos bofes.

Eu não penso nisso. O que não sai da cabeça é que, Ok, minha auto-estima não saiu abalada e estou lidando com as coisas de maneira mais saudável, mas isso não significa que doa menos. E era só isso o que eu queria no momento.

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