sábado, 16 de abril de 2005

Sem anestésicos talvez seja melhor

Depois de meses me jogando ininterruptamente todos os finais de semana, decidi dar um tempo quieto em casa: sem saídas às pistas de dança, sem praia, sem restaurantes, sem transas inconseqüentes e descartáveis: nada disso. Em parte por escolha, em parte por impossibilidade mesmo.

Tenho muito tempo livre. E todo ele tem sido gasto em inutilidades sem sentido que não me levarão a lugar nenhum. Ou já não me levaram, não é? Estou sem dinheiro, sem dissertação, sem namorado. A única parte boa são os novos amigos super presentes e bacanas que arrumei (reclamava tanto da falta deles há uns anos...).

Mas chega de anestésicos. Eles só me fazem esquecer das sombras e responsabilidades que tenho nas costas.

Será que consigo me desvencilhar dos vícios e seguir na trilha que estipulei para mim mesmo em 2002, quando eu era magro, CDF, responsável, enclausurado, solitário?

Às vezes olho pra mim mesmo no passado e não me reconheço. E acho que aquele que eu era jamais acreditaria que seria possível me tornar o que hoje sou.

(Clichezão!!)

Por que tanto 8 ou 80? Gostaria muito de encontrar um meio termo entre o melhor de antes e o melhor de agora...

Ao som de O velho e o moço, do Los Hermanos. Talvez faça algum sentido para mim hoje:

E se eu fosse o primeiro a voltar
pra mudar o que eu fiz,
quem então agora eu seria?

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