terça-feira, 18 de maio de 2004

E teve algum sol na segunda

Estava conversando com o Alien sobre os posts depressivos daqui e percebi que talvez eu passe uma certa idéia equivocada com eles. Não que eu me preocupe com isso... Eu tenho estado bem disciplinado com a reeducação no quesito "não devo me preocupar com o que os outros pensam de mim". Faz parte de um processo lento de recuperação da auto-estima (eu preciso, né?).

Mas então... Pra desfazer a idéia de que estou à beira do suicídio e pra aliviar o medo da lesada da Musa do Verão, aí vão algumas explicações dadas meio que à contragosto e umas outras notícias mais esclarecedoras:

Quando estou mal, escrever me faz bem. É como se exorcizasse alguma coisa: transfiro pra tela do PC toda a carga de negatividade, reclamo bastante, levanto os questionamentos e falhas que moldam meu caráter e... Pronto!

Uma sensação de alívio.

Além de quê, eu acho que escrevo ótimas coisas quando estou triste. ;-)

Ontem, depois de postar, consegui sair da net e fui fazer umas coisas legais. Preparei um mate (adoro) e um sanduíche bem light pra levar hoje pro trabalho. Limpei os sapatos, passei roupa, arrumei a bolsa com os meus materiais, dei muitas gargalhadas ao ler o blog do Nando, tomei um banho e fui-me deitar cedo na companhia de um livro muito bobinho e divertido.

Talvez tudo isso pareça meio sem graça. Afinal, quem é que fica legal passando roupa & fazendo coisas afins?

Bom, eu gosto de organizar o meu dia seguinte e as coisas ao meu redor. Parece que estou fazendo o mesmo com a cabeça.

Tá, isso é clichê total...

E daí?

O lance é que hoje foi bom. Amanheceu frio (levanto às 4h45min), mas o céu estava meio limpo e não me enganei: houve algum sol. :-)

O legal do meu trabalho (acho que de todos, talvez) é que, uma vez nele, esqueço-me do mundo lá fora e fico todas aquelas horas concentrado e vivendo numa espécie de "realidade alternativa". Isso faz bem.

A minha mãe não tem nada assim. Ela fica aqui em casa remoendo coisas, sofrendo e se lamentando. Está bem numas horas e, do nada, desata a chorar.

Faço, então, aquilo no que sou melhor: ouvir, conversar, ser companheiro. Espero sinceramente que isso passe. E logo.

E que os dias fiquem menos nublados, por favor.

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