domingo, 5 de fevereiro de 2006

Quarta-feira voltei a trabalhar, mas sabe como é. Demora pra entrar no ritmo... Eu tenho até medo daquela época do ano em que mal tenho vida própria e direito aos finais de semana. Por isso, aproveitei os três dias sem aluno para fazer aquilo a que realmente eles se propõem: porra nenhuma.

Na sexta, o carinha de quem ando a fim e que sei que não vai dar em nada (mais conhecido como Meu Dono) ligou depois que passei um torpedo. A Fernanda ficou me incentivando, dizendo que eu não tinha nada a perder, que era pra me jogar, que, se eu não parasse de querer ser a diva cultuada e flertada pelos caras, nunca conseguiria construir um relacionamento. Enfim, deu-me um esporro. E o cara parecia bastante carinhoso e fofo. Fiquei feliz pacas. Rolou a possibilidade de a gente se encontrar no sábado, o que me animou.

Por que a gente é assim?

É claro que a gente não se viu no sábado. Deu uma desculpa esfarrapada. Fiquei com ódio de ter dado ouvidos à Fernanda... Eu sou inseguro. Dificilmente vou me jogar em cima de um cara se eu não sacar que o que tá rolando comigo tá rolando, também, com ele... E o Dono já deu toda a letra de que é só sexo. Tem uma mensagem oculta em tudo o que ele fala que me diz isso. É foda.

Essa certeza fez eu me emocionar talvez mais do que deveria com o Brokeback Mountain. O filme é muito deprê, muito fim da linha (ou seja: lindo) e eu fiquei morrendo de inveja daqueles caubóis que sabiam exatamente que o que quer que sentiam um pelo outro era correspondido no mesmo nível.

Humpf.

Mas, apesar dos insights buadas, das músicas-feitas-para-serem-ouvidas-enquanto-cortamos-os-pulsos serem a minha trilha sonora atual e da choradeira que rola de vez em quando, o FDS foi bom. Encontrei por acaso com a Patrícia e com a Ana Paula na sexta e sábado fui encontrar com os amigos para comemorar o aniversário do Cramus. Ambas as coisas aconteceram na Lapa. E, depois de um tempo de abstinência, tomei cerveja: esse líquido divino.

Amanhã já tem aluno. A correria começa de novo. Loucura mesmo. Ainda bem que esse ano é cheio de feriado! Trabalho faz a gente esquecer os bofes que desprezam a gente. E só por precaução, deletei todos os registros de chamadas que fiz ao Dono do celular, assim como o número dele da agenda. Sabe como é. Não confio em mim mesmo o suficiente para não ligar mais.

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