domingo, 27 de novembro de 2011

Desde maio que ficava com o mesmo que afirma também só ficar comigo. Chegou uma hora em que isso me incomou, afinal, eu estava muito feliz solteiro, mas essa monogamia mútua e descomprometida começou a soar estranho. Estaríamos nós apaixonados?

Além disso, outra coisa ficou martelando na cabeça: acho que nunca me entendi tão bem com alguém na cama. Sexo é muito importante para mim e chegar a esse nível de intimidade com alguém não é algo que eu queira descartar. Como uma pessoa, digamos, bastante experiente, sei que é raro conseguir isso.

Daí respondi mentalmente a algumas perguntas que considero básicas, desde meus últimos relacionamentos.

1) Ele trabalha?
R: Sim.

2) É honesto e cumpridor de seus deveres?
R: Sim.

3) Ele me faz ficar em algum momento muito incomodado e sem paciência?
R: Não.

4) É esnobe ou se acha melhor que os outros por algum motivo?
R: Não.

5) Sou capaz de passar horas a fio ou quem sabe uma noite inteira com ele?
R: Sim.

6) Gosta de cães?
R: Sim.

Bom, a partir das respostas favoráveis, resolvi tomar coragem e perguntar se ele estava a fim de namorar comigo.

"Ah, está tão bom assim... Eu não sirvo pra esse negócio de namoro, não." Ele disse.

A princípio, fiquei aliviado, pois fico muito receoso de deixar alguém entrar na paz que a duras penas consegui ter. Mas na última vez em que nos encontramos, falou algo que ficou martelando na minha cabeça:

"Eu não sei o que é isso que a gente tem. É muito bom. A gente se encontra e eu sossego, mas depois de uns dias começo a pensar em você e a sentir saudade e a querer te ver. Daí fico no facebook pensando 'Será que não entra nunca?'. Muito doideira isso."

O que de início me deixou muito envaidecido, também me irritou. Ah, já passei por esses joguinhos de sedução em que nunca se sabe de nada. Eu fui morar com um cara nessas condições. Sei lá.

Decidi que não vou deixar de encontrá-lo, mas "monogamia" não rola mais. Estou a fim de comnhecer gente que possa entrar na minha vida, fazer companhia, ir ao cinema, cozinhar em casa, ver TV junto, confiar, sei lá...

Na verdade, já encontrei um outro carinha que me impressionou bastante, mas isso é outra história.

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