sábado, 29 de janeiro de 2005

O bom filho a casa torna

Passar uns dias no interior tem lá as suas vantagens. A pouca oferta de distrações atraentes a um nerd como eu favorecem atividades deixadas de lado por mim durante alguns meses. Como dormir pelo menos umas dez horas por dia. E pensar na vida...

De repente, senti uma necessidade enorme de organização. Logo, lá estava eu arrumando a mala, limpando o chão, lavando as roupas sujas e passando as mesmas depois de secas. Enquanto, em silêncio, dava uma de Maria - Faxineira, refletia sobre a vida. E cheguei à conclusão de que tudo poderia ser bem melhor se me esforçasse mais: relações com a família, desempenho no emprego, dedicação acadêmica, saúde, etc.

O que percebo é que tenho uma certa tendência a buscar sedativo em distrações prazerosas. O que não é errado, desde que haja equilíbrio.

Então, decidi me preparar para a semana de trabalhos que vem aí: fui a uma papelaria para renovar o estoque do estojo e para comprar um caderno lindão. Além disso, li bastante, como queria... Até parei um pouco de pensar nos "fluidos, odores imperceptíveis, vibrações" *. Aquela coisa que, "independente da razão, atrai ou repele as pessoas" **. Afinal, no que pode ser produtiva a auto-tortura (se é que essa palavra existe)?

Sou um cara de fases e cada uma dela é, geralmente, muito distinta uma da outra. Nos últimos tempos perdi uma certa capacidade de introspecção que sempre foi minha. Recuperá-la, na última semana, foi bem legal.

Estou feliz.

:-)

(Ok, você merece um prêmio, leitor, por chegar até o final deste post. Sinta-se beijado: é a única recompensa virtual que dá pra oferecer)

*, ** ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga?: um romance B. 2ª reimpressão. São Paulo: Companhia das letras, 1997. – Adaptei alguns tempos verbais ao meu bel-prazer.Nem sei se dá pra fazer isso, mas que se dane: isso é um blog... Não precisa de tanto rigor!

;-)

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