quinta-feira, 15 de abril de 2004

Dúvidas

Sim, finalmente consegui entregar os trabalhos. Ainda tenho que resolver algumas outras coisas sérias, mas estou dentro dos prazos e isso me deixa tranqüilo. Agora posso, aos poucos, retornar à minha rotina e fazer coisas do tipo: ouvir amigos.

E foi mais ou menos o que aconteceu hoje. B. trabalha comigo e, depois de muito tempo, conseguimos parar e conversar. As coisas não estão legais. Depois de 5 anos namorando e planejando o casamento, o dito cujo chega e diz que a ama como irmã e que precisa se apaixonar por ela de novo.

Por que será que os carinhas, ao serem sinceros, conseguem ser tão insensíveis? É claro que ela ficou arrasada e quis dar um tempo dele. Quem não iria fazer o mesmo? Impossível você se casar tendo esse tipo de incerteza...

Só que ele se arrependeu. E ela quer se afastar de verdade.

B. chorou muito me contando essas coisas. E, quando vi, estava chorando junto. Já passei por rejeições parecidas. E acho que nunca superei ou fui capaz de permitir que alguém fizesse de novo isso comigo.

O FODA é que a gente investe nas pessoas, acredita nelas, tem confiança e, de repente, ouve um papo desses.

Será que alguém realmente tem culpa de ter dúvidas, de nos fazer sofrer?

Eu não sei. E gostaria de que essa dúvida não continuasse a me atrapalhar: estou seco, escolho demais, tenho preguiça das pessoas e, mesmo paradoxalmente, as experiências rápidas e rasteiras não me atraem de jeito nenhum.

Então eu pergunto e sei-que-somente-eu-realmente-tenho-a-resposta:

O QUE ESTÁ FALTANDO PRA QUE EU DÊ A CARA À TAPA DE NOVO?



Ao som de Women's Realm, Belle & Sebastian (E eu ouço outra coisa?).

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