segunda-feira, 1 de maio de 2006

E nos encontramos por acaso

Acabou que ontem caí de pára-quedas no Galeria. Tinha feito um monte de planos, acabei tendo vontade de ficar em casa, mas um convite de última hora me fez mudar de idéia. Estava com medo de cruzar com ele, mas isso nunca me impediu ou me impedirá de ir a lugar nenhum.

A companhia era boa: ex-trepê que está virando um amigo legal. Encontrou conhecidos, ficou aquela rodinha de conversas triviais. De repente, uma mão no meu ombro. Era ele. Deu-me um sentimento tão legal perceber que nós ainda poderíamos nos falar e dar dois belos sorrisos sinceros de felicidade por termos nos encontrado! Foi rápido. Ele fez a tradicional pergunta "Você está bem?" com aquele tom característico de quem está preocupado com o meu sofrimento por ele. Pior que o cara consegue fazer isso sem ser arrogante, sem parecer penalizado, nada. É gentileza, educação e tudo o mais de bom que, mesmo admirando, não me fez nem faz agir fora do meu jeito orgulhoso e responder com um sorriso (desta vez, nada sincero) que sim, estou muito bem.

E foi só isso. Ou tudo isso. Porque é foda você fazer um monte de coisas para não pensar em alguém e estar sempre pensando em alguém. A noite inteira eu não olhei para os lados em que sabia que estava, mas tinha a atenção voltada, todo o tempo, para lá. Mesmo que fosse para evitar vê-lo ficando com outro carinha. Quando tocou aquela música da Vanessa da Mata, percebi que era a minha deixa, pois a boate sempre fica mais farofa depois. Quando ia para o caixa, um gatinho me encostou na parede e me encheu de beijos.

Quando o pau não sobe, é melhor deixar para lá.

Voltei com uma sensação esquisita. Eu tento não ficar amargo, mas é difícil. Mas, por que sempre parece que nunca vai acontecer? Que sempre são equívocos? AARRGGHHH.

Passei mais um dia naquela de fazendo um monte de coisas para não pensar nele, mas sempre pensando nele. Conversando um monte de coisas com o Guilherme para não falar dele, mas sempre falando dele.

Até que, quando voltávamos do Leblon, o celu tocou.

Oi, sou eu.

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