quinta-feira, 23 de novembro de 2006

É mesmo só um emprego?

A grande questão é: trabalho por ideal ou por grana? Sempre achei que a resposta seria: "os dois,claro!" E, de certa forma, era o que eu sempre pensava sobre a escola do Recreio. Havia muito orgulho nisso. Orgulho do bom, sabe?

Só que ficou confirmada ontem uma decisão da direção que vai contra tudo aquilo que uma equipe, que se julga construtivista, acredita: a adoção de um desses sistemas de ensino. Em linguagem mais simples: aquelas apostilas que substituem o livro didático.

Tal decisão há muito era suspeitada por nós, mas o resto de ingenuidade que havia em mim se recusava a acreditar que os professores não teriam direito de opinar. Não tivemos. E estamos naquela de "ou abraça essa porcaria sorrindo e continua pagando as suas contas ou pula fora", claro que com um discurso muito mais elaborado do tipo "nosso maior investimento é você!"

Estou muito a fim da segunda opção. E começo a analisar as minhas possibilidades, criando a uma estratégia de guerrilha. Quero muito continuar acreditando no que faço. Se não for para ser assim, não vejo diferença entre ensinar e vender cerveja num bar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Segundo alguns pensadores, precisamente Lutero (tô afundada em sociologia e afins), Trabalho é vocação e uma forma de servir a Deus, portanto, o correto é o "ideal" que faz a gente lucrar (ou não, se sua vocação for cortar batata). Mas tem um tal de viés chamado Calvinismo, que prega que nossa vocação é móvel, e que podemos encontrar formas e formas de chegar à Deus através do exercício do nosso trampo. Mas nenhum deles que eu li até agora leu o que eu queria "sacar". O negócio todo tá na sua capacidade de encarar aquilo como algo mais que "só mais um dia". E isso vai independer da porra da apostila pasteurizada... No fim das contas, fazendo o que se curte ou não, o que vai fazer do seu dia melhor, é a SUA capacidade de interpretar tudo sob um aspecto positivo. (e Poliana morreu após um tiro contra a própia boca) BEIJOCA, AMADO

Anônimo disse...

Positivo? Miguel Couto? Qual?

Isso é uma merda... Uma merda!

Anônimo disse...

Tem muito lugar por aí onde ensinar "é" vender cerveja. Aluno cliente, título vendido etc e tal. Mas fazer parte do sistema é uma opção, acho que dá, sim, pra fazer diferença aos poucos. Beijão.