Marcus viajou; Gui viajou; Fernanda descaradamente diz que não pode atender minhas ligações, pois quer saber o que vai acontecer com Harry Potter; André não atende em casa, celular fora de área; Clélia tinha festa DDK, alguma coisa sobre divulgar uma roupa que ela bola e a mãe costura; Patrícia e Ana Paula já não moram mais na cidade para eu ligar e chamar para a Lapa; Isaías está no Alagoas para o dia dos pais.
Sexo não está rolando. De repente, meu tesão acabou. Nem tento forçar a barra com ninguém mais: muito constrangedor... Não preciso passar por isso.
É algum tipo de complô? Alguma armação do destino para me deixar completamente só? Tratamento de choque do tipo: fique sozinho e encare o que você anda fazendo da sua vida sem anestésicos, sem consolo, sem carinho?
Ok, aceito o desafio. Acordo cedo, encaro o dia lindo, faço um café, como uns biscoitos, arrumo a cama, raspo a cabeça, malho, almoço, pego a bike e saio por aí. Uma coisa meio Forrest Gump: Cheguei ao Leme, devo seguir até o Forte de Copacabana? Cheguei ao Forte, devo ir a Ipanema? Chego a Ipa, devo encarar o final do Leblon de frente? Volto, fico ou não sozinho na praia? Sento na canga, tomo uma Coca Light e penso.
O que tenho no momento? a dor de um pé na bunda depois de muita baixa auto-estima e insegurança, uma fatura de cartão de crédito que não posso pagar sem me endividar por mais um ano, a consciência de que o papo de "poucos amigos me bastam" não está me levando muito longe, a percepção de que tem faltado paixão na minha relação com o trabalho...
Tudo me soa familiar: quanto mais as coisas mudam, mais continuam as mesmas? É necessária uma situação de isolamento forçada pela vida para perceber que tenho andado em círculos há muito tempo? Rodo, rodo, rodo e me encontro sempre onde estou agora! Cacete!
Há lado bom?
Bem, estou escrevendo... Fazia tempo que não queria parar para refletir sobre nada. Agora acho muito necessário.
O mundo anda tão complicado... Acho que vou fazer terapia.
2 comentários:
Recomendo!
vamos remodelar esse blog?
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