segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A minha mãe é uma das pessoas que mais admiro na vida. Não é por conta de amor cego de filho. Reconheço-lhe defeitos e qualidades. Um exercício que venho praticando esse ano: enxergar o valor real meu e dos outros. Sem idealizações, sem vilões.

Poucas pessoas conheci que evoluíram tanto com os anos. A maioria não sai do lugar.

Hoje nos falamos. Ela sempre dá um jeito de informar os conflitos que ocorrem dentro de si. Falou-me da nova namorada do meu irmão, que é mineira e mora em Juiz de Fora.

"Tão complicado isso de as pessoas se apaixonarem por outras que vivem longe..."

Entendi tudo. Está com medo de que ele se mande para as Minas Gerais.

Sempre que de longe a observo, dá um aperto no peito. Afinal, eu e meus irmãos somos pessoas muito independentes. Deve ser difícil vislumbrar o tempo todo os seres que eram quase extensão dela indo tão dispostos para a Vida. Quebrando a cara, realizando coisas, se fodendo, mas indo...

Nessas horas me dá uma certa angústia por não fazer tanto parte de sua rotina. Terça passada, ela veio e me fez um shiatsu (atualmente estuda essas terapias orientais). Perguntou se não quero fazer semanalmente.

Eu quero. E queria poder todos os dias!

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