sexta-feira, 21 de maio de 2004

Chega de creepice! >:-(

Acordei com o pai cedo ao telefone. Ele sempre liga de manhã, o maldito, pra falar com a mãe e me desperta às nove da madrugada justamente quando posso dormir até mais tarde... Já não estava legal: um certo incômodo sobre o qual não quero falar, uma crise de espirro que voltou... Enfim, eu tinha tudo para ficar de mau humor o dia inteiro. Mas não.

Tomei café com Mom, fiquei mexendo no PC, conversando com o Guilherme pelo Messenger e ouvindo Belle & Sebastian muito alto a manhã inteira.

À tarde fui ter reunião com a orientadora. Foi ótimo. Finalmente defini os rumos e o corpus literário da dissertação. Além disso, ela me disse que leu o trabalho que escrevi sobre Onde andará Dulce Veiga? e que o achou "muito bem aprofundado". Adorei.

No fim das contas, acabou que não houve a aula da tarde. Fiquei bastante feliz com a notícia e tratei de voltar logo pra casa.

Estava muito relaxado no ônibus ouvindo The Gentle Waves quando recebi a mensagem.

Transcrevo aqui o que chamo de "quase chat" que mantive no celular a partir daí:

Ele: Como você está? Mande notícias. Queria te ver mais vezes. Beijos.( Putz! Fugi, fugi e o cara não desistiu...)

Eu (Resposta quase imediata ): Estou bem. E você? Acabo de sair do Fundão. Que frio... (Isso. Impessoal, fingindo que não percebi a parte de "ver mais vezes").

Ele (5 minutos depois): Tudo bem. Você que sumiu. Queria te ver, mas não depende só de mim. Você é uma gracinha e está sentindo frio porque quer... (fofo esse final, né?)

(Não respondi. Não façam essas caras, pô! Gente muito direta me assusta...)

Ele (45 minutos depois. Pensei que não me escrevia mais): Eu acho que vou ter que fazer um estoque de suco de uva pra servir de isca pra você...

Eu (1 minuto depois. Não deu pra resistir): Assim eu vou! Desculpa o sumiço... Eu ando sem grana pra cinema e coisas afins. (Justificativa esfarrapada, eu sei...)

Ele: E aí você fica enclausurado? E o seu aniversário? Você quer jantar comigo na terça?

Eu (não precisei pensar muito): Quero.



É isso. Chega de idealizações e platonismo. Não quero mais ser um creep. Vou dar uma chance a esse carinha das mensagens. Não sei no que vai dar, mas não vou ficar esperando ELE (o tal GRANDE amor) aparecer eternamente. Sempre deixei de dar oportunidade às pessoas por estar esperando-o.

Agora, o que quero é que ELE, o desgraçado, se foda! E toda a crença que até hoje me fez aguardá-LO feito um idiota.

Vou permitir que as coisas aconteçam naturalmente pelo menos uma vez na vida.

E tenho dito.

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