terça-feira, 1 de março de 2005

A sunga vermelha

No sábado a gente ia sair, o Alê Lima foi pra casa do Gui e tal para irmos à Fosfobox. Quando vi, eram 7 da manhã e percebi q caí foi no sono. E ninguém mais queria acordar. Desci, tomei café numa padaria do Flamengo e o dia estava tão lindo que decidi ir à praia sozinho mesmo.

Passei protetor solar, peguei a canga (sim, eu tenho uma), pus 1933 foi aum ano ruim, de John Fante no bolso, liguei o discman com Los hermanos e Imperial teen tocando e me mandei pra Farme. Chegando lá, rolou aquela preocupação: como é q eu vou mergulhar e largar as coisas sozinhas?

Então chegou o carinha da sunga vermelha. Sentou perto de mim, uns metros à frente. Sozinho.

Dei um tempo e decidi falar com ele:

Toma conta das minhas coisas enquanto mergulho?

Claro, e depois você faz o mesmo pra mim?

Claro.

E ficamos horas nessa.

Vou de novo.

Agora sou eu que vou.

:-)

:-)


Numa hora, virei de bruços e comecei a fazer a linha fina que leva livro pra praia. E, quando virei, ele tava bem do meu lado. E começamos a conversar, lógico:

Faço direito, quero ser defensor público. Tenho compromissos com meus ideais.

Sou professor e estou apaixonado pelas minhas quintas desse ano!

Só que o Cramus e o Mutatches chegaram e, logo depois, o Gui e o Julio. Super feliz, fiquei conversando com eles e SIMPLESMENTE ESQUECI QUE O CARA EXISTIA!

Ele arrumou as coisas pra ir embora e ficou em pé perto da gente, tipo esperando uma atitude. Atitude que não tinha sacado que ele queria que eu tivesse. E, quando me falaram (porque todo mundo percebeu, menos eu), eu n consegui fazer nada.

Foi isso. Podem me detonar. Sou o erro. Nada de troca de telefones, nada de marcar um outro papo profundo. Nada!

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