domingo, 5 de agosto de 2007

Sempre vivi bem na minha solidão. Na verdade, até tinha muito orgulho disso: uma pessoa que não precisava de ninguém. Poucos amigos (para que tantos?), silêncio, passeios solitários. Coisas boas que me faziam enxergar dentro de mim.

Só que de repente encontrei um companheiro do tipo ideal: adorava praia de manhã, caminhadas, boates de música eletrônica, coisas assim. Para potencializar o prazer que seu "estar junto" me proporcionava, o sexo era ótimo e nunca recebi tanto carinho na vida.

Sabe aquele ditado que diz algo do tipo "pobre quando come se lambuza"?

Pois é, comecei a me lambuzar.

E num espaço de tempo que, para mim, foi absolutamente repentino, o sexo praticamente acabou, a companhia não me passava a sensação de segurança de antes e um medo terrível de perder aquela conquista que nem esperava mais um dia conseguir se apoderou de mim.

As coisas só pioraram. E, sim, não poderiam ter outro final além deste: acabou.

Agora estou aqui na minha antiga solidão. Um amigo indo trabalhar, outro com compromisso com namorado, outra provavelmente dormindo. Faz sol, quero ir à praia e perdi meu companheiro.

E só o que consigo fazer direito é chorar.

:-(

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