Quando decidimos parar de dar show para os transeuntes da praia da Farme e irmos ter alguma intimidade no hotel, eu e o Alemão da Alemanha Mesmo percebemos que todas as coisas dele haviam desaparecido completamente. Ou seja: malocaram mesmo.
Fiquei com a maior vergonha dessa cidade, viu? E fiquei imaginando o tamanho do rombo financeiro que ele deve ter tido. Para minha surpresa, ele disse:
Todo o meu dinheiro e todos os cartões estão aqui, dentro da sunga. Só levaram as roupas mesmo e algumas bugigangas que comprei na feira hippie!
(Sim, ele fala português. Não é fofo? E eu fiquei imaginando como é q os cartões não quebraram depois de tantos amassos!)
Ok, a Fernanda me perguntou se eu ofereci ou a minha bermuda ou a minha camiseta para o gringo não ir tão desnudo para o hotel. Só então me liguei na grande falta de noção que foi NÃO FAZÊ-LO. Mas tudo bem... Ando prometendo a mim mesmo não encanar tanto com as coisas... Já foi. Da próxima vez (espero que não haja necessidade), não esquecerei.
Na hora de pagar a conta dos caras que alugam cadeiras e guarda-sóis, o Alemão da Alemanha Mesmo foi falando direto, antes de eles darem o preço:
Foram 11R$: 1 cadeira, 1 guarda-sol, 2 cocas light.
O pessoal ficou tão aturdido, que ficou meia hora conferindo pra ver se tinha sido aquilo mesmo. Bando de errados.
Agora, o pior de tudo foi na hora de tomar o táxi daquele hotel fino que fica no Vidigal até o Leblon. O taxista recusava-se a ligar o relógio e insistia em cobrar 15R$ do gringo. Resultado: perdeu a corrida.
Fiquei todo orgulhoso em ver que ele não era bobo!
E realmente não consigo entender como é que esse povo babaca não tem vergonha de querer tirar tanta vantagem ridícula em cima dos turistas! Fala sério! Eles movimentam a economia da cidade, pô! Merecem mais respeito!
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