quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Bem mais que uma simples pose

Um amigo me disse outro dia que eu devo gostar da pose de loser. Acredito que admitir uma verdade não necessariamente esteja relacionado com gostar dela. Pode ser que eu esteja equivocado, afinal não é todo mundo que faz a pós-graduação mais desejada, está num emprego adequado à carreira na qual pretende investir, passa com uma boa colocação num concurso concorrido sem nem ao menos estudar, tem bons amigos, ganha razoavelmente sem ter que puxar os cabelos de tanto trabalhar, etc.

etc.

etc.

O lance é que existe um lado da minha vida absolutamente mal-resolvido e que me incomoda muito: a questão afetiva. Só namorei uma vez e foi A MAIOR MERDA. Desde então, tudo se resumiu a encontros furtivos e insatisfatórios, fodas fixas frias e indiferentes, paixões platônicas fadadas ao equívoco certo, etc.

etc.

etc.

Pelo que parece, cheguei a um limite: assim como não consigo estabelecer relações profundas com ninguém, também está difícil manter as superficiais. Não rola. Deve ser alguma coisa inconsciente que me trava.

Logo, acho que está na hora de dar uma saída de cena. Uma trancafiada mais que providencial. Pelo menos até que esteja pronto de novo para lidar com a frustração que é alguém complicado como eu estar no mundo à procura de alguma coisa.

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