segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Palavra horrorosa

Já chorei, já me descabelei (e olha que nem cabelos tenho quase), já liguei desesperado para amigos, etc. Agora, encontro-me num estado de resignação esperançosa. As coisas podem dar certo, não é? O André me lembrou de que a vida é feita de altos e baixos. E não sei por que tinha-me esquecido.

Estou devendo grana.

A Fernanda me disse que deve ser normal isso. Quando tudo dá certo demais, a gente não aguenta e arruma um problema. Com ela foi o emagrecimento, o casamento, a belíssima casa que construiu. Dá uma insegurança, uma falta de crédito no fato de que as coisas podem acontecer como a gente sonhou, sim. Por incrível que pareça, talvez não sejamos capazes de lidar com vitórias. Ela engordou novamente. Bastante, por sinal.

Eu?

Duvido que a quantidade de gastos que tenha feito mês passado seja algum mecanismo de defesa maluco que me force a ficar mal. Entretanto, a crise em que me encontro desde que defendi o Mestrado deve ser.

Sei lá. A partir de então, as coisas estão meio sem sentido. Não tenho mais certeza se a vida acadêmica é o que eu quero para mim, nem sei mais se trabalhar com Ensino Fundamental e Médio é a maneira como quero passar o resto da minha vida. Eu fico me perguntando se não falta um pouco mais de iniciativa ou, como é que se diz mesmo no jargão de administração de empresas? Ah, empreendedorismo. E-M-P-R-E-E-N-D-E-D-O-R-I-S-M-O.

Uma palavra horrorosa, não?

H-O-R-R-O-R-O-S-A!

Quer saber? Não vou mais ficar divagando sobre isso hoje.

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