quinta-feira, 25 de março de 2004

Peregrinação entre bibliotecas

Hoje foi o dia em que consegui ir à UFRJ pra renovar o tal do livro do qual falei no post passado. O plano era fazer isso, faltar aula e me enfiar na biblioteca da UERJ, que tem ar-condicionado e fecha bem mais tarde, para tentar dar conta do monte de papel acumulado que estava me esperando há tempos. Deu tudo certo, mas há certas coisas que aconteceram nesse meio tempo e que gostaria de comentar.

Primeira delas: estou ficando velho. Tudo bem, todos vão falar que é O ERRO um cara de 25 anos se sentir assim. Mas às vezes rola... Principalmente se eu chego à Faculdade de Letras e vejo milhares de calouros fazendo uma verdadeira boate enquanto eu tenho que passar correndo pro local mais silencioso do campus. Nem que eu quisesse ficar por lá, poderia... Trabalhos a fazer e sensação de total deslocamento. Ninguém ali aparentava ter mais de 20 anos...

Sinto tanta falta dos tempos de graduação... E teclar quase sempre com a Estrela Cadente, que vivencia intensamente essa experiência, só me deixa mais saudosista ainda. Era boa a sensação de liberdade que a Universidade me dava naqueles tempos. A Especialização e o Mestrado são diferentes... Só apareço por lá como hoje, em casos de extrema necessidade.

A segunda coisa que quero comentar é, na verdade, uma pergunta: Por que os carinhas por quem não sinto a menor atração são exatamente aqueles que me dão um mole desesperado?

Vou começar pelo princípio. Ano passado, na semana em que houve a parada gay aqui no Rio, fui a uma palestra que tratava do Caio Fernando Abreu lá na UERJ e do meu lado sentou um cara que parecia com ele.



Achei super curioso e tal e acabamos conversando (claro que não falei a impressão que tive!). No fim das contas, ele era muito do meia-boca, como diria o Overhuman. Trocamos telefone, mas nunca liguei, obviamente.

Pois não é que o cara estava hoje lá na biblioteca de novo? Ficava me dando altos olhares... E eu super-concentrado-no-trabalho nem dava bola pra ele. Na hora em que fui lanchar, foi atrás puxar papo. Ao final, pegamos o mesmo elevador e ele aproveitou pra anotar de novo o meu tel porque "seria tão legal ter uma companhia pra pegar um teatro-cinema-restaurante". Realmente... Isso só acontece comigo quando não me interesso. Absurdo!

No fim das contas, ainda falta muita coisa pra terminar tudo que tenho que fazer, mas dei uma boa adiantada ignorando o carinha-meia-boca.

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