quinta-feira, 6 de maio de 2004

Pensamentos bizarros na hora do sexo

Sexo sempre foi algo engraçado pra mim. Quando era criança, tinha-o como uma coisa distante, incompreensível e estranha. Via as cenas na TV, ficava excitado e confuso, sem entender direito o que estava acontecendo comigo. Aprendi a me masturbar bem cedo, mesmo antes de ter um corpo preparado para tal e, no fim da "atividade", surgia uma culpa que eu não conseguia entender.

Na adolescência foi o terror: Espinhas, pêlos estranhos, suores, a questão de "ter que ser homem" cada vez mais forte à minha volta. Andava na rua imaginando como seria a vida íntima das pessoas:

"Será que ele transou ontem?"

"A professora de inglês faz sexo?"

"Eles também têm pelos lá embaixo?"

O tema e suas declinações não me deixavam. Um dos maiores medos da vida era ser pego em público no meio de uma ereção insistente (eu ainda tenho essa "fobia", acho) e, por isso, cada vez mais reprimia o olhar, os anseios.

O fato é que sexo sempre foi um lance com o qual nunca me senti completamente à vontade. E, de alguma forma, isso não mudou muito.

Não é pra confundir! Não tenho frescuras na cama. É que me sinto (como posso dizer?) um pouco jeca, às vezes. Meio bicho do mato. Estão acontecendo altos lances e estou pensando tanta besteira... Uma vontade de rir, de gargalhar... Só não o faço porque acho que nenhum parceiro levaria na boa.

Falo disso porque, depois de algum tempo de aridez total, tive um daqueles encontros rápidos, vazios e indolores que têm sido a tônica de meus envolvimentos há anos (assunto de outro post, provavelmente um dia) e, mais uma vez, fiquei pensando palhaçadas.

Tem coisa mais estranha e, ao mesmo tempo, bonita do que um homem excitado andando pelado? Não consegui deixar de pensar nisso ao ver o meu parceiro levantar preocupado (e ereto) procurando Rinosoro, já que eu mal conseguia respirar. Achei a cena tão patética e... FOFA!

Era isso o que eu tinha a dizer.

Estou com vergonha desse post...



Mas foda-se (saudades da tecla)!

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