quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

O primo

Acho que todo viado que se preza já fez alguma sacanagem com um primo. Eles são os grandes iniciadores da vida sexual do povo. Como sou errado, não rolou assim comigo: eu tive um amor platônico por um dos meus.

Em certas horas nem eu acredito no quanto sou absurdo.

Qual não foi o meu susto ao saber, depois de adulto, que o dito cujo era também gay e tinha se mudado pra Itália pra trabalhar como garçon?

Imaginaram? Bom, isso foi fichinha perto da surpresa que tive quando ele me ligou dia desses pra dizer que vinha ao Rio passar uns dias e que queria me encontrar pra sair por aí. MEDO!

Como foi vê-lo de novo? Bom, algo parecido com um encontro de comadres que não botavam o papo em dia há tempos.

Sabia que prima tal é Sapata? E que primo fulano tem grandes chances de ser do babado também?

Jura? Você o fez?

Não...

Olhando pra ele, dá pra ter uma leve idéia do que meu corpo poderia ter-se transformado caso não fosse eu um nerd-geek-CDF: uma coisa que realmente chama atenção. Percebi isso no Dama de ferro, aquela boate que sempre acreditei que era vedada às ficadas e afins. Ele beijou dois numa só noite e poderia ter escolhido quem quisesse lá, o que me leva à seguinte conclusão: As pessoas ficam umas com as outras no Dama, sim. Elas não querem é ficar COMIGO!

Se tal descoberta era o preço que eu deveria pagar pra encontrá-lo, fico feliz mesmo assim. Ando cada vez mais afastado dessa coisa de primos/tios, etc. por falta de afinidade. É bom sair com ele pela rua e ficar brincando de "faria-não-faria".

:-)

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