quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

Famoso entre os vendedores da praia tem síndrome de Heleninha Roitman

Depois do trabalho – na sexta – resolvi fazer uma coisa tipicamente carioca: aproveitar o fim da tarde indo ver o mar. Primeiro, fui com a companheira de trabalho à Barra e lá encontramos com a Musa do Verão. Tenho que admitir que essa é a mais bonita das praias urbanas daqui... Só acho muito chata! Sinceramente! Nada da animação das da Zona Sul, credo!

Só sei que depois que a Stella foi embora, decidimos pegar o primeiro ônibus que fosse direto para Ipanema: Farme de Amoedo. Fazia muito tempo que não ia pra lá e o que me pareceu foi que a animação já recomeçou. Coisa do calorão, obviamente. Muitos gringos, várias barbies, as pintosonas: todo mundo de volta!!

O chato é perceber que ninguém lembra da gente fora o cara da sunga, a mulher do sanduíche de falafel, o vendedor do aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaabacaxi e afins. Muito estranho isso de nunca termos feito amigos em qualquer lugar gay do Rio de Janeiro.

Sintomático?

Outra coisa que rola se refere aos paqueras. Uma vez o Marinho me disse que no fundo, no fundo, a gente mora numa cidade do interior, pois vive cruzando várias vezes com as mesmas pessoas quando sai. Coisa que não deve acontecer, por exemplo, em Sampa. Então, à noite, no The Copa, a tal teoria se confirmou. Afinal, rolou de eu ficar trocando olhares mais uma vez com um careca em quem investia desde antes do carnaval.

A Musa viu quando ele passou e comentou comigo:

Musa: Esse bofe é tudo!

Eu: Ele me dá mole.

Musa: Ah, fala sério. Não acredito!

Eu: É verdade!!!!

Musa: Se você conseguir ficar com ele, pago-te mais duas caipirinhas!

(Já devia estar na quarta. Heleninha Roitman me domina)

Como não fujo da raia, fui lá, falei com o tal.

Eu: Oi.

O tal: Oi.

Beijo na boca.

Depois de vários beijos, eis que aparece uma mão e um copo. Era a Musa com metade da aposta. E aí tudo se embananou. Se eu já estava trocando as pernas, foi a vez de a língua se enrolar. Tanto que o careca falou a típica frase dos que fogem dos chatos:

Vou ao banheiro e já volto.

E não voltou.

Depois disso, não me lembro mais de nada. Definitivamente, não posso mais beber coisas fortes. Tenho que ficar é na cerveja mesmo, pois nunca fico mal assim com ela.

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