segunda-feira, 6 de março de 2006

Tropeços afetivo-sexuais de Wally

Fica mais evidente a cada dia que eu e o Dono somos mais do que simples fuck buddies, assim como também é fato que o cara sempre deixa claro que não está interessado em algo mais sério comigo. Bom, ele sabe fazer isso de um jeito que não me faz ter a sensação de que sou lixo. Ah, mas também passei dessa fase de ter crises de baixa auto-estima cada vez que sou rejeitado por alguém de quem ando gostando. Mereço a maior parte dos créditos!

A Fernanda diz que eu também não quero namorar. Se realmente quisesse, teria usado as "minhas armas". Ela sempre me vem com essas afirmações inesperadas e eu fico com cara de bobo pensando se não há razão em alguma delas, mesmo pensando que essa história de "minhas armas" é uma coisa mulher demais pro meu gosto.

Enfim, decidi desencanar e abrir novamente a porta para outros caras enquanto não sei exatamente no que vai dar essa história (apesar de, a cada dia, curtir mais e mais o que está rolando. Os níveis de intimidade que vão sendo ultrapassados a cada encontro...). Mas ainda faço aqueles desastres bem característicos de minha pessoa. Explico.

Saí com o Cramus e com o Didi no sábado. Doideira total, considerando a minha conta bancária pós carnaval... Mas a animação surgiu de repente de todos os lados e melhor opção não poderia haver que o Galeria (engraçado como esse lugar é antigo e eu nunca tinha percebido o quanto a vibração dele é legal!). Lá, encontrei com um colombiano com quem andei transando no ano passado. O cara é gato, tenho que admitir. Muito gato. Daquele tipo de gato que me deixa todo errado (e quando é que eu não fico assim quando o assunto é flertar?).

O lance foi que eu reparei que ele não saía de perto de mim, mesmo não falando nada. O Cramus logo veio com aquela psicose de me deixar ansioso:

Se joga logo nele ou quem faz isso sou eu.

Depois de muito hesitar, fui lá e puxei um papinho que se estendeu e veio cheio de cantadas ao estilo:

Wally: Esse careca é gatinho.

Colombiano: Gatinho é você! Ele é só pegável!

Bom, numa certa hora, o cara deu um sumiço e me joguei na pista com os meninos. O som estava muito bom! Fui ao banheiro e, quando voltei, encontrei o colombiano junto deles.

Colombiano: Estou indo embora agora. Você vai ficar?

Wally: (Silêncio constrangido. Cara de bobo. Mudez quase involuntária).

Colombiano: (Cara de surpresa e de espera confusa).

Wally: (Sorriso provocado por nervoso. Mudez ainda quase involuntária).

Colombiano: (Sorriso constrangido de quem acaba de levar o toco sem acreditar, ainda. Bom, nem eu acredito...) Então tá. Vou nessa. A gente vai ficar um tempo sem se encontrar. Vou passar um mês na Alemanha.

Wally: (Com muito esforço para falar) Falou. Abração...

Espelho, espelho meu, existe alguém mais errado do que eu?

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