Ontem, depois de um dia muito estressante e tenso no trabalho, decidi dar-me um bom tratamento e, do nada, entrei num daqueles shoppings da Barra, joguei-me num restaurante japonês e, depois, enfiei-me no cinema.
Achei que em vez de reclamar da solidão e de me martirizar no fim da tarde por problemas de emprego, a melhor opção seria me divertir by myself, já que era o jeito. E tinha razão.
A sala estava muito vazia: no máximo umas 8 pessoas. Achei o máximo a exibição quase exclusiva de A dona da história, que é bem levinho e ingênuo, mas que me chamou atenção para as seguintes falas da personagem (vou escrever de cabeça):
A vida é como um filme ou um livro. Nosso destino está sempre sendo escrito ou filmado. E eu sou a protagonista da minha história!
Uau. Mantenho tal ilusão na cabeça sempre que estou trancado em mim mesmo. Ligo o Discman, ando pela rua percebendo as coisas e olhando para tudo com um jeito diferente e vou acreditando que, no próximo ônibus que eu pegar ou que na próxima esquina em que eu virar, alguma coisa de muito importante vai ocorrer e a história vai começar a ficar interessante.
Qualquer dia acontece.
Citando Belle & Sebastian*:
I’ve been hanging out here waiting for something to start
Bom, amanhã já está marcado: caio na vida. Nada de ficar esperando.
*There’s Too Much Love
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