sábado, 1 de abril de 2006

Bicho-do-mato

Daí que ele ligou durante a semana e eu fiquei todo derretido de novo. Babaca que sou por não saber cortar o mal pela raiz e realmente acreditar que algo poderia sair desse mato, mesmo ouvindo a afirmação clara e direta dele de que isso não iria acontecer.

Numa hora dessas, o bom apê é o refúgio. Está ficando cada vez mais aconchegante. Especialmente nesses dias quase frios que estão rolando por aqui. Ando silencioso, arredio. Será que só ando? Às vezes, a sensação que tenho é a de que sou assim mesmo, de que não é fase, não.

Bicho-do-mato, apesar de nascido em centro urbano.

O mais interessante é perceber que outra coisa que tem me ajudado deveras é o trabalho. Estou cada dia mais idealista e certo de que faço algo importante no mundo, apesar da conta negativa, da remuneração injusta, de tudo. Deve ser síndrome de início de ano, assim como tem a de final do ano (quando eu sempre penso em desistir e virar comissário de bordo). Ando encantado com as crianças, até as mais malditas.

O bom de amadurecer é que a gente consegue ver que existem coisas além da vida afetiva, apesar de ainda sentir que não há nada mais importante. E há?

Acabei de procurar no Aurélio o significado de bicho-do-mato. Um deles diz o seguinte:

"Indivíduo solitário, esquivo."

Isso diz tanto do que ando sentindo que sou...

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