terça-feira, 17 de abril de 2012

Eis que encontro amigos que ficam bastante chocados com minha barba já grisalha.

"Isso porque não viram a quantidade que há no meu peito", eu digo.

Acho que passei os últimos anos tão concentrado em viver, nos problemas, na rotina, nos estudos, no trabalho, em tanta coisa que não senti o tempo passar. Ainda me choco com a constatação de que sou: um homem maduro.

Foi de repente. Agora, está escrito na cara a minha idade. Não tem como passar por mais jovem. Se digo que tenho 27 anos, as pessoas riem da piada óbvia.

O lado bom disso é ser solteiro. Estou no auge. Se não é do meu vigor sexual, é da experiência nesse assunto. Além disso, há uma carência paternal no mundo gay que faz os rapazes vibrarem com uns pelos brancos, com uma cabeça raspada, com a referida barba grisalha. Outro dia, um carinha lindo com quem me encontrei certas vezes e que me encantava com o olhar deslumbrado e meio inocente da juventude me disse:

"Gosto muito de caras como você, mais velhos."

E tem o crescimento na carreira, o vislumbre da casa própria e uma certa serenidade na busca do amor.

Definitivamente, é bom estar na casa dos 30.

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