domingo, 20 de fevereiro de 2005

Jogando-me by myself

Sexta-feira, estava com uma forte tendência a manter, no finde, a deprê que estava rolando entre altos e baixos a semana inteira. Aí tomei uma decisão: não seria por falta de companhia que eu deixaria de sair de casa. E ponto final.

Na verdade, eu até gosto bastante de badalar sozinho de vez em quando...

Passei a roupa, dei uma olhada na programação de filmes, peguei a integração trem-metrô super rápida e barata (porque sou pobre) e me joguei no Espaço Unibanco pra assistir ao Desde que Otar partiu. Adorei e chorei (porque sou culto e dramático).

De lá, peguei o último metrô pra Siqueira Campos e parei na Fosfobox (porque precisava de diversão garantida). Era cedo e não havia quase ninguém, mas decidi ficar por lá assim mesmo. Surpresa agradável: fui um dos 40 primeiros a chegar – na verdade o 39º – e não tive que pagar entrada ou consumação! A noite prometia surpresas melhores.

O chato de não ter companhia é arranjar o que fazer enquanto todos conversam. Então pedi um chopp, parei no balcão e fiquei assim, com ar de paisagem dando uma mirada nos bofes (porque um dos objetivos da night era também mostrar a cara, já que em casa não se arranja namorado).

Quando já estava pra lá de Bagdá, uma mulher que estava sentada no balcão puxou conversa comigo. Papo de bêbado, sabe? Mas curti, a gente se jogou na pista junto morrendo de rir... Foi ótimo.

E foi lá que aconteceu o surreal: eu paquerei! Um cara me puxou na pista e rolou uns beijos de 5 minutos. Só que ele sumiu. Depois, atraquei-me a outro e com esse rendeu mais tempo. Acontece que tocou Miss Kittin (Requien for a hit) , que abriu uma seqüência de músicas boas e não resisti: comecei a dançar loucamente. Então o cara veio com aquela de "vou ao banheiro e já volto".

Você, leitor, voltou? Nem ele... Normal passar e vê-lo nos amassos com outro, minutos mais tarde. Coisas da vida. Sem ressentimentos, resolvi pagar pra ir embora, mas aquele carinha desaparecido veio e me agarrou!

Gente, sou wally-creep-loser-meigo! Essas coisas não acontecem comigo!

O pior é que ainda houve tempo de dar vexame na boate, mas eu não falo sobre isso aqui, não.

Vergonha.

E eu fico pensando: foi legal tudo isso, já que geralmente saio, nunca fico com ninguém e me sinto invisível no final, mas essa coisa meio descartável me incomodou um pouco.

(porque eu quero OUTRA COISA.)

Ah, mas sem crises... Tô de boa!

Detalhe estranho: na época em que morava em Manaus, eu e uma amiga companheira de baladas conhecemos um cara que estava sempre no nosso point: a falecida boate ZOLT. Desconfiávamos de que ele fazia michê por lá... Pois não é que encontrei o dito cujo nessa última noitada? COMO ASSIM? Mundo pequeno (e complicado)...

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